Síndrome de <i>burnout</i> e autoeficácia em professores de educação física

O objetivo deste estudo foi identificar a prevalência do burnout e dos níveis de autoeficácia de 63 professores de Educação Física que atuam na Educação Básica. Realizou-se uma pesquisa de abordagem quantitativa, sob o referencial teórico da Teoria Social Cognitiva. Utilizou-se como instrumentos para coleta de dados um questionário sociodemográfico, o Maslach Burnout Inventory e a Escala de Autoeficácia de professor de Educação Física. Os resultados mostraram que 69,8% dos participantes registraram altos índices de exaustão emocional, 44,4% alta despersonalização e 41,2% baixa realização pessoal no trabalho. Com relação à autoeficácia, 3,17% dos docentes foram classificados com baixa autoeficácia, 55,5% moderada e 41,2% com altos índices. Conclui-se que são necessárias intervenções para o tratamento e prevenção de burnout, assim como programas que desenvolvam a autoeficácia docente.

PALAVRAS-CHAVE
burnout; crenças de autoeficácia; docentes de educação física

Dimensões	Pontos de Corte
Dimensões	Baixo	Médio	Alto
Exaustão emocional	0 - 5	16 - 25	26 - 54
Despersonalização	0 - 02	03 - 08	09 - 30
Realização Pessoal	0 - 33	34 - 42	43 - 48

Participantes	Quantidade	Percentual
Sexo
Feminino	39	61,9
Masculino	24	38,1
Total	63	100,0
Estado civil
Casados (as)	25	39,7
Solteiros (as)	38	60,3
Total	63	100,0
Faixa etária (anos)
De 20 a 30	20	31,7
De 31 a 40	25	39,7
De 41 a 50	15	23,8
Maior que 51	3	4,8
Total	63	100,0
Formação acadêmica
Graduação	21	33,3
Especialização	36	57,1
Mestrado	4	6,3
Doutorado	2	3,2
Total	63	100,0
Tipo de instituição
Pública	44	69,9
Privada	15	23,8
Pública e Privada	4	6,3
Total	63	100,0
Carga horária semanal
Até 20h semanais	14	22,2
De 21 a 40h semanais	36	57,2
Maior que 40h semanais	13	20,6
Total	63	100,0
Tempo de atuação (anos)
Menos que 1	5	7,9
De 1 a 5	19	30,2
De 6 a 10	11	17,5
De 11 a 15	13	20,6
Mais que 1	15	23,8
Total	63	100
Renda salarial (salários-mínimos)
De 1 a 3	27	42,9
De 4 a 6	21	33,3
Maior que 6	15	23,8
Total	63	100,0

Presença de Burnout conforme Classificação do MBI	N	%
Combinação dos três indicadores	11	17,5
Um indicador apenas	52	82,5
Total	63	100,0
Gravidade de Burnout
Fraca	19	30,2
Moderada	23	36,5
Severa	11	17,5
Total	53	84,2

Classificação	N	%	Média	Desvio-Padrão
Alta Exaustão Emocional	11	17,4	40,4	8,85
Alta Despersonalização	11	17,4	15,1	4,04
Baixa Realização Pessoal	11	17,4	22,2	3,60

Classificação	N	%	Pontos Média	Desvio-Padrão
Baixa	5	7,9	11,6	2,30
Média	14	22,2	21,0	2,86
Alta	44	69,9	36,4	7,08
Total	63	100,0	31,3	10,86

Classificação	N	%	Média	Desvio-Padrão
Baixa	17	27,0	0,8	1,14
Média	18	28,6	6,1	1,58
Alta	28	44,4	13,8	4,41
Total	63	100,0	8,1	6,34

Classificação	N	%	Pontos Média	Desvio-Padrão
Baixa	26	41,3	24,4	4,41
Média	28	44,4	37,9	2,71
Alta	9	14,3	45,0	1,87
Total	63	100,0	33,4	8,61

Classificação	N	%	Média	Desvio-Padrão
Baixa	2	3,2	2,91	0,69
Moderada	35	55,5	4,41	0,74
Alta	26	41,3	5,41	0,59
Total	63	100,0	4,77	0,68

Dimensões	Média	Mediana	Desvio-padrão
Eficácia da Intencionalidade da ação docente	4,81	4,80	0,24
Eficácia no manejo de classe	4,71	4,70	0,69
Total	4,77	4,80	0,68

Classificação	N	%	Média	Desvio-Padrão
Baixa	1	1,6	2,85	0,86
Moderada	31	49,2	4,30	0,72
Alta	31	49,2	5,39	0,53
Total	63	100,0	4,81	0,24

Classificação	N	%	Média	Desvio-Padrão
Baixa	2	3,2	2,9	0,92
Moderada	34	54,0	4,3	0,76
Alta	27	42,8	5,32	0,59
Total	63	100,0	4,71	0,69

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[1] Erika Cristina De Carvalho Silva Pereira é doutoranda em Educação pela Universidade Federal do Pará (UFPA). E-mail: erika.silva.pereira@iced.ufpa.br