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Análise da tuberculose e hanseníase nos projetos pedagógicos das faculdades de Medicina e a relação espacial dos casos

Resumo

Introdução:

A educação médica é essencial para formar profissionais de saúde. No Brasil, houve avanços na formação médica, com foco no Sistema Único de Saúde e na atenção primária. A inclusão da tuberculose e da hanseníase no currículo médico é crucial devido ao impacto dessas doenças na saúde pública. As faculdades de Medicina deveriam garantir que os estudantes aprendessem sobre essas doenças para melhorar os resultados de saúde no país.

Objetivo:

Este trabalho buscou analisar como estão incluídos os temas de hanseníase e tuberculose nos projetos pedagógicos do curso (PPC) de Medicina nas instituições de ensino superior da Região Sul do Brasil.

Método:

Foi realizado um estudo documental e exploratório, de abordagem qualitativa. Os projetos pedagógicos foram coletados entre janeiro e agosto de 2023. A análise dos PPC se concentrou em identificar as palavras-chave “hanseníase” e “tuberculose”, e avaliar como essas doenças eram abordadas nos documentos, tanto no contexto teórico quanto nas intenções de ensino prático. As unidades de conteúdo foram identificadas e agrupadas em duas categorias principais: aprendizado teórico e aprendizado clínico-prático.

Resultado:

Os resultados indicaram que as referências à tuberculose eram mais frequentes do que à hanseníase nos PPC analisados. Foi observado que a maioria das instituições prioriza o ensino dessas doenças nos primeiros anos do curso de Medicina, com pouca ênfase na fase de internato médico. Além disso, a análise revelou que o ensino dessas doenças tende a ser mais teórico, com poucas referências à prática clínica. Também foi realizada uma distribuição espacial da hanseníase em Santa Catarina e feita sua correlação entre a presença de cursos de Medicina em certos municípios e o número de casos de hanseníase diagnosticados nesses locais.

Conclusão:

O estudo destaca a importância de revisar e aprimorar os PPC dos cursos de Medicina em Santa Catarina, a fim de melhorar o ensino de doenças negligenciadas. Isso inclui a incorporação de abordagens práticas e a consideração da relevância epidemiológica dessas doenças. O estudo também destaca a necessidade de repensar a forma como esses temas são ensinados e como os estudantes de Medicina podem desempenhar um papel ativo na detecção e no manejo dessas doenças na comunidade.

Palavras-chave:
Educação Médica; Tuberculose; Hanseníase; Currículo

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