CONTEXTUALIZAÇÃO: Dada a variedade de dinamômetros disponíveis para mensurar a força de preensão manual com diferentes formatos de empunhaduras, estudos de confiabilidade fazem-se necessários. Objetivos: Comparar a exatidão e a precisão das medidas de três dinamômetros distintos e analisar a influência do perfil de empunhadura de cada um. MÉTODOS: Os testes foram realizados com os dinamômetros Jamar®, Takei® e o Transdutor Manual EMG System com empunhadura modificada. Foram avaliados 18 voluntários saudáveis, com idade de 20±1,3 anos, sem histórico de doença musculoesquelética ou traumas nos membros avaliados. A normalidade dos dados foi testada por meio do teste Shapiro-Wilk. Para verificar as possíveis diferenças entre as medições dos dinamômetros, aplicou-se uma ANOVA para medidas repetidas seguida do post-hoc de Tukey. A confiabilidade entre as medidas foi avaliada por meio do Coeficiente de Correlação Intraclasse (CCI), e a concordância foi testada utilizando o procedimento de Bland e Altman. Para o procedimento de calibração dos dinamômetros, procedeu-se à análise de regressão linear e de covariância. RESULTADOS: Observou-se diferença estatisticamente significativa entre o dinamômetro Jamar® e os dinamômetros Takei® (feminino p<0,001 e masculino p=0,022) e Transdutor (feminino p<0,001 e masculino p=0,007). Todavia, Takei® e Transdutor mostraram-se semelhantes para o grupo feminino (p=0,161) e masculino (p=0,850). Apesar de valores aceitáveis de correlação intraclasse entre as medidas, pode-se observar baixa concordância entre o dinamômetro Jamar® e dos demais instrumentos. CONCLUSÕES: Constatou-se a influência dos formatos das empunhaduras na medição da força muscular de preensão da mão como também a necessidade de calibração prévia desse tipo de instrumento.
dinamômetro; força da mão; fisioterapia