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Avaliação da mortalidade associada ao status tireoidiano em uma coorte de pessoas idosas eutireoidianas de ambulatório de geriatria em hospital universitário

Resumo

Objetivo

Avaliar associações entre a média da tireotropina (TSH) e tiroxina livre (T4L) mantida durante follow-up, e mortalidade em pacientes idosos eutireoidianos definidos de acordo com a faixa de referência específica para a idade (FR-e) do TSH.

Método

Coorte retrospectiva tipo análise de sobrevivência incluindo pacientes idosos eutireoidianos acompanhados no ambulatório de hospital universitário entre 2010 e 2013. Todos os participantes haviam sido avaliados quanto ao risco de incapacidade funcional como critério para admissão nesse ambulatório. As médias dos valores de TSH e T4L foram calculadas através das dosagens obtidas no período de acompanhamento. Cada FR-e de TSH foi dividida em quatro partes iguais, considerando níveis mais baixos como variável de exposição (≤1,75 mUI/L para <80 e ≤2,0 mUI/L para ≥80 anos). Os níveis de T4L foram dicotomizados em duas categorias (< e ≥1,37 ng/dL). O desfecho foi o tempo até a morte. A regressão de risco proporcional de Cox foi empregada para estimar a hazard ratio (HR) e o intervalo de confiança (IC) de 95%

Resultados

285 participantes (73% mulheres, idade média =80,4 anos) seguidos pela mediana de 5,7 anos (IQR =3,7–6,4; máximo =7), sendo que 114 faleceram. Após o modelo final ajustado, a mortalidade esteve associada ao TSH no limite inferior (HR=1,7; IC=1,1–2,7; p=0,016) e ao T4L mais elevado. (HR=2,0; IC=1,0–3,8; p=0,052).

Conclusão

Níveis médios de T4L mais altos e de TSH mais baixos foram associados ao risco de morte em coorte de idosos eutireoidianos usando FR-e de TSH.

Palavras-Chave:
Hormônios tireoidianos; Avaliação geriátrica; Mortalidade

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