A intensidade dos cuidados prestados pelo Serviço de Apoio Domiciliário (SAD) é um tema importante em diversos países. Em alguns casos, é considerada um critério de qualidade e a base de cálculo do pagamento do Serviço de Apoio Domiciliário. Este estudo tem como objectivos analisar quantitativamente a intensidade das tarefas de cuidado prestadas no Serviço de Apoio Domiciliário em Portugal, em termos de periodicidade e tempo despendido (em minutos), e fazer o cálculo dos valores de referência do consumo de tempo para cada tarefa de cuidado nas Actividades de Vida Diária (Básicas e Instrumentais). No total foram analisadas oito instituições promotoras do Serviço de Apoio Domiciliário, as quais se agruparam segundo o contexto territorial a que pertencem (rural/ urbano) e a capacidade de utentes que possuem (pequena/ grande dimensão). De cada instituição foram aleatoriamente seleccionados seis utilizadores, resultando em amostra final de 48 sujeitos. A recolha de dados foi realizada com o recurso ao Protocolo de Serviço de Apoio Domiciliário (ProSAD). Os resultados indicam que a intensidade é superior nos cuidados prestados em termos de Actividades Básicas de Vida Diária, mas os valores variam em função da presença/ausência de cuidador informal. Concluiu-se que a intensidade dos cuidados em Portugal é reduzida, sendo que os poucos serviços prestados incidem nas Actividades Básicas de Vida Diária. O tempo a ser utilizado por cada utente do Serviço de Apoio Domiciliário deve ter por base critérios objectivos, como o estado funcional do utente e a rede de suporte social.
Serviços de Assistência Domiciliar; Assistência Domiciliar; Avaliação de Custo-Efetividade; Periodicidade; Distribuição Temporal; Análise Quantitativa; Tempo Despendido; Portugal