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Visão relacional: desafios futuros para uma expectativa não confirmada

Resumo

Objetivo:

Apesar de um aparente potencial teórico, a visão relacional, proposta por Dyer e Singh (1998Dyer, J. H., & Singh, H. (1998). The relational view: Cooperative strategy and sources of interorganizational competitive advantage. Academy of Management Review, 23(4), 660-679.), não se consolidou como um arcabouço teórico dominante, uma vez que é raro o uso concomitante de seus construtos principais. Este artigo propôs-se a testar a visão relacional a partir do impacto de seus construtos no valor econômico criado nos relacionamentos entre compradores e fornecedores.

Metodologia:

O estudo foi realizado com uma survey com 121 respondentes no setor químico brasileiro. Para a análise dos modelos de mensuração e teste das hipóteses, foram utilizadas análise fatorial confirmatória e regressão linear múltipla.

Resultados:

Um limitado suporte às hipóteses testadas sugere que a operacionalização da visão relacional como teoria explicativa requer maior aprofundamento. A especificidade dos ativos parece ser o construto mais sólido com efeito relevante no valor advindo do relacionamento e presente em alguns efeitos moderadores de variáveis do ambiente. Os resultados também sugerem que a governança relacional teve algum efeito no valor capturado pelo fornecedor.

Contribuições:

Além da necessidade de revisão da operacionalização da visão relacional, a forma proposta para medição de valor contribuiu para identificar diferenças entre o valor criado para o comprador e para o fornecedor. As escalas de medição de criação de valor apresentaram boa qualidade de ajuste e representam, também, uma contribuição para pesquisas futuras relacionadas.

Palavras-chave:
Visão relacional; criação de valor; relacionamentos comprador-fornecedor

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