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Mirabegron e anticolinérgicos no tratamento da síndrome da bexiga hiperativa: metanálise

Resumo

Objetivo

Comparar o uso de mirabegrom com anticolinérgicos para o tratamento da bexiga hiperativa (BH).

Fonte de Dados

Buscas sistemáticas foram realizadas nas bases de dados EMBASE, PUBMED, Cochrane e LILACS desde o início até setembro de 2021. Incluímos ECR, mulheres com sintomas de BH clinicamente comprovados, estudos que compararam mirabegrom a medicamentos antimuscarínicos e avaliaram a eficácia, segurança ou adesão.

Coleta de Dados

RevMan 5.4 foi usado para combinar os resultados entre os estudos. Derivamos razões de risco (RRs) e diferenças médias com intervalo de confiança (IC) de 95% usando um modelo meta-analítico de efeitos aleatórios. Cochrane Collaboration Tool e GRADE foi aplicado para risco de viés e qualidade da evidência.

Síntese dos Dados

Foram incluídos 14 estudos com um total de 10.774 pacientes. Menos eventos adversos totais foram relatados no grupo mirabegrom do que no grupo antimuscarínicos [RR: 0,93 (0,89–0,98)]. O risco de distúrbios do trato gastrointestinal e boca seca foram menores com mirabegrom [RR: 0,58 (0,48–0,68); 9.375 pacientes; RR: 0,44 (0,35–0,56), 9.375 pacientes, respectivamente]. Nenhuma diferença foi relatada entre mirabegrom e drogas antimuscarínicos para eficácia. A adesão ao tratamento foi de 87,7% em ambos os grupos [RR: 0,99 (0,98–1,00)].

Conclusão

Mirabegrom e antimuscarínicos têm eficácia e taxas de adesão comparáveis, porém o mirabegrom apresentou menos eventos adversos totais e isolados.

Palavras-chave
antimuscarínicos; metanálise; mirabegrom; bexiga hiperativa

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