Acessibilidade / Reportar erro
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, Volume: 42, Número: 8, Publicado: 2020
  • COVID-19 and Maternal Death in Brazil: An Invisible Tragedy Editorial

    Nakamura-Pereira, Marcos; Amorim, Melania Maria Ramos; Pacagnella, Rodolfo de Carvalho; Takemoto, Maira Libertad Soligo; Penso, Fatima Cristina Cunha; Rezende-Filho, Jorge de; Leal, Maria do Carmo
  • Melhorando a gestão da gravidez de alto risco com o uso da classificação de Robson Original Article

    Correa Junior, Mario Dias; Santos, Bárbara Moreira Ribeiro Trindade dos; Roveda, José Reinaldo Correa; Silva, Laura Carolina Menezes Vieira; Guimarães, Larissa Silva; Gonçalves, Samuel Cristóvão Lopes

    Resumo em Português:

    Resumo Objetivo Analisar longitudinalmente as taxas de parto cesáreo em um hospital universitário usando a classificação de Robson. Métodos Foram analisados, por meio da classificação de Robson, dados relacionados a partos realizados entre 2014 e 2018 e armazenados no Sistema de Informações em Saúde Materna e Neonatal (Sismater). Para auxílio, foram utilizados artigos publicados nos últimos cinco anos que abordavam o mesmo tema em outras maternidades Resultados A taxa total de cesárea variou pouco no período; no entanto, alterou-se o perfil de cada grupo ao longo dos anos. Foi possível constatar redução significativa da participação de grupos de contendo gestantes de risco habitual e aumento das gestações de alto risco, atribuíveis à diminuição de leitos na instituição, com maior transferência de pacientes. Além disso, houve uma redução na taxa de cesáreas nos grupos de mais baixo risco, enquanto a taxa dos grupos de risco mais elevado se manteve estável. Conclusão A utilização da classificação de Robson para estratificar os partos cesáreos contribui para uma análise melhor das indicações do parto cesáreo, o que permite o estabelecimento de estratégias para a redução das taxas, gerando um impacto positivo na gestão hospitalar e na qualidade assistencial.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Objective To analyze the rates of cesarean delivery longitudinally in a university hospital using the Robson classification. Methods Data related to births performed between 2014 and 2018 and recorded in the Maternal and Neonatal Health Information System (Sistema de Informações em Saúde Materna e Neonatal, SISMATER, in Portuguese) were analyzed using the Robson classification. As an aid, we used articles published in the last five years that approach the same topic in other Brazilian maternity hospitals; they were retrieved from the LILACS, MEDLINE, CINAHL, Scopus, Web of Science and Cochrane Library databases. Results There was little variation in the total rate of cesarean sections in the period; however, the profile of each group changed over the years. It was possible to verify a significant reduction in the participation of groups of pregnant women with lower risk and an increase in high-risk pregnancies, attributable to the decrease in beds in the institution, with a greater transfer of patients. In addition, there was a reduction in cesarean sections among the lower-risk groups,while the rate among the higher-risk groups remained stable. Conclusion The use of the Robson classification to stratify cesarean deliveries contributes to a better analysis of the indications for cesarean delivery, enabling the establishment of strategies to reduce the rates, generating a positive impact on hospital management and quality of care.
  • Antibiotic Susceptibility Patterns and Prevalence of Streptococcus Agalactiae Rectovaginal Colonization Among Pregnant Women in Iran Original Article

    Dashtizade, Mina; Zolfaghari, Mohammad Reza; Yousefi, Masoud; Nazari-Alam, Ali

    Resumo em Inglês:

    Abstract Objective Streptococcus agalactiae is an important pathogen in neonates and pregnant women. Neonatal invasive infections due to S. agalactiae are life-threatening and preventive strategies for this challenge of human have become a concern. The aim of the present study was to determine the prevalence of rectovaginal colonization, related risk factors and antibiotic resistance pattern of S. agalactiae among pregnant women in Iran. Methods The present study was performed on 240 pregnant women. Vaginal and rectal swabs were obtained from all of the women and then were transferred to the laboratory. The isolation and identification of S. agalactiae was performed by standard microbiological tests and polymerase chain reaction (PCR) assay. The antimicrobial susceptibility patterns of the isolates were determined by the Kirby-Bauer disk diffusion. Polymerase chain reaction was used to detect ermB and mefA genes in erythromycin-nonsusceptible isolates. Results Out of 240 pregnant women, 16 cases (6.7%) were colonized by S. agalactiae. There is no significant association between demographic-obstetric factors and maternal S. agalactiae colonization in the pregnant women. Linezolid, vancomycin and ampicillin were the most effective antibiotics against S. agalactiae. The ermB gene was present in 6 (35.29%) S. agalactiae isolates. However, the mefA gene was not detected in any of the isolates. Conclusion Given the relatively significant prevalence of S. agalactiae colonization in the pregnant women in the present study and the risk of serious neonatal infections, the screening of pregnant mothers for the bacteria seems necessary. Our findings highlight the importance of appropriate antibiotic prophylaxis during pregnancy for the prevention of early onset S. agalactiae-neonatal infection and comorbidity.
  • Interação entre os genes NOS3 e HMOX1 na resposta à terapia antihipertensiva em pré-eclâmpsia Original Article

    Sandrim, Valeria Cristina; Luizon, Marcelo Rizzatti; Pilan, Eliane; Caldeira-Dias, Mayara; Coeli-Lacchini, Fernanda Borchers; Kors, Georgia; Berndt, Iuly; Lacchini, Riccardo; Cavalli, Ricardo Carvalho

    Resumo em Português:

    Resumo Objetivo Examinamos a interação dos polimorfismos nos genes heme oxigenase-1 (HMOX1) eóxido nítrico sintase (NOS3) empacientes compré-eclâmpsia (PE)bem como as capacidades de resposta à metildopa e à terapia anti-hipertensiva. Métodos Os polimorfismos nos genes HMOX1 (rs2071746, A/T) e NOS3 (rs1799983, G/T) foram genotipados usando TaqMan allele discrimination assays (Applied Biosystems, Foster City, CA, EUA), e os níveis da enzima heme oxigenase-1 (HO-1) foram medidos por enzyme-linked immunosorbent assay (ELISA). Resultados Foram encontradas interações entre os genótipos da HMOX-1 e NOS3 e responsividade à metildopa, e que pacientes genotipados como AT apresentam níveis mais baixos de proteína HO-1 em comparação com o genótipo AA. Conclusão Foram encontradas interações entre os genes HMOX-1 e NOS3 e responsividade à metildopa e que o polimorfismo localizado no gene HMOX1 afeta os níveis de enzima HO-1 na resposta à metildopa e à terapia anti-hipertensiva. Esses dados sugerem o impacto da combinação desses dois polimorfismos na resposta antihipertensiva na PE.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Objective We examined the interaction of polymorphisms in the genes heme oxygenase- 1 (HMOX1) and nitric oxide synthase (NOS3) in patients with preeclampsia (PE) as well as the responsiveness to methyldopa and to total antihypertensive therapy. Methods The genes HMOX1 (rs2071746, A/T) and NOS3 (rs1799983, G/T) were genotyped using TaqMan allele discrimination assays (Applied Biosystems, Foster City, CA, USA ), and the levels of enzyme heme oxygenase-1 (HO-1) were measured using enzyme-linked immunosorbent assay (ELISA). Results We found interactions between genotypes of the HMOX-1 and NOS3 genes and responsiveness tomethyldopa and that PE genotyped as AT presents lower levels of protein HO-1 compared with AA. Conclusion We found interactions between the HMOX-1 and NOS3 genes and responsiveness to methyldopa and that the HMOX1 polymorphism affects the levels of enzyme HO-1 in responsiveness to methyldopa and to total antihypertensive therapy. These data suggest impact of the combination of these two polymorphisms on antihypertensive responsiveness in PE.
  • Efeitos da abreviação de jejum pré-operatório na incidência de náuseas e vômitos em pacientes cirúrgico-ginecológicas Original Article

    Marquini, Gisele Vissoci; Pinheiro, Francisco Edes da Silva; Vieira, Alfredo Urbano da Costa; Pinto, Rogério Melo da Costa; Uyeda, Maria Gabriela Baumgarten Kuster; Girão, Manoel João Batista Castello; Sartori, Marair Gracio Ferreira

    Resumo em Português:

    Resumo Objetivo Investigar os efeitos da abreviação do jejum pré-operatório, por meio de solução enriquecida comcarboidrato e proteína, na incidência de náuseas e vômitos no pós-operatório (NVPO) em cirurgias ginecológicas, população naturalmente de risco para esses episódios desagradáveis. Métodos O presente estudo prospectivo randomizado duplo-cego foi realizado no Hospital e Maternidade Municipal Dr. Odelmo Leão Carneiro (HMMOLC), em Uberlândia, estado de Minas Gerais, Brasil, emparceria como Departamento de Ginecologia da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UNIFESP, pela diretoria do HMMOLC, registrado na Plataforma Brasil e na plataforma de Registro Brasileiro de Ensaios Clínicos. Após assinatura do termo de consentimento, foram randomizadas 80 mulheres que se submeteram à cirurgia ginecológica, de janeiro a julho de 2016, em 2 grupos: grupo controle (n = 42) e grupo suco (n = 38) que receberam, respectivamente, 200 ml de solução inerte ou 200ml de líquido contendo carboidrato e proteína, 4 horas pré-cirurgia. Foram estudadas incidência, frequência e intensidade de NVPO por meio da Escala Visual Analógica (EVA), com análise estatística realizada pelo programa IBM SPSS Statistics for Windows, Versão 20.0 (IBM Corp, Armonk, NY, EUA). Resultados A incidência de náuseas e vômitos foi mais baixa que a esperada na literatura para essa população, com 18,9% (14/74) para o grupo controle e 10,8% (8/74) para o grupo suco, respectivamente, sem diferença estatisticamente significante entre os grupos. Conclusão A incidência de náuseas e vômitos foi mais baixa do que na literatura; entretanto, não se pode afirmar que foi devido à abreviação de jejum. Essa medida pode trazer maior conforto com a possibilidade de prevenção de NVPO em pacientes de risco para esses eventos.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Objective To investigate the effects of preoperative fasting abbreviation with a carbohydrate and protein-enriched solution, on postoperative nausea and vomiting (PONV) incidence in gynecological surgery patients, a population naturally at risk for such unpleasant episodes. Methods The present prospective double-blind randomized study was performed at The Hospital Municipal e Maternidade Dr. Odelmo Leão Carneiro (HMMOLC, in the Portuguese acronym), in Uberlândia, state of Minas Gerais, Brazil, in partnership with the Gynecology Department of the Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), approved by the Human Research EthicsCommittee ofUNIFESP and theboard ofHMMOLC, and included in the Brazil Platform and in the Brazilian Clinical Trial Registry. After signing the consent form, 80 women, who were submitted to gynecological surgery in the period from January to June 2016,were randomized into 2 groups: control group (n= 42) and juice group (n= 38). They received, respectively, 200mL of inert solution or liquid enriched with carbohydrate and protein 4 hours presurgery. The incidence, frequency and intensity of PONV were studied using the Visual Analogue Scale (VAS), with statistical analysis performed by the software IBM SPSS Statistics for Windows, Version 20.0 (IBM Corp, Armonk, NY, USA). Results The incidence of nausea and vomiting was lower than in the literature, to this population, with 18.9% (14/74) for the control group and 10.8% (8/74) for the juice group, respectively, with no statistically significant difference between the groups. Conclusion The incidence of nausea and vomiting was lower than in the literature, but it cannot be said that this is due to the abbreviation of fasting. It can provide greater comfort, with the possibility of PONV prevention in patients at risk for these episodes.
  • Fatores associados às complicações da miomectomia por histeroscopia Original Article

    Lima, Mariana Patelli Juliani de Souza; Costa-Paiva, Lúcia; Brito, Luiz Gustavo Oliveira; Baccaro, Luiz Francisco

    Resumo em Português:

    Resumo Objetivo Avaliar os fatores associados a miomectomia por histeroscopia completa em um único procedimento e as suas complicações. Métodos Estudo de corte transversal com mulheres submetidas a histeroscopia para exérese de miomas submucosos. As variáveis dependentes foram a miomectomia completa realizada em um tempo cirúrgico único, e a presença de complicações precoces relacionadas ao procedimento. Resultados Analisamos 338 mulheres que foram submetidas a miomectomia histeroscópica. Em 89,05% dos casos, o mioma a ser tratado era único. Quanto à classificação da Federação Internacional de Ginecologia e Obstetrícia (Fédération Internationale de Gynécologie et d’Obstétrique, FIGO, em francês), a maioria era de grau 0 (66,96%), seguidos pelos graus 1 (20,54%) e 2 (12,50%). As miomectomias foram completas em 63,31% das mulheres, sendo que os fatores independentemente associados à miomectomia completa foram o diâmetro do maior mioma (razão de prevalência [RP]: 0,97; intervalo de confiança de 95% [IC95%]: 0,96-0,98) e a classificação FIGO grau 0 (RP: 2,04; IC95%: 1,18-3,52). Foram observadas complicações precoces em 13,01% dos procedimentos (4,44% apresentaram sangramento excessivo durante o procedimento, 4,14%, perfuração uterina, 2,66%, falso pertuito, 1,78%, intoxicação hídrica, 0,59%, laparotomia exploradora, e 0,3%, infecção pósoperatória). O único fator independentemente associado à ocorrência de complicações precoces foi a realização de miomectomia incompleta (RP: 2,77; IC95%: 1,43-5,38). Conclusão Nossos resultados mostram que as complicações da miomectomia por histeroscopia podem ocorrer em até 13% dos procedimentos. A chance de ressecção completa é maior em miomas pequenos e completamente intracavitários; mulheres com miomas maiores e com maior grau de penetração miometrial têm maiores chances de desenvolver complicações.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Objective To evaluate the factors associated with complete myomectomy in a single surgical procedure and the aspects related to the early complications. Methods A cross-sectional study with women with submucous myomas. The dependent variables were the complete myomectomy performed in a single hysteroscopic procedure, and the presence of early complications related to the procedure. Results We identified 338 women who underwent hysteroscopic myomectomy. In 89.05% of the cases, there was a single fibroid to be treated. According to the classification of the International Federation of Gynecology and Obstetrics (Fédération Internationale de Gynécologie et d’Obstétrique, FIGO, in French),most fibroids were of grade 0 (66.96%), followed by grade 1 (20.54%), and grade 2 (12.50%). The myomectomies were complete in 63.31% of the cases, and the factors independently associated with complete myomectomy were the diameter of the largest fibroid (prevalence ratio [PR]: 0.97; 95% confidence interval [95%CI]: 0.96-0.98) and the classification 0 of the fibroid according to the FIGO (PR: 2.04; 95%CI: 1.18-3.52). We observed early complications in 13.01% of the hysteroscopic procedures (4.44% presented excessive bleeding during the procedure, 4.14%, uterine perforation, 2.66%, false route, 1.78%, fluid overload, 0.59%, exploratory laparotomy, and 0.3%, postoperative infection). The only independent factor associated with the occurrence of early complications was incomplete myomectomy (PR: 2.77; 95%CI: 1.43-5.38). Conclusions Our results show that hysteroscopic myomectomy may result in up to 13% of complications, and the chance of complete resection is greater in small and completely intracavitary fibroids; women with larger fibroids and with a high degree of myometrial penetration have a greater chance of developing complications from hysteroscopic myomectomy.
  • Análise da composição corporal e intensidade de dor em mulheres com dor pélvica crônica secundária a endometriose Original Article

    Silva, Joyce Beatriz da; Gurian, Maria Beatriz Ferreira; Nonino, Carla Barbosa; Poli-Neto, Omero Benedito; Nogueira, Antonio Alberto; Reis, Francisco José Candido dos; Rosa-e-Silva, Júlio Cesar

    Resumo em Português:

    Resumo Objetivo Determinar a composição corporal média (porcentagem de gordura corporal), os marcadores antropométricos, e a intensidade de dor clínica em mulheres com diagnóstico clínico de dor pélvica crônica (DPC) secundária a endometriose. Métodos Um estudo de caso-controle realizado com 91 mulheres, 46 das quais com DPC secundária a endometriose, e 45 das quais com DPC secundária a outras causas. As pacientes foram submetidas à avaliação dos parâmetros antropométricos por meio do índice de massa corporal (IMC), dos perímetros (cintura, abdômen, quadril), e do percentual de gordura corporal (%GC), que foram avaliados emmonitor de composição corporal por bioimpedância; a intensidade clínica da dor foi avaliada usando-se a escala visual analógica (EVA), e os sintomas de ansiedade e depressão, usando a escala de ansiedade e depressão do hospital (EADH). Resultados Os grupos não diferiram quanto à idade média, ao IMC, ao %GC, nem quanto à relação da cintura-quadril (RCQ) disponível. Amédia da intensidade clínica da dor pela EVA foi de 7,2 ± 2,06 no grupo com DPC secundária a endometriose, e de 5,93 ± 2,64 no grupo com DPC secundária a outras causas (p = 0,03), revelando diferenças significativas entre os grupos. Emrelação à EADH, ambos os grupos estavam acima da média de corte. Conclusão Concluímos que, apesar da diferença no escore de dor avaliado entre os dois grupos, não houve diferença com relação à composição corporal e à antropometria.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Objective To determine the average body composition (percentage of body fat), the anthropometric markers, and the intensity of clinical pain in women with a clinical diagnosis of chronic pelvic pain (CPP) secondary to endometriosis. Methods A case-control study performed with 91 women, 46 of whom with CPP secondary to endometriosis and 45 of whom with CPP secondary to other causes. They underwent an evaluation of the anthropometric parameters by means of the body mass index (BMI), the perimeters (waist, abdomen, hip), and the percentage of body fat (%BF), which were assessed on a body composition monitor by bioimpedance; the intensity of the clinical pain was evaluated using the visual analog scale (VAS), and the symptoms of anxiety and depression, using the hospital’s anxiety and depression scale (HAD). Results The groups did not differ in terms of mean age, BMI, %BF or regarding the available waist-to-hip ratio (WHR). The mean intensity of the clinical pain by the VAS was of 7.2 ± 2.06 in the group with CPP secondary to endometriosis, and of 5.93 ± 2.64 in the group with CPP secondary to other causes (p = 0.03), revealing significant differences between the groups. Conclusion We concluded that, despite the difference in the pain score assessed between the two groups, there was no difference regarding body composition and anthropometry.
  • Fatores associados à atividade sexual de mulheres com distúrbios do assoalho pélvico - Um estudo transversal Original Article

    Macêdo, Sandra Rebouças; Vasconcelos Neto, José Ananias; Tamanini, José Tadeu Nunes; Bezerra, Leonardo; Castro, Rodrigo Aquino

    Resumo em Português:

    Resumo Objetivo Examinar mulheres com disfunções do assoalho pélvico (DAP) e identificar fatores associados ao status de atividade sexual (AS) e impacto na qualidade de vida (QV). Métodos Realizamos um estudo transversal, no qual participaram mulheres > 18 anos, que apresentaram pelo menos um sintoma de DAP (incontinência urinária [UI] e/ou prolapso de órgão pélvico [POP]), em ambulatórios especializados em uroginecologia e DAP emFortaleza, CE, Brasil, utilizando um formulário de avaliação de serviço e questionários de QV. Resultados A análise de 659 mulheres comDAP incluiu 286 mulheres sexualmente ativas (SA) (43,4%) e 373 mulheres não sexualmente ativas (NSA) (56,6%), com idade média de 54,7 (±12) anos. Os resultados revelaram que idade (odds ratio [OR]= 1,07; intervalo de confiança [IC] 95%: 1,03-1,12) e status pós-menopausa (OR= 2,28; IC 95% 1,08-4,8) foram negativamente associados à atividade sexual. O casamento (OR= 0,43; IC 95% 0,21-0,88) foi associado à AS. Por outro lado, POP (OR= 1,16; IC 95% 0,81-1,68) e IU (OR= 0,17; IC 95% 0,08-0,36) não impediram a AS. Os resultados do SF-36 Health Survey indicaram que apenas a capacidade funcional do domínio (p = 0,012) foi significativamente pior em mulheres NSA. Dois domínios King’s Health Questionnaire (KHQ, na sigla em inglês) em mulheres NSA, impacto da IU (p = 0,005) e relacionamento pessoal (p< 0,001), foram fatores significativamente associados. Os dados do Prolapse Qualityof- life Questionnaire (P-QoL, na sigla em inglês) indicaram que as mulheres NSA apresentavam QV comprometida. Conclusão O status pós-menopausa e a idade afetaram negativamente a AS, enquanto o casamento facilitou a AS. A presença de POP e IU não afetou a AS. No entanto, as mulheres NSA com POP apresentaram QV comprometida.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Objective To examine women with pelvic floor dysfunction (PFDs) and identify factors associated with sexual activity (SA) status that impacts quality of life (QoL). Methods We conducted a cross-sectional study that includedwomen> 18 years old who presented with at least one PFD symptom (urinary incontinence [UI] and/or pelvic organ prolapse [POP]), in outpatient clinics specializing in urogynecology and PFD in Fortaleza, state of Ceará, Brazil, using a service evaluation form and QoL questionnaires. Results The analysis of 659 women with PFD included 286 SA (43.4%) women and 373 non-sexually active (NSA) (56.6%) women, with a mean age of 54.7 (±12) years old. The results revealed that age (odds ratio [OR]= 1.07, 95% confidence interval [CI] 1.03-1.12) and post-menopausal status (OR= 2.28, 95% CI 1.08-4.8) were negatively associated with SA. Being married (OR= 0.43, 95% CI 0.21-0.88) was associated with SA. Pelvic organ prolapse (OR= 1.16, 95% CI 0.81-1.68) and UI (OR= 0.17, 95% CI 0.08-0.36) did not prevent SA. SF-36 Health Survey results indicated that only the domain functional capacity was significantly worse in NSA women (p= 0.012). Two King’s Health Questionnaire domains in NSA women, impact of UI (p= 0.005) and personal relationships (p< 0.001), were significantly associated factors. Data from the Prolapse Quality-of-life Questionnaire indicated that NSA women exhibited compromised QoL. Conclusion Postmenopausal status and age negatively affected SA. Being married facilitated SA. Presence of POP and UI did not affect SA. However, NSAwomen with POP exhibited compromised QoL.
  • Dismenorreia primária: Avaliação e tratamento Review Article

    Guimarães, Inês; Póvoa, Ana Margarida

    Resumo em Português:

    Resumo Dismenorreia primária é definida como dormenstrual na ausência de patologia pélvica. Caracteriza-se pelo excesso de produção de prostaglandinas pelo endométrio que provocam hipercontractilidade uterina, resultando em isquemia e hipoxia do músculo uterino e, subsequentemente, dor. É a patologia ginecológica mais comum em mulheres em idade fértil e uma das causas mais frequentes de dor pélvica; contudo, é subdiagnosticada, subtratada, e até desvalorizada pelas próprias mulheres, que a aceitam como parte do ciclo menstrual. A dismenorreia tem grandes implicações na qualidade de vida, como limitação das atividades diárias e estresse psicológico, sendo uma das principais causas de absentismo escolar e laboral. O seu diagnóstico é essencialmente clínico, baseando-se na história clínica e num exame físico sem alterações. É importante excluir causas secundárias de dismenorreia. O tratamento pode ter diferentes abordagens (farmacológica, não farmacológica e cirúrgica), sendo que a primeira linha de tratamento consiste na utilização de anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) e, em casos de mulheres que desejem contracepção, no uso de anticoncepcionais hormonais. Tratamentos alternativos, como a utilização de calor tópico, modificação do estilo de vida, estimulação elétrica nervosa transcutânea, suplementos alimentares, acupuntura e acupressão, podem ser uma opção nos casos de contraindicação da utilização dos tratamentos convencionais. O tratamento cirúrgico apenas se encontra indicado em casos raros de mulheres com dismenorreia grave e refratária aos tratamentos.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Primary dysmenorrhea is defined asmenstrual pain in the absence of pelvic disease. It is characterized by overproduction of prostaglandins by the endometrium, causing uterine hypercontractility that results in uterine muscle ischemia, hypoxia, and, subsequently, pain. It is the most common gynecological illness in women in their reproductive years and one of the most frequent causes of pelvic pain; however, it is underdiagnosed, undertreated, and even undervalued by women themselves, who accept it as part of themenstrual cycle. It hasmajor implications for quality of life, such as limitation of daily activities and psychological stress, being one of themain causes of school and work absenteeism. Its diagnosis is essentially clinical, based on the clinical history and normal physical examination. It is important to exclude secondary causes of dysmenorrhea. The treatment may have different approaches (pharmacological, nonpharmacological and surgical), but the first line of treatment is the use of nonsteroidal anti-inflammatory drugs (NSAIDs), and, in cases of women who want contraception, the use of hormonal contraceptives. Alternative treatments, such as topical heat, lifestyle modification, transcutaneous electrical nerve stimulation, dietary supplements, acupuncture, and acupressure, may be an option in cases of conventional treatments’ contraindication. Surgical treatment is only indicated in rare cases of women with severe dysmenorrhea refractory to treatment.
  • An Easy to Miss, but Preventable Tragedy: Vasa Previa Letter To The Editor

    Reis-de-Carvalho, Catarina; Afonso, Maria; Carvalho, Rui Marques
  • Premature ovarian insufficiency: A hormonal treatment approach Febrasgo Statement

    Benetti-Pinto, Cristina Laguna; Soares Júnior, José Maria; Maciel, Gustavo Arantes; Nácul, Andrea Prestes; Yela, Daniela Angerame; Silva, Ana Carolina Japur Sá Rosa e
Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia Av. Brigadeiro Luís Antônio, 3421, sala 903 - Jardim Paulista, 01401-001 São Paulo SP - Brasil, Tel. (55 11) 5573-4919 - Rio de Janeiro - RJ - Brazil
E-mail: editorial.office@febrasgo.org.br