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Resistência e oposição ao conteúdo de educação sexual em livros didáticos gratuitos no México: 1974 e 2006

Resumo:

Este artigo tem como objetivo apresentar e analisar o pensamento e as ações de grupos conservadores contrários às decisões do governo sobre educação sexual em livros didáticos gratuitos. Para isso, passaremos por dois momentos da história contemporânea do México. A primeira ocorreu durante o governo de Luis Echeverría Alvarez (1970-1976) que mudou os currículos da educação básica e introduziu conteúdo de educação sexual em livros de ciências naturais. O segundo momento ocorreu quando o governo de Vicente Fox Quezada (2000-2006) reformou o ensino médio e, de acordo com as casas privadas, foram publicados livros didáticos gratuitos, financiados e aprovados pelo Ministério da Educação Pública (Secretaría de Educación Pública -SEP- no México). Descrevemos o conteúdo educacional e analisamos as expressões de inconformidade e resistência dos grupos de oposição, bem como os resultados obtidos. Baseia-se na premissa de que o livro didático, devido ao seu carácter público e sua carga ideológica que atinge crianças e jovens, bem como sua singularidade e obrigação, tem sido objeto de acalorados debates entre intelectuais e acadêmicos, e de lutas sociais e políticas, envolvendo atores das mais diversas origens que prosseguir outros fins sócio-político. Às vezes, essa oposição é transformada em movimento social. Para cada um dos momentos, apresentamos alguns exemplos dessa oposição no Estado de Aguascalientes, México.

Palavras-chave:
política educacional; educação sexual; livro didático; debate ideológico

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