Desde a sua introdução há mais de duas décadas, as Imagens de Ressonância Magnética (MRI) não somente permitiram a visualização da macroestrutura do sistema nervoso central, mas também foram capazes de estudar múltiplos processos dinâmicos, os quais são o substrato para as variantes atuais da técnica. Enquanto que as Imagens de Difusão Ponderada permitem uma robusta visualização de lesões, apenas há minutos de iniciar-se a isquemia cerebral, as Imagens de Tensores de Difusão medem a magnitude e direção da difusão, caracterizando a integridade estrutural da substância branca (WM) cerebral. Neste artigo, discute-se a utilidade potencial das técnicas de MRI, particularmente DTI, para o estudo da relação entre mudanças da integridade microestrutural da WM e a deterioração cognitiva, no contexto da doença cerebrovascular. As correlações significativas entre as magnitudes obtidas de provas conductuais das funções cognitivas e os valores de anisotropia, constituem um exemplo da utilidade potencial de DTI para estudos in vivo da conectividade cerebral em doenças vasculares neurodegenerativas.
Ressonância magnética; Neuroimagem funcional; Difusão; Tensor; DWI; DTI; Substância branca; Demência vascular; Disfunção cognitiva vascular; Conectividade cerebral