O objetivo deste estudo foi avaliar a prevalência e distribuição sazonal das principais espécies de parasitas em ciclídeos ornamentais amazônicos que afetam seu comércio. O estudo foi realizado entre agosto de 2007 e setembro de 2009. Foram amostrados 3042 espécimes de 9 espécies diferentes, das quais 9,47% tinham pelo menos um tipo de parasita externo. Na estação seca, ocorreram 81,25% dos casos. Crenicichla anthurus (28,57%) foi o mais parasitado, seguido por Aequidens diadema (26,32%), Pterophyllum scalare (22,69%), Cichlasoma sp. (9,52%), Apistogramma sp. (3,88%), e Symphysodon aequifasciatus (3,66%). Monogenea foi o grupo mais abundante de parasitas, ocorrendo em 66,67% dos casos. Na estação seca, ocorreram 96,88% deles. Este parasita infestou 95,68% dos casos em Pterophyllum scalare, 76,67% em Apistogramma sp., 33,33% em Cichlasoma sp. e 23,81% em Symphysodon aequifasciatus. Ichthyophthirius multifiliis infestou 100% dos casos em Aequidens diadema, 76,19% em Symphysodon aequifasciatus, 66,67% em Cichlasoma sp., 41,67% em Crenicichla anthurus e 23,33% em Apistogramma sp.; Myxosporidia infestou 58,33% dos casos em Crenicichla anthurus; Trichodina infestou 4,32% dos casos em Pterophyllum scalare. A prevalência desses parasitas está relacionada com a época do ano, hábitat preferido, comportamento dos peixes, suscetibilidade individual e manejo dos animais durante o transporte pelos pescadores.
Peixes ornamentais; Cichlidae; parasitas; Amazônia