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Leishmaniose visceral canina e doença de Chagas em cães de Araguaína, Tocantins

Neste estudo foram analisadas amostras de soros de 111 cães machos e fêmeas, de idades variadas, provenientes do município de Araguaína, estado do Tocantins, Brasil. O diagnóstico sorológico para leishmaniose visceral canina foi realizado, inicialmente, no Laboratório Central (LACEN) de Araguaína, resultando em 61 amostras positivas na Reação de Imunofluorescência Indireta - RIFI (≥1:40) e 50 amostras não reativas. As mesmas amostras foram analisadas no Instituto de Medicina Tropical de São Paulo (IMTSP) peloEnzyme-Linked-Immunosorbent Assay (ELISA), sendo 57 amostras positivas (51,35%) e 54 amostras negativas (48,64%), com coeficiente de concordância entre os testes (Kappa = 0,74). Os soros foram submetidos também a um teste de diagnóstico para Trypanosoma cruzi(Trypomastigote Excreted/Secreted Antigens-TESA-blot), o qual detectou cinco animais suspeitos, dos quais três foram positivos para leishmaniose no ELISA, mas negativos na RIFI. Estas observações mostram que a população canina de Araguaína pode também estar infectada simultaneamente com Leishmania chagasi e T. cruzi. Estes resultados mostram a dificuldade da sorologia na detecção da Leishmaniose Visceral Canina (LVC), reforçando a necessidade de um teste de referência para o diagnóstico da leishmaniose visceral canina, principalmente em regiões endêmicas para tais infecções.

Leishmaniose visceral canina; doença de Chagas; RIFI; ELISA; TESA-blot


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