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Levantamento epidemiológico de Lutzomyia longipalpis infectada por Leishmania infantumem área endêmica do Brasil

O objetivo foi realizar um estudo epidemiológico para determinar as áreas de risco de transmissão de leishmaniose visceral pela detecção e quantificação de infecções naturais por Leishmania infantum em Lutzomyia longipalpis. As coletas foram realizadas entre fevereiro de 2009 e janeiro de 2010 em 21 locais, distribuídos em quatro regiões do município de Fortaleza. As amostras foram testadas quanto à presença de DNA de Leishmania por PCR em tempo real (qPCR). Dos 123 pools de flebotomíneos investigados, 45 foram positivos para L. infantum, e a taxa de infecção mínima foi de 3,7%. Nas regiões Norte, Sul, Leste e Oeste, a prevalência de flebotomíneos infectados foi de 3,4%, 4,7%, 4,9% e 8,4%, respectivamente. A carga de parasitas nos pools variou de 2,45 ± 0,96 a 2.820.246 ± 106.072. Não foram observadas diferenças significativas na frequência de flebotomíneos infectados entre as regiões (P = 0,3014), estação do ano (P = 0,3906) ou localização da armadilha (P = 0,8486). Foram observadas diferenças significativas na frequência de flebotomíneos somente na região oeste durante a estação chuvosa (P = 0,0152). A qPCR foi capaz de detectar e quantificar L. infantum em L. longipalpis, identificando as áreas de maior risco de transmissão de leishmaniose visceral.

Leishmania infantum ; Lutzomyia longipalpis ; taxa de infecção mínima; qPCR


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