Cândido et al.3333 Cândido NA, Sousa TM, Santos LC. Effectiveness of different interventions in public nurseries based on food and nutrition education: promoting breast-feeding and healthy complementary feeding. Public Health Nutr. 2018; 21 (13): 2454-61. 2018, Minas Gerais - Brasil |
Analisar a eficácia de diferentes intervenções baseadas na educação alimentar e nutricional para profissionais de creche e pais/ responsáveis de bebês. |
202 pais e 90 profissionais responsáveis por alunos menores de 2 anos de idade de instituição de ensino pública |
8 meses |
GC = receberam orientações padrões escritas (profissionais - cartazes alocados onde passassem maior parte da jornada de trabalho; pais (relatórios com informações dos cartazes anexados nos cadernos dos alunos 1 vez por mês).
GI = profissionais - receberam as mesmas informações do grupo GC e participaram de reuniões bimestrais sobre alimentação complementar saudável.
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Aplicação de questionário adaptado sobre aleitamento materno e alimentação complementar antes e após as atividades. |
Após a intervenção, houve um resultado significativo de que é possível aumentar o número médio de respostas corretas dadas pelos profissionais do GI (12,2 vs. 10,7; p=0,001). Além disso, houve melhorias entre os pais do **GI em relação às crenças (sopas e caldos não alimentam meu filho: p=0,012), atitudes (oferecer carne a partir do sexto mês: p=0,032) e intenções (não ofereça sopas e caldos: p=0,003; oferecer vegetais: p=0,018; oferecer carne: p<0,001). |
Antes os profissionais apresentavam conhecimento sobre amamentação e alimentação complementar, mas era insuficiente para o cuidado adequado dos bebês, após a intervenção o GC e o Gl evoluíram favoravelmente. Sendo o Gl o grupo com maior aprendizado.
Em relação aos pais, no Gl houve uma melhora significativa da escala em alguns parâmetros avaliados, porém teve uma adesão muito baixa. No GC nenhuma mudança foi observada em relação a crenças, atitudes e intenções após a intervenção.
Uma comparação do GC e Gl mostrou que as orientações escritas sozinhas, sem reuniões, levaram a poucos resultados eficazes.
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Joseph et al.2626 Joseph LS, Gorin AA, Mobley SL, Mobley AR. Impact of a Short-Term Nutrition Education Child Care Pilot Intervention on Preschool Children’s Intention To Choose Healthy Snacks and Actual Snack Choices. Child Obes. 2015 Oct; 11 (5): 513-20. 2015, Connecticut - Estados Unidos |
Determinar se um programa de educação nutricional de curto prazo pode influenciar favoravelmente as escolhas de lanches de pré-escolares em um ambiente de creche e determinar quais características da criança (sexo, idade, IMC z-s-core, etnia, raça, preferências e conhecimento) estão associados à escolha de um lanche saudável em vez de um lanche não saudável. |
49 pré-escolares de instituição de ensino pública |
2 semanas |
Nove aulas interativas de 30 minutos ministradas por um nutricionista que ensina e capacita crianças sobre a distinção entre lanches saudáveis e não saudáveis.
Materiais de extensão de sala de aula foram fornecidos a cada professor.
Boletins informativos com atividades de apoio foram enviados para os pais como reforço.
O atendimento foi feito diariamente para cada criança.
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As avaliações pré e pós intervenção incluíram: questionários de conhecimento e preferência de lanches e um ensaio de seleção desses lanches pelos pré-escolares que permitiam que as crianças escolhessem entre uma opção de lanche saudável e uma não saudável, semelhante ao ambiente alimentar atual.
A escolha do lanche de cada criança e a quantidade consumida foram registradas em um formulário de registro de teste de lanche.
Altura e peso das crianças foram medidos e o IMC z-score calculado.
Relatórios dos pais sobre dados sócio- demográficos e preferências alimentares das crianças também foram coletados no início do estudo.
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As crianças melhoraram significativamente sua preferência por lanches mais saudáveis (p=0,03) e a capacidade de distingui-los (p=0,03) de outros lanches.
No entanto, eles não melhoraram significativamente (p>0,05) sua escolha de lanche entre uma escolha saudável e não saudável imediatamente após o programa de educação nutricional de curto prazo.
Crianças que eram mais novas (p=0,003) ou que tiveram pontuações de conhecimento de nutrição mais altas (p=0,002) foram mais propensas a selecionar o lanche saudável após a intervenção.
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Um programa de educação nutricional de curto prazo melhora o conhecimento de crianças pré-escolares sobre lanches saudáveis, mas não se traduz em seleções imediatas de lanches mais saudáveis para todas as crianças. |
Nicholson et al.2222 Nicholson JS, Barton JM, Simons AL. Ability to Categorize Food Predicts Hypothetical Food Choices in Head Start Preschoolers. J Nutr Educ Behav. 2018; 50 (3): 238-46. 2018, Flórida - Estados Unidos |
Investigar se pré-escolares são capazes de identificar e categorizar alimentos e se sua capacidade de classificar alimentos como saudáveis prediz sua escolha alimentar hipotética. |
235 pré-escolares de instituição de ensino pública |
12 meses |
Os professores implementaram uma intervenção de educação nutricional em que as crianças foram ensinadas a identificar e categorizar os alimentos, segundo sua frequência de consumo, como às vezes (ou seja, não saudável) e a qualquer momento (ou seja, saudável).
Para a seleção de lanches foi utilizada a ferramenta PSS - que inclui cartões com fotos impressas de alimentos e bebidas diferenciados em pares de alto contraste - mais fáceis (ex: cenouras e donuts) e pares de baixo contraste - mais difíceis (peixe dourado e batata fritas) para avaliar a capacidade dos pré-escolares de classificar itens alimentares com mais nuances nas diferenças de nutrientes.
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Os pré-escolares viram pares de alimentos e foram solicitados a identificar os lanches apresentados. Os pesquisadores registraram cada resposta como 0 (incorreta) ou 1 (correta). Quando um alimento foi identificado incorretamente, os pesquisadores forneceram a resposta correta.
Também foi utilizado o TSG: uma ferramenta online com a qual os professores puderam acompanhar o progresso dos pré-escolares ao longo do ano para medir o progresso nas subescalas socioemocionais, físicas, de linguagem, cognitivas, alfabetização e matemática.
No final do ano letivo, altura dos pré-escolares e peso foram medidos e também foi feito o IMC.
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O número de lanches que os pré-escolares identificaram como saudáveis entre os pares fáceis (alto contraste) foi analisado por idade, sexo, classificação de percentil de IMC e funcionamento cognitivo da criança. Em relação a categorizar alimentos como saudáveis (β=.317; p<0,001 ) foi um preditor significativo de que as crianças selecionaram um número maior de lanches saudáveis (Frequência de mudança = 18,43; p<0,001). |
Ao controlar as características da criança e o funcionamento cognitivo, os pré-escolares que eram melhores em categorizar os alimentos como saudáveis ou não saudáveis eram mais propensos a dizer que escolheriam os alimentos saudáveis.
Os pares de alimentos de baixo contraste (mais difíceis) nos quais os alimentos tinham de ser classificados com base em múltiplas dimensões estavam fora das habilidades cognitivas dos pré-escolares.
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Sigman-Grant et al.2323 Sigman-Grant M, Byington TA, Lindsay AR, Lu M, Mobley AR, Fitzgerald N, et al. Preschoolers can distinguish between healthy and unhealthy foods: the all 4 kids study. J Nutr Educ Behav. 2014; 46 (2): 121-7. 2014, Nevada, Connecticut, New Jersey e Oklahoma - Estados Unidos |
Determinar as mudanças na capacidade dos pré-escolares de distinguir entre alimentos saudáveis e não saudáveis e as preferências alimentares declaradas após a participação em um programa de educação nutricional. |
191 pré-escolares de instituições de ensino pública de Nevada
128 pré-escolares de instituições de ensino pública de Connecticut, New Jersey e Oklahoma
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9 semanas |
24 aulas ministradas por instrutores de extensão que contou com 8 lições de nutrição apresentadas nas semanas quatro e seis, porém, em todas as aulas ocorreram referências a lanches saudáveis.
Os investigadores foram treinados nos protocolos de teste PSS.
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Foram feitas entrevistas individuais com cada pré-escolar em uma localização separada de outras crianças. As entrevistas foram realizadas de um à 2 semanas antes e depois da intervenção. Os investigadores usaram 3 rodadas de perguntas: durante a primeira rodada foi pedido ao pré-escolar que nomeasse os alimentos; na segunda rodada foram utilizadas 9 pares de alimentos sendo um saudável e outro não saudável; na terceira rodada o pré-escolar foi convidado a apontar para o alimento que ajuda a manter o coração, os músculos e os ossos fortes. |
Houve uma melhoria estatisticamente significativa nas pontuações de identificação do pré ao pós-estudo para ambos os grupos de Nevada (p<0,001). Para preferência e distinção entre alimentos saudáveis e não saudáveis, nenhuma diferença foi observada no pré-teste. No pós-teste, o grupo de intervenção apresentou significativamente uma preferência por alimentos mais saudáveis (p<0,006) e a capacidade de distingui-los (p<0,03) do que pré-escolares do grupo de comparação. A comparação de resultados entre Nevada e 3 estados demonstrou a generalização da ferramenta de estudo. |
Resultou em maior compreensão dos pré-escolares sobre alimentos saudáveis e mudou suas preferências alimentares declaradas. |
Baskale et al.3232 Baskale H, Bahar Z. Outcomes of nutrition knowledge and healthy food choices in 5- to 6-year-old children who received a nutrition intervention based on Piaget’s theory. J Spec Pediatr Nurs. 2011; 16: 263-79. 2011, Esmirna - Turquia |
Desenvolver a educação nutricional para crianças em idade pré-escolar com base na teoria de Piaget e examinar os efeitos dessa educação no conhecimento nutricional, nos comportamentos nutricionais e nas medidas antropométricas das crianças. |
238 díades mães-pré-escolares de instituições de ensino não declarado públicas ou privadas |
14 meses |
GI = Foi elaborado um conteúdo educacional levando-se em consideração as características e o aprendizado da criança. As mensagens eram simples, positivas e orientadas para o comportamento, evitando conceitos abstratos. Durante a educação baseada em jogos, a participação ativa dos alunos foi mantida e atividades como brincar, pintar, colorir e histórias interativas foram incluídas. Ao usar a pirâmide alimentar, o foco foi voltado para um único aspecto, como um determinado grupo de alimentos. Assim, a criança foi auxiliada no desenvolvimento de habilidades de classificação dos alimentos - foram usadas fotografias coloridas de alimentos, específicas da cultura. Cada sessão de intervenção foi realizada uma vez por semana durante 6 semanas.
GC = Não receberam educação nutricional, mas receberam um programa geral de educação. O plano de estudo inclui disciplinas sobre nutrição a cada 2 meses.
Mães = A alimentação da criança não está isolada da família. Por esse motivo, os pais dos grupos experimental e controle receberam educação nutricional com os princípios da educação de adultos. Não foi feita avaliação do conhecimento das mães. Após o programa, uma cartilha educativa foi distribuída a todas as mães.
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Foram utilizados como instrumentos de coleta de dados um formulário de dados sócio-demográficos e um formulário de conhecimento nutricional para crianças. Neste formulário, existem 30 imagens de alimentos em 5 grupos de alimentos. O formulário foi implementado antes da educação (pré-teste), após a educação (pós-teste 1) e 1 ano após a educação (pós-teste 2). Cada resposta certa recebeu 1 ponto enquanto cada resposta errada foi atribuída a 0), um formulário de frequência de consumo alimentar (continha perguntas sobre grupos de alimentos).
Um formulário para registro de medidas antropométricas (foram registradas antes e 1 ano após a educação).
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Características sociodemográficas: a análise mostrou que os grupos não foram estatisticamente diferentes (p>0,05).
Conhecimento nutricional: os resultados desta análise estabeleceram que houve uma diferença significativa no grupo experimental entre o pré e o pós-teste 1 (t=14,395, p<0,001) e pré e pós-teste 2 (t=14.080, p<0,001). Nenhuma diferença significativa foi encontrada entre as medidas do pós--teste 1 e 2 do grupo experimental e do grupo controle.
Frequência de consumo alimentar GC = alguns alimentos (leite e laticínios, carne branca/vermelha, peixes, alguns vegetais (folhas verdes, raízes, repolho) e frutas.) foram ligeiramente mais elevados no pré-teste, porém nenhuma diferença significativa foi observada.
GI = mostrou aumento no pós teste 1, pré e pós teste 2 no consumo de frutas cítricas e outras frutas (maçãs, peras, bananas, morangos, cerejas, uvas, kiwi, melancia) (p=0,014). No pré e pós-teste 2 houve diminuição do consumo de açúcar (p=0,042). Não houve aumento significativo no consumo de cereais (pão, pão sírio, pizza, macarrão e arroz), assim como manteiga, mel, geléia, melaço, maionese, ketchup, doces pastosos, sobremesas lácteas e refrigerantes (p>0,05).
Medidas antropométricas: uma avaliação dos valores de IMC do grupo experimental antes e após a educação e de acordo com os grupos e sexo não revelou uma diferença significativa entre os grupos experimental e controle para meninas e para meninos.
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Os escores de conhecimento nutricional do Gl aumentaram e as preferências alimentares do grupo mudaram positivamente. Nenhuma diferença significativa foi observada entre as medidas antropométricas dos grupos experimental e controle. |
Piziak et al.2727 Piziak V. A Pilot Study of a Pictorial Bilingual Nutrition Education Game to Improve the Consumption of Healthful Foods in a Head Start Population. Int. J Environ Res Public Health. 2012 Apr; 9 (4): 1319-25. 2012, Texas - Estados Unidos |
Testar a eficácia de um jogo de nutrição bilíngue para aumentar as porções de alimentos saudáveis, especialmente vegetais, frutas e água oferecidas às crianças e diminuir assim porções de bebidas adoçadas com açúcar na população do Head Start
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413 díades pais--pré-escolares de instituição de ensino pública |
12 meses |
Jogo de educação nutricional que segue o modelo de loteria - um pictórico jogo de bingo. O moderador do jogo mostra um cartão com imagens coloridas de alimentos (culturalmente apropriados) e conta uma história ou cita uma rima para descrever a imagem. Os jogadores então colocam um token no seu tabuleiro se eles tiverem a imagem. Tanto o tabuleiro quanto o baralho podem ser utilizados para jogar uma variedade de bingos nutricional. Os professores foram autorizados a jogar o jogo em inglês ou espanhol.
Os pais conheceram o jogo em uma reunião e foram incentivados a disputar prêmios e aconselhados sobre escolhas alimentares saudáveis. Os professores foram instruídos sobre o jogo e receberam aconselhamento nutricional básico antes do ano letivo.
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Ao início e ao final do ano letivo os pais responderam um questionário de frequência alimentar dos filhos durante a semana e finais de semana. |
Houve um aumento estatisticamente significativo em vegetais servidos fora do Head Start depois da escola durante a semana e nos finais de semana (p= 0,02). O estudo não foi capaz de demonstrar quaisquer outras mudanças estatisticamente significativas na alimentação. |
As descobertas deste estudo mostram que o consumo de porções de vegetais podem ser melhoradas na faixa etária usando um jogo simples de educação nutricional pictórica que incorpora elementos da cultura familiar para a maioria dos alunos e seus pais. Essa familiaridade simplifica a instrução dos professores e pais. O jogo também é barato de reproduzir, ajudando a controlar os custos. |
Larsen et al.2828 Larsen AL, Liao Y, Alberts J, Huh J, Robertson T, Dunton GF. RE-AIM Analysis of a School-Based Nutrition Education Intervention in Kindergarteners. J Sch Health. 2017 Jan; 87 (1): 36-46. 2017, Califórnia - Estados Unidos |
Avaliar o impacto da Building a Healthy Me (BHM) na saúde pública nas salas de aula do jardim de infância da Califórnia usando a estrutura RE-AIM (alcance, eficácia, adoção, implementação e manutenção). |
GI (Avaliado pré-pós pesquisa) = 25 salas de aula (414 alunos e 264 pais) de instituição de ensino pública
GC (Avaliado pós pequisa) = 4 salas de aula (103 alunos) de instituição de ensino pública
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12 meses |
GI = Salas de aula que planejavam implantar o programa BHM
GC = salas de aula que não solicitaram o programa BHM.
Programa BHM: formado por 8 unidades - unidade 1 forneceu uma visão geral dos 5 grupos de alimentos, unidades 2-6 focadas em cada grupo de alimentos, unidade 7 voltada para lanches saudáveis e unidade 8 voltada para café da manhã saudável.
Distribuição de uma cartilha educativa para os pais.
O programa inclui um guia do professor com instruções e planos de aula, um pôster com informações nutricionais, uma caixa com fotos de alimentos, uma apostila do aluno e dever de casa para a família desenvolver os conceitos ensinados durante as unidades.
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Alunos - Foi realizada uma pesquisa que avaliou o sexo, idade e conhecimento nutricional, baseada em imagens de alimentos ou bebidas. As crianças eram convidadas a circularem os alimentos pertencentes ao grupo correto perguntado.
Pais - A pesquisa avaliou dados sócio- demográficos, dos pais e das crianças, ingestão alimentar habitual das crianças durante o mês anterior, práticas parentais usuais relacionadas à consciência à nutrição em casa e satisfação dos pais com o programa BHM. Também foi realizada a medição da frequência alimentar e de uso de rótulos de alimentos.
Professores - Um registro foi preenchido durante todo o programa relatando sobre cada lição e foi realizada uma pesquisa com professores do grupo de intervenção após a pesquisa sobre a sua opinião de cada unidade BHM.
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Os alunos de intervenção melhoraram no conhecimento de grupos de alimentos e opções saudáveis de café da manhã / lanche, e pontuaram mais alto do que os alunos de controle no conhecimento de grupos de alimentos no pós intervenção (p<0,05). Os pais das crianças do grupo de intervenção aumentaram o uso de rótulos de alimentos, e as crianças do grupo de intervenção aumentaram a ingestão de vários alimentos saudáveis e diminuíram a ingestão de doces e batatas fritas (p<0,05). O programa BHM alcançou 41% dos alunos do jardim de infância que frequentam escolas públicas na Califórnia, e os professores implementaram a maior parte do material de aula. |
O programa BHM foi eficaz, implementado com fidelidade e de forma ampla, destacando seu potencial impacto na saúde pública mostrando evidências de melhoria no conhecimento das crianças do jardim de infância sobre nutrição, alimentação saudável e uso de rótulos de alimentos pelos pais. |
Santos et al.3030 Santos SV, Silva DE, Almeida MEF, Abranches MV. Uso de técnicas gastronômicas: uma estratégia para melhorar a aceitabilidade da alimentação de pré-escolares do interior de Minas Gerais. J. Health Biol Sci. 2017; 5 (3): 228-33. 2017, Minas Gerais - Brasil |
Avaliar a aceitação da alimentação escolar, antes e após o emprego de técnicas gastronômicas, por crianças em idade pré-escolar. |
26 pré-escolares de instituição de ensino pública |
10 dias |
Fase 1 : as crianças se alimentam das suas refeições originais oferecidas na escola por 5 dias.
Fase 2: ocorreu alterações nas refeições com aplicação de técnicas gastronômicas pelos manipuladores de alimentos orientados pelos pesquisadores, para que permitissem uma melhor apresentação das preparações por meio da utilização de aros de formatação de alimentos e de condimentos/ervas aromáticas, visando colorir, decorar e garantir uma melhor finalização dos pratos distribuídos.
As crianças passaram a se alimentar com essas refeições modificadas durante 5 dias.
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Teste afetivo de escala hedônica facial de 5 pontos para avaliação da aceitabilidade aplicados na fase 1 e 2. |
Embora as preparações disponibilizadas em 4 dos 5 dias analisados fossem aceitas (IA≥85%) pelas crianças, após a intervenção foi observado aumento do IA e todas as refeições passaram a ser aceitas.
A alimentação oferecida no dia 5 de cada fase foi semelhante sendo que na fase 1 a mesma não era aceita (IA=80%) e na fase 2, após a alteração da apresentação dos pratos, o IA recebeu a classificação de adequado (88,5%).
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A aceitação das preparações que compuseram a alimentação escolar no estudo em questão aumentou após o emprego das técnicas gastronômicas, possivelmente pelo fato da refeição ser apresentada de forma mais colorida, atraente e com formatos divertidos, o que desperta o desejo de consumi-las. Sendo assim uma possível estratégia favorável. |
Miguel et al.2929 Miguel RG, Ivanovic DM. Impact of a short-term school vegetable gardens program on food-related behavior of preschoolers and their mothers - São Paulo, Brazil. Rev Chil Nutr. 2011; 38 (2): 136-46. 2011, São Paulo - Brasil |
Avaliar o impacto de um programa de hortas escolares de curta duração (VEGA PRO) voltado para pré--escolares e suas mães de São Paulo, Brasil, sobre comportamento relacionado à alimentação no que diz respeito ao consumo de vegetais. |
231 díades mãe--pré-escolar de duas instituições de ensino públicas e duas privadas GC = 103 pré-escolares que não participaram do VEGAPRO.
GI = 128 pré-escolares que participaram do VEGAPRO.
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2 meses |
O VEGAPRO foi desenvolvido para pré-escolares do Gl uma experiência de horta que consistia em 26 sessões educacionais de aproximadamente 60 minutos cada, em horário escolar, sem contar o tempo que os professores utilizavam para reforçar o programa em sala de aula. Durante essas sessões educacionais, os pré-escolares preparavam o solo, semeavam, irrigavam e cuidavam das plantas agrícolas, colhendo os vegetais e consumindo-os na escola e em casa.
Foram realizadas palestras com cada pré-escolar expondo sua opinião aos pesquisadores e à sua professora, a respeito de suas experiências com a horta, reforçando seus conhecimentos sobre o valor nutritivo de cada vegetal.
Jogos e músicas relacionadas a cada vegetal faziam parte dessas atividades.
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Pré-teste foi elaborado para ser realizado em uma sessão, a fim de determinar o padrão de comportamento relacionado ao consumo de vegetais tanto de pré-escolares quanto de suas mães.
O pós-teste teve início imediatamente após a conclusão do VEGAPRO, também com o intuito de determinar atitudes alimentares relacionadas ao consumo de hortaliças.
Tanto os pesquisadores quanto os professores de pré-escolares registraram suas opiniões e observações em notas de campo.
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Pré-escolares matriculados no VEGAPRO aumentaram o número de refeições diárias e a frequência com que consomem hortaliças, bem como o número de hortaliças que consomem (p<0,02). As mães do Gl aumentaram significativamente o número de refeições diárias com as quais consumiam vegetais (p<0,01) |
Os achados confirmam a hipótese de que os pré-escolares matriculados no VEGAPRO aumentam o número de refeições diárias e a frequência com que consomem hortaliças, bem como o número de hortaliças que gostam de consumir e as mães experimentam mudanças positivas em seu comportamento relacionado à alimentação sob a influência de seus filhos. |
Andrade et al.3131 Andrade MER, Costa NMB, Castro LCV. Perfil nutricional de pré-escolares antes e após intervenção com educação em creches municipais de Viçosa - MG. Nutrire Rev Soc Bras Alim Nutr. 2012; 27 (2): 133-46. 2012, Minas Gerais - Brasil |
Avaliar o perfil nutricional de pré-escolares antes e após intervenção com educação nutricional. |
101 pré-escolares de instituição de ensino pública |
9 meses |
Alunos - Atividades semanais como brincadeiras, jogos, dinâmicas e fantoches
Colaboradores - Cursos de capacitação abordando os temas: "Boas práticas de higiene pessoal e de manuseio de alimentos" e "Preparo e porcionamento correto de alimentos"
Professores e Pais - Reuniões abordando princípios da alimentação saudável na infância.
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As crianças foram submetidas a avaliações antropométricas e dietéticas, antes e após a intervenção com trabalhos de educação nutricional.
O consumo dos alimentos pelas crianças nas creches foi avaliado utilizando-se o método de pesagem direta dos alimentos durante 2 dias da semana.
As refeições feitas em casa foram avaliadas pelo método registro de alimentos, dirigido aos pais ou responsáveis, durante 1 dia do final de semana.
A avaliação da quantidade de alimento disponível para o consumo per capita de sódio (sal e tempero pronto), açúcar e óleo foi realizada por meio da coleta de dados no setor da merenda escolar.
Para avaliar a qualidade da dieta, foi aplicado IQD-R.
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Observou-se que a média da disponibilidade de açúcar reduziu de 20,30g para 14,88g após a intervenção nutricional, porém essa redução não interferiu significativamente na prevalência de inadequação do consumo (p=0,14). Observou-se uma redução significativa da prevalência de inadequação de óleo, porém sem diferença significativa na quantidade disponível para o consumo. Tal resultado se deve ao fato de que 35,64% (n=36) das crianças, durante o período do estudo, mudaram de faixa etária e foram, assim, incluídas em outra faixa de recomendação.
Avaliou-se também, o consumo per capita de sódio durante o período do estudo e este apresentou 12,87% (n=13) de inadequação. Não foi possível avaliar o consumo de sódio antes e após o período de intervenção, uma vez que a periodicidade de entrega do tempero e sal era anual.
Observou-se melhora significativa no consumo de frutas e redução significativa na ingestão de ferro, cereais e leguminosas.
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As dietas de todas as crianças foram classificadas como "necessita de modificações" tanto antes quanto após a intervenção nutricional. Diante disso, verificou-se a importância da continuidade das atividades de educação nutricional, com o intuito de promover a formação de hábitos alimentares saudáveis nos pré-escolares. |
Rosa et al.2424 Rosa SAM, Buchweitz MRD, Nagahama D, Diniz DB. Super-heróis em educação nutricional: o lúdico na promoção da saúde e prevenção da anemia em pré-escolares. Mundo Saúde. 2015; 39 (4): 495-503. 2015, Ceará -Brasil |
Avaliar o impacto de uma intervenção em educação nutricional sobre o conhecimento e atitudes de pré--escolares visando o estímulo de hábitos alimentares saudáveis e prevenção da anemia. |
78 pré-escolares de instituição de ensino pública |
12 meses |
Baseado em aprendizagem por modelação com personagens representando a anemia e os super-he-róis ferro, vitamina C e a saúde por meio de vídeos, músicas, réplicas de alimentos fonte de ferro e vitamina c, peças de teatro e brincadeiras. Foram utilizados reforçadores positivos por meio de um álbum de figurinhas, visando a sedimentação do aprendizado.
O cardápio da escola foi ajustado para atender ao preconizado pelo PNAE, com a introdução de novas preparações e alimentos, de forma a adequar a ingestão de calorias totais e nutrientes, especificamente quanto a ferro e vitamina C.
Os manipuladores de alimentos foram treinados para executar o novo cardápio
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Para mensurara incorporação dos conhecimentos e aceitação das preparações com alimentos fonte de ferro e vitamina C utilizou-se uma cartilha educativa.
A análise da satisfação quanto aos cardápios foi realizada por meio de escala hedônica preenchida pela professora responsável, observado a criança durante as refeições em 3 momentos: antes e durante a intervenção e na fase de manutenção (dos reforçadores positivos).
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A maioria (62,74%) respondeu adequadamente sobre como combater a anemia, citando abordagens educativas utilizadas durante a intervenção. A baixa aceitação inicial das refeições caiu significativamente (p<0,05). O índice de aceitação sobre os alimentos incentivados quintuplicou após a intervenção (14,7% para 76%). |
A utilização de metodologia lúdica associada a super-heróis e reforçadores positivos apresenta impacto considerável na assimilação do conhecimento sobre alimentação saudável e seu efeito na saúde em crianças pré-escolares, promovendo uma mudança na aceitação e hábito alimentar para o consumo de alimentos mais variados, principalmente frutas e vegetais, bem como em alimentos fontes de ferro. |
Kim et al.2525 Kim J, Kim G, Park J, Wang Y, Lim H. Effectiveness of teacher-led nutritional lessons in altering dietary habits and nutritional status in preschool children: adoption of a NASA mission X-based program. Nutrients. 2019; 11 (7): 1590. 2019, Gyeonggi - Coreia do Sul |
Melhorar o comportamento alimentar e o estado nutricional de crianças em idade pré-escolar por meio de um programa temático de nutrição baseado na Missão X da Nasa de 10 semanas. |
679 pré-escolares de instituições de ensino privada |
10 semanas |
GI = Uma intervenção nutricional foi realizada por uma equipe de profissionais de nutrição com a cooperação de 14 professores de turma. A intervenção da Missão X consistia em 4 componentes temáticos de nutrição: 1. Energia de um astronauta, 2. Estação de hidratação, 3. Ossos vivos, ossos fortes e 4. Gravidade reduzida, baixa gordura.
O currículo das 4 sessões temáticas de nutrição foi entregue aos professores e à equipe de profissionais de nutrição em um total de 3 sessões de treinamento de 30 minutos.
GC = Todos os conceitos-chave das sessões de nutrição foram igualmente oferecidos ao grupo de controle após o acompanhamento de 10 semanas.
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No início do estudo, os pais foram questionados sobre as características gerais de seus filhos.
Foi realizada a medição de altura, peso, IMC, IMC percentil.
O comportamento alimentar das crianças, conforme autorrelatado pelos pais, foi avaliado com o quociente nutricional.
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Mudanças significativas em variáveis antropométricas foram observadas em ambos os grupos após a intervenção (p<0,05). Contudo, nenhuma das diferenças médias diferiu significativamente entre os grupos no modelo de regressão linear de efeitos mistos ajustado para idade, sexo e tipo de escola.
A pontuação total do quociente nutricional do Gl aumentou significativamente (p < 0,05) após o programa de intervenção.
Houve um aumento do consumo de frutas (2,0 vs. - 1,5, p < 0,05) e redução do consumo de alimentos com alta densidade energética, alto teor de sódio e lanches (0,5 vs. -1,2, p < 0,05), no Gl em comparação com o GC.
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Um ponto forte deste estudo é que ele é o primeiro a promover comportamentos alimentares saudáveis em crianças sul-coreanas em idade pré-escolar, melhorando o comportamento alimentar e o estado nutricional de crianças pequenas |