Acessibilidade / Reportar erro

Prematuridade tardia no extremo sul do Brasil: um estudo de base populacional

Resumo

Objetivos:

descrever a prevalência de prematuridade tardia (PTT) e identificar fatores associados a sua ocorrência no município de Rio Grande, RS.

Métodos:

utilizou-se delineamento transversal com questionário aplicado a todas as puérperas residentes no município que tiveram filhos no ano de 2013. Considerou-se prematuridade o nascimento ocorrido entre a 34ª e 36ª semana gestacional avaliada preferencialmente por ultrassonografia da 6ª a 20ª semanas. Na análise utilizou-se regressão de Poisson com ajuste robusto da variância, obedecendo à modelo hierárquico A medida de efeito utilizada foi razão de prevalências (RP).

Resultados:

dentre os 2286 nascimentos incluídos no estudo, 11,8% (IC95%: 10,5-13,1) apresentavam PTT. Após analise ajustada, a RP para ocorrência de PTT entre mães de cor da pele preta foi de 1,40 (1,01-1,96) em relação aquelas de cor branca; de 1,74 (1,23-2,45) entre aquelas que fizeram menos de seis consultas de pré-natal em comparação às que realizaram nove ou mais; de 1,36 (1,11-1,68) se classificadas como depressivas e de 1,29 (1,01-1,65) para aquelas submetidas à cesariana em comparação às demais.

Conclusões:

os resultados sugerem existência de iniquidade em relação à cor da pele e importante impacto do número de consultas pré-natais sobre o desfecho. São necessários estudos com delineamento mais adequado para confirmar a relação causal entre depressão materna, cesariana e PTT.

Palavras-chave
Nascimento prematuro; Idade gestacional; Prevalência; Fatores de risco

Instituto de Medicina Integral Prof. Fernando Figueira Rua dos Coelhos, 300. Boa Vista, 50070-550 Recife PE Brasil, Tel./Fax: +55 81 2122-4141 - Recife - PR - Brazil
E-mail: revista@imip.org.br