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Mastectomia versus tratamento cirúrgico conservador: impacto na qualidade de vida de mulheres com câncer mamário

OBJETIVOS: comparar o impacto da mastectomia e da cirurgia conservadora na qualidade de vida de pacientes com câncer mamário. MÉTODOS: avaliou-se qualidade de vida de pacientes submetidas à mastectomia ou à mastectomia segmentar, no Hospital das Clínicas de Pouso Alegre, Minas Gerais, Brasil, utilizando-se o SF-36. As pacientes foram estratificadas quanto à idade (<50 anos e >50 anos) e escolaridade (<8 anos e >8 anos). Aplicou-se o teste de Mann-Whitney para comparar os grupos quanto aos domínios do SF-36, idade e escolaridade. RESULTADOS: observou-se diferença significante entre os grupos nos domínios "capacidade funcional" (p=0,04) e "dor" (p=0,01): as pacientes mastectomizadas com piores resultados. Pacientes mastectomizadas mais jovens apresentaram pior qualidade de vida em "capacidade funcional" (p=0,03), "dor" (p=0,01) e "aspectos sociais" (p=0,01); as submetidas à cirurgia conservadora, com mais de 50 anos, resultado pior em "aspectos emocionais" (p=0,05). Pacientes mastectomizadas com menor escolaridade apresentaram escores menores em "capacidade funcional" (p=0,01), "aspectos físicos" (p=0,05) e "dor" (p=0,05). Entre as que frequentaram a escola por mais de oito anos, as mastectomizadas pontuaram menos no domínio "dor" (p=0,04). CONCLUSÕES: pacientes mastectomizadas apresentaram piores resultados no componente físico da qualidade de vida, e este impacto negativo foi mais acentuado entre pacientes mais jovens e com menor escolaridade.

Neoplasias da mama; Mastectomia; Mastectomia segmentar; Qualidade de vida


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