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Fatores associados a desfechos graves maternos, fetais e neonatais em um hospital universitário do estado do Rio de Janeiro

Resumo

Objetivos:

estimar a carga de morbidade grave e mortalidade em parturientes, fetos e neonatos e investigar a associação entre os desfechos maternos e de seus conceptos.

Métodos:

coorte retrospectiva de 546 parturientes e seus conceptos no hospital universitário referência para gravidez de alto risco da região metropolitana II do estado do Rio de Janeiro (ERJ), de 2015 a 2017. Classificamos as parturientes segundo morbidade obstétrica (MO) em direta, indireta e mista, e seus desfechos como: 1) sem gravidade, 2) complicação grave (CG), 3) intervenção crítica/ Unidade Terapia Intensiva e 4) maior gravidade-near miss materno (NMM) ou óbito. Avaliamos os conceptos quanto a near miss neonatal (NMN), óbitos fetais e neonatais. Estimamos indicadores de morbimortalidade, e fatores de associação (regressão logística multinomial).

Resultados:

MO foi frequente: 29,3% indiretas, 22,3% diretas e 15,8% mista. Ocorreram oito casos de NMM, sete com MO direta. Entre os conceptos,7,5% foram casos de NMN e 4,4%, óbitos. O risco de desfecho grave materno foi 16,8 e neonatal, 102,6 p/1000 nascidos vivos. Estiveram associados ao NMN: cor parda, pré-natal inadequado, CG e NMM/óbito; e ao óbito do concepto: pré-natal inadequado e NMM/óbito.

Conclusão:

mesmo em situação de referência, desigualdades sociodemográficas e assistenciais afetam negativamente mães e, consequentemente, seus conceptos.

Palavras-chave:
Complicações na gravidez; Morbidade; Saúde materno-infantil; Near miss; Cuidado pré-natal; Desigualdades em saúde

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