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Saúde no Brasil: exemplos para o mundo

O fato de que, a partir de 2012, pela primeira vez na história da humanidade a população urbana tenha ultrapassado a população rural, e que esta mudança tenha sido condicionada, em grande parte, por correntes migratórias no sentido campo/cidade, singulariza a importância dessa situação em termos epidemiológicos, ecológicos, políticos e sociais. São estes os aspectos destacados pelas Nações Unidas (UNICEF e OMS) considerando sobretudo a marcante e crescente relevância que a condição de pobreza das famílias rurais exerce neste deslocamento espacial, criando um ambiente notavelmente adverso e conflitivo, principalmente para o setor saúde, desde que a infraestrutura de serviços urbanos não acompanha o ritmo de ocupação desordenada nas periferias das cidades de médio e grande porte. Estes argumentos, de caráter universal, assumem uma importância crucial nos países em desenvolvimento, como no caso do Brasil, da América Latina, do subcontinente asiático e da maior parte da África. É um contexto que justifica o I Workshop Brasileiro sobre Saúde de Aglomerados Urbanos Subnormais (favelas) a ser realizado no Recife, como estratégia para consolidar um quadro de informações básicas sobre o cenário epidemiológico, a oferta e a demanda de serviços de saúde em áreas de pobreza urbana. O evento terá como objetivo propositivo o estabelecimento de uma agenda de estudos e modelos de intervenção com enfoque nas prioridades de saúde desses espaços urbanos, submetidos a condições socio-econômicas de reconhecida vulnerabilidade.

Áreas de pobreza; Saúde; Países em desenvolvimento; Brasil


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