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Análise de concordância entre as escalas visual analógica (VAS) e questões numéricas para avaliar a percepção de riscos teratogênicos em tratamento com medicamentos e radioterapia em mulheres

Objectivos:

avaliar a concordância entre Escalas Visuais Analógicas (EVA) e perguntas numéricas para aferir a percepção de risco teratogênico de medicamentos e radioterapia.

Métodos:

a amostra foi constituída por 144 gestantes e 143 não gestantes recrutadas consecutivamente em centros públicos de saúde de Porto Alegre, RS, entre fevereiro e agosto de 2011. A percepção de risco de malformações congênitas na população geral e as percepções de risco teratogênico das exposições a paracetamol, metoclo-pramida, misoprostol e radioterapia na gestação foram aferidas por EVA e perguntas numéricas. A concordância entre as duas técnicas foi avaliada pela análise gráfica de Bland-Altman

Resultados:

as medianas das percepções de risco teratogênico medidas por EVA foram superiores às obtidas através da pergunta numérica, para todas as variáveis. A percepção de risco ao paracetamol apresentou o menor viés entre as duas técnicas de aferição (viés=13,17; p<0,001) e a exposição à radioterapia, o maior (viés=25,02;p<0,001).

Conclusões:

não houve concordância entre as duas técnicas, para nenhuma das percepções de risco estudadas. As percepções de risco foram maiores para EVA, para todas as exposições. Sugerimos a realização de estudos que avaliem se também ocorre superestimação em outras situações e contextos sociais, em função do uso de EVA.

Risco; Escala visual analógica; Preparações farmacêuticas; Teratogênios


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