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Doenças osteomusculares são a principal causa de absenteísmo-doença entre trabalhadores da indústria de petróleo no Brasil: resultados de um estudo de coorte

Resumo

Objetivo:

descrever indicadores de absenteísmo-doença entre trabalhadores de indústria de petróleo.

Métodos:

estudo de coorte retrospectiva, realizado de 2012 a 2016, com dados secundários de prontuários médicos e de bases de dados da empresa. Foram calculados indicadores de absenteísmo por morbidade, características sociodemográficas e ocupacionais.

Resultados:

participaram 2.028 trabalhadores, do sexo masculino (87,6%), com idade maior ou igual a 50 anos (46,9%), nível médio de escolaridade (49,2%) e que trabalhavam em atividade não-operacional (65,1%). A incidência acumulada de afastamento do trabalho foi de 71,5% e a taxa de incidência de 25,8/100 pessoas-ano. Maiores taxas foram observadas entre mulheres (31,6), trabalhadores com 50 ou mais anos (29,9), 30 ou mais anos de serviço (31,9), menor escolaridade (29,2), em atividade operacional (27,9) e horário regular (26,1). Doenças osteomusculares (n=2001), respiratórias (n=1016) e digestivas (n=967) foram responsáveis pelo maior número de licenças. Os maiores números de dias de ausência ao trabalho foram por doenças osteomusculares (n=11640), lesões por causas externas (n=6267) e transtornos mentais (n=5042). Dor lombar foi o diagnóstico com maior número de dias de absenteísmo (n=3632).

Conclusão:

mulheres, trabalhadores com mais tempo de serviço e de menor escolaridade devem ser alvo de programas de saúde que visem o controle das morbidades identificadas.

Palavras-chave:
absenteísmo; estudos de coortes; indústria de petróleo e gás; doenças musculoesqueléticas; saúde do trabalhador

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