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Sofrimento psíquico, uso de drogas e trabalho

Resumo

Introdução:

a política de atenção ao uso e abuso de álcool e outras drogas dos últimos anos demonstra suas limitações para responder às necessidades de atenção à saúde do(a) trabalhador(a) que usa essas substâncias para aliviar os efeitos adversos dos mecanismos hostis no contexto do trabalho.

Objetivo:

articular abordagens que reúnem um conjunto teórico-conceitual suficiente para abordar temas complexos e multicausais, como a relação entre o sofrimento psíquico e o trabalho, tendo como elemento principal o uso e abuso de álcool e outras drogas.

Resultados:

há evidências que apontam a relação entre mudanças no mercado de trabalho no contexto neoliberal, violência moral e ética no ambiente profissional e efeitos negativos sobre a saúde física-psíquica de trabalhadores. Evidenciou-se a necessidade de se romper com a lógica do funcionalismo subjetivista sobre o tema do uso e abuso de álcool e outras drogas relacionados ao trabalho.

Conclusão:

as estratégias políticas de atenção ao sofrimento psíquico decorrente do uso de álcool e outras drogas devem ir além das práticas focadas somente na abstinência e se basear na interface entre aportes teóricos integrativos, redução de danos e que considere a relação entre sofrimento e defesas dos sujeitos, o trabalho e o meio.

Palavras-chave:
saúde do trabalhador; saúde mental; trabalho; drogas; política de redução de danos

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