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Baixas na linha de frente: absenteísmo entre bombeiros durante o combate à pandemia da COVID-19

Resumo

Objetivos:

descrever o absenteísmo relacionado a casos suspeitos (com infecção respiratória aguda) e confirmados da COVID-19 e a outros diagnósticos entre bombeiros de Minas Gerais, Brasil.

Métodos:

foram analisados os registros oficiais sobre afastamento do trabalho por problemas de saúde (licença-saúde). A análise foi organizada em: 1) gráficos estratificados por grupo de diagnóstico; 2) análises descritivas da proporção de licenças-saúde e do percentual de dias de trabalho perdidos por infecção respiratória aguda; 3) comparação (qui-quadrado) da proporção de licenças-saúde e do percentual de dias de trabalho perdidos por infecção respiratória aguda e por outros diagnósticos entre 2019 e 2020.

Resultados:

a análise gráfica mostrou um padrão regular de licenças-saúde antes do início da pandemia, um pico de licenças-saúde por infecção respiratória aguda após o início da pandemia e um novo padrão de licenças-saúde após o período de pico. A proporção de licenças-saúde e o percentual de dias de trabalho perdidos por infecção respiratória aguda aumentaram, respectivamente, 312% e 580% em 2020. Em contraste, o percentual de dias de trabalho perdidos por outros diagnósticos diminuiu 16%.

Conclusão:

a mudança no perfil de absenteísmo entre bombeiros reflete o vínculo formal de emprego, as políticas institucionais e a percepção de risco sobre a COVID-19.

Palavras-chave:
absenteísmo; bombeiros; infecções por coronavírus; saúde do trabalhador

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