Objetivou-se avaliar a dinâmica de degradação in vitro da fibra em detergente neutro (FDN) de forragem tropical de alta qualidade em função de suplementação com compostos nitrogenados. Como forragem basal, utilizou-se amostra de capim-braquiária colhida durante a estação chuvosa; como fonte de proteína verdadeira, caseína (0,5; 1,0 e 2,0 mg/mL de solução final de incubação); e, como fonte de nitrogênio não-protéico, mistura uréia:sulfato de amônia (U:SA; 9:1) (uréia). A uréia foi adicionada considerando a mesma quantidade de equivalentes protéicos fornecidos pelos níveis 0,5; 1,0 e 2,0 mg/mL de caseína. No total, incluindo o controle (somente forragem), obtiveram-se sete tratamentos, que foram avaliados em ambiente ruminal simulado por incubação in vitro, durante 0, 3, 6, 9, 12, 24, 36, 48, 72 e 96 horas. O procedimento foi repetido quatro vezes, perfazendo quatro avaliações por tempo de incubação para cada tratamento. Os resíduos de incubação foram avaliados quanto ao teor de FDN e interpretados por modelo logístico não-linear. A suplementação com caseína no nível 0,5 mg/mL aumentou em 1,1% a taxa de degradação da FDN potencialmente degradável (kFDNpd), enquanto, nos níveis 1,0 e 2,0 mg/mL, observou-se efeito inibitório sobre as estimativas deste parâmetro (-6,4 e -9,1%, respectivamente). Por outro lado, a adição isolada de uréia ao meio, independentemente do nível, ampliou em média 7,6% a kFDNpd. A concentração de nitrogênio amoniacal (NA) no meio aumentou com a suplementação, contudo, considerando-se os mesmos níveis de proteína bruta obtidos com a suplementação com caseína, a suplementação com uréia conferiu valores superiores de nitrogênio amoniacal ao meio de incubação.
capim-braquiária; caseína; nitrogênio amoniacal; suplemento; uréia
