Este trabalho foi realizado com o objetivo de verificar a ocorrência de crescimento compensatório em camarões-da-malásia (Macrobrachium rosenbergii) cultivados em cercados, após serem estocados em gaiolas sob altas densidades durante a fase de berçário. O experimento foi conduzido em gaiolas com 0,5 m² e cercados com 2 m² instalados em um viveiro de fundo natural com 2.400 m². Pós-larvas (PL) de camarões com peso médio de 0,026 ± 0,012 g (fase de berçário) foram inicialmente estocadas em 16 gaiolas, nas densidades de 50, 400, 800 e 1.200 camarões m-2. Após 60 dias, os camarões foram transferidos para 16 cercados de engorda, na densidade de 12 camarões m-2. O peso médio inicial dos camarões nessa fase foi o peso médio final registrado na fase de berçário, como segue: 50 PL m-2 = 2,3 ± 0,3 g; 400 PL m-2 = 0,5 ± 0,03 g; 800 PL m-2 = 0,3 ± 0,05 g e 1.200 PL m-2 = 0,1 ± 0,01 g. Ração comercial para camarões (35% de proteína) foi fornecida uma vez por dia, ao entardecer. Após 244 dias, a sobrevivência, o peso médio e a biomassa não diferiram significativamente entre as densidades de cultivo. A taxa de crescimento relativo foi significativamente maior nos camarões previamente estocados a 1.200 PL m-2 e a eficiência da conversão alimentar, significativamente melhor para aqueles previamente estocados a 400 e 1.200 PL m-2. Esses resultados sugerem a existência de crescimento compensatório parcial em M. rosenbergii, o que pode viabilizar a estocagem de camarões dessa espécie em altas densidades na fase de berçário.
biomassa; camarões-d'água-doce; cercados; engorda; Macrobrachium rosenbergii; sobrevivência
