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Assimetria Informacional e o Preço das Ações: Análise da Utilização das Redes Sociais nos Mercados de Capitais Brasileiro e Norte-americano* * Trabalho apresentado no XVII SemeAd, São Paulo, Brasil, Outubro, 2014 ** ** Os autores agradecem aos dois revisores da RC&F, ao Editor Professor Fábio Frezatti e aos revisores e debatedores do XVII SemeAd, bem como aos Professores Orleans Silva Martins (UFPB) e Vinícius Gomes Martins (Unipê), pelas valiosas contribuições para a melhoria do artigo. Também gostaríamos de agradecer ao Instituto UFPB de Desenvolvimento da Paraíba - IDEP/UFPB pelo auxílio financeiro para a obtenção dos dados utilizados nesta pesquisa

RESUMO

A crescente globalização faz com que a internet se torne, cada vez mais, parte da rotina das pessoas ao redor do mundo. Com a evolução dainternet, surgiram as redes sociais com o objetivo de facilitar a comunicação entre pessoas, comunidades e, até mesmo, entre corporações. As redes sociais oferecem às companhias uma forma de divulgação de suas informações de modo instantâneo, possibilitando aos usuários destas informações maior agilidade na busca de notícias sobre as companhias nas quais estejam aplicados seus investimentos ou em que desejam investir. Neste contexto, o objetivo do presente trabalho foi analisar o modo pelo qual as redes sociais (Facebook, Twitter e Youtube) afetam o nível de assimetria informacional e a precificação das ações das companhias abertas, tanto brasileiras como estadunidenses, durante o período de 2012. Para atingir o objetivo proposto, foi utilizada a estrutura conceitual do Modelo de Ohlson (1995) a fim de verificar se as informações postadas nas redes sociais afetam a precificação das ações, e como proxy para assimetria informacional utilizou-se da volatilidade dos preços das ações. A amostra compreendeu 170 empresas brasileiras listadas na BM&FBOVESPA e 100 empresas listadas no mercado acionário norte-americano, no ano de 2012. Os resultados apontam que as redes sociais podem afetar o nível de assimetria informacional nesses mercados, mas apenas o Facebook "não oficial" afeta a precificação das ações nas empresas do mercado acionário brasileiro, porém, a análise da sensibilidade indicou que os grupos dos que usam ou não oFacebook não apresentam retornos médios diferentes. Sendo assim, os investidores não devem utilizar essa informação para traçar estratégias que gerem melhores retornos.

Palavras-chave:
redes sociais; assimetria informacional; precificação das ações

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