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Eletroquímica da pirita e da arsenopirita na presença de amil xantato de potássio

O ouro é encontrado freqüentemente na natureza associado a sulfetos, como pirita e arsenopirita. Geralmente, tais sulfetos são concentrados por flotação para posterior tratamento hidrometalúrgico. A flotabilidade dos sulfetos minerais depende do balanço hidrofílico/hidrofóbico, que é induzido, respectivamente, pelos produtos de oxidação formados nas superfícies minerais e pelo processo de adsorção do coletor, que, por sua vez, não pode ser completamente interrompido pela presença da camada de produtos de oxidação. No presente trabalho, foram tomadas medidas de potencial de repouso de pirita e de arsenopirita, indicando que tais minerais, após adição de solução de H2O2 10 % v/v a 1 mL/min, são oxidados a Fe(OH)3 e FeOOH, respectivamente. As voltametrias cíclicas indicaram que, tanto para a pirita, quanto para a arsenopirita, as espécies responsáveis por conferir hidrofobicidade aos sulfetos (xantato férrico e dixantógeno, respectivamente) se formam em potenciais mais elevados, na presença de produtos de oxidação em suas superfícies. Medidas de potencial de repouso indicaram que a pirita sofre oxidação com formação de Fe(OH)3, entretanto, ao ser interligada à arsenopirita, torna-se catodicamente protegida e, portanto, menos suscetível à oxidação. Quando nitrogênio foi borbulhado na solução, o potencial de repouso da arsenopirita, ao ser interligada à pirita, atingiu valores mais elevados, sugerindo que nessa interação ela se comporta anodicamente.

Pirita; arsenopirita; oxidação; adsorção de xantato; interação galvânica


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