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Dolarização, âncora cambial e reservas internacionais* * O autor agradece o apoio financeiro do Núcleo de Pesquisas e Publicações da Fundação Getúlio Varga - São Paulo. O trabalho beneficiou-se de comentários e sugestões de Carlos Eduardo Carvalho, Luiz Carlos Bresser-Pereira, Maria Lobo N. Batista, Roberto Messemberg e Valdir Ramalho. Cristina De Luca colaborou na revisão do texto no levantamento bibliográfico. Paulo Barelli e Delmário Ferreira Lima auxiliaram na coleta e elaboração das estatísticas.

Dollarization, exchange-rate anchor and international reserves

RESUMO

Discussões técnicas sobre alternativas de estabilização para o Brasil focaram recentemente na utilização da taxa de câmbio como âncora nominal e medidas que envolvem um grau de dolarização da economia. Este último implicaria sanção oficial pela crescente substituição de moeda estrangeira por moeda nacional, um tipo de decisão que a experiência de vários países latino-americanos mostrou ser extremamente difícil de reverter. Além disso, as estabilizações baseadas na taxa de câmbio muitas vezes desencadearam crises na balança de pagamentos. Este artigo analisa o recente programa de estabilização da Argentina e algumas das lições que ele pode trazer para o Brasil. Argumenta que a abordagem argentina, bem como algumas de suas variações, não pode ser aplicada com sucesso no Brasil.

PALAVRAS-CHAVE:
Dolarização; inflação; estabilização

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