RESUMO
A política habitacional retomou seu relevo no país com a ascensão do PT ao governo federal, após mais de 20 anos de baixa produção de moradias. Este artigo mostra - por meio da análise de documentos, entrevistas e pesquisa de opinião com empresários - que o impulso dessa política pública está inserido no projeto eleitoral petista, baseado no crescimento econômico e na expansão de programas sociais. Verificou-se a confluência de interesses entre o governo Lula (2003-2010) e o empresariado da construção civil - este, interessado em ampliar seus negócios, e aquele, em ampliar a oferta de emprego e o nível de atividade da economia. O ápice desse processo se dá com o lançamento do maior programa de habitação social implantado no país, o Minha Casa, Minha Vida, no qual as construtoras têm papel central na elaboração, viabilização e execução de projetos de moradia social.
PALAVRAS-CHAVE:
política habitacional; interesses empresariais; definição de agenda; governo Lula