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Processos de depreciação cambial são expansionistas ou contracionistas no Brasil? Uma avaliação do efeito do descasamento cambial do setor privado* * Texto preparado para o “3rd Workshop on New Developmentalism: Theory and Policy for Developing Countries”, realizado na FGV/EESP, em julho de 2018.

Are currency depreciation processes expansionary or contractionary in Brazil? An assessment of the effect of private sector foreign exchange mismatch

RESUMO

Este trabalho analisa a evolução do descasamento cambial na economia brasileira, do início da década passada até o presente, com o objetivo de avaliar a vulnerabilidade da economia à desvalorização cambial através do efeito balanço. Destaca-se a grande transformação ocorrida na estrutura do passivo externo líquido do país, ao longo do período. A dívida externa líquida tornou-se negativa, mas isto reflete fundamentalmente a situação do setor público, porque o setor privado continuou com um descasamento cambial primário elevado. Utilizando dados do mercado de derivativos, concluímos que o descasamento cambial efetivo do setor privado é bem menor quando subtraímos as operações de hedge do descasamento primário. E concluímos que nos últimos 5 anos houve uma redução substancial do risco cambial das empresas não financeiras, diminuindo as potenciais consequências negativas de uma desvalorização cambial por meio do chamado efeito balanço.

PALAVRAS-CHAVE:
Taxa de câmbio; Endividamento externo; Efeito balanço; Descasamento cambial

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