Contribuições do estudo
Principais resultados
As coberturas vacinais anuais estiveram abaixo de 95% no Brasil. A segunda dose da vacina apresentou tendências estacionárias e decrescentes nas Unidades da Federação. A taxa de abandono manteve-se com alta variação, em todo o período do estudo.
Implicações para os serviços
Os resultados encontrados acerca das tendências servem de subsídio e apontam para a urgência no planejamento de ações que visem melhorar a cobertura da vacina tríplice viral no território nacional.
Perspectivas
São necessários investimentos na qualificação de profissionais da vigilância epidemiológica e em sistemas informatizados, com vistas ao monitoramento contínuo, que subsidiem ações de promoção de melhores coberturas vacinais em tempo oportuno.
Resumo
Objetivo:
analisar a tendência temporal da cobertura e da taxa de abandono da vacina tríplice viral no Brasil, nas Unidades da Federação (UFs) e grandes regiões nacionais, entre 2014 e 2021.
Métodos:
estudo ecológico de série temporal, sobre dados do Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações e do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos; foram utilizados modelos de regressão por pontos de inflexão.
Resultados:
as coberturas vacinais anuais, no Brasil como um todo, estiveram abaixo de 95%, variando de 92,3% (2015) a 54,4% (2021); a segunda dose da vacina apresentou tendência temporal decrescente no período (variação média no período = -5,8; IC95% -10,5;-0,8); as tendências temporais foram estacionárias e decrescentes nas UFs; a taxa de abandono variou de 22,2% (2014) a 37,4% (2021).
Conclusão:
houve tendência de queda da cobertura vacinal e aumento da taxa de abandono, no Brasil como um todo e nas UFs.
Palavras-chave:
Vacinação da Criança; Cobertura Vacinal; Esquema de Vacinação; Estudos de Séries Temporais