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Esquistossomose mansônica em área de baixa transmissão: II. Fatores de risco para infecção

A partir de um estudo de caso-controle por pareamento (1:1) foram determinados os fatores de risco para infecção por Schistosoma mansoni. O trabalho foi desenvolvido no município de Pedro de Toledo, São Paulo, Brasil, área onde Biomphalaria tenagophila é o hospedeiro intermediário. Por meio de questionários foram obtidas informações sobre o padrão de contato com águas naturais; percepção da doença e condições sanitárias e socio-econômicas. Os fatores de risco foram estimados individualmente e através de modelo logístico. A maioria dos pesquisados admitiu contatos recentes com águas naturais (90,6% dos casos). O motivo mais freqüente para estes contatos foi nadar, brincar e pescar. O rio representou o principal local de contato com águas naturais. De acordo com a técnica de regressão logística, os principais fatores de risco foram: a) contato com água para nadar, brincar, pescar; b) vadear; c) más condições de higiene. Concluímos que as atividades recreativas são as principais responsáveis pela transmissão da esquistossomose em Pedro de Toledo e alternativas de lazer devem ser oferecidas a esta população.


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