Partindo da imagem da dissecação de cadáveres, considerada como “cena primitiva” da ciência moderna, o presente artigo propõe indicar uma especificidade da observação em psicanálise por meio do paradigma do sonho, espaço, não mais do visível, mas do visual e do alucinatório. Nesta configuração, a observação se encontra intrinsecamente ligada à experiência transferencial. A autora atenta, então, para os laços transferênciais que ligam pesquisador e objeto de estudo, numa analogía entre a investigação científica e a situação analítica.
Observação; sonho; transferência; psicanálise