RESUMO
Objetivo
O uso de suplementos alimentares está a aumentar. Estes podem conter altas doses de substâncias ou combinações de ingredientes perigosas. Este artigo procura encontrar, analisando os rótulos dos produtos, se existem substâncias dopantes ou nocivas.
Métodos
Foram analisadas várias marcas cujos respectivos suplementos foram classificados em pré e pós-treino. Foram incluídos 40 suplementos com todos os ingredientes descritos. A respectiva dose mínima e máxima foi descrita estatisticamente como média ± DP.
Resultados
Extratos de Citrus aurantium, Yohimbe, Garcinia cambogia e raiz de Maca foram encontrados nos suplementos analisados. O grupo pré-treino apresentou maior média de cafeína (241±86mg) do que o grupo pós-treino (183±68mg), e a dose média mínima foi de 226±84mg, enquanto a dose média máxima foi de 242±88 mg. O grupo pré-treino apresentou menor média de creatina (3106±1079mg) do que o grupo pós-treino (4137±4177mg), e a dose média mínima foi de 3167±1728mg, enquanto a dose média máxima foi de 3917±3643mg. O grupo pós-treino apresentou uma maior média de sal (2155±4486mg) do que o grupo pré-treino (464±605mg), e a dose média mínima foi 1635±3930mg, enquanto a dose média máxima foi de 1708±3926mg.
Conclusão
Não foram encontradas substâncias dopantes nos suplementos, mas algumas recomendações de consumo nos rótulos poderão levar à sobredose de certos ingredientes menos testados.
Palavras-chave
Suplementos Nutricionais; Doping; Ciências da Nutrição; Toxicidade