RESUMO
Objetivo
Avaliar a influência da duração de sono autorrelatada na secreção de grelina e indicadores nutricionais na obesidade.
Métodos
Trata-se de um estudo observacional, incluindo 36 mulheres adultas com obesidade. A duração do sono foi relatada durante o preenchimento do questionário de dados gerais. Foram avaliados indicadores dietéticos, laboratoriais, antropométricos e de composição corporal, além da taxa metabólica de repouso. Para análise estatística, os dados de duração de sono foram agrupados em tercis, sendo menor do que seis (primeiro tercil), igual ou acima seis e menor do que oito (segundo tercil), igual ou maior do que oito horas de sono por dia (terceiro tercil). Os indicadores supracitados foram comparados entre as diferentes faixas dos tercis de duração de sono.
Resultados
Não houve diferença significativa ao comparar os indicadores antropométricos, laboratoriais e do gasto de energia, entre os tercis de sono. Porém, mulheres com menor tempo de duração do sono (menos de 6 horas por dia) apresentaram maior média da ingestão calórica, comparado com o tercil de oito horas ou mais de sono por dia. Para a ingestão de lipídios totais, a média de consumo foi maior no primeiro tercil (até seis horas por dia).
Conclusão
Dormir menos do que seis horas por dia levou ao aumento na ingestão energética e de lipídios em mulheres com obesidade, porém, não alterou a concentração de grelina plasmática.
Palavras-chave
Ingestão de alimentos; Grelina; Obesidade; Taxa metabólica de repouso; Sono