RESUMO
Objetivo
Este estudo teve como objetivo determinar os efeitos das atitudes das mães enquanto profissionais de saúde e das suas características sociodemográficas nos hábitos alimentares dos seus filhos.
Métodos
Os dados deste estudo descritivo e transversal foram recolhidos entre janeiro e março de 2022, através de um inquérito online aplicado a 386 mães.
Resultados
A média de idade das mães foi de 32,88±4,96 anos, e a média de idade das crianças foi de 38,78±18,24 meses. Relativamente ao nível de escolaridade, 62,7% das mães tinham formação universitária, enquanto 54,4% eram enfermeiras. Foi encontrada uma correlação significativa e positiva entre as subdimensões da Escala de Atitudes das Mães em relação ao Processo de Alimentação e a escala de Avaliação Comportamental da Alimentação Pediátrica (p=0,000). De acordo com a análise de regressão múltipla, o principal determinante da subdimensão “comedor exigente” da escala Avaliação Comportamental da Alimentação Pediátrica foi a ocupação da mãe (β=0,28; 95% Cl: 3,07, 6,50), o principal determinante da subdimensão “recusa geral de bebês” foi a falta de afetividade durante a refeição (β=0. 38; IC 95%: 0,19, 0,32), o principal determinante da subdimensão “recusa geral de crianças mais velhas” foi a falta de afetividade durante a refeição (β=0,30; IC 95%: 0,16, 0,33), e o principal determinante da subdimensão recusa de crianças mais velhas – alimentos texturizados foi a alimentação forçada (β=0,48; IC 95%: 0,41, 0,63).
Conclusão
O estudo concluiu que os problemas relacionados com as atitudes das mães em relação ao processo de alimentação eram moderados e que esses problemas eram causados principalmente pelas atitudes das mães em relação a uma alimentação inadequada/desbalanceada. Verificou-se também que as crianças tinham um comportamento alimentar e hábitos alimentares problemáticos moderados.
Palavras-chave
Criança; Hábitos alimentares; Pessoal de saúde; Mães