RESUMO
Objetivo:
Compreender a experiência de jovens com fissura orofacial quanto à vivência da adolescência.
Métodos:
Estudo descritivo, qualitativo, desenvolvido em um hospital público e terciário brasileiro, referência no atendimento de pacientes com anomalias craniofaciais e síndromes relacionadas, entre fevereiro e abril de 2019. A amostra foi definida por saturação teórica. Estabeleceram-se como critérios de inclusão: idade compreendida entre dez e 19 anos completos e apresentação de fissura orofacial (lábio e/ou palato) previamente operada. Excluíram-se aqueles que apresentavam a fissura associada a síndromes ou outras malformações. A coleta de dados foi realizada por meio de entrevista semiestruturada, que foi gravada em áudio e transcrita na íntegra. O elemento disparador foi: como tem sido para você vivenciar sua adolescência? Para a construção dos resultados, utilizou-se a análise de conteúdo na modalidade temática.
Resultados:
Participaram 17 adolescentes. Com base nos discursos, desvelaram-se três categorias: interagindo socialmente; sentindo-se apoiado; e vivenciando e enfrentando o preconceito.
Conclusões:
Percebeu-se a complexidade biopsicossocial e conflituosa que adolescentes com fissura de orofacial vivenciam, assim como a importância de eles receberem apoio e de se estabelecerem modalidades de enfrentamento situacional.
Palavras-chave:
Fenda labial; Fissura palatina; Adolescentes; Pesquisa qualitativa; Enfermagem