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Adenovírus humano associado à síndrome da aglutinina fria grave: uma complicação rara em Pediatria

RESUMO

Objetivo:

Descrever o primeiro caso pediátrico de síndrome da crioaglutinina desencadeado por adenovírus humano e revisar a literatura.

Descrição do caso:

Paciente do sexo feminino, dois anos e seis meses, previamente hígida e diagnosticada com adenovírus humano isolado em swab nasal. Após 72 horas da admissão, a paciente evoluiu com quadro de anemia grave (hemoglobina de 2,6 g/dL). Os achados laboratoriais foram compatíveis com síndrome da crioaglutinina. A paciente recebeu transfusão de concentrado de hemácias, suplementação vitamínica, hidratação adequada e proteção térmica. Em seu último retorno ambulatorial, um ano após a apresentação inicial, permanecia clinicamente bem, sem sinais de hemólise.

Comentários:

Enquanto a síndrome da crioaglutinina grave é extremamente incomum na emergência pediátrica, a infecção por adenovírus humano é um quadro comum na infância. Recentemente, o adenovírus tem sido associado a novas complicações, e pediatras e hematologistas devem ficar atentos à possibilidade de uma evolução incomum dessa infecção e dos sinais e sintomas que possam necessitar de atenção urgente. No caso apresentado, a suspeita da complicação hematológica foi a chave para o diagnóstico precoce e seu manejo adequado.

Palavras-chave:
Anemia hemolítica autoimune; Adenovírus; Pediatria

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