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Tendências na mortalidade por câncer de próstata no estado de São Paulo, 2000 a 2015

RESUMO

OBJETIVO

Estimar a magnitude e identificar padrões de mudança na mortalidade por câncer de próstata no estado de São Paulo e nas 17 redes regionais de atenção à saúde, segundo grupos etários a partir dos 50 anos, no período de 2000 a 2015.

MÉTODOS

As taxas de mortalidade ajustadas por idade (por 100 mil homens) foram calculadas pelo método direto usando a população mundial de Segi como padrão. A análise de regressão Joinpoint foi utilizada para calcular as variações percentuais anuais médias (AAPC), com intervalo de confiança de 95% (IC95%), por rede regional e grupo etário (50–59, 60–69, 70–79 e 80 anos ou mais).

RESULTADOS

Para o estado de São Paulo, as taxas ajustadas de mortalidade foram de 15,2, 13,3 e 11,9/100 mil homens, respectivamente, nos períodos de 2000 a 2005, 2006 a 2010 e 2011 a 2015, com tendência de decréscimo significativo (AAPC = -2,10%; IC95% -2,42 – -1,79) a cada ano. Das 17 redes, 11 apresentaram reduções médias anuais significativas, que variaram entre -1,72% e -3,05%. A partir dos 50 anos, verificou-se redução mais acentuada nos grupos de 50 a 59 (AAPC = -2,33%; IC95% -3,04 – -1,62) e 60 a 69 anos (AAPC = -2,84%; IC95% -3,25 – -2,43).

CONCLUSÕES

Embora as reduções na mortalidade ainda sejam discretas, indicam progresso nas ações de controle do câncer de próstata. Ações de rastreamento e mudanças nas condutas terapêuticas nas últimas décadas podem estar modificando a incidência e a sobrevida, resultando em mudanças no perfil de mortalidade. Estudos mais detalhados serão úteis na compreensão dos fatores que levam às variações inter-regionais encontradas.

Neoplasias da Próstata, mortalidade; Mortalidade, tendências; Distribuição por Idade; Distribuição Temporal

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