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Dinâmica Populacional de Cyrtomon luridus Boheman (Coloptera: Curlionidae) em Duboisia sp. (Solanaceae) no Brasil

Cyrtomon luridus (Boheman) adaptou-se à planta medicinal Duboisia sp., introduzida da Austrália, na qual causa danos de até 100%. A dinâmica populacional e o ciclo biológico foram estudados de 1993 a 1996, em Arapongas, PR, Brasil, com o objetivo de determinar futuros métodos de controle em Duboisia sp.. C. luridus apresentou ciclo anual em Duboisia sp. em condições naturais. O período de desenvolvimento larval ocorreu em 120 a 150 dias, de janeiro a maio, atingindo o tamanho médio de 19.0 ± 2.0 mm a uma profundidade média no solo de 24.9 ± 8.6 cm a 45.0 ± 10.0 cm. Em abril, foi observado o início da fase pupal. A viabilidade do período larval-adulto variou de 7.5% a 19.6%. Os sintomas típicos de ataque apareceram com o nível de infestação de 60 larvas por planta. Os primeiros adultos surgiram em julho, seis meses após a eclosão das larvas. Entretanto, o início da emergência de adultos do solo foi em setembro, no início da estação chuvosa, atingindo o pico de emergência em outubro, estendendo-se até janeiro. Em laboratório (25ºC, 70% UR), a longevidade média das fêmeas foi de 113.7 ± 15.2 dias. Neste período, cada fêmea colocou 42.7 ± 7.9 massas de ovos com 9.4 ± 0.61 ovos cada, totalizando uma média de 402 ± 72.9 ovos por fêmea. Adultos de C. luridus foram encontrados parasitados por Microctonus sp. (Loan) (Hymenoptera: Braconidae). As espécies de Solanaceae Solanum mauritianum Scopoli e Cestrum intermedium Sendt. foram encontradas como plantas hospedeiras de C. luridus.

Microctonus; ciclo biológico; planta medicinal; controle; longevidade


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