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QUEM PRECISA DE CULTURA? O CAPITAL EXISTENCIAL DO FUNK E A CONVENIÊNCIA DA CULTURA

WHO NEEDS CULTURE? FUNK'S EXISTENTIAL CAPITAL AND THE EXPEDIENCY OF CULTURE

Resumo

Qual é a conveniência do funk? Deve o funk ser útil para poder ser aceito como cultura? Muitas vezes discursos que buscam apresentar o funk como uma prática cultural legítima recorrem a sua suposta utilidade. Duas leituras se destacam. O funk serviria para retirar crianças e jovens do "mundo do crime" ou seria uma lucrativa forma de economia criativa. Este artigo desafia tais leituras sem, no entanto, negar a utilidade do funk. Contudo, não se trata apenas de instrumentalidade, mas de uma forma de gerar capital existencial mobilizada coletivamente e de maneira afetiva. Assim, além de contribuir para a criação de capital cultural, econômico e social, utilizado por indivíduos em suas lutas e competições dentro de campos específicos, o funk seria também mobilizado através de comunidades afetivas.

Palavras-chave:
Capital existencial; Baile funk; Passinho; Afeto; Reconhecimento

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