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Teorizando o Caribe a contrapelo. Como cientistas sociais do Caribe anglófono estabeleceram o Caribe como espaço de produção de conhecimento nos anos 1950

Resumo

Este artigo examina o período fundacional e formativo do pensamento social interdisciplinar no Caribe anglófono, no intuito de se engajar criticamente com a hipótese da dependência acadêmica, e joga luz sobre como intelectuais das Índias Ocidentais nos anos 1950 resistiram a estruturas de dominação institucionais e epistêmicas. O legado e o enraizamento imperial da produção de conhecimento das ciências sociais é constituído por contribuições de diferentes tipos, ainda que frequentemente estejam focadas sobre discussões macrohistóricas e epistêmicas. Argumento que, para reforçá-las, estudos de caso empíricos da produção de conhecimento social no Sul Global podem ser produtivos a fim de elaborar e aprender de tradições de teorização e pesquisa não hegemônicas. Ao conduzir a reconstrução de um contexto institucional de produção de conhecimento e sua interação um com o outro, buscarei mostrar que os cientistas sociais das Índias Ocidentais representam um exemplo inspirador de como a teorização social era praticada a contra a corrente das relações centro-periferia.

Palavras-chave:
Dependência acadêmica; Teoria sociológica; Circulação do conhecimento; Relações centro-periferia; Caribe

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