Acessibilidade / Reportar erro

“É A MORTE DO RIO TOCANTINS, EU SINTO ISSO”: DESTERRITORIALIZAÇÃO E PERDAS SIMBÓLICAS EM COMUNIDADES TRADICIONAIS ATINGIDAS PELA HIDRELÉTRICA DE ESTREITO, TO

“It’s the death of Tocantins River, I can feel it”: deterritorialization and symbolic losses in traditional communities affected by hydroelectric of Estreito, state of Tocantins

RESUMO

Este artigo examina as perdas simbólicas e a desterritorialização de populações tradicionais atingidas pela construção da usina hidroelétrica de Estreito, no médio rio Tocantins, entre Maranhão e Tocantins. O texto mostra as consequências do deslocamento, forçado por obras de barragens, para uma parcela da população, sobretudo idosos, quanto à perda da relação com o rio. Os sentimentos de apego ao lugar - a topofilia - e as perdas simbólicas apreendidas do testemunho de ribeirinhos, pescadores e extrativistas antigos na região deixam entrever um impacto profundo na vida das pessoas que perderam o contato com a natureza e seu entorno. Por fim, o trabalho enfoca a problemática da compensação ambiental como perspectiva de mitigar a violência psicossocial decorrente do deslocamento forçado para populações tradicionais remanejadas em assentamentos rurais.

Palavras-chave:
Impactos Simbólicos; Barragens; Desterritorialização; Ribeirinhos

Editora da Universidade Federal de Uberlândia - EDUFU Av. João Naves de Ávila, 2121 - Bloco 5M – Sala 302B, 38400902 - Uberlândia - Minas Gerais - Brasil, +55 (34) 3239- 4549 - Uberlândia - MG - Brazil
E-mail: sociedade.natureza@ig.ufu.br