OBJETIVO: Determinar a associação entre a presença do anticorpo anticardiolipina e o antecedente de aborto espontâneo recorrente. TIPO DE ESTUDO: Estudo clínico-controlado. LOCAL: Departamento de Tocoginecologia da Faculdade de Ciências Médicas da UNICAMP. PARTICIPANTES: No grupo 1 foram incluídas 52 pacientes que apresentavam antecedente de aborto espontâneo recorrente e, no grupo 2, 104 pacientes com antecedente de pelo menos uma gestação bem sucedida. O prazo máximo entre o último parto e a data da coleta de sangue foi de dois anos; o mínimo foi de seis meses. INTERVENÇÃO: Entre novembro de 1993 e novembro de 1994 as pacientes foram submetidas à pesquisa sérica do anticorpo anticardiolipina por ELISA, segundo técnica descrita por TRIPLETT, BARNA, UNGER (1993). MENSURAÇÃO: Os resultados foram analisados através dos testes Qui-Quadrado, Exato de Fisher e t de Student. RESULTADOS: Não foi encontrada diferença estatisticamente significativa na freqüência do anticorpo anticardiolipina entre os grupos I e II para IgM (zero e 2,9%) e IgG (7,7 e 5,8%). CONCLUSÕES: Não foi encontrada associação entre a presença do anticorpo anticardiolipina e o antecedente de aborto recorrente.
