RESUMO
Objetivo:
avaliar a prevalência de distúrbios do sono e os fatores associados à qualidade do sono em pacientes com Síndrome Coronariana Aguda.
Método:
estudo transversal, realizado na Unidade de Cardiologia de um hospital público universitário, no período de outubro de 2021 a dezembro de 2022, com pacientes hospitalizados por Síndrome Coronariana Aguda maiores de 18 anos. Foram coletados dados sociodemográficos e clínicos, e a qualidade do sono foi mensurado pelo Índice de Qualidade do Sono de Pittsburgh. Testes estatísticos de associação foram realizados, sendo considerado um valor de p<0,05 como significativo.
Resultados:
foram incluídos 96 pacientes, sendo a maioria do sexo masculino, casados e com idade média de 63 anos. As comorbidades mais prevalentes foram hipertensão arterial sistêmica, dislipidemia e diabetes. Foi identificado que 92% tinham alteração na qualidade do sono e que a quantidade de horas dormidas (p.<0,01), o tempo para iniciar o sono (p.0,03), a latência do sono (p.<0,01), duração do sono (p.<0,01), eficiência do sono (p.<0,02) e sonolência diurna e disfunção diurna (p.0,01) apresentaram associação significativa com a qualidade do sono. Houve correlação fraca, porém, significativa entre a idade (r-0,22, p.0,02) e a presença de lesões obstrutivas coronarianas (r-0,23; p.0,02) com o escore do Pittsburgh Sleep Quality Index.
Conclusão:
a maioria dos pacientes com Síndrome Coronariana Aguda foram classificados como maus dormidores, portanto intervenções educativas para promoção do sono devem ser realizadas nesta população para a redução no risco cardiovascular.
DESCRITORES:
Síndrome coronariana aguda; Qualidade do sono; Escala de Pittsburgh; Fator de risco cardiovascular; Enfermagem