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A disputa pelo “universal”: Celso Furtado, Fernando Henrique Cardoso e a arena transnacional das ciências sociais na Guerra Fria (1964-1988)1 1 . Agradeço a Rosa Freire d’Aguiar, Glauber Sezerino, Adrián Gorelik, Alexandre Barbosa, Darlan Barboza e Plínio de Arruda Sampaio Jr., assim como aos pareceristas da Tempo Social, a leitura e a discussão dos argumentos deste texto, e a Maurice Aymard o acesso aos arquivos de Fernand Braudel. A pesquisa que o originou foi viabilizada parcialmente por bolsas da Fapesp e da Capes (em modalidade Print e do acordo Cofecub). Agradeço também a Sergio Miceli, pois foi seu convite para uma coletânea que me levou a esta pesquisa.

The dispute over the “universal”: Celso Furtado, Fernando Henrique Cardoso and the transnational arena of social sciences in the Cold War (1964-1988)

Resumo

Adotando a hipótese segundo a qual entre o espaço social e as construções simbólicas que nele emergem existem correlações que tornam ambos inteligíveis, o artigo articula as posições objetivas e as carreiras transnacionais que condicionaram as tomadas de posição teóricas de Celso Furtado (1920-2004) e Fernando Henrique Cardoso (1931). Trata-se de dois casos que apresentam interesse sociológico por contrariarem as tendências assimétricas do espaço global das ciências sociais: apesar de terem origem no “sul global”, suas obras foram efetivamente integradas no “centro”; disputaram explicações, ganharam paradas, perderam outras, seus pares não passaram incólumes a elas. Ademais, foram ungidos pela consagração, ainda que em países com posições diversas na hierarquia do espaço.

Palavras-chave:
Brasil-Estados Unidos; Brasil-França; Circulação Internacional de Bens Simbólicos; Sociologia dos Intelectuais; Consagração

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