Resumo
A rua Ayacucho na cidade de Medellín viram-se em espaços produzidos, colonizados e com outro estrato socioeconômico pelo capital imobiliário-financeiro e o Estado, negando-lhes ao direito da cidade aos moradores que demandam uma solução ao déficit de habitação, e que ao mesmo tempo, os expulsa à periferia da cidade. O capital imobiliário-financeiro cumpre um papel protagonista no sistema capitalista atual. No seu processo de expansão, o capital em conivência do Estado, gera um conflito de interesses com os grupos sociais, uma vez que eles se debatem entre a reprodução do capital e a reprodução social da vida. Por tanto, em quanto nos instrumentos de planejamento contemporâneo consideram os espaços centrais da cidade para o desenvolvimento de projetos imobiliários sob a premissa da cidade compacta, os interesses de iniciativa privada prevalecem sob aos interesses das classes menos favorecidas, as quais procuram solucionar entre outros problemas o déficit de habitação. Ao mesmo tempo, na tentativa por posicionar a Medellín como uma plataforma competitiva, o Estado desenvolve megaprojetos que geram o despejo (desapropriação) de alguns moradores tradicionais, para dar entrada a moradores com maior renda.
Palavras chaves:
Renovação urbana; Capital imobiliário-financeiro; Despejo