Resumo
Encontrar um equilíbrio entre conservação e transformação da forma física das cidades é um desafio fundamental para o planejamento. Apoiado numa compreensão aprofundada das principais necessidades e aspirações socioeconómicas e ambientais de uma cidade e das características fundamentais da sua forma física, o planejamento físico deve fornecer um enquadramento que promova a conservação dos elementos físicos estruturantes e permita a alteração dos elementos menos persistentes. Em muitos casos, o planejamento não tem sido capaz de fornecer tal estrutura. Este artigo aborda esse problema fundamental. Argumenta-se que uma das principais razões para o fracasso é a ausência de respaldo científico para a prática de planejamento. Para lidar com esta fragilidade, o artigo propõe uma versão revista do método de regionalização morfológica. O método foi concebido por M.R.G. Conzen no início dos anos 1960 e aplicado, ao longo das últimas décadas, por vários acadêmicos em diferentes contextos geográficos e culturais. Esta versão revista do método fornece uma definição explícita e sistemática de opções e etapas processuais, um uso claro de terminologia, e uma relação robusta com a abordagem histórico-geográfica, suportando a criação de uma nova estrutura para compreender a conservação e a mudança. O método é aplicado em uma cidade com uma história urbana única, Istambul, focando-se em Fatih (península histórica).
Palavras-chave:
Prática de planejamento; Conservação e transformação; Morfologia urbana; Regiões morfológicas; Istambul