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O açúcar amargo: Suor, sangue e lágrimas nos engenhos

Bitter Sugar: Sweat, Blood, and Tears in Sugar Mills

Resumo

As condições de vida e trabalho às quais foram submetidos homens e mulheres escravizados no processo produtivo do açúcar nos engenhos são fatores essenciais para entender a dinâmica da escravidão na América Portuguesa. Nas entrelinhas das recomendações e admoestações transmitidas aos senhores de engenhos do Nordeste, bem como nas descrições das tarefas executadas pelos escravos em diferentes setores da propriedade encontradas nos textos de clérigos setecentistas como padre Antônio Vieira, Jorge Benci, Manuel Ribeiro Rocha e, principalmente, por André João Antonil, é possível entrever essas condições e as relações de poder, que se vinham consolidando desde o século XVII. Frutos do estágio do desenvolvimento das forças produtivas no setor agrícola e de fatores inerentes ao escravismo moderno, essas condições permaneceram as mesmas no século XIX e podiam ser encontradas em outras regiões produtoras de açúcar no Sudeste, conforme se verifica nos relatos produzidos pelos viajantes europeus que visitaram essas propriedades.

Palavras-chave
Escravidão; engenho; trabalho

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