Open-access Taxonomia de Pseudisobrachium (Hymenoptera, Bethylidae) da Mata Atlântica Brasileira

Taxonomy of Pseudisobrachium (Hymenoptera, Bethylidae) from the Brazilian Atlantic Rain Forest

Resumos

Pseudisobrachium é um gênero de Bethylidae pouco estudado na região Neotropical, embora seja um dos mais abundantes em coletas e museus. Há 19 espécies de Pseudisobrachium citadas para a Mata Atlântica Brasileira até o momento. Material de 45 localidades da Mata Atlântica Brasileira foi estudado e foram investigados 134 caracteres. Foram reconhecidas 48 espécies, 17 previamente descritas (P. amplum Waichert & Azevedo, 2004; P. apenesoides Waichert & Azevedo, 2004; P. castaneiceps Evans, 1966; P. corvinum Evans, 1969; P. cuspidatum Waichert & Azevedo, 2004; P. filum Waichert & Azevedo, 2004; P. formosum Waichert & Azevedo, 2004; P. intentum Waichert & Azevedo, 2004; P. latum Waichert & Azevedo, 2004; P. magnum Waichert & Azevedo, 2004; P. opimum Waichert & Azevedo, 2004; P. optimum Evans, 1964; P. plaumanni Evans, 1964; P. rotundum Waichert & Azevedo, 2004; P. steinbachi Evans, 1966; P. triacutum Waichert & Azevedo, 2004 e P. ventriosum Waichert & Azevedo, 2004) e 31 descritas como novas para a ciência.

Brasil; parasitóide; Pristocerinae; região Neotropical; Sistemática


Pseudisobrachium is a poorly studied Neotropical bethylid genus, although it is one of the most abundant in field collections and museums. Hitherto, there are 19 species of Pseudisobrachium recorded from the Brazilian Atlantic Rain Forest. Material of 45 sites from Brazilian Atlantic rain forest was examined. A total of 134 characters was investigated. Forty eight species were recognized, 17 previously known (P. amplum Waichert & Azevedo, 2004; P. apenesoides Waichert & Azevedo, 2004; P. castaneiceps Evans, 1966; P. corvinum Evans, 1969; P. cuspidatum Waichert & Azevedo, 2004; P. filum Waichert & Azevedo, 2004; P. formosum Waichert & Azevedo, 2004; P. intentum Waichert & Azevedo, 2004; P. latum Waichert & Azevedo, 2004; P. magnum Waichert & Azevedo, 2004; P. opimum Waichert & Azevedo, 2004; P. optimum Evans, 1964; P. plaumanni Evans, 1964; P. rotundum Waichert & Azevedo, 2004; P. steinbachi Evans, 1966; P. triacutum Waichert & Azevedo, 2004 and P. ventriosum Waichert & Azevedo, 2004) and 31 were described as new to science.

Brazil; Neotropical region; parasitoid; Pristocerinae; Systematics


SISTEMÁTICA, MORFOLOGIA E BIOGEOGRAFIA

Taxonomia de Pseudisobrachium (Hymenoptera, Bethylidae) da Mata Atlântica Brasileira

Taxonomy of Pseudisobrachium (Hymenoptera, Bethylidae) from the Brazilian Atlantic Rain Forest

Fernanda T. GobbiI; Celso O. AzevedoII

IPrograma de Pós-Graduação em Biologia Animal, Universidade Federal do Espírito Santo. Av. Marechal Campos, 1468, Maruipe, 20040-190 Vitória-ES, Brasil. fernandagobbi@gmail.com

IIDepartamento de Biologia, Universidade Federal do Espírito Santo, Av. Marechal Campos, 1468, Maruipe, 20040-190 Vitória-ES, Brasil. bethylidae@gmail.com

RESUMO

Pseudisobrachium é um gênero de Bethylidae pouco estudado na região Neotropical, embora seja um dos mais abundantes em coletas e museus. Há 19 espécies de Pseudisobrachium citadas para a Mata Atlântica Brasileira até o momento. Material de 45 localidades da Mata Atlântica Brasileira foi estudado e foram investigados 134 caracteres. Foram reconhecidas 48 espécies, 17 previamente descritas (P. amplum Waichert & Azevedo, 2004; P. apenesoides Waichert & Azevedo, 2004; P. castaneiceps Evans, 1966; P. corvinum Evans, 1969; P. cuspidatum Waichert & Azevedo, 2004; P. filum Waichert & Azevedo, 2004; P. formosum Waichert & Azevedo, 2004; P. intentum Waichert & Azevedo, 2004; P. latum Waichert & Azevedo, 2004; P. magnum Waichert & Azevedo, 2004; P. opimum Waichert & Azevedo, 2004; P. optimum Evans, 1964; P. plaumanni Evans, 1964; P. rotundum Waichert & Azevedo, 2004; P. steinbachi Evans, 1966; P. triacutum Waichert & Azevedo, 2004 e P. ventriosum Waichert & Azevedo, 2004) e 31 descritas como novas para a ciência.

Palavra-chave: Brasil; parasitóide; Pristocerinae; região Neotropical; Sistemática.

ABSTRACT

Pseudisobrachium is a poorly studied Neotropical bethylid genus, although it is one of the most abundant in field collections and museums. Hitherto, there are 19 species of Pseudisobrachium recorded from the Brazilian Atlantic Rain Forest. Material of 45 sites from Brazilian Atlantic rain forest was examined. A total of 134 characters was investigated. Forty eight species were recognized, 17 previously known (P. amplum Waichert & Azevedo, 2004; P. apenesoides Waichert & Azevedo, 2004; P. castaneiceps Evans, 1966; P. corvinum Evans, 1969; P. cuspidatum Waichert & Azevedo, 2004; P. filum Waichert & Azevedo, 2004; P. formosum Waichert & Azevedo, 2004; P. intentum Waichert & Azevedo, 2004; P. latum Waichert & Azevedo, 2004; P. magnum Waichert & Azevedo, 2004; P. opimum Waichert & Azevedo, 2004; P. optimum Evans, 1964; P. plaumanni Evans, 1964; P. rotundum Waichert & Azevedo, 2004; P. steinbachi Evans, 1966; P. triacutum Waichert & Azevedo, 2004 and P. ventriosum Waichert & Azevedo, 2004) and 31 were described as new to science.

Keywods: Brazil; Neotropical region; parasitoid; Pristocerinae; Systematics.

Pseudisobrachium Kieffer, 1904 é um dos gêneros menos estudados de Bethylidae, apesar de ser abundante na maioria das coleções e museus. Há 110 espécies válidas citadas para a região Neotropical (Azevedo 2008), das quais apenas 19 são reportadas para a Mata Atlântica Brasileira.

Evans (1961) apresentou uma revisão do gênero para a América do Norte e a América Central, ressaltando que havia muitas espécies neotropicais a serem descritas para a América do Sul. Evans (1964, 1966, 1967, 1969a, 1969b, 1973, 1978) fez descrições esporádicas de espécies de Pseudisobrachium, com material proveniente de várias áreas das Américas, principalmente Argentina, Chile, Jamaica, Cuba e México.

A região Neotropical carece de estudos detalhados sobre o gênero e os dados acumulados nem sempre são suficientes para o reconhecimento das espécies já descritas. As descrições são despadronizadas, e ora possuem descrições detalhadas, ora não possuem nem os caracteres mais observados dentro do gênero. A maioria das descrições originais não é acompanhada de ilustrações e algumas das ilustrações não são eficazes para o reconhecimento das espécies. Soma-se a isto o fato de hoje serem analisados caracteres que antes não eram tidos como essenciais, como por exemplo, a genitália e o hipopígio.

Recentemente, Azevedo (2008) analisou a maioria dos holótipos e alótipos das espécies neotropicais e propôs a primeira chave de identificação para a região. Entretanto, ainda não há um trabalho de revisão das espécies neotropicais. Este trabalho se propôs a reconhecer e delimitar as espécies de Pseudisobrachium que ocorrem na Mata Atlântica Brasileira.

MATERIAL E MÉTODOS

O material examinado é proveniente principalmente de quatro projetos: "Riqueza de Hymenoptera e Isoptera em um gradiente latitudinal da Mata Atlântica Brasileira", apoiado pelo programa Biota/FAPESP, utilizando varredura de vegetação, armadilhas Malaise e armadilhas Möricke como métodos de coleta em 18 localidades; "Biodiversidade de um trecho de Mata Atlântica de Vitória: bases para estruturação de uma coleção de insetos com vistas à implementação de um Museu de História Natural no município", apoiado pelo FACITEC, utilizando varredura de vegetação como método de coleta; "Biodiversidade da Mata Atlântica do Espírito Santo", apoiado pelo CNPq, utilizando armadilha Malaise como método de coleta em quatro localidades e "Levantamento da Fauna Entomológica do Paraná—Profaupar", apoiado pelo CNPq, utilizando armadilha Malaise como método de coleta em oito localidades. Além disto, foi reunido material proveniente de outras coletas, totalizando 45 localidades ao longo da Mata Atlântica Brasileira, abaixo listadas.

  • Paraíba, João Pessoa, Mata do Buraquinho, 07º08'25"S 34°51'38"W

  • Pernambuco, Recife, Parque Dois Irmãos, 08°00'37,7"S 34°56'31"W

  • Alagoas, Quebrângulo, Reserva Biológica da Pedra Talhada, 09°14'54"S 36º25'32"W

  • Sergipe, Santa Luzia do Itanhy, Crasto, 11°22'37,4"S 37°24'50,3"W

  • Bahia, Sapiranga, Reserva de Sapiranga, 12°33'S 38°02'W

  • Bahia, Ilhéus, Mata Esperança, 14°46'S 39°04'W

  • Bahia, Porto Seguro, Estação Ecológica Pau Brasil, 16°23'17,6"S 39°10'55"W

  • Espírito Santo, Sooretama, Reserva Biológica de Sooretama, 19°00'11,5"S 40°07'08"W

  • Espírito Santo, Pancas, Fazenda Juliberto Stur, área 2, 19°12'54,8"S 40°47'52,5"W

  • Espírito Santo, Pancas, Fazenda Juliberto Stur, área 1, 19°13'10,5"S 40°46'23,8"W

  • Espírito Santo, Linhares, Fazenda Bom Conselho, 19°25'S 40°04'W

  • Espírito Santo, Itarana, Bom Destino, 19°50'40"S 40°54'31"W

  • Espírito Santo, Santa Teresa, Estação Biológica de Santa Lúcia, 19°58'S 40°32'W

  • Espírito Santo, Santa Maria de Jetibá, Fazenda Paulo Seick, 20°02'31,1"S 40°41'51,3"W

  • Espírito Santo, Santa Maria de Jetibá, Fazenda Clarindo Krüger, 20°04'27,9"S 40°44'51,3"W

  • Espírito Santo, Santa Leopoldina, Suíça, 20°04'54,6"S 40°35'38,9"W

  • Espírito Santo, Cariacica, Reserva Biológica de Duas Bocas, 20°16'S 40°25'W

  • Espírito Santo, Vitória, Parque Estadual da Fonte Grande, 20º19'S 40°21'W

  • Espírito Santo, Vila Velha, Reserva Jacarenema, 20°20'S 40°17'W

  • Espírito Santo, Domingos Martins, Pico do Eldorado, 20°22'17"S 40°39'29"W

  • Espírito Santo, Domingos Martins, Parque Estadual da Pedra Azul, 20°25'55"S 41°00'53"W

  • Espírito Santo, Alfredo Chaves, Picadão, 20°27'53"S 40°42'35"W

  • Espírito Santo, Castelo, Parque Estadual de Forno Grande, 20°36'S 41°12'W

  • Espírito Santo, Alegre, Parque Estadual da Cachoeira da Fumaça, 20°46'S 41°32'W

  • Rio de Janeiro, Santa Maria Madalena, Parque Estadual de Desengano, 21°59'03"S 41°57'08"W

  • Rio de Janeiro, Nova Friburgo, 22°23'04"S 42°33'30"W

  • Rio de Janeiro, Nova Iguaçu, Reserva Biológica de Tinguá, 22°34'S 43°26'W

  • Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Represa Rio Grande, 22°54'S 43°19'W

  • Rio de Janeiro, Mangaratiba, 22°57'S 44°02'W

  • São Paulo, Campinas, Barão de Geraldo, 22°48'S 47°04'W

  • São Paulo, Ubatuba, Parque Estadual da Serra doMar, Núcleo Picinguaba, 23°21'43"S 44°49'22"W

  • São Paulo, Salesópolis, Estação Biológica de Boracéia, 23°39'06,5"S 45°53'48"W

  • São Paulo, Ribeirão Grande, Parque Estadual de Intervales, 24°18'16"S 48°21'53"W

  • São Paulo, Peruíbe, Estação Ecológica Juréia-Itatins, 24°31'06"S 47°12'06"W

  • Paraná, Jundiaí do Sul, Fazenda Monte Verde, 23°27'S 50°17'W, Levantamento Entomológico Profaupar

  • Paraná, Fênix, Reserva Estadual do Instituto de Terras, Cartografia e Floresta (ITCF), 23°54'S 51°57'W, Levantamento Entomológico Profaupar

  • Paraná, Telêmaco Borba, Reserva Samuel Klabin, 24°21'S 50°37'W, Levantamento Entomológico Profaupar

  • Paraná, Ponta Grossa, Vila Velha, Reserva do Instituto Agronômico do Paraná (IAPAR), 25°05'S 50°09'W, Levantamento Entomológico Profaupar

  • Paraná, Colombo, EMBRAPA, 25°17'S 49°14'W, Levantamento Entomológico Profaupar

  • Paraná, Guarapauva, 25°23'S 51°27'W, Levantamento Entomológico Profaupar

  • Paraná, Antonina, Reserva Sapitanduva, 25°27'S 48°43'W, Levantamento Entomológico Profaupar

  • Paraná, São José dos Pinhais, Serra do Mar, 25°31'S 49°13'W, Levantamento Entomológico Profaupar

  • Paraná, Morretes, Parque Estadual do Pau Oco, 25°34'S 48°53'W

  • Santa Catarina, São Francisco do Sul, CEPA-Vila da Glória, 26°13'40"S 48°40'49,1"W

  • Santa Catarina, São Bento do Sul, CEPA-Rugendas, 26°19'25,6"S 49°18'26,5"W

O material examinado pertence às seguintes instituições: CNCI—Canadian National Collection of Insects, Ottawa, Canadá, curador J. T. Huber; DZUP—Universidade Federal do Paraná, Paraná, Brasil, curador G. A. R. Melo; MZSP—Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo, São Paulo, Brasil, curador C. R. F. Brandão; UCDC—University of California, Davis, Estados Unidos, curador L. Kinsey; UFES—Universidade Federal do Espírito Santo, Espírito Santo, Brasil, curador C. O. Azevedo.

Tratamento Taxonômico

Este estudo é baseado apenas em exemplares machos. As fêmeas são muito infrequentes em coletas e coleções. As poucas fêmeas encontradas não foram estudadas por terem, até o presente momento, pouca importância taxonômica no gênero. Além disso, o dimorfismo sexual é acentuado e dificulta a correlação entre os sexos da mesma espécie.

Os dados de caracteres foram importados do programa DELTA (DEscription Language TAxonomy) de Dallwitz (1974, 1980). A chave de identificação foi modificada a partir da chave gerada pelo mesmo programa.

O tratamento taxonômico seguiu Simpson (1989). Os termos das estruturas corporais adotados seguem, em sua maioria, Evans (1961, 1964) e Azevedo (1999, 2008). Termos referentes à textura e esculturação do integumento seguem Harris (1979). O termo bainha é adotado para a margem anterior do hipopígio, geralmente pigmentada e, que se localiza logo acima das hastes.

As siglas usadas nas descrições foram: LFW = comprimento total da asa anterior; LH = comprimento da cabeça, medido em vista dorsal, desde a crista do vértice medianamente até a margem posterior do clípeo (excluindo o mesmo); WH = largura da cabeça, medida em vista dorsal, a largura máxima incluindo os olhos; WF = largura da fronte, medida em vista dorsal, a largura entre os pontos médios internos da órbita dos olhos; HE = comprimento máximo do olho, medido em vista dorsal; DAO = maior diâmetro do ocelo anterior, medido em vista dorsal; WOT = largura do triângulo ocelar, medida em vista dorsal, a distância entre os ocelos posteriores, desde uma órbita externa à outra; OOL = linha ocelo-ocular, medida em vista dorsal, menor distância entre a órbita externa do ocelo posterior até a órbita interna do olho; VOL = distância dos olhos à crista do vértice, medida em vista dorsal, a distância da margem mediana superior do olho até a crista do vértice.

As siglas usadas no material examinado foram: FIT = janela entomológica; MT = armadilha Malaise; SS = varredura de vegetação; YPT = armadilha Möricke.

Informações indiretas adicionadas foram colocadas entre []; informações corrigidas foram colocadas entre {}.

Os epítetos específicos de todas as espécies novas foram formados por combinação aleatória de letras acrescidas da terminação "um" para indicar o gênero neutro.

As genitálias ilustradas foram diafanizadas com solução de hidróxido de potássio (KOH) 10%. Os hipopígios ilustrados foram comprimidos em lamínula para ilustração. Os hipopígios das espécies novas e das espécies de Waichert & Azevedo (2004) pertencem aos parátipos; os hipopígios das espécies de Evans (1964, 1966, 1969) pertencem aos exemplares identificados nesse trabalho.

Os estados de caracteres presentes na maioria das espécies de Pseudisobrachium não foram incluídos nas descrições.

Lista dos caracteres analisados

Cabeça

1. Quantidade de dentes apicais da mandíbula: dois; três; quatro; cinco. Os termos dentes basais e apicais utilizados por Evans (1961, 1964, 1966, 1967, 1969a, 1969b, 1973, 1978) para se referir aos dentes dorsais e ventrais parecem ser inadequados uma vez que a mandíbula é uma lâmina vertical. Ao invés disto, referimo-nos aos dentes como superior, subsuperior, mediano, suprainferior e inferior.

2. Tamanho dos dentes apicais da mandíbula: pequenos, quando ocupam menos de 0,15x largura da mandíbula; grandes, quando ocupam mais ou 0,20x largura da mandíbula.

3. Tamanho do dente subsuperior da mandíbula em relação aos outros dentes: reduzido; não reduzido. A maioria das espécies estudadas tem este dente não reduzido.

4. Forma do ápice dos dentes da mandíbula: convexos; angulados.

5. Forma do lobo mediano do clípeo: trapezoidal (Fig. 1); retangular (Fig. 21); angulado (Fig. 16); subangulado (Fig. 34). Evans (1966) apontou a forma do lobo mediano do clípeo como um dos caracteres mais confiáveis para separar os machos de Pseudisobrachium, uma vez que há muitas formas.













6. Forma da margem apical do lobo mediano do clípeo: reta (Fig. 12); convexa (Fig. 4); côncava (Fig. 13); reta com concavidade mediana pequena (Fig. 30); angularmente côncava (Fig. 7); tridentada (Fig. 8).

7. Forma da margem lateral do lobo mediano do clípeo: crenulada (Fig. 14); lisa (Fig. 42). A maioria das espécies estudadas tem esta margem lisa.





8. Região mediana do lobo mediano do clípeo: basalmente elevada; inteiramente elevada. A maioria das espécies estudadas apresenta apenas a região mediana basal elevada, mas em algumas espécies esta elevação se estende até o ápice do lobo mediano do clípeo, ocupando toda a região mediana do mesmo e assumindo aspecto triangular em vista frontal.

9. Porção apical da elevação mediana do lobo mediano do clípeo: bifurcada (Fig. 41); não bifurcada. A maioria das espécies estudadas com elevação mediana apresenta a condição não bifurcada.

10. Projeção do lobo mediano do clípeo: projetado, comprimento do clípeo é menor que 0,20x LH; muito projetado (Fig. 26), quando comprimento do clípeo é maior que 0,20x LH. A maioria das espécies estudadas apresenta o lobo mediano do clípeo apenas projetado, até o momento apenas P. lidum sp. nov. tem este lobo muito projetado.

11. Carena mediana do lobo mediano do clípeo: ausente; presente.

12. Altura da carena mediana do lobo mediano do clípeo: baixa, menor que 0,20x comprimento do clípeo; alta, maior que 0,30x comprimento do clípeo.

13. Perfil da carena mediana do lobo mediano do clípeo: reta; arqueada; angulada.

14. Espessura da antena: delgada, largura dos flagelômeros menor que 1,30x largura do pedicelo; espessa, largura dos flagelômeros entre 1,30–1,50x largura do pedicelo; muito espessa, largura dos flagelômeros maior que 1,50x largura do pedicelo. Algumas espécies de Pseudisobrachium apresentam as antenas nitidamente mais espessas do que outras, mas a relação comprimento/largura do flagelômero antenal não informa a diferença numérica entre uma antena delgada e uma antena espessa, uma vez que antenas espessas podem ter flagelômeros longos, e as antenas delgadas podem ter flagelômeros curtos. Para demonstrar a espessura da antena, comparamos a largura do flagelômero com a largura do pedicelo, pois esta varia pouco.

15. Comprimento dos flagelômeros antenais: curto, comprimento do flagelômero menor que 2,00x comprimento do pedicelo; médio, comprimento do flagelômero entre 2,00–3,00x comprimento do pedicelo; longo, comprimento do flagelômero é maior que 3,00x comprimento do pedicelo.

16. Razão entre o comprimento dos quatro primeiros artículos antenais.

17. Relação entre o comprimento e a largura do artículo antenal III.

18. Pubescência flagelar: apressa; subapressa; subereta. Quanto mais longa a cerda flagelar mais ereta ela tende a ser.

19. Comprimento dos pêlos da antena: curtos, quando iguais ou menores que 0,50x largura do artículo antenal; longos, quando maiores que 0,50x largura do artículo antenal. Antenas delgadas geralmente possuem cerdas mais longas que antenas espessas.

20. Quantidade de cerdas eretas na antena: escassas (esparsa no senso de Evans 1961); abundantes.

21. Textura da fronte: polida; coriácea.

22. Tamanho dos pontos: pequeno, diâmetro menor que 0,30x diâmetro máximo do ocelo anterior (DAO); grande, diâmetro maior que 0,40x DAO. A maioria das espécies estudadas apresenta pontos pequenos.

23. Profundidade dos pontos: raso, quando o fundo é quase contínuo à superfície do corpo; profundo, quando o fundo fica nitidamente abaixo da superfície da cabeça. A maioria das espécies estudadas apresenta pontos rasos.

24. Quantidade dos pontos: escassos (esparsos no senso de Evans 1961), distância entre os pontos é maior que 3,00x seu próprio diâmetro; abundantes, distância entre os pontos é menor que 3,00x seu próprio diâmetro.

25. Carena frontal: ausente; presente. A maioria das espécies estudadas não tem esta carena.

26. Comprimento da carena frontal: curta, menor que 0,40x comprimento do clípeo; longa, maior que 0,40x comprimento do clípeo.

27. Comprimento da cabeça (LH) em relação à largura da cabeça (WH): comprida, WH menor que 0,95x LH; curta, WH maior que 1,15x LH; quadrangular ou arredondada, quando WH é 0,95–1,15x LH.

28. Largura da fronte (WF) em relação a WH.

29. Largura da fronte em relação ao comprimento máximo do olho (HE).

30. Tamanho do olho: pequeno, WF maior que 1,35x HE; de tamanho médio, WF 1,15–1,35x HE; grande, WF menor que 1,15x HE.

31. Saliência dos olhos: não saliente (Fig. 5), quando menos da metade da largura do olho (em vista dorsal) ultrapassa a margem lateral da cabeça; saliente (Fig. 7), quando metade da largura do olho ultrapassa a margem lateral da cabeça; muito saliente (Fig. 17), quando cerca de três quartos da largura do olho ultrapassa a margem lateral da cabeça.

32. Pilosidade do olho: muito escassa; escassa, abundante.

33. DAO em relação à WF.

34. Largura do triângulo ocelar (WOT) em relação ao DAO.

35. Linha ocelo-ocular (OOL) em relação à WOT.

36. Distância dos olhos à crista do vértice (VOL) em relação a HE.

37. Distância do ocelo posterior à crista do vértice em relação ao DAO. A distância do ocelo posterior à crista do vértice é a distância entre a órbita externa superior do ocelo e a crista do vértice; medida em vista dorsal.

38. Tamanho do ocelo: pequeno (Fig. 1), DAO menor que 0,20x WF; grande (Fig. 37), DAO maior que 0,25x WF. A maioria das espécies estudadas tem ocelos pequenos.

39. Triângulo ocelar: compacto (Fig. 1), distância entre os ocelos posteriores (não incluindo os ocelos) menor que 2,00x DAO; espaçado (Fig. 27), distância entre os ocelos posteriores maior que 2,00x DAO.

40. Ângulo frontal do triângulo ocelar: agudo (Fig. 23); reto (Fig. 22).

41. Direção da têmpora da cabeça, em vista dorsal, sentido posterior–anterior: paralela (Fig. 46); subparalela (Fig. 30); divergente (Fig. 1).

42. Perfil do vértice da cabeça, em vista dorsal: reto (Fig. 12); suavemente convexo (Fig. 16); convexo (Fig. 17).

43. Carena occipital: ausente; presente. A maioria das espécies estudadas tem carena occipital.

44. Extensão da carena occipital: completa; incompleta (obsoleta medianamente no senso de Evans 1961), quando está ausente na porção mediana da cabeça.

45. Visibilidade da carena occipital em vista dorsal: não visível; visível.

Mesossomo

46. Colar pronotal: curto, menor que 0,30x comprimento do disco pronotal; longo, 0,30–0,50x comprimento do disco pronotal; muito longo, maior que 0,60x comprimento do disco pronotal.

47. Declividade pronotal: muito curta, altura menor que 0,50x comprimento do colar pronotal; curta, altura da declividade é 0,50–1,00x comprimento do colar pronotal; longa, declividade é maior que 1,00x comprimento do colar pronotal.

48. Tamanho do disco pronotal: curto, comprimento menor ou igual a 0,50x largura máxima; longo, comprimento maior que 0,50x largura máxima.

49. Largura anterior do disco pronotal em relação à largura máxima do mesmo. A largura máxima é a medida entre os cantos posteriores do disco pronotal, incluindo os mesmos.

50. Região anterior do disco pronotal em vista lateral: arredondada, quando a região de contato entre a declividade e o disco pronotal não forma um ângulo; angulada, quando a região de contato entre a declividade e o disco pronotal forma um ângulo. A maioria das espécies estudadas tem esta região arredondada.

51. Superfície da região anterior do disco pronotal: plana, quando da mesma altura da região posterior; elevada, quando mais alta que região posterior. A maioria das espécies estudadas tem esta superfície plana.

52. Elevação da região anterior do disco pronotal: pouco elevada; muito elevada.

53. Textura da região anterior do disco pronotal: não rugosa; suavemente rugosa (estriada ou rugosa no senso de Evans 1961). Este tipo de esculturação ocorre apenas nas espécies em que o disco pronotal é curto. A maioria das espécies estudadas tem a região anterior do disco pronotal não rugosa.

54. Região posterior do disco pronotal: deprimida; não deprimida. A maioria das espécies estudadas tem a região posterior não deprimida.

55. Largura da notáulice: muito estreita, menor que 0,10x largura do mesoscuto; estreita; 0,10–0,20x largura do mesoscuto; larga, maior que 0,30x largura do mesoscuto; anteriormente estreita e posteriormente larga. A maioria das espécies estudadas tem notáulice muito estreita ou estreita.

56. Profundidade da notáulice: rasa; profunda.

57. Textura do fundo da notáulice: lisa; escrobiculada.

58. Direção da notáulice, sentido anterior-posterior: paralela; convergente. A maioria das espécies estudadas tem notáulice paralela.

59. Extensão da notáulice: incompleta, quando ocupa menos que os ¾ anteriores do mesoscuto; quase completa, quando ocupa pelo menos os ¾ anteriores do mesoscuto; completa, quando atinge a margem posterior do mesoscuto. As notáulices muito estreitas geralmente são incompletas; as largas, geralmente quase completas.

60. Continuidade da notáulice: contínua, sem interrupção ao longo de suas margens; descontínua, com interrupção ao longo de suas margens. Na maioria das espécies estudadas, a notáulice é contínua.

61. Largura do sulco parapsidal: mais estreito que notáulice; tão estreito quanto notáulice; mais largo que notáulice. Geralmente, o sulco parapsidal é mais estreito que a notáulice. O sulco parapsidal é mais desenvolvido quando o mesoscuto é polido.

62. Extensão do sulco parapsidal: quase completo, quando não atinge margem anterior do mesoscuto; completo, quando atinge margem anterior do mesoscuto. A maioria das espécies estudadas tem sulco parapsidal quase completo.

63. Textura da região mediana do escutelo: coriácea; polida. A textura do escutelo em Bethylidae, geralmente acompanha a textura do pronoto e do mesonoto, mas nas espécies de Pseudisobrachium a região mediana pode ser polida, independente da textura do pronoto e mesonoto. A maioria das espécies estudadas tem a região mediana do escutelo coriácea.

64. Pontuação da região mediana do escutelo: pontuada; não pontuada. A maioria das espécies estudadas tem o escutelo não pontuado medianamente.

65. Comprimento do sulco escutelar: curto, menor que 0,50x largura basal do escutelo; longo, maior que 0,50x largura basal do escutelo.

66. Largura do sulco escutelar: estreito, menor que 0,15x comprimento do escutelo; largo, maior que 0,20x comprimento do escutelo.

67. Profundidade do sulco escutelar: raso; profundo.

68. Textura do fundo do sulco escutelar: liso; escrobiculado. As espécies com sulcos profundos geralmente os tem escrobiculados.

69. Disposição do sulco escutelar: reto; curvo, quando as extremidades são arqueadas em sentido anterior-posterior. A maioria das espécies estudadas tem sulco escutelar reto.

70. Margem lateral do sulco escutelar: convexa; reta.

71. Margem posterior do sulco escutelar: reta; sinuosa. A maioria das espécies estudadas tem esta margem reta.

72. Tamanho da carena mediana do metanoto: curta, comprimento da carena menor que 0,25x comprimento do disco propodeal; longa, comprimento da carena maior que 0,30x comprimento do disco propodeal.

73. Largura da carena mediana do metanoto: estreita, menor que 0,15x comprimento do disco propodeal; larga, maior que 0,15x comprimento do disco propodeal. As carenas longas são geralmente estreitas e as carenas curtas são geralmente largas.

74. Delimitação da fóvea interna do sulco metanotal: delimitada; não delimitada. Na maioria das espécies as fóveas internas do sulco metanotal têm as margens mais altas, tornando-se bem delimitadas, diferenciando-se das demais fóveas do sulco. Em algumas espécies, estas fóveas são iguais às outras presentes no sulco metanotal, não estando claramente delimitadas.

75. Tamanho da fóvea interna do sulco metanotal: pequena, largura menor que 0,12x largura do disco propodeal; grande, largura maior que 0,15x largura do disco propodeal.

76. Comprimento do disco propodeal: curto, menor que largura do disco; quadrado, igual à largura do disco; longo, maior que largura do disco.

77. Altura do disco propodeal em relação ao comprimento do disco. A altura do disco propodeal é medida em vista lateral.

78. Presença do triângulo basal no disco propodeal: ausente; presente.

79. Delimitação do triângulo basal: pouco definido; muito definido.

80. Presença da carena mediana do disco propodeal: ausente; presente.

81. Extensão da carena mediana do disco propodeal: incompleta, menor que ¾ anteriores do disco propodeal; quase completa, maior que ¾ anteriores do disco propodeal, sem atingir a margem posterior do mesmo; completa, atingindo a margem posterior do disco propodeal.

82. Presença da carena lateral do disco propodeal: ausente; presente.

83. Conspicuidade da carena lateral do disco propodeal: inconspícua; conspícua.

84. Presença da carena sublateral do disco propodeal: ausente; presente.

85. Conspicuidade da carena sublateral do disco propodeal: inconspícua; conspícua.

86. Presença da carena transversal posterior do disco propodeal: ausente; presente.

87. Conspicuidade da carena transversal posterior do disco propodeal: inconspícua; conspícua.

88. Formato do espiráculo do propódeo: circular; elíptico.

89. Definição do calo da mesopleura: pouco definido; muito definido. A maioria das espécies estudadas tem este calo muito definido.

90. Pontuação do calo da mesopleura: não pontuado; pontuado.

91. Presença de fóvea episternal na mesopleura: ausente; presente. A maioria das espécies estudadas não tem esta fóvea.

92. Pigmentação da nervura discoidal da asa anterior: suavemente pigmentada; fortemente pigmentada.

93. Continuidade da nervura discoidal com a nervura mediana: intersticial com nervura mediana; não intersticial com nervura mediana.

94. Pigmentação da nervura primeira recorrente da asa anterior: não pigmentada; pigmentada. Na maioria das espécies estudadas, esta nervura não é pigmentada.

Metassomo

95. Comprimento do metassomo: curto, menor que 0,40x comprimento do corpo; longo, maior que 0,40x comprimento do corpo.

96. Comprimento do hipopígio em relação à largura máxima: curto (Fig. 94), comprimento menor que largura máxima; longo (Fig. 78), comprimento maior que largura máxima. O comprimento do hipopígio incluí a haste mediana. O hipopígio (placa subgenital no senso de Evans 1961) nunca foi estudado de forma sistemática em Pseudisobrachium, mas ele varia muito dentre as espécies do gênero e fornece vários caracteres para delimitar as mesmas.







97. Margem posterior do hipopígio: reta (Fig. 97); convexa (Fig. 82); angularmente convexa (Fig. 57); angulada (Fig. 72); (truncada, arredondada e estreitamente arredondada no senso de Evans, 1961); côncava (Fig. 71); sinuosa (Fig. 173).













98. Concavidade mediana do hipopígio: ausente; presente.

99. Comprimento da concavidade mediana do hipopígio: curta (Fig. 156), menor que 0,10x comprimento do hipopígio; longa (Fig. 57), maior que 0,10x comprimento do hipopígio.

100. Largura da concavidade mediana do hipopígio: estreita (Fig. 74), menor que 0,10x largura máxima do hipopígio; larga (Fig. 64), maior que 0,10x largura máxima do hipopígio.

101. Formato da concavidade mediana do hipopígio: angulada (Fig. 57); não angulada (Fig. 82). Na maioria das espécies estudadas, esta concavidade não é angulada.

102. Margem lateral do hipopígio: reta (Fig. 160); convexa (Fig. 97); angulada (Fig. 82); angularmente convexa (Fig. 91).

103. Presença de cerda na região dorsal posterior do hipopígio: ausente; presente. Na maioria das espécies estudadas, não há cerdas nesta região.

104. Comprimento da cerda da região dorsal posterior do hipopígio: curta, menor que 0,50x comprimento do hipopígio; longa, maior que 0,50x comprimento do hipopígio.

105. Presença do processo mediano do hipopígio: ausente (Fig. 54); presente (Fig. 49).

106. Largura do processo mediano do hipopígio: estreito (Fig. 170), ocupa menos que 0,30x largura do hipopígio; largo (Fig. 94), ocupa mais que 0,50x largura do hipopígio.

107. Altura do processo mediano do hipopígio: baixo; alto.

108. Formato do processo mediano do hipopígio: reto (Fig. 140); curvo (Fig. 75).

109. Tipo de processo mediano do hipopígio: esclerotizado; membranoso.

110. Pigmentação da bainha do hipopígio: não pigmentada; pigmentada. Na maioria das espécies estudadas, esta bainha é pigmentada.

111. Intensidade de pigmentação da bainha do hipopígio: pouco pigmentada; muito pigmentada. Na maioria das espécies estudadas, esta bainha é muito pigmentada.

112. Largura da bainha do hipopígio: estreita (Fig. 148), menor que 0,10x comprimento do hipopígio; larga (Fig. 152), maior que 0,15x comprimento do hipopígio.

113. Comprimento da bainha do hipopígio: curta (Fig. 75), menor que 0,50x comprimento do hipopígio; longa (Fig. 65), maior que 0,50x comprimento do hipopígio.

114. Definição da haste do hipopígio: pouco definida (Fig. 116); muito definida (Fig. 119). Na maioria das espécies estudadas, esta haste é muito definida.

115. Comprimento da haste do hipopígio: curta, até 0,30x comprimento do hipopígio; longa, maior que 0,30x comprimento do hipopígio.

116. Largura da haste mediana do hipopígio: mais larga que haste lateral; mais estreita que haste lateral; da mesma largura da haste lateral.

117. Formato do edeago: retangular (Fig. 104); mesoconvexo (Fig. 79); elíptico (Fig. 53); oval. A maioria das espécies estudadas tem edeago mesoconvexo.

118. Gibosidade do edeago: não giboso; giboso. Na maioria das espécies estudadas, o edeago não é giboso.

119. Largura do edeago não mesoconvexo: estreito, comprimento do edeago maior que 3,00x largura do edeago; largo, comprimento do edeago menor que 3,00x largura do edeago.

120. Largura da base do edeago mesoconvexo: muito estreita, menor que 0,40x largura do ápice do edeago; estreita, 0,40–0,60x largura do ápice do edeago; larga, maior que 0,60x largura do ápice do edeago.

121. Dilatação da região mediana do edeago mesoconvexo: pouco dilatada (Fig. 82); muito dilatada (Fig. 100).

122. Formato da região mediana do edeago mesoconvexo: arredondada; losangular.

123. Comprimento do ápice do edeago mesoconvexo: curto, menor que 0,35x comprimento do edeago; longo, maior ou igual a 0,35x comprimento do edeago.

124. Margem apical do edeago: reta; convexa; côncava.

125. Presença de concavidade mediana no ápice do edeago: ausente; presente. Na maioria das espécies estudadas, esta concavidade não está presente.

126. Comprimento da concavidade mediana do ápice do edeago: curta, menor que 0,08x comprimento do edeago; longa, maior ou igual que 0,08x comprimento do edeago.

127. Presença de projeção no ápice do edeago: ausente; presente. Na maioria das espécies estudadas, esta projeção não está presente.

128. Tipo de projeção do ápice do edeago: filamento; lobo membranoso.

129. Presença de ranhuras no vano: ausente; presente. Apenas três espécies de Pseudisobrachium têm vano sem ranhuras.

130. Largura do ramo ventral do parâmero em relação ao ramo dorsal. A largura do ramo ventral é a largura máxima medida em vista látero-ventral.

131. Margem apical do ramo ventral do parâmero: convexa (fig. 55); angularmente convexa (Fig. 76).

132. Largura do ramo dorsal do parâmero: muito estreito (Fig. 124); estreito (Fig. 80); largo (Fig. 133).

133. Alcance do ápice do ramo dorsal do parâmero: não alcançando margem apical do edeago; alcançando margem apical do edeago; ultrapassando margem apical do edeago.

134. Inserção do ramo dorsal: lateral; ventral. Na maioria das espécies estudadas, esta inserção é lateral.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Este trabalho é baseado na análise de 2.322 exemplares, triados a partir de uma amostra de cerca de 4.000 da Mata Atlântica Brasileira. Encontramos 48 espécies, sendo 17 espécies previamente descritas (P. amplum Waichert & Azevedo, 2004; P. apenesoides Waichert & Azevedo, 2004; P. castaneiceps Evans, 1966; P. corvinum Evans, 1969; P. cuspidatum Waichert & Azevedo, 2004; P. filum Waichert & Azevedo, 2004; P. formosum Waichert & Azevedo, 2004; P. intentum Waichert & Azevedo, 2004; P. latum Waichert & Azevedo, 2004; P. magnum Waichert & Azevedo, 2004; P. opimum Waichert & Azevedo, 2004; P. optimum Evans, 1964; P. plaumanni Evans, 1964; P. rotundum Waichert & Azevedo, 2004; P. steinbachi Evans, 1966; P. triacutum Waichert & Azevedo, 2004 e P. ventriosum Waichert & Azevedo, 2004) e 31 espécies novas. Dentre as espécies descritas, 15 são citadas pela primeira vez para vários estados brasileiros, e P. corvinum é citada pela primeira vez para o Brasil. Com isto, a fauna conhecida de Pseudisobrachium da Mata Atlântica Brasileira aumenta de 19 para 51 espécies.

Chave de identificação para machos de Pseudisobrachium da Mata Atlântica Brasileira

1. Declividade pronotal muito curta ou curta (menor ou igual a 1,0x colar pronotal) .............................................................................. 2

Declividade pronotal longa (maior que 1,50x colar pronotal) ........................................................................... 24

2(1). Carena occipital visível em vista dorsal .............................. 3

Carena occipital não visível em vista dorsal .............................. 16

3(2). Olho pequeno (WF maior que 1,35x HE) ............................ 4

Olho grande (WF menor que 1,15x HE) ou de tamanho médio (WF entre 1,15 e 1,35x HE) ................................................................................... 8

4(3). WH maior ou igual LH ..................................................... 5

WH menor que LH ................................................................ 6

5(4). Carena frontal presente; disco pronotal curto (menor que 0,50x largura máxima do disco); fóvea episternal da mesopleura ausente; processo mediano do hipopígio ausente ..................................................... P. tidum sp. nov.

Carena frontal ausente; disco pronotal longo (maior ou igual a 0,50x largura máxima do disco); fóvea episternal da mesopleura presente; processo mediano do hipopígio presente ..................................................... P. celum sp. nov.

6(4). Notáulice incompleta .................................................... 7

Notáulice completa ......................................... P. danum sp. nov.

7(6). Hipopígio curto (comprimento menor que 1,0x largura máxima); margem posterior do hipopígio com concavidade mediana ..... P. formosum Waichert & Azevedo, 2004

Hipopígio longo (comprimento maior ou igual a 1,0x largura máxima); margem posterior do hipopígio sem concavidade mediana .................. P. urum sp. nov.

8(3). Hipopígio curto (comprimento menor que 1,0x largura máxima) ............................................................................. 9

Hipopígio longo (comprimento maior ou igual a 1,0x largura máxima) ............................................................................... 13

9(8). WH maior ou igual LH; edeago sem lobo membranoso apicalmente ......................................................................... 10

WH menor que LH; edeago com lobo membranoso apicalmente .......................................................................... 11

10(9). Carena frontal ausente; superfície dorsal posterior do hipopígio sem cerdas; processo mediano do hipopígio presente ........ P. filum Waichert & Azevedo, 2004

Carena frontal presente; superfície dorsal posterior do hipopígio com cerdas; processo mediano do hipopígio ausente .......... P. latum Waichert & Azevedo, 2004

11(9). Flagelômeros curtos (comprimento menor que 2,0x comprimento do pedicelo); notáulice convergente e completa; bainha do hipopígio longa ..... P. bifum sp. nov.

Flagelômeros médios (comprimento de 2,0–3,0x comprimento do pedicelo) ou longos (comprimento maior que 3,0x comprimento do pedicelo); notáulice paralela e incompleta; bainha do hipopígio curta .12

12(11). Olho de tamanho médio (WF entre 1,15 e 1,35x HE); processo mediano do hipopígio ausente; ápice do edeago longo (maior que 0,35x comprimento do edeago) ............................................................... P. ferum sp. nov.

Olho grande (WF maior que 1,35x HE); processo mediano do hipopígio presente; ápice do edeago curto (menor que 0,35x comprimento do edeago) ... .............................................................. P. marum sp. nov.

13(8). Notáulice paralela e incompleta; margem posterior do hipopígio com concavidade mediana .................................................................. 14

Notáulice convergente e completa, ou quase isto; margem posterior do hipopígio sem concavidade mediana ....................................................................15

14(13). Carena frontal ausente; olho grande (WF maior que 1,35x HE); fóvea entre colar pronotal e declividade pronotal ausente; superfície dorsal posterior do hipopígio com cerdas ......................................... P. digum sp. nov.

Carena frontal presente; olho de tamanho médio (WF entre 1,15 e 1,35x HE); fóvea entre colar pronotal e declividade pronotal presente; superfície dorsal posterior do hipopígio sem cerdas ...... P. triacutum Waichert & Azevedo, 2004

15(13).Olho de tamanho médio (WF entre 1,15 e 1,35x HE); WH maior ou igual LH; disco pronotal curto (menor que 0,50x largura máxima do disco) .... P. nibum sp. nov.

Olho grande (WF maior que 1,35x HE); WH menor que LH; disco pronotal longo (maior ou igual a 0,50x largura máxima do disco) ........................ P. belum sp. nov.

16(2). WH maior ou igual LH ................................................................. 17

WH menor que LH ................................................................................ 19

17(16).Olho pequeno (WF maior que 1,35x HE); fóvea entre colar pronotal e declividade pronotal presente .............................. P. pretum sp. nov.

Olho grande (WF menor que 1,15x HE) ou de tamanho médio (WF entre 1,15 e 1,35x HE); fóvea entre colar pronotal e declividade pronotal ausente ...................................................................................................18

18(17).Margem apical do lobo mediano do clípeo reta; flagelômeros médios (comprimento de 2,0–3,0x comprimento do pedicelo) ou longos (comprimento maior que 3,0x comprimento do pedicelo); disco pronotal curto (menor que 0,50x largura máxima do disco); fóvea episternal da mesopleura presente ............................................................ P. laisum sp. nov.

Margem apical do lobo mediano do clípeo côncava; flagelômeros curtos (comprimento menor que 2,0x comprimento do pedicelo); disco pronotal longo (maior ou igual a 0,50x largura máxima do disco); fóvea episternal da mesopleura ausente ................................... P. ventriosum Waichert & Azevedo, 2004

19(16).Disco pronotal curto (menor que 0,50x largura máxima do disco) ................................................................................... 20

Disco pronotal longo (maior ou igual a 0,50x largura máxima do disco) ................................................................................... 23

20(19).Olho pequeno (WF maior que 1,35x HE); processo mediano do hipopígio presente ................................................................................. 21

Olho grande (WF menor que 1,15x HE) ou de tamanho médio (WF entre 1,15 e 1,35x HE); processo mediano do hipopígio ausente ..................................... 22 21(20).Lobo mediano do clípeo projetado (comprimento do clípeo menor que 2,0x LH); fóvea episternal da mesopleura presente; hipopígio longo (comprimento maior ou igual a 1,0x largura máxima); região mediana do edeago muito dilatada ................................................................ P. acrum sp. nov. Lobo mediano do clípeo muito projetado (comprimento do clípeo maior que 2,0x LH); fóvea episternal da mesopleura ausente; hipopígio curto (comprimento menor que 1,0x largura máxima); região mediana do edeago pouco dilatada ...... P. lidum sp. nov.

22(20).Olho de tamanho médio (WF entre 1,15 e 1,35x HE); hipopígio longo (comprimento maior ou igual a 1,0x largura máxima); superfície dorsal posterior do hipopígio com cerdas ....................................... P. suprum sp. nov.

Olho grande (WF maior que 1,35x HE); hipopígio curto (comprimento menor que 1,0x largura máxima); superfície dorsal posterior do hipopígio sem cerdas .................................... P. ricum sp. nov.

23(19).Flagelômeros curtos (comprimento menor que 2,0x comprimento do pedicelo); notáulice paralela; edeago com lobo membranoso apicalmente; região mediana do edeago pouco dilatada ................................ P. visum sp. nov.

Flagelômeros médios (comprimento de 2,0–3,0x comprimento do pedicelo) ou longos (comprimento maior que 3,0x comprimento do pedicelo); notáulice convergente; edeago sem lobo membranoso apicalmente; região mediana do edeago muito dilatada ............................................................ P. elium sp. nov.

24(1). Olho pequeno (WF maior que 1,35x HE) ........................................ 25

Olho grande (WF menor que 1,15x HE) ou de tamanho médio (WF entre 1,15 e 1,35x HE) .......................................................................................... 38

25(24).Notáulice incompleta .............................................................. 26

Notáulice completa ou quase completa ............................................... 34

26(25).WH maior ou igual LH ............................................................. 27

WH menor que LH .............................................................................. 31

27(26).Hipopígio curto (comprimento menor que 1,0x largura máxima); ápice do edeago curto (menor que 0,35x comprimento do edeago); ramo dorsal do parâmero ultrapassando margem apical do edeago .................................................. 28

Hipopígio longo (comprimento maior ou igual a 1,0x largura máxima); ápice do edeago longo (maior que 0,35x comprimento do edeago); ramo dorsal do parâmero não ultrapassando margem apical do edeago .......................................... 30

28(27).Região anterior do disco pronotal suavemente rugosa; processo mediano do hipopígio não pontiagudo ............................................. P. plaumanni Evans, 1964

Região anterior do disco pronotal não suavemente rugosa; processo mediano do hipopígio pontiagudo ..................................................................... 29

29(28).Margem posterior do hipopígio com concavidade mediana; hipopígio com hastes curtas ............................................................................. P. otum sp. nov.

Margem posterior do hipopígio sem concavidade mediana; hipopígio com hastes longas ......................................... P. magnum Waichert & Azevedo, 2004

30(27).Antena muito espessa (largura do flagelômero maior que 1,50x largura do pedicelo); fóvea episternal da mesopleura ausente; hipopígio com hastes curtas; ramo ventral do parâmero mais largo que ramo dorsal (maior que 1,40x ramo dorsal) ............................................................... P. steinbachi Evans, 1966

Antena espessa (largura do flagelômero de 1,30–1,50x largura do pedicelo); fóvea episternal da mesopleura presente; hipopígio com hastes longas; ramo ventral do parâmero tão estreito quanto ramo dorsal ou quase (1,30x ramo dorsal) .................................. P. corvinum Evans, 1969

31(26).Hipopígio curto (comprimento menor que 1,0x largura máxima) ............ 32

Hipopígio longo (comprimento maior ou igual a 1,0x largura máxima) .......................................................................................... 33

32(31).Carena occipital visível em vista dorsal; região anterior do disco pronotal angulada; processo mediano do hipopígio membranoso; ápice do edeago dilatado apicalmente ................................ P. itamum sp. nov.

Carena occipital não visível em vista dorsal; região anterior do disco pronotal arredondada; processo mediano do hipopígio esclerotizado; ápice do edeago não dilatado apicalmente ......................................................... P. zandum sp. nov.

33(31).Margem posterior do hipopígio sem concavidade mediana; ápice do edeago não dilatado apicalmente ....................................................... P. xicum sp. nov.

Margem posterior do hipopígio com concavidade mediana; ápice do edeago dilatado apicalmente ............................................................ P. jethum sp. nov.

34(25).Região anterior do disco pronotal suavemente rugosa ......................... 35

Região anterior do disco pronotal não suavemente rugosa ................................................................................................. 37

35(34).Carena occipital visível em vista dorsal; ; região anterior do disco pronotal muito elevada; edeago com lobo membranoso apicalmente .......................................... P. gobum sp. nov.

Carena occipital não visível em vista dorsal; região anterior do disco pronotal pouco elevada; edeago sem lobo membranoso apicalmente; ................................... 36

36(35).Margem posterior do hipopígio com concavidade mediana; processo mediano do hipopígio esclerotizado; ápice do edeago longo (maior que 0,35x comprimento do edeago); região mediana do edeago pouco dilatada .................. P. holum sp. nov.

Margem posterior do hipopígio sem concavidade mediana; processo mediano do hipopígio membranoso; ápice do edeago curto (menor que 0,35x comprimento do edeago); região mediana do edeago muito dilatada ........... P. amplum Waichert & Azevedo, 2004

37(34).Notáulice paralela; fóvea episternal da mesopleura presente; região mediana do edeago muito dilatada ..................................................... P. quirum sp. nov.

Notáulice convergente; fóvea episternal da mesopleura ausente; região mediana do edeago pouco dilatada .............................................................. P. gabrum sp. nov.

38(24).Fóvea episternal da mesopleura ausente ................................... 39

Fóvea episternal da mesopleura presente ............................................. 45

39(38).Processo mediano do hipopígio ausente ..................................... 40

Processo mediano do hipopígio presente ............................................... 42

40(39).Margem apical do lobo mediano do clípeo côncava; margem posterior do hipopígio com concavidade mediana; região mediana do edeago pouco dilatada .......................................................................... P. lurdum sp. nov.

Margem apical do lobo mediano do clípeo reta; margem posterior do hipopígio sem concavidade mediana; região mediana do edeago muito dilatada..41

41(40).Ápice do edeago curto (menor que 0,35x comprimento do edeago); ramo dorsal do parâmero ultrapassando margem apical do edeago .......................................... P. opimum Waichert & Azevedo, 2004

Ápice do edeago longo (maior que 0,35x comprimento do edeago); ramo dorsal do parâmero não ultrapassando margem apical do edeago ............................... 42

42(41).Região anterior do disco pronotal suavemente rugosa ............................................................................................ 43

Região anterior do disco pronotal não suavemente rugosa .......................... 44

43(42).Notáulice paralela, incompleta; processo mediano do hipopígio membranoso; edeago mesoconvexo ................... P. rotundum Waichert & Azevedo, 2004

Notáulice convergente, completa ou quase isto; processo mediano do hipopígio esclerotizado; edeago não mesoconvexo ............ P. castaneiceps Evans, 1966

44(42).Hipopígio longo (comprimento maior ou igual a 1,0x largura máxima); superfície dorsal posterior do hipopígio sem cerdas; processo mediano do hipopígio pontiagudo; edeago mesoconvexo ............... P. cuspidatum Waichert & Azevedo, 2004

Hipopígio curto (comprimento menor que 1,0x largura máxima); superfície dorsal posterior do hipopígio com cerdas; processo mediano do hipopígio não pontiagudo; edeago oval .................................. P. apenesoides Waichert & Azevedo, 2004

45(38).Notáulice incompleta e paralela ................................................... 46

Notáulice completa ou quase isto, e convergente .... 48

46(45).Região mediana do edeago pouco dilatada; olho de tamanho médio (WF entre 1,15 e 1,35x HE); ocelo pequeno ............................................................... 47

Região mediana do edeago muito dilatada; olho grande (WF maior que 1,35x HE); ocelo grande ............................................................ P. rafum sp. nov.

47(46).Hipopígio curto (comprimento menor que 1,0x largura máxima); superfície dorsal posterior do hipopígio com cerdas; processo mediano do hipopígio membranoso; ápice do edeago curto (menor que 0,35x comprimento do edeago) ..... P. ivaum sp. nov.

Hipopígio longo (comprimento maior ou igual a 1,0x largura máxima); superfície dorsal posterior do hipopígio sem cerdas; processo mediano do hipopígio esclerotizado; ápice do edeago longo (maior que 0,35x comprimento do edeago) ................... P. intentum Waichert & Azevedo, 2004

48(45).Região anterior do disco pronotal não suavemente rugosa; hipopígio curto (comprimento menor que 1,0x largura máxima); processo mediano do hipopígio esclerotiza ............................................................... P. genum sp. nov.

Região anterior do disco pronotal suavemente rugosa; hipopígio longo (comprimento maior ou igual a 1,0x largura máxima); processo mediano do hipopígio membranoso ................................................... P. optimum Evans, 1964

Descrição das espécies

Pseudisobrachium acrum sp. nov.

(Figs. 1, 49–51)

Descrição: holótipo, macho. Comprimento do corpo 4,80 mm. LFW 3,20 mm. Cor: cabeça preta; mesossomo castanho, propódeo preto; metassomo castanho-claro; mandíbula castanho-clara; clípeo castanho; antena castanha; pernas castanho-palha; asas subhialinas; nervuras castanho-palha.

Cabeça (como na Fig. 1): mandíbula com cinco dentes apicais; três superiores pequenos e convexos, dois inferiores grandes e angulados. Lobo mediano do clípeo trapezoidal; região mediana basalmente elevada; margem apical suavemente tridentada; carena mediana baixa, reta de perfil. Antena delgada; razão entre os quatro primeiros artículos antenais de 9:3:6:5; artículo III 3,0x tão longo quanto largo; pubescência flagelar subereta; pêlos longos; cerdas eretas abundantes ventralmente. Fronte fortemente coriácea; pontos pequenos, rasos, escassos. WH 0,90x LH. WF 0,66x WH. WF 1,50x HE. Olho saliente, pilosidade escassa. DAO 0,11x WF. Triângulo ocelar compacto; ângulo frontal do triângulo ocelar agudo. WOT 2,50x DAO. OOL 1,28x WOT. Distância do ocelo posterior à crista do vértice 1,60x DAO. VOL 1,08x HE. Têmpora suavemente divergente. Vértice reto. Carena occipital incompleta.

Mesossomo: pronoto e mesonoto fortemente coriáceos; pontuados como a fronte. Colar pronotal longo. Declividade pronotal muito curta. Disco pronotal 0,30x tão largo quanto largura máxima ; largura anterior 0,36x largura máxima; região anterior arredondada. Notáulice estreita, rasa, lisa, paralela, ocupando quarto anterior do mesoscuto. Sulco parapsidal mais largo que notáulice, completo. Sulco escutelar longo, largo, profundo, liso, reto. Região mediana do escutelo polida, não pontuada. Carena mediana do metanoto curta, larga; fóvea interna do sulco metanotal grande. Disco propodeal 1,25x tão longo quanto largo; 0,40x tão alto quanto longo; triângulo basal pouco definido; restante do disco estrigulado; carena mediana 0,68x tão longa quanto o disco propodeal; carena lateral presente; declividade do propódeo estrigulada; lado do propódeo polido; espiráculo elíptico. Mesopleura coriácea; calo definido, suavemente coriáceo; fóvea episternal presente. Nervura discoidal fortemente pigmentada; intersticial com mediana.

Metassomo: longo. Hipopígio (como na Fig. 49) 1,0x tão longo quanto largo; margem posterior convexa; margem lateral angularmente convexa; processo mediano esclerotizado, estreito, baixo, em forma de V; bainha estreita, curta; hastes longas; subiguais. Genitália (Figs. 50–51): edeago mesoconvexo; base estreita; região mediana muito dilatada, arredondada; ápice longo; margem apical côncava; ramo ventral do parâmero 2,0x tão largo quanto ramo dorsal, margem apical convexa; ramo dorsal estreito, alcançando margem apical do edeago.

Variações: comprimento do corpo de 4,0 a 6,0 mm; carena do metanoto estreita.

Comentários: P. acrum sp. nov. é semelhante a P. cuspidatum por ter mandíbula com ápice suavemente largo, cinco dentes apicais, sendo os três superiores pequenos e os dois inferiores grandes, lobo mediano do clípeo trapezoidal, margem apical tridentada, antena delgada, fronte fortemente coriácea, carena occipital incompleta, disco pronotal curto, notáulice estreita, paralela, incompleta, e sulco escutelar longo e largo. Mas P. acrum sp. nov. tem cabeça mais comprida, margem apical do lobo mediano do clípeo suavemente tridentada, carena mediana presente, olho menor, têmpora divergente, vértice reto, declividade pronotal muito curta, edeago mais constricto apicalmente e com margem apical côncava, margem posterior do hipopígio convexa e processo mediano não pontiagudo.

Distribuição: Brasil (São Paulo).

Material examinado: HOLÓTIPO: macho, São Paulo, Salesópolis, 30.III–2.IV.2001, MT, S.T.P. Amarante e equipe col. (MZSP). PARÁTIPOS: São Paulo, Salesópolis, MT, 3 machos, 30.III–2.IV.2001, macho, 2–5.IV.2001; macho, 1–3.IV.2001, YPT, S.T.P. Amarante e equipe col. (MZSP).

Pseudisobrachium amplum Waichert & Azevedo, 2004

(Figs. 2, 52)

Esta espécie era conhecida apenas para o Espírito Santo, agora é registrada pela primeira vez para Rio de Janeiro e São Paulo. Além dos caracteres da descrição, P. amplum apresenta antena delgada; flagelômeros longos; olho de tamanho médio, saliente; carena occipital incompleta; declividade pronotal longa; disco pronotal curto, região anterior pouco elevada e suavemente rugosa; hipopígio (Fig. 52) curto; margem posterior suavemente convexa; margem lateral convexa; processo mediano membranoso, estreito, como bolsa pequena; bainha estreita, curta; hastes longas, subiguais.

P. amplum é semelhante a P. plaumanni por ter cabeça quadrangular, mandíbula com ápice suavemente largo e cinco dentes apicais, carena mediana alta, antena delgada, pubescência subereta, fronte polida, olho pequeno, têmpora subparalela, declividade pronotal longa, disco pronotal curto, com região anterior elevada e suavemente rugosa, edeago mesoconvexo com região mediana muito dilatada, ramo ventral do parâmero largo com margem apical angularmente convexa, e ramo dorsal estreito ultrapassando margem apical do edeago. Mas, P. amplum difere de P. plaumanni por ter comprimento do corpo menor, antena mais espessa, artículo antenal III uniformemente largo, olho e ocelo maiores, triângulo ocelar mais próximo ao vértice da cabeça, região anterior do disco pronotal suavemente elevada, mesoscuto mais curto, margem posterior do sulco escutelar sinuosa, carena sublateral e posterior presentes, margem posterior do hipopígio suavemente convexa, hipopígio sem processo mediano e com hastes subiguais, edeago com ápice mais estreito, mais longo e não voltado para região ventral, ramo dorsal com constrição apical.

Variações: comprimento do corpo de 2,50 a 4,00 mm; ápice do metassomo castanho-palha; lobo mediano do clípeo angulado ou suavemente convexo; artículo antenal III não tão longo; margem posterior do sulco escutelar suavemente sinuosa.

Material examinado: Espírito Santo, Santa Teresa, 2 machos, 10.XII.2001, SS, C.O.Azevedo e R.Kawada col. (UFES); macho, 11.IX.2003, MT, M.T.Tavares e C.O.Azevedo col. (UFES); macho, 31.VII-07.VIII.2007, C.O.Azevedo e equipe col. (UFES); macho, 867 m, 19°58'10,5"S 40°32'10,3"W, 9–12.IV.2001; Res. {Estação}, 840 m, 19°58'16,7"S 40°32'06,9"W, 2 machos, 6–9.IV.2001, 2 machos, 9–12.IV.2001; 638 m, 19°58'18,5"S 40°32'07,6"W, 6 machos, 6–9.IV.2001, 6 machos, 9–12.IV.2001; 2 machos, 867 m, 19°58'19,5"S 40°32'10,3"W, 6–9.IV.2001; 638 m, 19°58'25,2"S 40°31'44,6"W, SS, macho, 7.IV.2001, macho, 8.IV.2001; macho, 867 m, 19°58'36,0"S 40°32'06,4"W, 11.IV.2001, SS; Res. {Estação}, 867 m, 19°58'37,3"S 40°32'22,5"W, MT, 3 machos, 6–9.IV.2001, macho, 9–12.IV.2001; macho, Res. {Estação}, 867 m, 19°58'39,2"S 40°32'06,5"W, 8.IV.2001, SS; macho, 867 m, 19°58'39,2"S 40°32'06,6"W, 11.IV.2001, SS, C.O.Azevedo e equipe col. (MZSP); Santa Maria de Jetibá, Fazenda Paulo Seick, MT, 5 machos, 29.XI–6.XII.2002, 3 machos, 6–13.XII.2002, 2 machos, 20°04'27,9"S 40°44'51,3"W {20°02'31,1"S 40°41'51,3"W}, 6–13.XII.2002, M.T.Tavares, C.O.Azevedo e equipe col. (UFES); Domingos Martins, Pico do Eldorado, MT, 8 machos, 26.XI–3.XII.2004, 8 machos, 3–10.XII.2004, M.T.Tavares e equipe col. (UFES); macho, Parque Estadual da Pedra Azul, 26.VIII–02.IX.2003, MT, C.O.Azevedo e equipe col. (UFES); 11 machos, Alfredo Chaves, 8–15.X.2007, MT, C.O.Azevedo e equipe col. (UFES); Rio de Janeiro, Nova Iguaçu, macho, 22°34'35"S 43°26'10"W, 8.III.2002, SS, 2 machos, 22°34'37"S 43°26'06,6"W, 5–8.III.2002, 8–11.III.2002, MT, S.T.P.Amarante e equipe col. (MZSP); 2 machos, Represa Rio Grande, III.1972, F. M. Oliveira col. (CNCI); São Paulo, Ubatuba, MT, 6 machos, 21–24.I.2002, 8 machos, 24–27.I.2002, N. W. Perioto e equipe col. (MZSP); Salesópolis, 2 machos, 30.III–2.IV.2001, MT, 6 machos, 2–5.IV.2001, MT, 2 machos, 01.IV.2001, 5.IV.2001, SS, S.T.P.Amarante e equipe col. (MZSP). Material-tipo examinado: Espírito Santo, Santa Teresa, SS, 2 machos, 28.III.2001, 2 machos, 23.IV.2001, macho, 31.V.2001, macho, 26.X.2001, C.O.Azevedo e R.Kawada col. (UFES).

Pseudisobrachium apenesoides Waichert & Azevedo, 2004

(Figs. 3, 53)

Esta espécie era conhecida apenas para o Espírito Santo, agora é registrada pela primeira vez para Sergipe, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Santa Catarina. Além dos caracteres da descrição, P. apenesoides apresenta mandíbula com quatro dentes superiores pequenos e inferior grande; dente superior voltado para dentro; antena espessa; flagelômeros médios; olho de tamanho médio, saliente; carena occipital completa, não visível em vista dorsal; declividade pronotal longa; disco pronotal curto; hipopígio (Fig. 53) curto; margem posterior medianamente côncava; região dorsal posterior com cerda longa; processo mediano estreito, baixo, suavemente curvo; hastes curtas, subiguais.

Variações: comprimento do corpo de 5,00 a 7,00 mm; pernas mescladas de castanho-palha com castanho-escuro; notáulice suavemente convergente ou convergente; às vezes uma notáulice é menor que a outra; margem posterior do sulco escutelar suavemente sinuosa; disco propodeal inteiramente ruguloso; triângulo basal não definido; carena mediana incompleta; declividade do propódeo totalmente polida; ramo dorsal do parâmero com base tão larga quanto à região mediana. Os exemplares de Sergipe têm pernas totalmente castanho-palha; notáulice anteriormente mais estreita; sulco escutelar reto; edeago e ramo dorsal do parâmero mais estreitos.

Material examinado: Sergipe, Santa Luzia do Itanhy, macho, 11°22'25,3"S 37°24'04,5"W, 30.VII–2.VIII.2001, YPT, 5 machos, 29.VII–1.VIII.2001, MT, M.T.Tavares e equipe col. (MZSP); Espírito Santo, Santa Teresa, MT, 4 machos, 11.IX.2003, M.T.Tavares e C.O.Azevedo col., 3 machos, 31.VII–7.VIII.2007, C.O.Azevedo e equipe col. (UFES); Res. {Estação}, 840 m, 19°58'16,7"S 40°32'06,9"W, MT, 3 machos, 6–9.IV.2001, macho, 9–12.IV.2001; 638 m, 19°58'18,5"S 40°32'07,6"W, MT, 2 machos, 6–9.IV.2001, 8 machos, 9–12.IV.2001; 3 machos, 867 m, 19°58'19,5"S 40°32'10,3"W, 6–9.IV.2001, MT; SS, macho, 755 m, 19°58'21,1"S 40°32'05,5"W, 10.IV.2001, macho, 638 m, 19°58'25,2"S 40°31'44,6"W, 8.IV.2001, macho, 7.IV.2001; macho, Res. {Estação}, 867 m, 19°58'37,3"S 40°32'22,5"W, 9–12.IV.2001, MT, C.O.Azevedo e equipe col. (MZSP); Santa Maria de Jetibá, MT, 3 machos, Fazenda Paulo Seick, 6–13.XII.2002; Fazenda Clarindo Krüger, macho, 29.XI–6.XII.2002, 3 machos, 6–13.XII.2002, M.T.Tavares, C.O.Azevedo e equipe col. (UFES); 6 machos, Santa Leopoldina, 5–12.XI.2007, MT, C.O.Azevedo e equipe col. (UFES); macho, Cariacica, 7.I.1997, SS, C.O.Azevedo col. (UFES); Domingos Martins, Pico do Eldorado, MT, 23 machos, 26.XI–3.XII.2004, 35 machos, 3.XII–10.XII.2004, M.T.Tavares e equipe col. (UFES); macho, Alfredo Chaves, 8–15.X.2007, MT, C.O.Azevedo e equipe col. (UFES); Rio de Janeiro, macho, Santa Maria Madalena, 16–19.IV.2002, YPT, A.M.Penteado-Dias e equipe col. (MZSP); 3 machos, Nova Iguaçu, 5–8.III.2002, MT, S.T.P.Amarante e equipe col. (MZSP); São Paulo, Ubatuba, 4 machos, 21.I.2002, SS, 15 machos, 21–24.I.2002, MT, 9 machos, 24–27.I.2002, MT, N. W. Perioto e equipe col. (MZSP); Salesópolis, MT, 7 machos, 30.III–2.IV.2001, macho, 2–5.IV.2001, S.T.P.Amarante e equipe col. (MZSP); Peruíbe, macho, 3.V.2002, 7 machos, 6.V.2002, N. W. Perioto e equipe col. (MZSP); Paraná, macho, Jundiaí do Sul, 11.IV.1988; Antonina, macho, 27.VII.1987, macho, 7.IX.1987, macho, 21.IX.1987, macho, 28.XII.1987, macho, 11.VII.1988, (DZUP); 2 machos, Morretes, 9.IV.2002, SS, M.T.Tavares & equipe col. (MZSP); 3 machos, São José dos Pinhais, Br 277, Km54, 1.IX.1986, 15.IX.1986, 6.X.1986, (DZUP); macho, Santa Catarina, São Bento do Sul, 13–16.X.2001, MT, A.M.Penteado-Dias e equipe col. (MZSP). Material-tipo examinado: Espírito Santo, 2 machos, Santa Teresa, 23.II.2001, SS, C.O.Azevedo e R.Kawada col. (UFES); Cariacica, SS, macho, 17.IX.1996, 2 machos, 24.IX.1996, macho, 26.XI.1996, 2 machos, 7.I.1997, C.O.Azevedo col., 2 machos, 22.X.1996, E.H.Freitas col., macho, 9.IX.1996, macho, 22.X.1996, 2 machos, 12.XI.1996, H.S.Sá col. (UFES).

Pseudisobrachium belum sp. nov.

(Figs. 4, 54–56)

Descrição: holótipo, macho. Comprimento do corpo 6,10 mm. LFW 4,80 mm. Cor: cabeça e mesossomo pretos; metassomo castanho-escuro; mandíbula castanha; clípeo preto; antena e pernas castanho-claras; asas subhialinas; nervuras castanhas.

Cabeça (como na Fig. 4): mandíbula com cinco dentes apicais, quatro superiores pequenos, inferior grande; três superiores convexos, dois inferiores angulados; dente subsuperior reduzido. Lobo mediano do clípeo trapezoidal; região mediana basalmente elevada; margem apical convexa; carena mediana alta, reta de perfil. Antena espessa; razão entre os quatro primeiros artículos antenais de 9:2:6:5; artículo III 1,60x tão longo quanto largo; pubescência flagelar subapressa; pêlos curtos; cerdas eretas abundantes ventralmente. Fronte polida; pontos pequenos, rasos, abundantes. WH 0,82x LH. WF 0,62x WH. WF 1,07x HE. Olho saliente, pilosidade escassa. DAO 0,20x WF. Triângulo ocelar compacto; ângulo frontal do triângulo ocelar agudo. WOT 2,60x DAO. OOL 0,62x WOT. Distância do ocelo posterior à crista do vértice 1,0x DAO. VOL 0,70x HE. Têmpora subparalela. Vértice reto. Carena occipital visível em vista dorsal.

Mesossomo: pronoto e mesonoto polidos; pontos escassos. Colar pronotal longo. Declividade pronotal curta. Disco pronotal 0,51x tão longo quanto largura máxima; largura anterior 0,38x largura máxima; região anterior angulada. Notáulice estreita, rasa, lisa, convergente, quase completa. Sulco parapsidal tão estreito quanto notáulice, quase completo. Sulco escutelar curto, largo, profundo, liso, reto. Região mediana do escutelo polida, não pontuada. Carena mediana do metanoto curta, estreita; fóvea interna do sulco metanotal pequena. Disco propodeal 1,11x tão longo quanto largo; 0,36x tão alto quanto longo; triângulo basal definido; restante do disco estrigulado; carena mediana 0,66x tão longa quanto disco propodeal; carena lateral presente; carena sublateral presente, inconspícua; carena transversal posterior presente, inconspícua; declividade do propódeo estrigulada; lado do propódeo polido; espiráculo circular. Mesopleura polida; calo definido, polido. Nervura discoidal suavemente pigmentada; intersticial com mediana.

Metassomo: longo. Hipopígio (como na Fig. 54) 1,0x tão longo quanto largo; margem posterior angularmente convexa; margem lateral angularmente convexa; processo mediano ausente; bainha medianamente estreita, lateralmente larga, curta; haste mediana longa, haste lateral curta; haste mediana mais estreita que haste lateral. Genitália (Figs. 55–56): edeago mesoconvexo; base estreita; região mediana pouco dilatada, arredondada; ápice longo, voltado para dentro; margem apical sinuosa; ramo ventral do parâmero 2,0x tão largo quanto ramo dorsal, margem apical convexa; ramo dorsal estreito, afilado apicalmente, ultrapassando margem apical do edeago.

Variações: ângulo frontal do triângulo ocelar quase reto; sulco escutelar escrobiculado; disco propodeal lateralmente polido.

Comentários: P. belum sp. nov. é semelhante a P. superbum Evans, 1961 por ter cabeça comprida, fronte polida, olho grande e saliente, e têmpora subparalela, mas difere da mesma por ter mandíbula com ápice suavemente largo, cinco dentes apicais, margem apical do lobo mediano do clípeo convexa, pubescência flagelar subapressa, cerdas eretas abundantes ventralmente, fronte com pontos escassos, notáulice estreita, disco propodeal com carena mediana, edeago menos dilatado medianamente e ramo dorsal do parâmero afilado apicalmente.

Distribuição: Brasil (Sergipe, Bahia).

Material examinado: HOLÓTIPO: macho, Sergipe, Santa Luzia do Itanhy, 1–4.VIII.2001, MT, M.T.Tavares e equipe col. (MZSP). PARÁTIPOS: Sergipe, macho, Santa Luzia do Itanhy, 29.VII–1.VIII.2001, MT, M.T.Tavares e equipe col. (MZSP); Bahia, Sapiranga, MT, macho, 12°33'38,5"S 38°02'57,2"W, 19–22.VII.2001, macho, 12°33'41,1"S 38°02'51"W, 22–25.VII.2002, M.T.Tavares e equipe col. (MZSP).

Pseudisobrachium bifum sp. nov.

(Figs. 5, 57–60)

Descrição: holótipo, macho. Comprimento do corpo 4,70 mm. LFW 3,0 mm. Cor: cabeça preta; mesossomo castanho-escuro, propódeo preto; metassomo castanho; mandíbula, clípeo e antena castanhos; pernas castanho-palha; asas subhialinas; nervuras castanho-palha.

Cabeça (como na Fig. 5): mandíbula com cinco dentes apicais; três superiores pequenos e convexos, dois inferiores grandes e angulados. Lobo mediano do clípeo trapezoidal; região mediana basalmente elevada; margem apical suavemente côncava; carena mediana alta, reta de perfil. Antena delgada; razão entre os quatro primeiros artículos antenais de 8:2:5:4; artículo III 2,60x tão longo quanto largo; pubescência flagelar subapressa; pêlos curtos; cerdas eretas abundantes ventralmente. Fronte coriácea; pontos pequenos, rasos, abundantes. WH 0,88x LH. WF 0,66x WH. WF 1,23x HE. Olho não saliente, pilosidade escassa. DAO 0,18x WF. Triângulo ocelar compacto; ângulo frontal do triângulo ocelar reto. WOT 3,0x DAO. OOL 0,88x WOT. Distância do ocelo posterior à crista do vértice 1,50x DAO. VOL 0,76x HE. Têmpora subparalela. Vértice reto. Carena occipital visível em vista dorsal.

Mesossomo: pronoto e mesonoto coriáceos; pontuados como a fronte. Colar pronotal longo. Declividade pronotal muito curta. Disco pronotal 0,55x tão longo quanto largura máxima; largura anterior 0,41x largura máxima; região anterior angulada. Notáulice estreita, rasa, lisa, suavemente convergente, completa. Sulco parapsidal tão estreito quanto notáulice, quase completo. Sulco escutelar longo, estreito, profundo, liso, reto; margem posterior suavemente sinuosa. Região mediana do escutelo polida, não pontuada. Carena mediana do metanoto longa, estreita; fóvea interna do sulco metanotal pequena. Disco propodeal 0,90x tão longo quanto largo; 0,50x tão alto quanto longo; anteriormente ruguloso, posteriormente estrigulado; carena mediana 0,55x tão longa quanto disco propodeal; carena lateral presente; declividade do propódeo suavemente estrigulada; lado do propódeo suavemente estrigulado; espiráculo circular. Mesopleura coriácea; calo definido, suavemente coriáceo. Nervura discoidal suavemente pigmentada; não intersticial com mediana.

Metassomo: longo. Hipopígio (como na Fig. 57) 0,63x tão longo quanto largo; margem posterior angularmente convexa; com concavidade mediana longa, larga, angulada; região dorsal posterior com cerda longa; margem lateral angularmente convexa; processo mediano ausente; bainha estreita, longa; hastes curtas; haste mediana suavemente maior que haste lateral. Genitália (Figs. 58–60): edeago mesoconvexo; base estreita; região mediana pouco dilatada, arredondada; ápice curto e dilatado apicalmente, voltado para dentro, com lobo membranoso retangular; margem apical convexa; vano sem ranhuras; ramo ventral do parâmero 1,25x tão largo quanto ramo dorsal, margem apical convexa; ramo dorsal estreito, dilatado medianamente, ultrapassando margem apical do edeago.

Variações: comprimento do corpo de 2,70 a 5,10 mm; propódeo castanho; mandíbula com quatro dentes.

Comentários: P. complanatum Evans,1969 era a única espécie de Pseudisobrachium que possuía o vano sem ranhuras. Pseudisobrachium bifum sp. nov. tem o formato quadrangular da cabeça semelhante à P. complanatum, mas difere desta por ter margem apical do lobo mediano do clípeo suavemente côncava, fronte com pontos abundantes, olho de tamanho médio e não saliente, carena occipital visível em vista dorsal, notáulice completa, edeago com margem dorsal sinuosa, lobo membranoso apicalmente, ramo dorsal do parâmero dilatado apicalmente, margem posterior do hipopígio com concavidade mediana pequena, larga e angulada, bainha do hipopígio longa.

Distribuição: Brasil (Paraíba).

Material examinado: HOLÓTIPO: macho, Paraíba, João Pessoa, 25–28.VII.2002, MT, S.T.P.Amarante e equipe col. (MZSP). PARÁTIPOS: Paraíba, João Pessoa, SS, macho, 27.VII.2002, macho, 30.VII.2002; MT, 4 machos, 25–28.VII.2002, 11 machos, 28–31.VII.2002, S.T.P.Amarante e equipe col. (MZSP).

Pseudisobrachium castaneiceps Evans, 1966

(Figs. 6, 61–64)

Esta espécie era conhecida apenas para Santa Catarina, agora é registrada pela primeira vez para Alagoas, Espírito Santo, Rio de Janeiro e Paraná. Além dos caracteres da descrição, P. castaneiceps apresenta antena delgada; flagelômeros médios; olho de tamanho médio, saliente; carena occipital incompleta; declividade pronotal longa; disco pronotal curto, região anterior suavemente rugosa; hipopígio (Fig. 61) curto; com depressão mediana estreita e longa, dividindo o hipopígio em dois lobos; lobo com ápice convexo, margem lateral suavemente côncava; processo mediano esclerotizado, largo, baixo, em forma de cálice e com membrana arredondada cobrindo base da depressão; bainha estreita, curta; hastes curtas, subiguais; genitália (Figs. 62–64): edeago elíptico, largo, giboso; ápice com lobo membranoso; ramo ventral do parâmero largo, margem apical convexa; ramo dorsal do parâmero estreito, afilado apicalmente, não alcançando margem apical do edeago.

Pseudisobrachium castaneiceps é muito semelhante a P. optimum por ter cabeça quadrangular, mandíbula com ápice fortemente largo e cinco dentes apicais grandes, lobo mediano do clípeo trapezoidal com margem apical suavemente côncava e cantos convexos, antena delgada, flagelômeros médios, pubescência subereta, fronte polida, olho de tamanho médio e saliente, têmpora subparalela, declividade pronotal longa, disco pronotal curto com região anterior suavemente rugosa, notáulice escrobiculada, convergente e quase completa, hipopígio com depressão mediana profunda, dividindo o mesmo em dois lobos e edeago elíptico e giboso, com lobo membranoso apical. Mas, P. castaneiceps difere de P. optimum por ter corpo castanho-avermelhado, artículo antenal III basalmente estreito, vértice suavemente convexo, notáulice estreita e rasa, disco propodeal com triângulo basal definido, hipopígio com margem lateral suavemente côncava, processo mediano em forma de cálice e com lobo membranoso arredondado na base, superfície dorsal sem par de ramos, hastes curtas, edeago mais largo, com apenas um par de lobos membranosos partindo do centro da margem apical e projetado dorsalmente, margem apical do ramo ventral do parâmero convexa, ramo dorsal do parâmero com ápice muito mais estreito que base. Apesar da genitália e do hipopígio destas duas espécies serem diferentes, elas têm o mesmo padrão geral, o edeago é largo e giboso, com lobos membranosos apicalmente, e o hipopígio é profundamente dividido em dois lobos. O padrão geral destas duas espécies é muito distinto das demais espécies de Pseudisobrachium, que costumam ter hipopígio sem depressão mediana profunda; edeago mesoconvexo, não giboso, e sem lobo membranoso.

Variações: comprimento do corpo de 5,00 a 6,50 mm; lobo mediano do clípeo subtrapezoidal; vértice da cabeça reto; notáulice descontínua; lisa.

Material examinado: 2 machos, Alagoas, Quebrângulo, 11–14.IX.2002, MT, A.M.Penteado-Dias e equipe col. (MZSP); macho, Espírito Santo, Santa Teresa, 31.V.2001, SS, C.O.Azevedo e R.Kawada col. (UFES); macho, Alfredo Chaves, 8–15.X.2007, MT, C.O.Azevedo e equipe col. (UFES); macho, Rio de Janeiro, Nova Iguaçu, 8–11.III.2002, MT, S.T.P.Amarante e equipe col. (MZSP); Paraná, Jundiaí do Sul, MT, macho, 22.IX.1986, macho, 10.XI.1987, 3 machos, 20.VII.1987, macho, 14.IX.1987, macho, 21.XII.1987; Telêmaco Borba, MT, macho, 18.VIII.1986, macho, 21.III.1987, macho, 16.III.1988, macho, 25.VII.1988; macho, Ponta Grossa, 11.I.1988, MT; Colombo, MT, macho, 13.X.1986, macho, 1.II.1988; Antonina, MT, macho, 4.VIII.1986, macho, 17.VIII.1987, macho, 9.XI.1987, (DZUP); Santa Catarina, São Francisco do Sul, MT, macho, 14–17.X.2001, macho, 17–20.X.2001, A.M.Penteado-Dias e equipe col. (MZSP).

Pseudisobrachium celum sp. nov.

(Figs. 7, 65–68)

Descrição: holótipo, macho. Comprimento do corpo 6,40 mm. LFW 4,90 mm. Cor: cabeça preta; mesossomo castanho-claro; metassomo castanho-escuro; mandíbula castanho-palha; clípeo castanho-claro; antena castanha, escapo e pedicelo castanho-palha; pernas castanho-palha; asas subhialinas; nervuras castanho-escuras.

Cabeça (como na Fig. 7): mandíbula com cinco dentes apicais; três superiores pequenos e convexos, dois inferiores grandes e angulados; dente subsuperior reduzido. Lobo mediano do clípeo trapezoidal; região mediana basalmente elevada; margem apical angularmente côncava; carena mediana alta, angulada de perfil. Antena espessa; razão entre os quatro primeiros artículos antenais de 8:2:7:6; artículo III 2,25x tão longo quanto largo; pubescência flagelar subapressa; pêlos curtos; cerdas eretas abundantes ventralmente. Fronte polida; pontos pequenos, rasos, escassos. Carena frontal curta. WH 0,94x LH. WF 0,62x WH. WF 1,33x HE. Olho saliente, pilosidade escassa. DAO 0,15x WF. Triângulo ocelar compacto; ângulo frontal do triângulo ocelar agudo. WOT 3,50x DAO. OOL 1,22x WOT. Distância do ocelo posterior à crista do vértice 2,33x DAO. VOL 1,0x HE. Têmpora suavemente divergente. Vértice reto. Carena occipital visível em vista dorsal.

Mesossomo: pronoto e mesonoto polidos; pontuados como a fronte. Colar pronotal longo. Declividade pronotal muito curta. Disco pronotal 0,54x tão longo quanto largura máxima; largura anterior 0,51x largura máxima; região anterior angulada; face lateral carenada. Notáulice estreita, rasa, lisa, paralela, ocupando quarto anterior do mesoscuto. Sulco parapsidal mais largo que notáulice, quase completo. Sulco escutelar longo, estreito, profundo, liso, reto. Região mediana do escutelo não pontuada. Carena mediana do metanoto curta, larga; fóvea interna do sulco metanotal grande. Disco propodeal 0,70x tão longo quanto largo; 0,58x tão longo quanto longo; anteriormente carenado, posteriormente estrigulado; carena mediana 0,62x tão longa quanto disco propodeal; carena lateral presente; carena sublateral presente, inconspícua; declividade do propódeo estrigulada; lado do propódeo polido; espiráculo circular. Mesopleura polida; calo definido, polido; fóvea episternal presente. Nervura discoidal fortemente pigmentada; não intersticial com mediana. Metaesterno com dente longo.

Metassomo: curto. Hipopígio (como na Fig. 65) 0,68x tão longo quanto largo; margem posterior convexa; com concavidade mediana curta, estreita; margem lateral angulada; processo mediano esclerotizado, estreito, baixo, em forma de V; bainha estreita, longa; haste mediana curta, haste lateral pouco definida. Genitália (Figs. 66–68): edeago meso convexo; base estreita; região mediana pouco dilatada, arredondada; ápice longo e largo, com filamento longo e projetado dorsalmente; margem apical convexa, com concavidade mediana longa; ramo ventral do parâmero 2,50x tão largo quanto ramo dorsal, margem apical angularmente convexa; ramo dorsal estreito, ultrapassando margem apical do edeago; margem lateral interna sinuosa.

Variações: comprimento do corpo de 5,70 a 7,60 mm; notáulice ocupando quinto anterior do mesoscuto; nervura discoidal suavemente pigmentada.

Comentários: a genitália de P. celum sp. nov. é igual a de P. filum, diferindo apenas por não apresentar uma projeção mediana em forma de gancho no ápice do edeago. O hipopígio das duas espécies também é muito semelhante, ambos são estreitos, com haste lateral pouco definida, bainha longa, margem posterior com concavidade mediana muito curta e estreita, e processo mediano esclerotizado localizado na parte posterior do hipopígio. Tanto a genitália quanto o hipopígio diferem bastante do padrão encontrado, normalmente, nas espécies de Pseudisobrachium. Além da genitália e o hipopígio serem parecidos, estas duas espécies têm algumas semelhanças externas como formato arredondado da cabeça, mandíbula com ápice suavemente largo e cinco dentes apicais, margem apical do lobo mediano do clípeo angularmente côncava, antena espessa, olho de tamanho médio, carena occipital visível em vista dorsal, declividade pronotal muito curta, disco pronotal longo, notáulice não ultrapassando quarto anterior do mesoscuto e sulco escutelar longo e estreito. Pseudisobrachium celum sp. nov. difere de P. filum por ter textura polida, cabeça maior, olho menor, antena mais espessa, disco pronotal com face lateral carenada, disco propodeal anteriormente carenado, metaesterno com dois dentes longos, hipopígio com margem posterior suavemente convexa, e haste mediana mais curta.

Distribuição: Brasil (Espírito Santo).

Material examinado: HOLÓTIPO: macho, Espírito Santo, Santa Teresa, 840m, 19°58'16,7"S 40°32'06,9"W, 6–9.IV.2001, MT, C.O.Azevedo e equipe col. (MZSP). PARÁTIPOS: Espírito Santo, 2 machos, Santa Teresa, 23.II.2001, SS, C.O.Azevedo e R.Kawada col. (UFES), Santa Teresa, 840m, 19°58'16,7"S 40°32'06,9"W, MT, macho, 6–9.IV.2001, macho, 9–12.IV.2001; 638m, 19°58'18,5"S 40°32'07,6"W, MT, 3 machos, 6–9.IV.2001, 5 machos, 9–12.IV.2001; macho, 6–9.IV.2001, MT; macho, 755m, 19°58'22,1"S 40°32'05,5"W, 7.IV.2001, SS, C.O.Azevedo e equipe col. (MZSP).

Pseudisobrachium corvinum Evans, 1969

(Figs. 8, 69)

Esta espécie era conhecida apenas para Argentina, agora é registrada pela primeira vez para o Brasil (Paraná). Além dos caracteres da descrição, P. corvinum apresenta antena espessa; flagelômeros médios; olho pequeno, saliente; carena occipital ausente; declividade pronotal longa; disco pronotal curto; hipopígio (Fig. 69) longo; margem posterior suavemente convexa; margem lateral convergente; processo mediano esclerotizado, estreito, pontiagudo; bainha estreita, curta; hastes longas, haste mediana mais longa que haste lateral; haste mediana mais estreita que haste lateral.

Pseudisobrachium corvinum é muito semelhante a P. magnum, P. steinbachi e P. tridens Evans, 1969 por ter cabeça quadrangular; lobo mediano do clípeo com margem apical tridentada; declividade pronotal longa; disco pronotal curto; notáulice incompleta; sulco escutelar longo; e edeago mesoconvexo. Mas, P. corvinum difere de P. magnum e P. tridens por ter textura polida; triângulo basal não definido; edeago com ápice mais estreito e mais curto. P. corvinum se parece mais com P. steinbachi, mas esta tem dente superior de mesma largura que o subsuperior e mediano; dente mediano do lobo mediano do clípeo mais estreito; antena muito mais espessa; disco propodeal estrigulado com carena mediana mal definida; margem posterior do hipopígio suavemente côncava, hastes curtas, processo mediano mais estreito; edeago suavemente mais dilatado; ramo dorsal do parâmero suavemente mais largo. Pseudisobrachium corvinum e P. steinbachi além de se parecerem externamente, possuem o mesmo padrão de hipopígio e genitália; hipopígio longo com margem posterior sem concavidade mediana, e com processo mediano esclerotizado e pontiagudo; edeago mesoconvexo com região mediana pouco dilatada.

Variações: comprimento do corpo de 5,00 a 8,50 mm; notáulice ocupando quinto anterior do mesoscuto; margem posterior do sulco escutelar suavemente sinuosa; haste mediana do hipopígio tão longa quanto haste lateral; edeago com ápice mais estreito e região mediana mais dilatada.

Material examinado: Paraná, Jundiaí do Sul, MT, macho, 4.VIII.1986, macho, 19.I.1987, macho, 20.VI.1988; macho, Fênix, 20.IV.1987, MT, (DZUP); Telêmaco Borba, MT, macho, 4.VIII.1986, macho, 25.VIII.1986, macho, 1.IX.1986, macho, 29.XII.1986, macho, 19.I.1987, 4 machos, 2.III.1987, 2 machos, 21.III.1987, macho, 23.III.1987, macho, 11.V.1987, macho, 21.XII.1987, 3 machos, 16.III.1988, 2 machos, 21.III.1988, macho, 23.V.1988, 4 machos, 13.VI.1988, 2 machos, 30.VI.1988, 2 machos, 4.VII.1988, macho, 18.VII.1988, 2 machos, 25.VII.1988; Ponta Grossa, 2 machos, 12.I.1987, 2 machos, 19.I.1987, 3 machos, 26.I.1987, macho, 2.II.1987, 4 machos, 18.I.1988, macho, 25.I.1988, macho, 11.IV.1988, macho, 16.V.1988; macho, Colombo, 9.II.1987, MT; São José dos Pinhais, MT, macho, 18.I.1987, macho, 14.III.1987, (DZUP).

Pseudisobrachium cuspidatum Waichert & Azevedo, 2004

(Figs. 9, 70)

Esta espécie era conhecida apenas para o Espírito Santo, agora é registrada pela primeira vez para Paraíba, Pernambuco, Sergipe, São Paulo e Paraná. Além dos caracteres da descrição, P. cuspidatum apresenta antena delgada; flagelômeros médios; olho de tamanho médio, saliente; carena occipital incompleta; declividade pronotal longa; disco pronotal curto; hipopígio (Fig. 70) longo; margem posterior angularmente convexa; margem lateral convergente; processo mediano esclerotizado; estreito, pontiagudo; bainha estreita, curta; hastes longas, subiguais.

Pseudisobrachium cuspidatum é semelhante a P. magnum e P. tridens por ter cabeça quadrangular, mandíbula com cinco dentes apicais, margem apical do lobo mediano do clípeo tridentada, antena delgada, fronte coriácea, declividade pronotal longa, disco pronotal curto, notáulice incompleta, sulco escutelar longo e edeago mesoconvexo. Pseudisobrachium magnum e P. tridens têm margem apical do lobo mediano do clípeo com dente mediano grande, convexo e polido, e os dentes laterais pequenos e angulados, enquanto em P. cuspidatum os dentes da margem apical do lobo mediano do clípeo são, geralmente, de mesmo tamanho, sendo o mediano convexo e os laterais angulados. Além disso, o edeago de P. cuspidatum tem região mediana mais dilatada, ápice e base mais estreitos, enquanto P. magnum tem edeago mesoconvexo, com região mediana dilatada e ápice mais largo, e P. tridens tem edeago também mesoconvexo, mas com região mediana pouco dilatada e ápice mais estreito e longo. O hipopígio de P. cuspidatum é mais longo e mais angulado posteriormente, em P. magnum o hipopígio é curto e largamente convexo posteriormente e em P. tridens é longo e suavemente reto posteriormente.

Variações: comprimento do corpo de 3,00 a 5,00 mm; escapo, pedicelo e artículo antenal III castanho-claros; antena castanho-clara; antena castanha; pernas castanho-claras; margem apical do lobo mediano do clípeo suavemente tridentada; têmpora suavemente divergente; notáulice ocupando quarto anterior do mesoscuto; disco propodeal inteiramente ruguloso; triângulo basal não definido; carena mediana ocupando metade do disco; carena sublateral inconspícua; lado do propódeo polido; processo mediano do hipopígio longo e com ápice em forma de V; região mediana do edeago suavemente losangular.

Material examinado: Paraíba, João Pessoa, MT, 36 machos, 25–28.VII.2002, 19 machos, 28–31.VII.2002, S.T.P.Amarante e equipe col. (MZSP); Pernambuco, Recife, 14 machos, 17–20.VII.2002, MT, 2 machos, YPT, 18–21.VII.2002, 21–24.VII.2002, S.T.P. Amarante e equipe col. (MZSP); Sergipe, Santa Luzia do Itanhy, macho, 11°22'25,3"S 37°25'04,5"W, 1.VII.2001, SS; MT, 5 machos, 29.VII–1.VIII.2001, 6 machos, 1–4.VIII.2001, M.T.Tavares e equipe col. (MZSP); Bahia, macho, Mata de São João, 12°33'24,7"S 38°03'06,6"W, 20–23.VII.2001, YPT; macho, Sapiranga, 12°33'40,1"S 38°02'53,5"W, 19–22.VII.2001, MT, M.T.Tavares e equipe col.; macho, Porto Seguro, 17.V.2002, MT, C.O.Azevedo e equipe col. (MZSP); Espírito Santo, macho, Pancas, Fazenda Juliberto Stur, área 2, 24–31.I.2003, MT, M.T.Tavares, C.O.Azevedo e equipe col. (MZSP); Sooretama, 2 machos, 21–24.III.2002, MT, macho, 22.III.2002, SS, C.O.Azevedo e equipe col. (MZSP); Santa Teresa, MT, Res. {Estação}, 840 m, 19°58'16,7"S 40°32'06,9"W, macho, 6–9.IV.2001, 2 machos, 9–12.IV.2001; 638 m, 19°58'18,5"S 40°32'07,6"W, 7 machos, 6–9.IV.2001, 7 machos, 9–12.IV.2001; 2 machos, 867 m, 19°58'19,5"S 40°32'10,3"W, 6–9.IV.2001; SS, 755 m, 19°58'21,1"S 40°32'05,5"W, macho, 8.IV.2001, macho, 10.IV.2001; 638 m, 19°58'25,2"S 40°31'44,6"W, macho, 7.IV.2001, 2 machos, 8.IV.2001, macho, 11.IV.2001; macho, 19°58'36,0"S 40°32'06,4"W, 10.IV.2001; macho, 867 m, 19°58'37,3"S 40°32'22,5"W, 9–12.IV.2001, MT; macho, 867 m, 19°58'39,2"S 40°32'06,6"W, 08.IV.2001, SS, C.O.Azevedo e equipe col. (MZSP); Domingos Martins, Pico do Eldorado, 20°22'17"S 40°39'29", MT, 7 machos, 26.XI–3.XII.2004, 11 machos, 3.XII–10.XII.2004, M.T.Tavares e equipe col. (UFES); Rio de Janeiro, Nova Iguaçu, MT, 3 machos, 5–8.III.2002, 4 machos, 8–11.III.2002, macho, YPT, 9–12.III.2002, macho, SS, 7.III.2002, S.T.P.Amarante e equipe col. (MZSP); Paraná, Morretes, 3 macho, MT, 7–10.IV.2002, macho, SS, 9.IV.2002, M.T.Tavares e equipe col. (MZSP). Material-tipo examinado: Espírito Santo, Santa Teresa, SS, 4 machos, 30.I.2001, 2 machos, 23.II.2001, 2 machos, 28.III.2001, macho, 23.IV.2001, 2 machos, 31.V.2001, macho, 23,VIII.2001, macho, 10.XII.2001, C.O.Azevedo e R.Kawada col. (UFES); Cariacica, SS, 3 machos, 10.X.1996, macho, 22.X.1996, macho, 29.X.1996, macho, 26.XI.1996, macho, 5.XII.1996, macho, 17.XII.1996, macho, 26.XII.1996, macho, 25.III.1997, C.O.Azevedo col., macho, 10.X.1996, macho, 22.X.1996, E.H. Freitas col., macho, 10.X.1996, macho, 29.X.1996, macho, 12.XI.1996, macho, 29.XI.1996, 2 machos, 17.XII.1996, 2 machos, 29.I.1997, macho, 06.II.1997, macho, 25.III.1997, H.S.Sá col. (UFES).

Pseudisobrachium danum sp. nov.

(Figs. 10, 71–74)

Descrição: holótipo, macho. Comprimento do corpo 5,40 mm. LFW 3,70 mm. Cor: cabeça e mesossomo castanhos, pronoto e escutelo castanho-claros; metassomo castanho-claro; mandíbula castanho-claro; clípeo castanho; antena castanho-clara, escapo e pedicelo castanho-palha; pernas castanho-palha; asas hialinas; nervuras castanho-claras.

Cabeça (como na Fig. 10): mandíbula com cinco dentes apicais; quatro superiores pequenos, inferior grande; três superiores convexos, dois inferiores angulados. Lobo mediano do clípeo trapezoidal; margem apical reta; carena mediana alta, reta de perfil. Antena delgada; razão entre os quatro primeiros artículos antenais de 7:2:5:4; artículo III 2,50x tão longo quanto largo; pubescência flagelar subapressa; pêlos longos; cerdas eretas escassas. Fronte coriácea; pontos pequenos, rasos, abundantes. WH 0,84x LH. WF 0,64x WH. WF 1,38x HE. Olho saliente, pilosidade escassa. DAO 0,16x WF. Triângulo ocelar compacto; ângulo frontal do triângulo ocelar agudo. WOT 2,30x DAO. OOL 1,42x WOT. Distância do ocelo posterior à crista do vértice 1,60x DAO. VOL 1,20x HE. Têmpora paralela. Vértice reto. Carena occipital visível em vista dorsal.

Mesossomo: pronoto e mesonoto coriáceos; pontuados como a fronte. Colar pronotal longo. Declividade pronotal muito curta. Disco pronotal 0,63x tão longo quanto largura máxima; largura anterior 0,40x largura máxima; região anterior angulada; face lateral estrigulada. Notáulice estreita, rasa, lisa, suavemente convergente, completa. Sulco parapsidal tão estreito quanto notáulice, completo. Sulco escutelar longo, estreito, profundo, liso, reto; margem posterior suavemente sinuosa. Região mediana do escutelo polida, não pontuada. Carena mediana do metanoto longa, estreita; fóvea interna do sulco metanotal pequena. Disco propodeal 1,0x tão longo quanto largo; 0,56x tão alto quanto longo; triângulo basal definido; restante do disco estrigulado; carena mediana 0,75x tão longa quanto disco propodeal; carena lateral presente; carena sublateral presente; declividade do propódeo estrigulada; lado do propódeo suavemente coriáceo; espiráculo circular. Mesopleura coriácea; calo definido, coriáceo. Nervura discoidal suavemente pigmentada; não intersticial com mediana.

Metassomo: longo. Hipopígio (como na Fig. 71) 0,83x tão longo quanto largo; margem posterior suavemente côncava; região dorsal posterior com cerda longa; margem lateral convexa; processo mediano ausente; bainha medianamente larga, lateralmente estreita, longa; haste mediana longa, haste lateral pouco definida; haste mediana mais larga que haste lateral. Genitália (Figs. 72–74): edeago mesoconvexo; base muito estreita; região mediana pouco dilatada, arredondada; ápice curto, voltado para dentro; margem apical reta; superfície dorsal sinuosa; ramo ventral do parâmero 2,50x tão largo quanto ramo dorsal, margem apical convexa; ramo dorsal estreito, ultrapassando margem apical do edeago.

Variações: cabeça castanho-escura; propódeo castanho-escuro; antena castanho-palha; margem apical do lobo mediano do clípeo suavemente côncava.

Comentários: P. danum sp. nov. é semelhante a P. opimum por ter coloração corporal castanha, têmpora paralela, vértice reto, lobo mediano do clípeo trapezoidal com margem apical reta, triângulo ocelar compacto, ângulo frontal agudo, disco propodeal quadrado com carena mediana quase completa, mas difere da mesma por ter cabeça mais comprida, artículos antenais mais curtos, pubescência flagelar subapressa, ocelos maiores, carena occipital visível em vista dorsal, declividade pronotal muito curta, disco pronotal longo, notáulice completa, sulco escutelar estreito, depressão mediana posterior do disco propodeal ausente, edeago com região mediana pouco dilatada, superfície dorsal sinuosa, hipopígio curto, com margem posterior suavemente côncava, haste mediana longa e lateral curta.

Distribuição: Brasil (Espírito Santo, Rio de Janeiro, Paraná).

Material examinado: HOLÓTIPO: macho, Espírito Santo, Santa Teresa, 638m, 19°58'18,5"S 40°32'07,6"W, 9–12.IV.2001, MT, C.O.Azevedo e equipe col. (MZSP). PARÁTIPOS: Espírito Santo, Santa Teresa, 638m, 19°58'18,5"S 40°32'07,6"W, macho, 6–9.IV.2001, macho, 9–12.IV.2001, MT, C.O.Azevedo e equipe col. (MZSP); Rio de Janeiro, Nova Iguaçu, MT, macho, 5–8.III.2002, 2 machos, 8–11.III.2002, S.T.P.Amarante e equipe col. (MZSP); macho, Mangaratiba, I.1976, M. Alvarenga col. (CNCI); Paraná, macho, Jundiaí do Sul, 18.VIII.1986, (DZUP), macho, São José dos Pinhais, 1.IX.1986, 13.VI.1988, (DZUP).

Pseudisobrachium digum sp. nov.

(Figs. 11, 75–77)

Descrição: holótipo, macho. Comprimento do corpo 4,10 mm. LFW 2,30 mm. Cor: cabeça e mesossomo pretos; metassomo castanho-escuro; mandíbula castanha; clípeo preto; antena castanha; pernas castanho-palha; asas subhialinas; nervuras castanhas.

Cabeça (como na Fig. 11): mandíbula com quatro dentes apicais; três superiores pequenos e convexos, inferior grande e angulado. Lobo mediano do clípeo trapezoidal; região mediana inteiramente elevada; margem apical reta; carena mediana baixa, reta de perfil. Antena delgada; razão entre os quatro primeiros artículos antenais de 11:3:6:5; artículo III 2,50x tão longo quanto largo; pubescência flagelar subapressa; pêlos longos; cerdas eretas abundantes ventralmente. Fronte coriácea; pontos pequenos, rasos, escassos. WH 0,90x LH. WF 0,59x WH. WF 1,10x HE. Olho saliente, pilosidade escassa. DAO 0,22x WF. Triângulo ocelar compacto; ângulo frontal do triângulo ocelar agudo. WOT 2,0x DAO. OOL 1,30x WOT. Distância do ocelo posterior à crista do vértice 0,60x DAO. VOL 0,70x HE. Têmpora fortemente divergente. Vértice reto. Carena occipital visível em vista dorsal.

Mesossomo: pronoto e mesonoto coriáceos; pontuados como a fronte. Colar pronotal longo. Declividade pronotal muito curta. Disco pronotal 0,60x tão longo quanto largura máxima; largura anterior 0,34x largura máxima; região anterior angulada. Notáulice estreita, rasa, lisa, paralela, ocupando quinto anterior do mesoscuto. Sulco parapsidal mais largo que notáulice, quase completo. Sulco escutelar longo, estreito, profundo, escrobiculado, curvo. Região mediana do escutelo não pontuada. Carena mediana do metanoto curta, larga; fóvea interna do sulco metanotal pequena. Disco propodeal 1,30x tão longo quanto largo; 0,40x tão alto quanto longo; anteriormente ruguloso, posteriormente areolado; carena mediana 0,46x tão longa quanto disco propodeal; carena lateral presente; carena sublateral presente; carena transversal posterior presente, inconspícua; declividade do propódeo suavemente areolada; lado do propódeo polido; espiráculo circular. Mesopleura coriácea; calo definido, coriáceo. Nervura discoidal suavemente pigmentada; intersticial com mediana.

Metassomo: longo. Hipopígio (como na Fig. 75) 1,0x tão longo quanto largo; margem posterior convexa; com concavidade mediana longa, estreita; região dorsal posterior com cerda longa; margem lateral suavemente convexa; processo mediano esclerotizado, estreito, baixo, curvo; bainha estreita, curta; hastes curtas; subiguais. Genitália (Figs. 76–77): edeago mesoconvexo; base estreita; região mediana pouco dilatada, arredondada; ápice curto e dilatado apicalmente; margem apical convexa, com concavidade mediana curta; ramo ventral do parâmero 2,50x tão largo quanto ramo dorsal, margem apical angularmente convexa; ramo dorsal estreito, ultrapassando margem apical do edeago.

Variações: comprimento do corpo de 3,10 a 4,20 mm; antena castanho-escura; margem apical do lobo mediano do clípeo angularmente côncava; disco propodeal com carena transversal posterior inconspícua.

Comentários: P. digum sp. nov. tem algumas semelhanças com P. triacutum, como coloração corporal preta, textura fortemente coriácea, lobo mediano do clípeo trapezoidal com região mediana inteiramente elevada, antena delgada, artículos antenais médios, carena occipital visível em vista dorsal, fóvea entre o colar pronotal e declividade pronotal, disco pronotal longo com região anterior estreita e margem angulada, notáulice não ultrapassando quarto anterior do mesoscuto e sulco escutelar longo, estreito e escrobiculado. O hipopígio destas duas espécies são bastante parecidos porque são estreitos, têm concavidade mediana longa e estreita, margem lateral praticamente reta, bainha estreita e curta, hastes curtas e subiguais. Mas P. digum sp. nov. difere de P. triacutum por ter mandíbula com quatro dentes, lobo mediano do clípeo sem cantos projetados, e com margem apical reta, olho grande, ocelo maior, têmpora divergente, disco propodeal com carena mediana e carena transversal posterior presentes, edeago com constrição apical, ápice dilatado, e hipopígio com processo mediano esclerotizado.

Distribuição: Brasil (São Paulo).

Material examinado: HOLÓTIPO: macho, São Paulo, Salesópolis, MT, 30.III–2.IV.2001, S.T.P.Amarante e equipe col. (MZSP). PARÁTIPOS: São Paulo, Salesópolis, MT, 7 machos, 30.III–2.IV.2001, 5 machos, 2–5.IV.2001; SS, 4 machos, 01.IV.2001, macho, 4.IV.2001, S.T.P.Amarante e equipe col. (MZSP).

Pseudisobrachium elium sp. nov.

(Figs. 12, 78–81)

Descrição: holótipo, macho. Comprimento do corpo 3,90 mm. LFW 2,30 mm. Cor: cabeça e mesossomo pretos, pronoto castanho-escuro; metassomo castanho; mandíbula castanho-clara; clípeo castanho-escuro; antena e pernas castanho-claras; asas subhialinas; nervuras castanhas.

Cabeça (como na Fig. 12): mandíbula com cinco dentes apicais; três superiores pequenos e convexos, dois inferiores grandes e angulados. Lobo mediano do clípeo trapezoidal; região mediana basalmente elevada; margem apical reta; carena mediana baixa, reta de perfil. Antena delgada; razão entre os quatro primeiros artículos antenais de 11:2:6:5; artículo III 1,66x tão longo quanto largo; pubescência flagelar subapressa; pêlos curtos; cerdas eretas escassas. Fronte coriácea; pontos pequenos, rasos, abundantes. WH 0,84x LH. WF 0,65x WH. WF 1,35x HE. Olho saliente, pilosidade escassa. DAO 0,17x WF. Triângulo ocelar compacto; ângulo frontal do triângulo ocelar agudo. WOT 1,33x DAO. OOL 1,25x WOT. Distância do ocelo posterior à crista do vértice 1,80x DAO. VOL 1,07x HE. Têmpora paralela. Vértice reto. Carena occipital completa; não visível em vista dorsal.

Mesossomo: pronoto e mesonoto coriáceos; pontuados como a fronte. Colar pronotal curto. Declividade pronotal muito curta. Disco pronotal 0,65x tão longo quanto largura máxima; largura anterior 0,38x largura máxima; região anterior angulada. Notáulice estreita, rasa, lisa, suavemente convergente, completa. Sulco parapsidal tão estreito quanto notáulice, quase completo. Sulco escutelar curto, estreito, profundo, escrobiculado, curvo. Região mediana do escutelo não pontuada. Carena mediana do metanoto curta, estreita; fóvea interna do sulco metanotal pequena. Disco propodeal 1,07x tão longo quanto largo; 0,50x tão alto quanto longo; anteriormente ruguloso, posteriormente areolado; carena mediana 0,50x tão longa quanto disco propodeal; carena lateral presente; carena sublateral presente, inconspícua; declividade do propódeo imbricada; lado do propódeo suavemente imbricado; espiráculo circular. Mesopleura coriácea; calo definido, coriáceo. Nervura discoidal suavemente pigmentada; não intersticial com mediana.

Metassomo: longo. Hipopígio (como na Fig. 78) 1,15x tão longo quanto largo; margem posterior reta; margem lateral angularmente convexa; processo mediano ausente; bainha medianamente larga, lateralmente estreita, curta; haste mediana curta, haste lateral pouco definida; haste mediana mais larga que haste lateral. Genitália (Figs. 79–81): edeago mesoconvexo; base estreita; região mediana muito dilatada, arredondada; ápice longo, voltado para dentro; margem apical reta; ramo ventral do parâmero 1,50x tão largo quanto ramo dorsal, margem apical convexa; ramo dorsal estreito, ultrapassando margem apical do edeago.

Comentários: P. elium sp. nov. tem a cabeça comprida como a de P. triacutum, mas difere desta por ter pronoto castanho-escuro, fronte coriácea, carena occipital não visível em vista dorsal, colar pronotal curto, fóvea entre colar pronotal e declividade pronotal ausente, notáulice completa, sulco escutelar curto, edeago com região mediana muito dilatada, ramo dorsal do parâmero mais largo, hipopígio longo, concavidade mediana ausente, e haste mediana larga.

Distribuição: Brasil (Sergipe).

Material examinado: HOLÓTIPO: macho, Sergipe, Santa Luzia do Itanhy, 1.VIII.2001, SS, M.T.Tavares e equipe col. (MZSP). PARÁTIPOS: Sergipe, Santa Luzia do Itanhy, MT, 2 machos, 29.VII–1.VIII.2001; SS, macho, 31.VII.2001, macho, 1.VIII.2001, M.T.Tavares e equipe col. (MZSP).

Pseudisobrachium ferum sp. nov.

(Figs. 13, 82–85)

Descrição: holótipo, macho. Comprimento do corpo 3,10 mm. LFW 2,30 mm. Cor: cabeça preta; mesossomo castanho, pronoto castanho-claro; metassomo castanho; clípeo castanho; mandíbula castanho-palha; antena castanha, escapo e pedicelo castanho-palha; pernas castanho-palha; asas subhialinas; nervuras castanho-claras.

Cabeça (como na Fig. 13): mandíbula com cinco dentes apicais; três superiores pequenos e convexos, dois inferiores grandes e angulados. Lobo mediano do clípeo trapezoidal; região mediana inteiramente elevada; margem apical suavemente côncava; margem lateral crenulada; carena mediana baixa, angulada de perfil. Antena delgada; razão entre os quatro primeiros artículos antenais de 8:2:7:5; artículo III 2,75x tão longo quanto largo; pubescência flagelar subapressa; pêlos longos; cerdas eretas escassas. Fronte coriácea; pontos pequenos, rasos, escassos. WH 0,91x LH. WF 0,61x WH. WF 1,18x HE. Olho saliente, pilosidade escassa. DAO 0,15x WF. Triângulo ocelar compacto; ângulo frontal do triângulo ocelar agudo. WOT 2,50x DAO. OOL 1,80x WOT. Distância do ocelo posterior à crista do vértice 1,50x DAO. VOL 0,90x HE. Têmpora suavemente divergente. Vértice convexo. Carena occipital visível em vista dorsal.

Mesossomo: pronoto e mesonoto coriáceos; pontuados como a fronte. Colar pronotal longo. Declividade pronotal muito curta. Disco pronotal 0,65x tão longo quanto largura máxima; largura anterior 0,45x largura máxima; região anterior angulada. Notáulice estreita, rasa, lisa, paralela, ocupando terço anterior do mesoscuto. Sulco parapsidal mais largo que notáulice, quase completo. Sulco escutelar longo, estreito, profundo, liso, reto. Região mediana do escutelo não pontuada. Carena mediana do metanoto curta, estreita; fóvea interna do sulco metanotal pequena. Disco propodeal 1,28x tão longo quanto largo; 0,33x tão alto quanto longo; triângulo basal definido; restante do disco areolado; carena mediana 0,55x tão longa quanto disco propodeal; carena lateral presente; carena sublateral presente; carena transversal posterior presente; declividade do propódeo imbricada; lado do propódeo suavemente imbricado; espiráculo circular. Mesopleura coriácea; calo definido, suavemente coriáceo. Nervura discoidal suavemente pigmentada; não intersticial com mediana.

Metassomo: curto. Hipopígio (como na Fig. 82) 0,76x tão longo quanto largo; margem posterior convexa; com concavidade mediana longa, estreita; região dorsal posterior com cerda longa; margem lateral angulada; processo mediano ausente; bainha estreita, curta; hastes curtas; haste mediana suavemente mais longa que haste lateral. Genitália (Figs. 83–85): edeago retangular, estreito; região mediana suavemente dilatada; ápice com lobo membranoso lateral e mediano em forma de gancho; margem apical convexa; ramo ventral do parâmero 2,0x tão largo quanto ramo dorsal, margem apical angularmente convexa; ramo dorsal largo, dilatado apicalmente, alcançando margem apical do edeago.

Variações: comprimento do corpo de 1,80 a 3,50 mm; pronoto castanho; olho muito saliente; notáulice ocupando quinto anterior do mesoscuto; sulco escutelar raso; disco propodeal areolado; disco propodeal anteriormente ruguloso, posteriormente polido; carena transversal posterior inconspícua; carena sublateral ausente.

Comentários: P. ferum sp. nov. tem hipopígio de mesmo padrão que P. formosum, P. latum, e P. triacutum por ser curto, ter margem posterior com concavidade mediana, bainha estreita e curta, e haste lateral muito curta ou pouco definida. P. formosum têm a cabeça em forma de sino, olho pequeno e muito saliente, além de edeago mesoconvexo sem ganchos apicais. Pseudisobrachium triacutum tem a têmpora paralela, cantos do lobo mediano do clípeo projetados, fóvea entre o colar pronotal e a declividade pronotal, disco pronotal com região anterior estreita, e edeago também mesoconvexo, sem ganchos apicais. Pseudisobrachium ferum sp. nov. é muito semelhante externamente a P. filum e P. latum por ter disco pronotal mais claro que o resto do corpo, mandíbula com ápice suavemente largo e cinco dentes apicais, olho de tamanho médio, ocelo pequeno, têmpora subparralela, carena occipital visível em vista dorsal, disco pronotal longo e largo, notáulice incompleta, sulco escutelar longo e estreito. Pseudisobrachium ferum sp. nov. difere de P. filum, principalmente, por ter cabeça mais comprida, edeago retilíneo e sem filamentos apicais e hipopígio com bainha curta. Pseudisobrachium ferum sp. nov. se parece mais, dentro das espécies citadas, com P. latum, mas difere desta por ter cabeça mais comprida, edeago com três lobos membranosos apicais e em forma de gancho, ramo dorsal do parâmero largo, margem posterior do hipopígio com concavidade mediana mais estreita, região dorsal posterior com cerda longa, margem lateral mais angulada, haste lateral definida e curta. Estas cinco espécies ainda têm em comum o fato do disco propodeal apresentar textura variável, alternando as texturas rugulosa, areolada e polida.

Distribuição: Brasil (Espírito Santo, São Paulo).

Material examinado: HOLÓTIPO: macho, Espírito Santo, Santa Teresa, 638m, 19°58'25,2"S 40°31'44,6"W, 07.IV.2001, SS, C.O.Azevedo e equipe col. (MZSP). PARÁTIPOS: Espírito Santo, Santa Teresa, 26–29.VIII.2004, macho, YPT, macho, SS, M.T.Tavares e equipe col. (UFES); 6 machos, 7.VIII.2007, SS, C.O.Azevedo e equipe col. (UFES); 755m, 19°58'21,1"S 40°32'05,5"W SS, macho, 7.IV.2001, macho, 8.IV.2001; ; 638m, 19°58'25,2"S 40°31'44,6"W, SS, 2 machos, 7.IV.2001, 9 machos, 8.IV.2001, macho, 10.IV.2001, 4 machos, 11.IV.2001; 4 machos, 642 m, 19°58'29,4"S 40°32'44,5"W, 8.IV.2001, SS; 867m, 19°58'36"S 40°32'06,4"W, SS, macho, 10.IV.2001, macho, 11.IV.2001; 3 machos, 867m, 19°58'37,3"S 40°32'22,5"W, 7.IV.2001, SS; 2 machos, 867m, 19°58'39.2"S 40°32'06,5"W, 11.IV.2001, SS, C.O.Azevedo e equipe col. (MZSP); Cariacica, SS, macho, 10.XII.1996, C.O.Azevedo col., macho, 22.X.1996, H.S.Sá col. (UFES); macho, Santa Leopoldina, 5–12.XI.2007, MT, C.O.Azevedo e equipe col. (UFES); macho, Alfredo Chaves, 8–15.X.2007, MT, C.O.Azevedo e equipe col. (UFES); macho, São Paulo, Salesópolis, 3–6.IV.2001, YPT, S.T.P.Amarante e equipe col. (MZSP). Material identificado por Waichert & Azevedo (2004) como P. acuminatum: Espírito Santo, Santa Teresa, SS, macho, 30.I.2001, macho, 23.II.2001, macho, 26.XI.2001, C.O.Azevedo e R.Kawada col. (UFES); macho, Cariacica, SS, 10.X.1996, C.O.Azevedo col. (UFES). Material identificado por Waichert & Azevedo (2004) como P. filum: Espírito Santo, Santa Teresa, SS, macho, 30.I.2001, macho, 23.II.2001, 2 machos, 31.V.2001, macho, 23.VII.2001, 2 machos, 23.VIII.2001, macho, 10.XII.2001, C.O.Azevedo e R.Kawada col. (UFES); Cariacica, SS, macho, 26.XI.1996, C.O.Azevedo col., macho, 05.XII.1996, H.S.Sá col. (UFES). Material identificado por Waichert & Azevedo (2004) como P. latum: Espírito Santo, Santa Teresa, SS, macho, 23.II.2001, macho, 27.IX.2001, C.O.Azevedo e R.Kawada col. (UFES). Material identificado por Waichert & Azevedo (2004) como P. triacutum: Espírito Santo, Cariacica, SS, macho, 22.X.1996, E.H.Freitas, macho, 29.X.1996, macho, 12.XI.1996, H.S.Sá col., macho, 07.I.1997, macho, 25.II.1997, C.O.Azevedo col. (UFES).

Pseudisobrachium filum Waichert & Azevedo, 2004

(Figs. 14, 86–87)

Esta espécie era conhecida apenas para o Espírito Santo, agora é registrada pela primeira vez para Paraíba, Alagoas, Sergipe, Bahia, São Paulo e Paraná. Além dos caracteres da descrição, P. filum apresenta antena espessa; flagelômeros médios; olho de tamanho médio, muito saliente, margem lateral interna do olho com concavidade suave; carena occipital parcialmente visível em vista dorsal; declividade pronotal muito curta; disco pronotal médio; hipopígio (Fig. 86) curto; margem posterior reta com concavidade mediana curta, estreita; margem lateral angulada; processo mediano esclerotizado, estreito, baixo, suavemente curvo; bainha estreita, longa; haste mediana longa, haste lateral pouco definida.

Pseudisobrachium filum é semelhante a P. latum por ter cabeça arredondada; mandíbula com cinco dentes apicais; margem apical do lobo mediano do clípeo suavemente côncava; fronte coriácea; carena occipital visível em vista dorsal; declividade pronotal muito curta; disco pronotal longo; disco propodeal ruguloso ou areolado; hipopígio curto, margem posterior com concavidade mediana, haste lateral pouco definida; ramo ventral do parâmero largo; ramo dorsal do parâmero estreito, com margem interna sinuosa. Mas, P. filum difere de P. latum por ter a cabeça um pouco mais larga; antena espessa; textura fortemente coriácea; olho muito saliente; hipopígio com margem posterior reta, concavidade mediana curta e estreita, região dorsal posterior sem cerda, margem lateral angulada, processo mediano esclerotizado, bainha longa; edeago mais largo, ápice com par de filamentos medianos e projetados dorsalmente.

Variações: comprimento do corpo de 2,40 a 5,00 mm; cabeça castanha; mesossomo castanho-claro; disco pronotal castanho-palha; margem apical do lobo mediano do clípeo angularmente côncava; margem lateral não crenulada; artículo antenal III médio; carena occipital visível; disco propodeal inteiramente areolado; triângulo basal definido; carena sublateral do disco propodeal inconspícua; carena transversal inconspícua; fóvea episternal presente. Os exemplares de Sergipe têm cabeça mais quadrangular e pubescência antenal subapressa; os de Alagoas têm pubescência subapressa, e os de São Paulo têm carena frontal muito curta com cova rasa apicalmente.

Material examinado: 3 machos, Paraíba, João Pessoa, 25–28.VII.2002, MT, S.T.P.Amarante e equipe col. (MZSP); Alagoas, Quebrângulo, MT, 3 machos, 8–11.IX.2002, 5 machos, 11–14.IX.2002, A.M.Penteado-Dias e equipe col. (MZSP); Sergipe, Santa Luzia do Itanhy, SS, 2 machos, 31.VII.2001, 5 machos, 1.VIII.2001; MT, 3 machos, 29.VII–1.VIII.2001, macho, 1–4.VIII.2001, M.T.Tavares e equipe col. (MZSP); Bahia, 2 machos, Ilhéus, 15–18.V.2002, MT, A.M.Penteado-Dias e equipe col. (MZSP); Porto Seguro, SS , 3 machos, 16.V.2002, macho, 17.V.2002; MT, 2 machos, 17.V.2002, C.O.Azevedo e equipe col. (MZSP); Espírito Santo, Pancas, Fazenda Juliberto Stur, MT, macho, área 2, 24–31.I.2003, 2 machos, área 1, 24–31.I.2003, 31.I–7.II.2003, M.T.Tavares, C.O.Azevedo e equipe col. (UFES); macho, Sooretama, 22.III.2002, SS, C.O. Azevedo e equipe col. (MZSP); Santa Teresa, SS, macho, 23.IV.2001, macho, 23.VII.2001, 2 machos, 27.IX.2001, C.O.Azevedo e R.Kawada col. (UFES); SS, macho, 10.X.2002, M.T.Tavares e equipe col., 3 machos, 11.IX.2003, M.T.Tavares e C.O.Azevedo col.; macho, 26–29.VIII.2004, SS, M.T.Tavares e equipe col.; 2 machos, 31.VII–07.VIII.2007, MT; 7 machos, 7.VIII.2007, SS, C.O.Azevedo e equipe col. (UFES); 638 m, 19º58'18,5"S 40º 32' 07,6"W, MT, 6 machos, 6–9.IV.2001, 4 machos, 9–12.IV.2001; 755m, 19º58'21,1"S 40º 32'05,5"W, SS, 4 machos, 07.IV.2001, 5 machos, 10.IV.2001; 2 machos, 755 m, 19º58'22,1"S 40º 32'05,5"W, 7.IV.2001, SS; 638m, 19º58'25,2"S 40º31'44,6"W, macho, 6–9.IV.2001, YPT; SS, 16 machos, 07.IV.2001, 7machos, 08.IV.2001, macho, 10.IV.2001, 9 machos, 11.IV.2001; macho, 642m, 19º58'25,5"S 40º31'44,6"W, 08.IV.2001, SS; macho, 642m, 19º58'29,4"S 40º31'44,5"W, 08.IV.2001, SS; 867 m, 19º58'36,0"S 40º32'06,4"W, SS, macho, 10.IV.2001, 2 machos, 11.IV.2001; macho, 867m, 19º58'37,3"S 40º32'22,5"W, 07.IV.2001; 867m, 19º58'39,2"S 40º32'06,5"W, macho, 08.IV.2001, SS; 4 machos, 08.IV.2001, C.O.Azevedo e equipe col. (MZSP); Santa Maria de Jetibá, Fazenda Paulo Seick, MT, 3 machos, 29.XI–6.XII.2002; 5 machos, 6–13.XII.2002, macho, {20º02'31,1"S 40º41'51,3"W}, 6–13.XII.2002; Fazenda Clarindo Krüger, MT, 3 machos 29.XI–6.XII.2002, 2 machos, 6–13.XII.2002, M.T.Tavares, C.O.Azevedo e equipe col. (UFES); 2 machos, Vitória, SS, 29.I.2001, 19.IV.2001, C. O. Azededo e R.Kawada col. (UFES); Domingos Martins, Pico do Eldorado, MT, 16 machos, 26.XI–3.XII.2004, 14 machos 3–10.XII.2004; 6 machos, P[ar]q[ue]. Est[adual da] Pedra Azul, 26VIII–2.IX.2003, MT, M.T.Tavares e equipe col. (UFES); 9 machos, Alfredo Chaves, 8–15.X.2007, MT, C.O.Azevedo e equipe col. (UFES); 7 machos, Castelo, 13–15.X.2000, SS, C.O.Azevedo e L. Santos col. (UFES); 3 machos, Alegre, 11–12.X.2000, SS, C.O.Azevedo e L. Santos col. (UFES); macho, Rio de Janeiro, Santa Maria Madalena, 19–22.IV.2002, YPT, A.M.Penteado-Dias e equipe col. (MZSP); São Paulo, Ribeirão Grande, MT, 8 machos, 10–13.XII.2000, 4 machos, 13–16.XII.2000; macho, 11–14.XII.2000, YPT; SS, macho, 12.XII.2000, 3 machos, 13.XII.2000, M.T.Tavares e equipe col. (MZSP); Paraná, macho, Fênix, 1.IX.1986, MT; macho, Colombo, 15.VI.1987, MT; 2 machos, São José dos Pinhais, 28.II.1987, 12.X.1987, MT, (DZUP). Material-tipo examinado: Espírito Santo, Santa Teresa, SS, 11 machos, 30.I.2001, 21 machos, 23.II.2001, 15 machos, 28.III.2001, 19 machos, 23.IV.2001, 14 machos, 31.V.2001, 14 machos, 23.VII.2001, 11 machos, 23.VIII.2001, 19 machos, 27.IX.2001, macho, 26.X.2001, 7 machos, 26.XI.2001, 22 machos, 10.XII.2001, C.O.Azevedo e R.Kawada col. (UFES); macho, Cariacica, 5.XII.1996, SS, C.O.Azevedo col. (UFES). Material identificado como P. ventriosum por Waichert & Azevedo (2004): macho, Espírito Santo, Cariacica, 29.XI.1996, SS, H.S.Sá col. (UFES).

Pseudisobrachium formosum Waichert & Azevedo, 2004

(Figs. 15, 88–90)

Esta espécie era conhecida apenas para o Espírito Santo, agora é registrada pela primeira vez para Bahia e São Paulo. Além dos caracteres da descrição, P. formosum apresenta antena delgada; flagelômeros médios; escapo e artículo antenal III muito longos; olho pequeno, muito saliente; declividade pronotal muito curta; disco pronotal longo; hipopígio (Fig. 88) curto; margem posterior convexa, com concavidade mediana curta, estreita; margem lateral convexa; região dorsal posterior com cerda curta; processo mediano ausente; haste mediana longa, haste lateral pouco definida; bainha não pigmentada.

Pseudisobrachium formosum é semelhante a P. filum e P. latum, por ter disco pronotal longo; lobo mediano do clípeo trapezoidal, região mediana inteiramente elevada, margem apical suavemente côncava; fronte coriácea; declividade pronotal muito curta; notáulice incompleta; sulco escutelar longo e estreito; disco propodeal ruguloso ou areolado; margem posterior do hipopígio com concavidade mediana, haste lateral pouco definida. Mas, P. formosum difere de P. filum e P. latum por ter cabeça em forma de sino, além do hipopígio com bainha não pigmentada e haste mediana mais longa,edeago com região mediana mais dilatada e ápice mais longo, ramo ventral do parâmero com ápice mais estreito, margem apical do ramo ventral angularmente convexa e ramo dorsal do parâmero muito estreito, com margem interna reta.

Variações: comprimento do corpo de 1,50 a 2,50 mm; mesossomo castanho-escuro; metassomo castanho claro; margem apical do lobo mediano do clípeo reta, fronte polida; disco propodeal posteriormente polido, carena sublateral inconspícua.

Material examinado: Bahia, macho, Sapiranga, 24.VII.2001, SS, M.T.Tavares e equipe col., 2 machos, Porto Seguro, 16.V.2002, SS, C.O.Azevedo e equipe col. (MZSP); Espírito Santo, Sooretama, macho, 22.III.2002, SS, 2 machos, MT, 21–24.III.2002, 24–27.III.2002, macho, 24–27.III.2002, YPT, C.O.Azevedo e equipe col. (MZSP), Santa Teresa, macho, 28.III.2001, SS, C.O.Azevedo e R.Kawada col. (UFES), macho, Res. {Estação}, 9–12.IV.2001, YPT; macho, 9–12.IV.2001, MT; macho, 9–12.IV.2001, YPT; 2 machos, 7.IV.2001, SS, C.O.Azevedo e equipe col.(MZSP); SS, 5 machos, 7.IV.2001, macho, 8.IV.2001, macho, 10.IV.2001, 2 machos, 11.IV.2001, C.O.Azevedo e equipe col.(MZSP); 2 machos, 8.IV.2001, SS, C.O.Azevedo e equipe col.(MZSP); macho, 8–10.X.2002, YPT, M.T.Tavares e equipe col. (UFES); Santa Maria de Jetibá, Fazenda Paulo Seick, MT, 2 machos, 29.XI–06.XII.2002, macho, 6–13.XII.2002, M.T.Tavares, C.O.Azevedo e equipe col. (UFES); macho, Domingos Martins, Pico do Eldorado, 3–10.XII.2004, MT, M.T.Tavares e equipe col. (UFES); macho, Castelo, 13–15.X.2000, SS, C.O.Azevedo e L. Santos col. (UFES), macho, Alegre, 11–12.X.2000, SS, C.O.Azevedo e L. Santos col. (UFES); São Paulo, macho, Ubatuba, 24–27.I.2002, MT, N. W. Perioto e equipe col. (MZSP), Salesópolis, 2 machos, 2–5.IV.2001, MT, macho, 3–6.IV.2001, YPT, S.T.P.Amarante e equipe col. (MZSP). Material-tipo examinado: Espírito Santo, Santa Teresa, SS, macho, 23.IV.2001, macho, 31.V.2001, macho, 23.VIII.2001, macho, 26.XI.2001, macho, 10.XII.2001, C.O.Azevedo e R.Kawada col. (UFES). Material identificado como P. latum por Waichert & Azevedo (2004): Espírito Santo, macho, Santa Teresa, 28.III.2001, SS, C.O.Azevedo e Kawada col. (UFES), macho, Cariacica, 17.XII.1996, SS, H.S.Sá col. (UFES).

Pseudisobrachium gabrum sp. nov.

(Figs. 16, 91–93)

Descrição: holótipo, macho. Comprimento do corpo 4,80 mm. LFW 3,60 mm. Cor: cabeça e mesossomo pretos; metassomo castanho; clípeo preto; mandíbula e antena castanho-claras; pernas castanho-palha; asas subhialinas; nervuras castanhas.

Cabeça (como na Fig. 16): mandíbula com cinco dentes apicais; três superiores pequenos e convexos, dois inferiores grandes e angulados. Lobo mediano do clípeo angulado; região mediana basalmente elevada; carena mediana alta, arqueada de perfil. Antena delgada; razão entre os quatro primeiros artículos antenais de 9:2:6:5; artículo III 1,75x tão longo quanto largo; pubescência flagelar subereta; pêlos longos; cerdas eretas abundantes ventralmente. Fronte polida; pontos pequenos, rasos, abundantes. WH 1,0x LH. WF 0,71x WH. WF 1,60x HE. Olho saliente, pilosidade abundante. DAO 0,10x WF. Triângulo ocelar compacto; ângulo frontal do triângulo ocelar agudo. WOT 3,20x DAO. OOL 1,37x WOT. Distância do ocelo posterior à crista do vértice 1,50x DAO. VOL 0,64x HE. Têmpora subparalela. Vértice suavemente convexo. Carena occipital incompleta.

Mesossomo: pronoto e mesonoto polidos; pontos escassos. Colar pronotal muito longo. Declividade pronotal longa. Disco pronotal 0,37x tão longo quanto largura máxima; largura anterior 0,45x largura máxima; região anterior arredondada; região posterior suavemente deprimida. Notáulice estreita, rasa, suavemente convergente, quase completa, formada de fóveas pequenas. Sulco parapsidal tão estreito quanto notáulice, completo. Sulco escutelar longo, estreito, profundo, liso, reto; margem posterior sinuosa. Região mediana do escutelo não pontuada. Carena mediana do metanoto curta, estreita; fóvea interna do sulco metanotal pequena. Disco propodeal 1,15x tão longo quanto largo; 0,47x tão alto quanto longo; triângulo basal definido; restante do disco polido; carena mediana 0,73x tão longa quanto disco propodeal; carena lateral presente; carena sublateral presente, inconspícua; carena transversal posterior presente, inconspícua; declividade do propódeo polida; lado do propódeo polido; espiráculo elíptico. Mesopleura polida; calo definido, polido. Nervura discoidal fortemente pigmentada; intersticial com mediana.

Metassomo: longo. Hipopígio (como na Fig. 91) 0,72x tão longo quanto largo; margem posterior reta; margem lateral angularmente convexa; processo mediano esclerotizado, estreito, alto, pontiagudo; bainha estreita, curta; hastes longas; haste mediana suavemente menor que haste lateral. Genitália (Figs. 92–93): edeago mesoconvexo; base muito estreita; região mediana pouco dilatada, arredondada; ápice longo; margem apical reta; ramo ventral do parâmero 3,0x tão largo quanto ramo dorsal, margem apical angularmente convexa; ramo dorsal estreito, alcançando margem apical do edeago.

Comentários: P. gabrum sp. nov. é semelhante a P. amplum e P. plaumanni por ter coloração preta, cabeça quadrangular, mandíbula com cinco dentes, lobo mediano do clípeo não trapezoidal, antena delgada, fronte polida, olho pequeno, declividade pronotal longa e disco pronotal curto. Pseudisobrachium gabrum sp. nov. difere de P. plaumanni porque tem lobo mediano do clípeo angulado, antena mais espessa, olhos menores, região anterior do disco pronotal não elevada e não suavemente rugosa, edeago com região mediana menos dilatada, ápice mais longo, hipopígio com margem posterior suavemente côncava e processo mediano esclerotizado estreito, alto, e pontiagudo. Pseudisobrachium gabrum sp. nov. difere de P. amplum porque tem antena mais espessa, artículos antenais mais curtos, disco pronotal sem região anterior elevada e suavemente rugosa, sulco escutelar estreito, hipopígio com margem posterior suavemente côncava, processo mediano curto, alto e pontiagudo, edeago com região mediana mais dilatada e ápice mais longo e estreito.

Distribuição: Brasil (Espírito Santo).

Material examinado: HOLÓTIPO: macho, Espírito Santo, Santa Teresa, 867m, 19°58'19,5"S 40°32'10,3"W, 6–9.IV.2001, MT, C.O.Azevedo e equipe col. (MZSP). PARÁTIPOS: Espírito Santo, Santa Teresa, macho, 867m, 19°58'10,5"S 40°32'10,3"W, 9–12.IV.2001, MT; macho, 840m, 19°58'16,7"S 40°32'06,9"W, 9–12.IV.2001, MT; 638m, 19°58'18,5"S 40°32'07,6"W, MT, macho, 6–9.IV.2001, macho, 9–12.IV.2001; macho, 755m, 19°58'21,1"S 40°32'05,5"W, 08.IV.2001, SS, C.O.Azevedo e equipe col. (MZSP).

Pseudisobrachium genum sp. nov.

(Figs. 17, 94–96)

Descrição: holótipo, macho. Comprimento do corpo 4,30 mm. LFW 3,40 mm. Cor: cabeça preta; mesossomocastanho-escuro, propódeo preto; metassomo castanho; mandíbula castanho-palha; clípeo castanho; antena castanho-clara; pernas castanho-palha; asas subhialinas; nervuras castanhas.

Cabeça (como na Fig. 17): mandíbula com cinco dentes apicais; três superiores pequenos e convexos, dois inferiores grandes e angulados. Lobo mediano do clípeo trapezoidal; região mediana basalmente elevada; margem apical reta; carena mediana alta, reta de perfil. Antena delgada; razão entre os quatro primeiros artículos antenais de 14:4:6:7; artículo III 2,0x tão longo quanto largo; pubescência flagelar subereta; pêlos longos; cerdas eretas escassas. Fronte polida; pontos pequenos, rasos, escassos. WH 1,07x LH. WF 0,60x WH. WF 1,20x HE. Olho muito saliente, pilosidade muito escassa e curta. DAO 0,16x WF. Triângulo ocelar compacto; ângulo frontal do triângulo ocelar agudo. WOT 2,30x DAO. OOL 1,14x WOT. Distância do ocelo posterior à crista do vértice 1,0x DAO. VOL 0,60x HE. Têmpora fortemente divergente. Vértice convexo. Carena occipital completa; não visível em vista dorsal.

Mesossomo: pronoto e mesonoto polidos; pontuados como a fronte. Colar pronotal longo. Declividade pronotal longa. Disco pronotal 0,30x tão longo quanto largura máxima; largura anterior 0,36x largura máxima; região anterior arredondada. Notáulice estreita, rasa, escrobiculada, suavemente convergente, quase completa. Sulco parapsidal mais estreito que notáulice, quase completo. Sulco escutelar longo, largo, raso, liso, reto. Região mediana do escutelo não pontuada. Carena mediana do metanoto curta, larga; fóvea interna do sulco metanotal grande. Disco propodeal 0,96x tão longo quanto largo; 0,51x tão alto quanto longo; triângulo basal definido; restante do disco polido; carena mediana 0,75x tão longa quanto disco propodeal; carena lateral presente; carena transversal posterior presente; declividade do propódeo polida; lado do propódeo polido; espiráculo elíptico. Mesopleura polida; calo definido, polido; fóvea episternal presente. Nervura discoidal fortemente pigmentada; intersticial com mediana. Primeira recorrente pigmentada.

Metassomo: longo. Hipopígio (como na Fig. 94) 0,47x tão longo quanto largo; margem posterior reta, crenulada; margem lateral angularmente convexa; processo mediano esclerotizado, largo, baixo; bainha estreita, curta; haste mediana longa, haste lateral curta. Genitália (Figs. 95–96): edeago mesoconvexo; base estreita; região mediana pouco dilatada, arredondada; ápice longo; margem apical sinuosa; ramo ventral do parâmero 1,0x tão largo quanto ramo dorsal, margem apical angularmente convexa; ramo dorsal estreito, afilado apicalmente, ultrapassando margem apical do edeago.

Variações: comprimento do corpo de 3,90 a 5,20 mm; artículo antenal III menor que os outros; notáulice descontínua.

Comentários: a cabeça curta com formato arredondado de P. genum sp. nov. é semelhantea de P. pseudoobscurum Evans, 1969, mas esta possui cabeça mais comprida, mandíbula com três dentes apicais, lobo mediano do clípeo subtrapezoidal, fronte coriácea, ocelos grandes, edeago com região mediana muito dilatado, margem apical convexa, ramo dorsal do parâmero não afilado apicalmente. Pseudisobrachium genum sp. nov. difere das outras espécies de Pseudisobrachium por ter olhos com pilosidade muito escassa e muito curta.

Distribuição: Brasil (Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina).

Material examinado: HOLÓTIPO: macho, Paraná, Ponta Grossa, 22.II.1988, MT, (DZUP). PARÁTIPOS: macho, Espírito Santo, Santa Teresa, 867m, 19°58'19,5"S 40°32'10,3"W, 6–9.IV.2001, MT, C.O.Azevedo e equipe col. (MZSP); macho, Rio de Janeiro, Nova Iguaçu, 5–8.III.2002, MT, S.T.P.Amarante e equipe col. (MZSP); 2 machos, São Paulo, Ubatuba, 24–27.I.2002, MT, N. W. Perioto e equipe col. (MZSP); Paraná, macho, Jundiaí do Sul, 21.XII.1987, Telêmaco Borba, MT, macho, 11.VIII.1986, macho, 9.II.1987; Ponta Grossa, MT, 2 machos, 21.XII.1987, macho, 29.XII.1987, macho, 18.I.1988, 2 machos, 07.III.1988, 3 machos, 18.IV.1988, macho, 20.V.1988; Colombo, MT, macho, 11.I.1988, macho, 18.I.1988 ; Antonina, MT, macho, 17.XI.1986, macho, 28.XII.1987, (DZUP); Morretes, MT, macho, 7–10.IV.2002, macho, 10–13.IV.2002, M.T.Tavares & equipe col. (MZSP); macho, Santa Catarina, São Francisco do Sul, 17.X.2001, SS, A.M.Penteado-Dias e equipe col. (MZSP).

Pseudisobrachium gobum sp. nov.

(Figs. 18, 97–99)

Descrição: holótipo, macho. Comprimento do corpo 3,30 mm. LFW 2,30 mm. Cor: cabeça e mesossomo pretos. pronoto castanho-escuro; metassomo castanho-escuro; mandíbula castanho-palha; clípeo castanho-escuro; antena castanha, escapo, pedicelo e artículo III castanho-palha; pernas castanho-palha; asas hialinas; nervuras castanho-palha.

Cabeça (como na Fig. 18): mandíbula com cinco dentes apicais; três superiores pequenos e convexos, dois inferiores grandes e angulados. Lobo mediano do clípeo trapezoidal; região mediana inteiramente elevada; margem apical reta; carena mediana baixa, reta de perfil. Antena espessa; razão entre os quatro primeiros artículos antenais de 11:3:9:8; artículo III 2,25x tão longo quanto largo; pubescência flagelar subapressa; pêlos longos; cerdas eretas abundantes ventralmente. Fronte polida; pontos pequenos, rasos, escassos. WH 1,02x LH. WF 0,71x WH. WF 1,50x HE. Olho saliente, pilosidade escassa. DAO 0,14x WF. Triângulo ocelar compacto; ângulo frontal do triângulo ocelar reto. WOT 2,25x DAO. OOL 1,50x WOT. Distância do ocelo posterior à crista do vértice 1,0x DAO. VOL 0,60x HE. Têmpora subparalela. Vértice suavemente convexo. Carena occipital visível em vista dorsal.

Mesossomo: pronoto e mesonoto polidos; pontuados como a fronte. Colar pronotal longo. Declividade pronotal longa. Disco pronotal 0,28x tão longo quanto largura máxima; largura anterior 0,42x largura máxima; região anterior angulada; região anterior muito elevada; suavemente rugosa; região posterior deprimida. Notáulice estreita, rasa, escrobiculada, suavemente convergente, quase completa. Sulco parapsidal tão estreito quanto notáulice, quase completo. Sulco escutelar longo, largo, profundo, liso, reto. Região mediana do escutelo não pontuada. Carena mediana do metanoto curta, estreita; fóvea interna do sulco metanotal grande. Disco propodeal 1,04x tão longo quanto largo; 0,38x tão alto quanto longo; inteiramente ruguloso; carena mediana 0,84x tão longa quanto disco propodeal; carena lateral presente; carena sublateral presente, inconspícua; carena transversal posterior presente, inconspícua; declividade do propódeo rugulosa; lado do propódeo suavemente ruguloso; espiráculo elíptico. Mesopleura polida; calo definido, polido. Nervura discoidal suavemente pigmentada; não intersticial com mediana.

Metassomo: longo. Hipopígio (como na Fig. 97) 0,58x tão longo quanto largo; margem posterior reta; margem lateral convexa; processo mediano esclerotizado, estreito, alto; bainha estreita, curta; hastes longas; subiguais. Genitália (Figs. 98–99): edeago mesoconvexo; base estreita; região mediana muito dilatada e retangular; ápice curto, com lobo membranoso curto; margem apical medianamente côncava; ramo ventral do parâmero 1,0x tão largo quanto ramo dorsal, margem apical convexa; ramo dorsal estreito, afilado apicalmente, ultrapassando margem apical do edeago.

Variações: notáulice descontínua.

Comentários: P. gobum sp. nov. é a única espécie de Pseudisobrachium com disco propodeal muito ruguloso e edeago com região mediana retangular.

Distribuição: Brasil (Alagoas).

Material examinado: HOLÓTIPO: macho, Alagoas, Quebrângulo, 8–11.IX.2002, MT, A.M.Penteado-Dias e equip ecol. (MZSP). PARÁTIPOS: Alagoas, Quebrângulo, MT, macho, 8–11.IX.2002, macho, 11–14.IX.2002, A.M.Penteado-Dias e equipe col. (MZSP).

Pseudisobrachium holum sp. nov.

(Figs. 19, 100–102)

Descrição: holótipo, macho. Comprimento do corpo 3,20 mm. LFW 2,20 mm. Cor: cabeça e mesossomo pretos, pronoto castanho-escuro; metassomo castanho; mandíbula castanho-clara; clípeo castanho-escuro; antena castanho-clara; pernas castanho-palha; asas hialinas; nervuras castanho-palha.

Cabeça (como na Fig. 19): mandíbula com cinco dentes apicais; subiguais e angulados. Lobo mediano do clípeo trapezoidal; região mediana basalmente elevada; margem apical convexa; carena mediana alta, reta de perfil. Antena delgada; razão entre os quatro primeiros artículos antenais de 12:3:7:5; artículo III 2,30x tão longo quanto largo; pubescência flagelar subereta; pêlos longos; cerdas eretas abundantes. Fronte polida; pontos pequenos, rasos, abundantes. WH 0,97x LH. WF 0,65x WH. WF 1,36x HE. Olho saliente, pilosidade abundante. DAO 0,15x WF. Triângulo ocelar compacto; ângulo frontal do triângulo ocelar reto. WOT 2,50x DAO. OOL 1,20x WOT. Distância do ocelo posterior à crista do vértice 1,50x DAO. VOL 0,73x HE. Têmpora subparalela. Vértice reto. Carena occipital incompleta.

Mesossomo: pronoto e mesonoto polidos; pontuados como a fronte. Colar pronotal longo. Declividade pronotal longa. Disco pronotal 0,29x tão longo quanto largura máxima; largura anterior 0,48x largura máxima; região anterior angulada; região anterior pouco elevada; suavemente rugosa; região posterior deprimida. Notáulice estreita, rasa, lisa, convergente, quase completa. Sulco parapsidal tão estreito quanto notáulice, completo. Sulco escutelar curto, largo, raso, liso, reto; margem posterior sinuosa. Região mediana do escutelo não pontuada. Carena mediana do metanoto curta, estreita; fóvea interna do sulco metanotal grande. Disco propodeal 1,18x tão longo quanto largo; 0,38x tão alto quanto longo; inteiramente ruguloso; carena mediana 0,46x tão longa quanto disco propodeal; carena lateral presente; carena sublateral presente; carena transversal posterior presente; declividade do propódeo rugulosa; lado do propódeo polido; espiráculo circular. Mesopleura polida; calo definido, polido. Nervura discoidal suavemente pigmentada; intersticial com mediana.

Metassomo: longo. Hipopígio (como na Fig. 100) 0,71x tão longo quanto largo; margem posterior convexa; com concavidade mediana curta, estreita; margem lateral angulada; processo mediano esclerotizado, estreito, alto, pontiagudo; bainha estreita, curta; hastes longas; haste mediana suavemente menor que haste lateral. Genitália (Figs. 101–102): edeago mesoconvexo; base larga; região mediana pouco dilatada, arredondada; ápice longo; margem apical convexa; ramo ventral do parâmero 3,0x tão largo quanto ramo dorsal, margem apical angularmente convexa; ramo dorsal muito estreito, dilatado apicalmente, ultrapassando margem apical do edeago.

Variações: comprimento do corpo de 3,0 a 4,10 mm; mesossomo castanho-escuro; mesossomo castanho-claro; margem posterior do sulco escutelar reta.

Comentários: P. holum sp. nov. tem o lobo mediano do clípeo diferente de todas as espécies de Pseudisobrachium, com região apical muito estreita e convexa. Além disso, difere das demais espécies por ter ramo dorsal do parâmero muito estreito e suavemente dilatado apicalmente.

Distribuição: Brasil (Paraíba, Pernambuco, Sergipe).

Material examinado: HOLÓTIPO: macho, Paraíba, João Pessoa, 25–28.VII.2002, MT, S.T.P.Amarante e equipe col. (MZSP). PARÁTIPOS: macho, Paraíba, João Pessoa, 28–31.VII.2002, MT, S.T.P.Amarante e equipe col. (MZSP); macho, Pernambuco, Recife, 20–23.VII.2002, MT, S.T.P.Amarante e equipe col. (MZSP); Sergipe, Santa Luzia do Itanhy, 2 machos, 29.VII–01.VIII.2001, MT, macho, 31.VII.2001, SS, M.T.Tavares e equipe col. (MZSP).

Pseudisobrachium intentum Waichert & Azevedo, 2004

(Figs. 20, 103)

Esta espécie era conhecida apenas para o Espírito Santo, agora é registrada pela primeira vez para o Rio de Janeiro. Além dos caracteres da descrição, P. intentum apresenta antena espessa; flagelômeros médios; olho de tamanho médio, saliente; carena occipital incompleta; declividade pronotal longa; disco pronotal curto; hipopígio (Fig. 103) 1,0x tão longo quanto largo; margem posterior convexa; margem lateral convexa; processo mediano esclerotizado, estreito, pontiagudo; bainha estreita, curta; hastes longas, subiguais.

Variações: comprimento do corpo de 4,50 a 7,00 mm; disco pronotal castanho-escuro; mesoscuto médio-posteriormente castanho; flagelômeros mais curtos; têmpora suavemente divergente anteriormente; margem posterior do sulco escutelar suavemente sinuosa; triângulo basal do disco propodeal bem definido. Os exemplares de Pancas têm disco pronotal castanho escuro e a margem posterior do sulco escutelar suavemente sinuosa. O único exemplar do Rio de Janeiro tem mesonoto castanho-escuro.

Material examinado: Espírito Santo, 4 machos, Pancas, Fazenda Juliberto Stur, 31.I–7.II.2003, MT, M.T.Tavares, C.O.Azevedo e equipe col. (UFES); Santa Teresa, 2 machos, SS, 28.III.2001, 23.IV.2001, C.O.Azevedo e R.Kawada col., 2 machos, 7.VIII.2007, SS, C.O.Azevedo e equipe col. (UFES); 638 m, 19°58'18,5"S 40°32'07,6"W, MT, 8 machos, 6–9.IV.2001, 3 machos, 9–12.IV.2001, C.O.Azevedo e equipe col., macho, Res. {Estação}, 867 m, 19°58'37,3"S 40°32'22,5"W, 9–12.IV.2001, MT, C.O.Azevedo e equipe col. (MZSP); Santa Maria de Jetibá, Fazenda Paulo Seick, MT, macho, 29.XI–6.XII.2002, 2 machos, 6–13.XII.2002, macho, {20º02'31,1"S 40º41'51,3"W}, 6–13.XII.2002, M.T.Tavares, C.O.Azevedo e equipe col. (UFES); Fazenda Clarindo Krüger, MT, macho, 29.XI–6.XII.2002, 2 machos, 6–13.XII.2002, M.T.Tavares, C.O.Azevedo e equipe col. (UFES); macho, Santa Leopoldina, 5–12.XI.2007, MT, C.O.Azevedo e equipe col. (UFES); Vitória, SS, macho, 15.VIII.2000, macho, 4.I.2001, C. O. Azevedo, R.Kawada e L. Santos col. (UFES); Domingos Martins, Pico do Eldorado, MT, 39 machos, 26.XI–3.XII.2004, 22 machos, 3–10.XII.2004, M.T.Tavares e equipe col. (UFES); macho, Rio de Janeiro, Mangaratiba, I.1976, M. Alvarenga col. (CNCI). Material-tipo examinado: Espírito Santo, Cariacica, SS, macho, 25.III.1997, 5 machos, 4.X.1996, 2 machos, 10.X.1996, 6 machos, 22.X.1996, macho, 29.X.1996, 3 machos, 26.XI.1996, 3 machos, 10.XII.1996, macho, 17.XII.1996, C.O.Azevedo col., 2 machos, 10.X.1996, 14 machos, 22.X.1996, E.H.Freitas col., 3 machos, 10.X.1996, 2 machos, 22.X.1996, 2 machos, 29.X.1996, 6 machos, 12.XI.1996, macho, 29.XI.1996, 2 machos, 5.XII.1996, macho, 10.XII.1996, H.S.Sá col. (UFES).

Pseudisobrachium itamum sp. nov.

(Figs. 21, 104–106)

Descrição: holótipo, macho. Comprimento do corpo 3,50 mm. LFW 2,40 mm. Cor: cabeça preta; mesossomo castanho-escuro, pronoto castanho-claro; metassomo castanho; mandíbula e clípeo castanho-palha; antena castanho-clara; pernas castanho-palha; asas subhialinas; nervuras castanho-claras.

Cabeça (como na Fig. 21): mandíbula com cinco dentes apicais; três superiores pequenos e convexos, dois inferiores grandes e angulados. Lobo mediano do clípeo retangular; região mediana basalmente elevada; margem apical reta; carena mediana ausente. Antena delgada; razão entre os quatro primeiros artículos antenais de 9:2:6:5; artículo III 2,50x tão longo quanto largo; pubescência flagelar subereta; pêlos longos; cerdas eretas escassas. Fronte polida; pontos pequenos, rasos, escassos. WH 0,95x LH. WF 0,70x WH. WF 1,50x HE. Olho saliente, pilosidade escassa. DAO 0,14x WF. Triângulo ocelar compacto; ângulo frontal do triângulo ocelar agudo. WOT 3,0x DAO. OOL 1,40x WOT. Distância do ocelo posterior à crista do vértice 2,0x DAO. VOL 0,89x HE. Têmpora suavemente divergente. Vértice suavemente convexo. Carena occipital visível em vista dorsal.

Mesossomo: pronoto e mesonoto suavemente coriáceos; pontuados como a fronte. Colar pronotal longo. Declividade pronotal longa. Disco pronotal 0,31x tão longo quanto largura máxima; largura anterior 0,54x largura máxima; região anterior angulada. Notáulice estreita, rasa, lisa, paralela, ocupando terço anterior do mesoscuto. Sulco parapsidal mais largo que notáulice, quase completo. Sulco escutelar curto, estreito, profundo, liso, reto. Região mediana do escutelo polida, não pontuada. Carena mediana do metanoto curta, larga; fóvea interna do sulco metanotal grande. Disco propodeal 1,31x tão longo quanto largo; 0,41x tão alto quanto longo; triângulo basal pouco definido; restante do disco estrigulado; carena mediana 0,65x tão longa quanto disco propodeal; carena lateral presente; carena sublateral presente; declividade do propódeo estrigulada; lado do propódeo polido; espiráculo elíptico. Mesopleura suavemente coriácea; calo definido, polido. Nervura discoidal fortemente pigmentada; intersticial com mediana.

Metassomo: longo. Hipopígio (como na Fig. 104) 0,85x tão longo quanto largo; margem posterior convexa; margem lateral angularmente convexa; processo mediano membranoso, estreito, como bolsa pequena; bainha estreita, curta; hastes longas; subiguais; haste mediana mais estreita que haste lateral. Genitália (Figs. 105–106): edeago mesoconvexo; base muito estreita; região mediana pouco dilatada, arredondada; ápice curto e dilatado apicalmente; margem apical convexa; ramo ventral do parâmero 2,0x tão largo quanto ramo dorsal, margem apical convexa; ramo dorsal estreito, ultrapassando margem apical do edeago; margem lateral interna sinuosa.

Variações: comprimento do corpo de 3,0 a 4,0 mm; margem apical do lobo mediano do clípeo suavemente convexa.

Comentários: P. itamum sp. nov. tem clípeo igual ao de P. deplanatum Evans, 1969 e P. porteri Evans, 1966, mas P. deplanatum tem pubescência flagelar subapressa, fronte suavemente coriácea, ocelo posterior mais próximo à crista do vértice, têmpora paralela, carena occipital não visível em vista dorsal, nervura discoidal suavemente pigmentada, não intersticial com mediana, além de edeago mesoconvexo pouco dilatado, margem interna do ramo dorsal do parâmero reta e hipopígio, segundo Evans (1969), com concavidade mediana. Pseudisobrachium porteri difere de P. itamum sp. nov. porque tem pubescência flagelar apressa, olho menor, vértice fortemente convexo, carena occipital não visível em vista dorsal, carena sublateral do disco propodeal ausente, edeago com região mediana mais dilatada, margem apical com concavidade mediana, ramo dorsal do parâmero afilado apicalmente e com margem reta. Pseudisobrachium itamum sp. nov. é semelhante a P. jethum sp. nov., diferindo desta por ter dente sub-superior não reduzido, sulco escutelar curto, carena do metanoto larga, fóvea interna do sulco metanotal grande, carena sublateral do disco propodeal presente, edeago dilatado apicalmente, margem apical convexa, base muito estreita, ramo dorsal do parâmero mais estreito e com margem interna sinuosa, hipopígio com margem posterior sem concavidade mediana e com processo mediano membranoso.

Distribuição: Brasil (Rio de janeiro, São Paulo, Paraná).

Material examinado: HOLÓTIPO: macho, São Paulo, Peruíbe, 30.IV.2002, SS, N. W. Perioto e equipe col. (MZSP). PARÁTIPOS: 2 machos, Rio de Janeiro, Nova Iguaçu, 5–8.III.2002, MT, S.T.P.Amarante e equipe col. (MZSP); macho, São Paulo, Ubatuba, 21–24.I.2002, MT, N. W. Perioto e equipe col. (MZSP); Peruíbe, SS, 2 machos, 30.IV.2002, 6 machos, 5.V.2002; MT, macho, 3.V.2002, 3 machos, 6.V.2002; macho, 7.V.2002, YPT, N. W. Perioto e equipe col. (MZSP); Paraná, Morretes, MT, macho, 7–10.IV.2002, macho, 10–13.IV.2002, M.T.Tavares & equipe col. (MZSP).

Pseudisobrachium ivaum sp. nov.

(Figs. 22, 107–109)

Descrição: holótipo, macho. Comprimento do corpo 5,60 mm. LFW 3,90 mm. Cor: cabeça e mesossomo pretos; metassomo castanho; mandíbula, clípeo e antena castanhas; pernas castanho-palha; asas subhialinas; nervuras castanhas.

Cabeça (como na Fig. 22): mandíbula com cinco dentes apicais; três superiores pequenos e convexos, dois inferiores grandes e angulados. Lobo mediano do clípeo trapezoidal; região mediana basalmente elevada; margem apical reta; carena mediana ausente. Antena delgada; razão entre os quatro primeiros artículos antenais de 13:2:5:4; artículo III 2,50x tão longo quanto largo; pubescência flagelar subapressa; pêlos longos; cerdas eretas abundantes ventralmente. Fronte coriácea; pontos pequenos, rasos, abundantes. WH 1,08x LH. WF 0,67x WH. WF 1,31x HE. Olho saliente, pilosidade escassa. DAO 0,16x WF. Triângulo ocelar compacto; ângulo frontal do triângulo ocelar reto. WOT 3,0x DAO. OOL 0,91x WOT. Distância do ocelo posterior à crista do vértice 1,0x DAO. VOL 0,57x HE. Têmpora subparalela. Vértice suavemente convexo. Carena occipital incompleta.

Mesossomo: pronoto e mesonoto coriáceos; pontos grandes. Colar pronotal longo. Declividade pronotal longa. Disco pronotal 0,33x tão longo quanto largura máxima; largura anterior 0,30x largura máxima; região anterior arredondada. Notáulice estreita, rasa, lisa, paralela, ocupando terço anterior do mesoscuto. Sulco parapsidal mais largo que notáulice, quase completo. Sulco escutelar curto, estreito, profundo, escrobiculado, reto. Região mediana do escutelo não pontuada. Carena mediana do metanoto curta, larga; fóvea interna do sulco metanotal grande. Disco propodeal 0,94x tão longo quanto largo; 0,60x tão alto quanto longo; triângulo basal definido; restante do disco estrigulado; carena mediana 0,81x tão longa quanto disco propodeal; carena lateral presente; declividade do propódeo suavemente estrigulada; lado do propódeo polido; espiráculo circular. Mesopleura polida; calo definido, polido; fóvea episternal presente. Nervura discoidal fortemente pigmentada; não intersticial com mediana.

Metassomo: longo. Hipopígio (como na Fig. 107) 0,73x tão longo quanto largo; margem posterior reta; região dorsal posterior com cerda longa; margem lateral convexa; processo mediano membranoso, estreito, como bolsa pequena; bainha estreita, curta; hastes longas; haste mediana suavemente maior que haste lateral. Genitália (Figs. 108–109): edeago mesoconvexo; base muito estreita; região mediana pouco dilatada, arredondada; ápice curto e dilatado apicalmente; margem apical angulada; ramo ventral do parâmero 3,0x tão largo quanto ramo dorsal, margem apical angularmente convexa; ramo dorsal muito estreito, alcançando margem apical do edeago.

Variações: comprimento do corpo de 3,80 a 5,60 mm; margem posterior do sulco escutelar suavemente sinuosa; região posterior do disco propodeal polida.

Comentários: P. ivaum sp. nov. é semelhante a P. intentum e P. otum sp. nov. por ter cabeça com formato quadrangular, mandíbula com cinco dentes apicais, lobo mediano do clípeo trapezoidal com margem apical reta, antena delgada, fronte coriácea, têmpora subparalela e disco pronotal curto. Pseudisobrachium intentum difere de P. ivaum sp. nov. por ter disco pronotal castanho-claro, cabeça mais comprida, lobo mediano do clípeo mais estreito apicalmente, com carena mediana, edeago com base mais larga, ápice não constricto e não dilatado apicalmente, ramo dorsal do parâmero mais largo, hipopígio com margem posterior convexa e processo mediano esclerotizado e pontiagudo. Pseudisobrachium otum sp. nov. difere de P. ivaum sp. nov. por ter cabeça mais comprida, dente supra-inferior pequeno e convexo, lobo mediano do clípeo com carena mediana, edeago retangular com lobo membranoso, ramo dorsal do parâmero mais largo, hipopígio com margem posterior convexa e margem lateral reta.

Distribuição: Brasil (Sergipe).

Material examinado: HOLÓTIPO: macho, Sergipe, Santa Luzia do Itanhy, 29.VII–1.VIII.2001, MT, , M.T.Tavares e equipe col. (MZSP). PARÁTIPOS: Sergipe, Santa Luzia do Itanhy, MT, 13 machos, 29.VII–1.VIII.2001, 4 machos, 1–4.VIII.2001, M.T.Tavares e equipe col. (MZSP).

Pseudisobrachium jethum sp. nov.

(Figs. 23, 110–112)

Descrição: holótipo, macho. Comprimento do corpo 6,50 mm. LFW 4,90 mm. Cor: cabeça preta; mesossomo castanho-escuro; metassomo castanho; mandíbula castanho-palha; clípeo e antena castanhos, escapo e pedicelo castanho-claro; pernas castanho-palha; asas subhialinas; nervuras castanhas.

Cabeça (como na Fig. 23): mandíbula com cinco dentes apicais; quatro superiores pequenos e convexos, inferior grande e angulado; dente subsuperior reduzido. Lobo mediano do clípeo retangular; região mediana basalmente elevada; margem apical reta; carena mediana ausente. Antena delgada; razão entre os quatro primeiros artículos antenais de 9:2:7:6; artículo III 3,50x tão longo quanto largo; pubescência flagelar subereta; pêlos longos; cerdas eretas escassas. Fronte polida; pontos pequenos, rasos, abundantes. WH 0,90x LH. WF 0,70x WH. WF 1,60x HE. Olho saliente, pilosidade escassa. DAO 0,10x WF. Triângulo ocelar compacto; ângulo frontal do triângulo ocelar agudo. WOT 3,0x DAO. OOL 1,50x WOT. Distância do ocelo posterior à crista do vértice 2,0x DAO. VOL 0,94x HE. Têmpora subparalela. Vértice reto. Carena occipital incompleta.

Mesossomo: pronoto e mesonoto polidos; pontuados como a fronte. Colar pronotal longo. Declividade pronotal longa. Disco pronotal 0,28x tão longo quanto largura máxima; largura anterior 0,38x largura máxima; região anterior angulada; região posterior deprimida. Notáulice estreita, rasa, lisa, paralela, ocupando quinto anterior do mesoscuto. Sulco parapsidal mais largo que notáulice, quase completo. Sulco escutelar longo, largo, profundo, liso, reto. Região mediana do escutelo não pontuada. Carena mediana do metanoto curta, estreita; fóvea interna do sulco metanotal pequena. Disco propodeal 1,24x tão longo quanto largo; 0,54x tão alto quanto longo; triângulo basal definido; restante do disco estrigulado; carena mediana 0,87x tão longa quanto disco propodeal; carena lateral presente; declividade do propódeo suavemente estrigulada; lado do propódeo polido; espiráculo elíptico. Mesopleura polida; calo definido, polido. Nervura discoidal fortemente pigmentada; intersticial com mediana.

Metassomo: longo. Hipopígio (como na Fig. 110) 1,0x tão longo quanto largo; margem posterior convexa; com concavidade mediana curta, larga; margem lateral convexa; processo mediano esclerotizado, estreito, alto, pontiagudo; bainha estreita, curta; hastes longas; haste mediana suavemente maior que haste lateral. Genitália (Figs. 111–112): edeago mesoconvexo; base larga; região mediana pouco dilatada, arredondada; ápice curto e largo; margem apical angularmente convexa; ramo ventral do parâmero 2,30x tão largo quanto ramo dorsal, margem apical angularmente convexa; ramo dorsal estreito, ultrapassando margem apical do edeago.

Variações: comprimento do corpo de 5,30 a 6,50 mm; metassomo castanho-escuro.

Comentários: P. jethum sp. nov. tem clípeo igual ao de P. deplanatum e P. porteri, mas P. deplanatum tem pubescência flagelar subapressa, fronte suavemente coriácea, ocelo posterior mais próximo à crista do vértice, têmpora paralela, nervura discoidal suavemente pigmentada, não intersticial com mediana, além de edeago mesoconvexo menos dilatado, e constrição entre base e região mediana e entre região mediana e ápice ausentes. Pseudisobrachium porteri difere de P. jethum sp. nov. porque tem dente superior maior que sub-superior e mediano, pubescência flagelar apressa, olho menor, vértice fortemente convexo, edeago com região mediana mais dilatada, constrição entre região mediana e ápice ausente, margem apical com concavidade mediana. Pseudisobrachium jethum sp. nov. é semelhante a P. itamum sp. nov., diferindo desta por ter dente sub-superior reduzido, sulco escutelar longo, carena do metanoto estreita, fóvea interna do sulco metanotal pequena, carena sublateral do disco propodeal ausente, edeago não dilatado apicalmente, margem apical angularmente convexa, base mais larga, ramo dorsal do parâmero mais largo e com margem interna reta, hipopígio com margem posterior com concavidade mediana e com processo mediano esclerotizado e pontiagudo.

Distribuição: Brasil (Espírito Santo, São Paulo, Santa Catarina).

Material examinado: HOLÓTIPO: macho, São Paulo, Salesópolis, MT, 30.III–2.IV.2001, S.T.P.Amarante e equipe col. (MZSP). PARÁTIPOS: macho, Espírito Santo, Domingos Martins, Parque Estadual da Pedra Azul, 26.VIII–2.IX.2003, MT, C.O.Azevedo e equipe col. (UFES); São Paulo, Salesópolis, macho, 30.III–2.IV.2001, MT, macho, 1.IV.2001, SS, 2 machos, YPT, 1–3.IV.2001, 3–6.IV.2001, S.T.P.Amarante e equipe col. (MZSP); 2 machos, Peruíbe, 5.V.2002, SS, N. W. Perioto e equipe col. (MZSP); macho, Santa Catarina, São Bento do Sul, 16–19.X.2001, MT, A.M.Penteado-Dias e equipe col. (MZSP).

Pseudisobrachium laisum sp. nov.

(Figs. 24, 113–115)

Descrição: holótipo, macho. Comprimento do corpo 2,70. LFW 1,80 mm. Cor: cabeça preta; mesossomo castanho; metassomo castanho-claro; mandíbula castanho-palha; antena castanho-clara; clípeo castanho; pernas castanho-palha.

Cabeça (como na Fig. 24): mandíbula com cinco dentes apicais; três superiores pequenos e convexos, dois inferiores grandes e angulados. Lobo mediano do clípeo trapezoidal; região mediana basalmente elevada; margem apical reta; carena mediana ausente. Antena delgada; razão entre os quatro primeiros artículos antenais de 10:2:4:3; artículo III 2,0x tão longo quanto largo; pubescência flagelar subereta; pêlos longos; cerdas eretas escassas. Fronte coriácea; pontos pequenos, rasos, abundantes. WH 1,0x LH. WF 0,48x WH. WF 0,86x HE. Olho muito saliente, pilosidade abundante. DAO 0,30x WF. Triângulo ocelar espaçado; ângulo frontal do triângulo ocelar reto. WOT 3,0x DAO. OOL 0,66x WOT. Distância do ocelo posterior à crista do vértice 0,25x DAO. VOL 0,46x HE. Têmpora subparalela. Vértice reto. Carena occipital ausente.

Mesossomo: pronoto e mesonoto coriáceos; pontos escassos. Colar pronotal curto. Declividade pronotal muito curta. Disco pronotal 0,47x tão longo quanto largura máxima; largura anterior 0,34x largura máxima; região anterior angulada. Notáulice ausente. Sulco parapsidal estreito, quase completo. Sulco escutelar curto, estreito, profundo, liso, reto. Região mediana do escutelo polida, não pontuada. Carena mediana do metanoto curta, estreita; fóvea interna do sulco metanotal pequena. Disco propodeal 1,42x tão longo quanto largo; 0,35x tão alto quanto longo; anteriormente suavemente ruguloso, medianamente estrigulado, posteriormente polido; carena mediana 0,70x tão longa quanto disco propodeal; carena lateral presente; declividade do propódeo suavemente estrigulada; lado do propódeo polido; espiráculo circular. Mesopleura suavemente coriácea; calo definido, polido; fóvea episternal presente. Nervura discoidal suavemente pigmentada; intersticial com mediana.

Metassomo: longo. Hipopígio (como na Fig. 113) 0,90x tão longo quanto largo; margem posterior convexa; região dorsal posterior com cerda longa; margem lateral angularmente convexa; processo mediano esclerotizado, estreito, baixo; bainha estreita, curta; haste mediana longa, haste lateral curta. Genitália (Figs. 114–115): edeago mesoconvexo; base muito estreita; região mediana pouco dilatada, arredondada; ápice longo; margem apical reta; ramo ventral do parâmero 2,0x tão largo quanto ramo dorsal, margem apical angularmente convexa; ramo dorsal estreito, alcançando margem apical do edeago.

Variações: mesossomo castanho-claro; metassomo castanho-palha.

Comentários: a cabeça de P. laisum sp. nov. é semelhante a de P. parcum Evans, 1969 por ter olho grande e muito saliente e ocelo grande, mas P. laisum sp. nov. tem região posterior da cabeça mais curta e mais estreita, mandíbula com dentes maiores, carena mediana do lobo mediano do clípeo ausente, artículos antenais mais longos, pubescência subereta, ocelo maior, vértice reto, calo mesopleural polido, edeago com constrição entre região mediana e ápice mais acentuada, margem apical reta.

Distribuição: Brasil (Pernambuco).

Material examinado: HOLÓTIPO: macho, Pernambuco, Recife, MT, 20–23.VII.2002, S.T.P.Amarante e equipe col. (MZSP). PARÁTIPOS: Pernambuco, Recife, MT, macho, 17–20.VII.2002, macho, 20–23.VII.2002, S.T.P.Amarante e equipe col. (MZSP); macho, Bahia, Sapiranga, 22–25.VII.2001, MT, M.T.Tavares e equipe col. (MZSP).

Pseudisobrachium latum Waichert & Azevedo, 2004

(Figs. 25, 116–118)

Esta espécie era conhecida apenas para o Espírito Santo, agora é registrada pela primeira vez para São Paulo. Além dos caracteres da descrição, P. latum apresenta antena delgada, escapo muito largo; flagelômeros médios, artículo antenal III muito longo; olho de tamanho médio, saliente; declividade pronotal curta; disco pronotal médio; hipopígio (Fig. 116) curto; margem posterior convexa, com concavidade mediana longa, larga; região dorsal posterior com cerda curta; bainha estreita, curta; haste mediana longa, haste lateral pouco definida.

Pseudisobrachium latum tem algumas semelhanças com P. triacutum, como mandíbula com ápice suavemente largo, cinco dentes apicais, lobo mediano do clípeo trapezoidal, antena delgada, carena forntal curta, declividade pronotal muito curta, disco pronotal longo, hipopígio com concavidade mediana longa e cerdas curtas. Mas P. latum difere de P. triacutum por ter a cabeça arredondada, margem apical do lobo mediano do clípeo suavemente côncava, escapo largo, artículo antenal III longo, disco pronotal largo anteriormente, fóvea entre colar pronotal e declividade pronotal ausente, mesopleura com calo pouco definido, hipopígio com concavidade mediana larga, margem lateral angularmente convexa, haste lateral pouco definida, edeago mais estreito, e ramo dorsal do parâmero com margem interna sinuosa.

Apesar da cor não ser um caráter confiável para separar espécies neste gênero, os exemplares de Pseudisobrachium geralmente seguem o padrão de cores da espécie, tendo poucas variações. Em P. latum a cabeça é preta, mas o resto do corpo geralmente é castanho, com exceção do pronoto que é castanho-palha, em P. triacutum o corpo é inteiramente preto.

Pseudisobrachium latum possui o disco propodeal geralmente areolado, mas pode ter o disco propodeal como em P. triacutum, com triângulo basal definido. Pseudisobrachium latum também se assemelha a P. filum, mas esta é fortemente coriácea, lobo mediano do clípeo angularmente invaginado, olho mais saliente e com a margem lateral interna com concavidade, antena mais espessa, artículo antenal III não tão longo como em P. latum, além da genitália e hipopígio extremamente diferentes.

Pseudisobrachium filum, P. formosum, P. latum, P. triacutum e P. ferum sp. nov. são similares por terem coloração corporal semelhante, apenas P. triacutum é inteiramente preto; mandíbula com ápice suavemente largo, com cinco dentes apicais; sendo os três superiores pequenos e os dois inferiores grandes; lobo mediano do clípeo trapezoidal, margem apical suavemente côncava ou angularmente côncava; disco pronotal longo, notáulice muito estreita, rasa, reta, não ultrapassando metade do mesoscuto; disco propodeal muitas vezes areolado. Destas quatro espécies, P. filum tem o edeago e o hipopígio mais distintos, edeago mesoconvexo largo com filamento longo apicalmente, hipopígio com margem posterior reta com concavidade mediana muito curta e estreita, e bainha longa; P. formosum, P. latum e P. triacutum possuem edeago bastante semelhante, sendo o de P. latum o mais estreito, e o edeago de P. ferum sp. nov. difere destas três espécies por ter ganchos apicais voltados para a região dorsal. P. formosum, P. latum, P. triacutum e P. ferum sp. nov. também compartilham o mesmo padrão de hipopígio curto, com concavidade mediana, bainha estreita, curta e haste lateral pouco definida.

Variações: comprimento do corpo de 2,00 a 3,50 mm; antena castanha; disco pronotal castanho; nervuras castanho-claras; cabeça quadrangular; notáulice ocupando um quarto do mesoscuto; sulco escutelar escrobiculado; disco propodeal inicialmente ruguloso, posteriormente areolado; disco propodeal inicialmente areolado, posteriormente polido. Os exemplares de Linhares têm cabeça mais quadrangular; carena occipital, muitas vezes, não visível em vista dorsal; sulco escutelar mais estreito; e artículo antenal III do mesmo tamanho que os outros. Os exemplares de São Paulo têm cabeça mais curta, artículo antenal III do mesmo tamanho que os demais, e disco propodeal posteriormente polido.

Material examinado: Espírito Santo, Sooretama, 4 machos, 22.III.2002, SS, macho, 24–27.III.2002, YPT, 4 machos, 24–27.III.2002, MT, C.O.Azevedo e equipe col. (MZSP); Santa Teresa, macho, 7.VIII.2007, SS, C.O.Azevedo e equipe col. (UFES); macho, Res.{Estação}, 840m, 19°58'16,7"S 40°32'06,9"W, MT, 9–12.IV.2001; 19°58'18,5"S 40°32'07,6"W, MT, macho, 638m, 6–9.IV.2001, macho, Res.{Estação}, 810m, 6–9.IV.2001, macho, 9–12.IV.2001; 755m, 19°58'21,1S 40°32'05,5W, SS, 3 machos, 7.IV.2001, macho, 10.IV.2001; 638m, 19°58'25,2"S 40°32'44,6"W, SS, macho, 8.IV.2001, macho, 11.IV.2001; macho, Res. {Estação}, 19°58'39,2"S 40°32'06,6"W, SS, 08.IV.2001, C.O.Azevedo e equipe col. (MZSP); 3 machos, Santa Maria de Jetibá, Fazenda Clarindo Krüger, 29.XI–6.XII.2002, MT, M.T.Tavares, C.O.Azevedo e equipe col. (UFES); 2 machos, Domingos Martins, Pico do Eldorado, 3–10.XII.2004, MT, M.T.Tavares e equipe col. (UFES); 2 machos, São Paulo, Ubatuba, 21–24.I.2002, MT, N. W. Perioto e equipe col. (MZSP). Material-tipo examinado: Espírito Santo, Santa Teresa, SS, 3 machos, 23.II.2001, macho, 28.III.2001, 3 machos, 23.IV.2001, 3 machos, 31.V.2001, 2 machos, 27.IX.2001, 2 machos, 10.XII.2001, C.O.Azevedo e R.Kawada col. (UFES). Material identificado como P. filum por Waichert & Azevedo (2004): Espírito Santo, Santa Teresa, SS, macho, 30.I.2001, M.Correa e L.Santos col., macho, 23.II.2001, macho, 27.IX.2001, C.O.Azevedo e R.Kawada col. (UFES).

Pseudisobrachium lidum sp. nov.

(Figs. 26, 119–121)

Descrição: holótipo, macho. Comprimento do corpo 4,10 mm. LFW 3,0 mm. Cor: cabeça e mesossomo pretos; metassomo castanho-escuro; mandíbula castanho-palha; clípeo castanho-escuro, escapo e pedicelo castanho-claro; pernas castanho-palha; asas subhialinas; nervuras castanhas.

Cabeça (como na Fig. 26): mandíbula com dois dentes apicais; subiguais, superior convexo e inferior angulado. Lobo mediano do clípeo trapezoidal, muito projetado; região mediana basalmente elevada; margem apical suavemente côncava; carena mediana ausente. Antena delgada; razão entre os quatro primeiros artículos antenais de 14:5:8:7; artículo III 1,50x tão longo quanto largo; pubescência flagelar subereta; pêlos longos; cerdas eretas escassas. Fronte fortemente coriácea; pontos pequenos, rasos, abundantes. WH 0,83x LH. WF 0,77x WH. WF 1,83x HE. Olho saliente, pilosidade escassa. DAO 0,11x WF. Triângulo ocelar compacto; ângulo frontal do triângulo ocelar agudo. WOT 2,50x DAO. OOL 2,10x WOT. Distância do ocelo posterior à crista do vértice 1,60x DAO. VOL 1,0x HE. Têmpora subparalela. Vértice reto. Carena occipital ausente.

Mesossomo: pronoto e mesonoto coriáceos; pontuados como a fronte. Colar pronotal longo. Declividade pronotal curta. Disco pronotal 0,41x tão longo quanto largura máxima; largura anterior 0,41x largura máxima; região anterior angulada. Notáulice muito estreita, rasa, lisa, paralela, ocupando metade anterior do mesoscuto. Sulco parapsidal mais largo que notáulice, quase completo. Sulco escutelar longo, estreito, raso, liso, reto. Região mediana do escutelo coriácea, não pontuada. Carena mediana do metanoto curta, larga; fóvea interna do sulco metanotal grande. Disco propodeal 1,07x tão longo quanto largo; 0,41x tão alto quanto longo; triângulo basal definido; restante do disco coriáceo; carena mediana 0,75x tão longa quanto disco propodeal; carena lateral presente; declividade do propódeo estrigulada; lado do propódeo polido; espiráculo elíptico. Mesopleura coriácea; calo definido, polido. Nervura discoidal fortemente pigmentada; intersticial com mediana.

Metassomo: longo. Hipopígio (como na Fig. 119) 0,80x tão longo quanto largo; margem posterior convexa; margem lateral angularmente convexa; processo mediano esclerotizado, estreito, baixo, curvo; bainha estreita, curta; haste mediana longa, haste lateral curta. Genitália (Figs. 120–121): edeago mesoconvexo; base larga; região mediana pouco dilatada, arredondada; ápice longo; margem apical convexa, com concavidade mediana curta e angulada; ramo ventral do parâmero 1,30x tão largo quanto ramo dorsal, margem apical angularmente convexa; ramo dorsal largo, afilado apicalmente, ultrapassando margem apical do edeago.

Variações: cabeça e mesossomo castanho-escuros; clípeo castanho; antena castanho-clara; ângulo frontal do triângulo ocelar agudo; calo mesopleural suavemente coriáceo.

Comentários: esta é a primeira espécie de Pseudisobrachium que tem dois dentes apicais na mandíbula, além disso, dentre as espécies encontradas na Mata Atlântica Brasileira, é a que possui o clípeo mais projetado. O ramo dorsal do parâmero é largo e afilado apicalmente, mas esse afilamento é longo e projetado ventralmente, diferente das outras espécies de Pseudisobrachium que apresentam ramo dorsal do parâmero afilado apicalmente.

Distribuição: Brasil (Espírito Santo).

Material examinado: HOLÓTIPO: macho, Espírito Santo, Santa Teresa, 638m, 19º58'18,5"S 40º32'07,6"W, 6–9.IV.2001, Malaise, C.O.Azevedo e equipe col. (MZSP). PARÁTIPOS: Espírito Santo, Santa Teresa, MT, macho, 867m, 19º58'10,5"S 40º32'10,3"W, 9–12.IV.2001; macho, 638m, 19º58'18,5"S 40º32'07,6"W, 9–12.IV.2001, C.O.Azevedo e equipe col. (MZSP); 3 machos, Santa Maria de Jetibá, Fazenda Clarindo Krüger, 6–13.XII.2002, MT, M.T.Tavares, C.O.Azevedo e equipe col. (UFES).

Pseudisobrachium lurdum sp. nov.

(Figs. 27, 122–124)

Descrição: holótipo, macho. Comprimento do corpo 2,20 mm. LFW 1,40 mm. Cor: cabeça preta; mesossomo castanho-escuro; metassomo castanho; mandíbula castanho-palha; clípeo castanho; antena castanho-clara, escapoe e pedicelo castanho-palha; pernas castanho-palha; asas hialinas; nervuras castanho-palha.

Cabeça (como na Fig. 27): mandíbula com cinco dentes apicais; quatro superiores pequenos e convexos, inferior grande e angulado. Lobo mediano do clípeo trapezoidal; região mediana basalmente elevada; margem apical suavemente côncava; carena mediana ausente. Antena espessa; razão entre os quatro primeiros artículos antenais de 8:2:5:4; artículo III 1,60x tão longo quanto largo; pubescência flagelar subereta; pêlos longos; cerdas eretas escassas. Fronte coriácea; pontos pequenos, rasos, abundantes. WH 1,16x LH. WF 0,62x WH. WF 1,28x HE. Olho saliente, pilosidade abundante. DAO 0,11x WF. Triângulo ocelar espaçado; ângulo frontal do triângulo ocelar reto. WOT 4,50x DAO. OOL 0,60x WOT. Distância do ocelo posterior à crista do vértice 1,0x DAO. VOL 0,28x HE. Têmpora subparalela. Vértice suavemente convexo. Carena occipital completa; não visível em vista dorsal.

Mesossomo: pronoto e mesonoto coriáceos; pontos escassos. Colar pronotal curto. Declividade pronotal longa. Disco pronotal 0,40x tão longo quanto largura máxima; largura anterior 0,40x largura máxima; região anterior angulada. Notáulice estreita, rasa, lisa, paralela, ocupando terço anterior do mesoscuto. Sulco parapsidal tão estreito quanto notáulice, quase completo. Sulco escutelar longo, estreito, profundo, liso, reto. Região mediana do escutelo não pontuada. Carena mediana do metanoto curta, larga; fóvea interna do sulco metanotal grande. Disco propodeal 0,72x tão longo quanto largo; 0,61x tão alto quanto longo; inteiramente areolado; carena mediana 0,55x tão longa quanto disco propodeal; carena lateral presente; carena sublateral presente, inconspícua; carena transversal posterior presente, inconspícua; declividade do propódeo imbricada; lado do propódeo coriáceo; espiráculo circular. Mesopleura coriácea; calo definido, suavemente coriáceo. Nervura discoidal suavemente pigmentada; intersticial com mediana.

Metassomo: curto. Hipopígio (como na Fig. 122) 0,60x tão longo quanto largo; margem posterior suavemente convexa; com concavidade mediana longa, estreita; região dorsal posterior com cerda longa; margem lateral angularmente convexa; processo mediano ausente; processo mediano ausente; bainha estreita, curta; haste mediana longa, haste lateral curta. Genitália (Figs. 123–124): edeago mesoconvexo; base larga; região mediana pouco dilatada, arredondada; ápice curto e dilatado apicalmente; margem apical angularmente convexa; ramo ventral do parâmero 1,50x tão largo quanto ramo dorsal, margem apical convexa; ramo dorsal estreito, ultrapassando margem apical do edeago.

Comentários: P. lurdum sp. nov. difere das outras porque tem cabeça larga com região posterior muito curta, triângulo ocelar muito espaçado, edeago mesoconvexo com dilatação localizada mais basalmente, constrição entre região mediana e ápice acentuada, ápice curto e dilatado, ramo dorsal do parâmero curvo, hipopígio muito curto, com concavidade mediana muito estreita.

Distribuição: Brasil (Bahia, Espírito Santo, Rio de Janeiro).

Material examinado: HOLÓTIPO: macho, Espírito Santo, Sooretama, 24–27.III.2002, MT, C.O.Azevedo e equipe col. (MZSP). PARÁTIPOS: macho, Bahia, Ilhéus, 15–18.V.2002, MT, A.M.Penteado-Dias e equipe col. (MZSP); Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, macho, Represa Rio Grande, VII.1972; macho, Floresta da Tijuca, M. Alvarenga col. (CNCI); macho, Nova Iguaçu, 7.III.2002, SS, S.T.P.Amarante e equipe col. (MZSP).

Pseudisobrachium magnum Waichert & Azevedo, 2004

(Figs. 28, 125)

Esta espécie era conhecida para o Espírito Santo, agora é registrada pela primeira vez para Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia, Rio de Janeiro e São Paulo. Além dos caracteres da descrição, P. magnum apresenta antena delgada; flagelômeros médios; olho pequeno, saliente; carena occipital incompleta; declividade pronotal longa; disco pronotal curto; hipopígio (Fig. 125) curto; margem posterior convexa; margem lateral angularmente convexa; processo mediano esclerotizado, estreito, pontiagudo; bainha estreita; curta; hastes longas, subiguais.

Pseudisobrachium magnum é muito semelhante a P. corvinum, P. steinbachi e P. tridens por ter cabeça quadrangular, lobo mediano do clípeo tridentado, mandíbula com cinco dentes apicais, disco pronotal curto, notáulice não ultrapassando a metade anterior do mesoscuto, edeago mesoconvexo, ramo dorsal do parâmero estreito.

Pseudisobrachium corvinum possui região mediana do edeago menos dilatada e ramo dorsal mais largo que em P. magnum, além disso, a textura corporal de P. corvinum é polida e a margem apical do lobo mediano do clípeo é fortemente tridentada.

Pseudisobrachium steinbachi se diferencia de P. magnum por ter margem apical do lobo mediano do clípeo fortemente tridentada, região mediana do edeago não tão dilatada, o ramo dorsal do parâmero mais largo, textura corporal polida, além de ter olho pequeno, fronte larga, antena castanha e muito espessa.

Pseudisobrachium magnum se diferencia de P. tridens por ter a região mediana do edeago menos dilatada e o ápice do edeago mais estreito e mais longo.

Variações: comprimento do corpo de 4,00 a 9,00 mm; antena castanho-clara; artículo antenal III castanho; margem apical do lobo mediano do clípeo suavemente tridentada; vértice da cabeça reto; notáulice ocupando quinto anterior do mesoscuto; disco propodeal inteiramente estrigulado; triângulo basal definido e o restante do disco estrigulado; metade do calo mesopleural pontuada. Os exemplares de São Paulo e Paraná têm antena castanho-clara e coxa castanha.

Material examinado: Pernambuco, Recife, MT, 2 machos, 17–20.VII.2002, 2 machos, 20–23.VII.2002, S.T.P. Amarante e equipe col. (MZSP); macho, Alagoas, Quebrângulo, 11–14.IX.2002, MT, A.M.Penteado-Dias e equipe col. (MZSP); Sergipe, Santa Luzia do Itanhy, MT, 2 machos, 29.VII–01.VIII.2001, macho, 1–4.VIII.2001, M.T.Tavares e equipe col. (MZSP); Bahia, 3 machos, Ilhéus, 18–21.V.2002, MT, A. M. Penteado-Dias e equipe col. (MZSP), Porto Seguro, macho, 17.V.2002, SS; MT, 2 machos, 17.V.2002, macho, 20.V.2002, C.O.Azevedo e equipe col. (MZSP); Espírito Santo, Pancas, MT, área 2, 4 machos, 24–31.I.2003, 4 machos, 31.I–7.II.2003; macho, área 1, 24–31.I.2003 M.T.Tavares, C.O.Azevedo e equipe col. (UFES); Sooretama, macho, 22.III.2002, SS, macho, 24–27.III.2002, YPT, C.O.Azevedo e equipe col. (MZSP); macho, Itarana, 21–24.II.2004, MT, B.C.Araújo col. (UFES); Santa Teresa, MT, 638 m, 19°58'18,5"S 40°32'07,6"W, 2 machos, 6–9.IV.2001, macho, 9–12.IV.2001; macho, 835 m, 19°58'18,6"S 40°32'08,8"W, 9–12.IV.2001; 2 machos, 867 m, 19°58'19,5"S 40°32'10,3"W, 6–9.IV.2001, C.O.Azevedo e equipe col. (MZSP); Santa Maria de Jetibá, MT, 6–13.XII.2002, 3 machos, Fazenda Paulo Seick, 3 machos, Fazenda Clarindo Krüger, M.T.Tavares, C.O.Azevedo e equipe col. (UFES); Domingos Martins, Pico do Eldorado, MT, 55 machos, 26.XI–3.XII.2004, 20 machos, 3–10.XII.2004, M.T.Tavares e equipe col. (UFES); Rio de Janeiro, Santa Maria Madalena, MT, 2 machos, 16–19.IV.2002, macho, 21°59'03,9"S 41°57'08,4"W, 16–19.IV.2002, A.M.Penteado-Dias e equipe col. (MZSP); macho, Nova Friburgo, 17 Km, FIT, 29.I.2000, F.Génier col. (CNCI); São Paulo, Salesópolis, 2 machos, 1.IV.2001, SS; MT, 2 machos, 30.III–2.IV.2001, S.T.P.Amarante e equipe col., macho, 7–10.IV.2002, 2 machos, 10–13.IV.2002, M.T.Tavares e equipe col. (MZSP). Material-tipo examinado: Espírito Santo, 2 machos, Santa Teresa, 23.II.2001, 28.III.2001, SS, C.O.Azevedo e R.Kawada col. (UFES), macho, Cariacica, 26.XII.1996, SS, C.O.Azevedo col. (UFES).

Pseudisobrachium marum sp. nov.

(Figs. 29, 126–129)

Descrição: holótipo, macho. Comprimento do corpo 3,40 mm. LFW 2,30 mm. Cor: cabeça e mesossomo pretos; metassomo castanho-escuro; mandíbula castanho-palha; clípeo castanho-escuro; antena e pernas castanho-claras; asas subhialinas; nervuras castanhas.

Cabeça (como na Fig. 29): mandíbula com cinco dentes apicais; três superiores pequenos e convexos, dois inferiores grandes e angulados. Lobo mediano do clípeo trapezoidal; região mediana inteiramente elevada; margem apical angularmente côncava; carena mediana baixa, reta de perfil. Antena espessa; razão entre os quatro primeiros artículos antenais de 12:2:7:6; artículo III 1,75x tão longo quanto largo; pubescência flagelar subapressa; pêlos curtos; cerdas eretas abundantes ventralmente. Fronte fortemente coriácea; pontos pequenos, rasos, escassos. WH 0,94x LH. WF 0,61x WH. WF 1,10x HE. Olho saliente, pilosidade escassa. DAO 0,19x WF. Triângulo ocelar compacto; ângulo frontal do triângulo ocelar reto. WOT 2,25x DAO. OOL 1,33x WOT. Distância do ocelo posterior à crista do vértice 0,50x DAO. VOL 0,63x HE. Têmpora subparalela. Vértice suavemente convexo. Carena occipital visível em vista dorsal.

Mesossomo: pronoto e mesonoto fortemente coriáceos; pontuados como a fronte. Colar pronotal curto. Declividade pronotal muito curta. Disco pronotal 0,58x tão longo quanto largura máxima; largura anterior 0,41x largura máxima; região anterior angulada. Notáulice estreita, rasa, lisa, paralela, ocupando quinto anterior do mesoscuto. Sulco parapsidal mais largo que notáulice, quase completo. Sulco escutelar longo, estreito, profundo, liso, reto. Região mediana do escutelo não pontuada. Carena mediana do metanoto curta, estreita; fóvea interna do sulco metanotal pequena. Disco propodeal 1,0x tão longo quanto largo; 0,55x tão alto quanto longo; inteiramente areolado; carena mediana 0,60x tão longa quanto disco propodeal; carena lateral presente; declividade do propódeo imbricada; lado do propódeo suavemente coriáceo; espiráculo circular. Mesopleura coriácea; calo definido, suavemente coriáceo. Nervura discoidal suavemente pigmentada; não intersticial com mediana.

Metassomo: longo. Hipopígio (como na Fig. 126) 0,61x tão longo quanto largo; margem posterior convexa; com concavidade mediana longa, estreita; região dorsal posterior com cerda longa; margem lateral angulada; processo mediano esclerotizado, estreito, pontiagudo; bainha estreita, curta; haste mediana longa, haste lateral pouco definida. Genitália (Figs. 127–129): edeago mesoconvexo; base muito estreita; região mediana pouco dilatada, arredondada; ápice curto, com lobo membranoso lateral e projeção mediana em forma de gancho; margem apical sinuosa; ramo ventral do parâmero 2,20x tão largo quanto ramo dorsal, margem apical angularmente convexa; ramo dorsal estreito, ultrapassando margem apical do edeago.

Variações: comprimento do corpo de 2,20 a 3,60 mm; pronoto castanho-claro; propódeo castanho-claro; metassomo castanho-claro; margem lateral do lobo mediano do clípeo reta; carena occipital parcialmente visível em vista dorsal; disco propodeal anteriormente ruguloso, posteriormente imbricado; metassomo curto.

Comentários: P. marum sp. nov. é semelhante a P. filum por ter cabeça com formato arredondado, mandíbula com ápice suavemente largo, cinco dentes apicais, lobo mediano do clípeo trapezoidal com margem apical angularmente côncava, antena espessa, pubescência subapressa, cerdas eretas abundantes ventralmente, fronte fortemente coriácea, olho grande e saliente, carena occipital visível em vista dorsal, declividade pronotal muito curta, disco pronotal longo, notáulice incompleta, sulco escutelar longo e estreito, edeago com projeção mediana apical em forma de gancho, hipopígio curto, com haste mediana longa, haste lateral pouco definida, processo mediano localizado na região posterior. P. marum sp. nov. difere de P. filum por ter cabeça mais comprida, olho com margem interna menos sinuosa, edeago mesoconvexo pouco dilatado, com base mais longa, margem apical sinuosa e lobo membranoso arredondado, filamento mediano ausente, ramo dorsal do parâmero largo, com margem interna reta, hipopígio com concavidade mediana longa e estreita, bainha curta e processo mediano mais longo.

Distribuição: Brasil (Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo).

Material examinado: HOLÓTIPO: macho, Paraíba, João Pessoa, 28–31.VII.2002, MT, S.T.P.Amarante e equipe col. (MZSP). PARÁTIPOS: Paraíba, João Pessoa, MT, 30 machos, 25–28.VII.2002, 9 machos, 28–31.VII.2002; SS, 2 machos, 27.VII.2002, 2 machos, 30.VII.2002, S.T.P.Amarante e equipe col. (MZSP); Pernambuco, Recife, 3 machos, 17–20.VII.2002, MT, macho, 22.VII.2002, SS, S.T.P.Amarante e equipe col. (MZSP); Alagoas, Quebrângulo, MT, macho, 8–11.IX.2002, 4 machos, 11–14.IX.2002; macho, 8–11.IX.2002, YPT, A.M.Penteado-Dias e equipe col. (MZSP); Sergipe, Santa Luzia do Itanhy, MT, 4 machos, 29.VII–01.VIII.2001, macho, 1–4.VIII.2001; YPT, 2 machos, 2–5.VIII.2001; macho, 1.VIII.2001, SS, M.T.Tavares e equipe col. (MZSP); macho, Espírito Santo, Santa Teresa, 26–29.VIII.2004, SS, M.T.Tavares & C.O.Azevedo col. (UFES); Rio de Janeiro, Santa Maria Madalena, MT, macho, 16–19.IV.2002, macho, 19–22.IV.2002, A.M.Penteado-Dias e equipe col. (MZSP); Nova Iguaçu, macho, 8–11.III.2002, MT; SS, macho, 7.III.2002, macho, 8.III.2002, S.T.P.Amarante e equipe col. (MZSP); São Paulo, 2 machos, Ubatuba, 26–29.I.2002, YPT, N.W.Perioto e equipe col. (MZSP); Peruíbe, 2 machos, 3.V.2002, MT; macho, 5.V.2002, SS, N.W.Perioto e equipe col. (MZSP).

Pseudisobrachium nibum sp. nov.

(Figs. 30, 130–132)

Descrição: holótipo, macho. Comprimento do corpo 9,10 mm. LFW 7,70 mm. Cor: cabeça e mesossomo pretos; metassomo castanho-escuro; mandíbula castanho-escura; clípeo preto; antena castanho-escura; pernas castanho-palha; asas subhialinas; nervuras castanho-escuras.

Cabeça (como na Fig. 30): mandíbula com cinco dentes apicais; três superiores pequenos e convexos, dois inferiores grandes e angulados. Lobo mediano do clípeo retangular; região mediana basalmente elevada; margem apical reta, com concavidade mediana pequena; carena mediana baixa, reta de perfil. Antena espessa; razão entre os quatro primeiros artículos antenais de 9:2:7:6; artículo III 2,33x tão longo quanto largo; pubescência flagelar subapressa; pêlos longos; cerdas eretas escassas. Fronte polida; pontos pequenos, rasos, abundantes. WH 1,03x LH. WF 0,64x WH. WF 1,33x HE. Olho saliente, pilosidade escassa. DAO 0,20x WF. Triângulo ocelar compacto; ângulo frontal do triângulo ocelar agudo. WOT 1,80x DAO. OOL 1,12x WOT. Distância do ocelo posterior à crista do vértice 1,0x DAO. VOL 0,60x HE. Têmpora subparalela. Vértice reto. Carena occipital visível em vista dorsal.

Mesossomo: pronoto e mesonoto polidos; pontos escassos. Colar pronotal longo. Declividade pronotal muito curta. Disco pronotal 0,42x tão longo quanto largura máxima; largura anterior 0,40x largura máxima; região anterior angulada. Notáulice anteriormente estreita e posteriormente larga, rasa, escrobiculada, convergente, quase completa. Sulco parapsidal tão estreito quanto notáulice, quase completo. Sulco escutelar longo, estreito, profundo, escrobiculado, reto; margem posterior sinuosa. Região mediana do escutelo não pontuada. Carena mediana do metanoto curta, larga; fóvea interna do sulco metanotal grande. Disco propodeal 1,22x tão longo quanto largo; 0,37x tão alto quanto longo; triângulo basal definido; restante do disco estrigulado; carena mediana 0,66x tão longa quanto disco propodeal; carena lateral presente; carena transversal posterior presente, inconspícua; declividade do propódeo estrigulada; lado do propódeo estrigulado; espiráculo elíptico. Mesopleura polida; calo definido, polido. Nervura discoidal fortemente pigmentada; intersticial com mediana.

Metassomo: longo. Hipopígio (como na Fig. 130) 1,0x tão longo quanto largo; margem posterior convexa; região dorsal posterior com cerda longa; margem lateral convexa; processo mediano ausente; bainha estreita, curta; hastes longas; haste mediana suavemente menor que haste lateral. Genitália (Figs. 131–132): edeago mesoconvexo; base muito estreita; região mediana pouco dilatada, arredondada; ápice curto; margem apical sinuosa; ramo ventral do parâmero 2,50x tão largo quanto ramo dorsal, margem apical convexa; ramo dorsal estreito, ultrapassando margem apical do edeago.

Comentários: P. nibum sp. nov. tem clípeo parecido com o de P. deplanatum e P. porteri, mas difere destas duas pela margem apical do clípeo ser mais larga e ter uma concavidade mediana, carena occipital visível em vista dorsal, notáulice anteriormente estreita e posteriormente larga, quase completa e convergente, disco propodeal com carena transversal posterior presente, edeago mesoconvexo pouco dilatado com base muito estreita, constrição entre região mediana e ápice acentuada, ápice curto, margem apical suavemente côncava, hipopígio longo, com margem posterior convexa e processo mediano ausente.

Distribuição: Brasil (São Paulo).

Material examinado: HOLÓTIPO: macho, São Paulo, Salesópolis, 30.III–2.IV.2001, MT, S.T.P.Amarante e equipe col. (MZSP). PARÁTIPOS: São Paulo, Salesópolis, MT, macho, 30.III–2.IV.2001, macho, 2–5.IV.2001, S.T.P.Amarante e equipe col. (MZSP).

Pseudisobrachium opimum Waichert & Azevedo, 2004

(Figs. 31, 133)

Esta espécie é distinta das demais que ocorrem na Mata Atlântica Brasileira porque tem corpo quase inteiramente castanho. As espécies de Pseudisobrachium que têm coloração distinta das demais, geralmente a têm na cabeça e no disco pronotal, raramente no corpo todo, como ocorre em P. opimum. Além dos caracteres da descrição, P. opimum apresenta antena delgada; flagelômeros médios; olho de tamanho médio, saliente; carena occipital incompleta; declividade pronotal longa; disco pronotal curto; hipopígio (Fig. 133) curto; margem posterior angularmente convexa; margem lateral convexa; bainha estreita, curta; hastes longas, subiguais.

Variações: comprimento do corpo de 4,20 a 5,40 mm; cabeça e metassomo castanho-escuros; metassomo castanho-palha, com o primeiro segmento castanho; notáulice ocupando terço anterior do mesoscuto; notáulice ocupando metade do mesoscuto.

Material examinado: Espírito Santo, Santa Teresa, 19°58'18,5"S 40°32'07,6"W, 638m, 2 machos, MT, 6–9.IV.2001, 9–12.IV.2001; macho, 749m, 9–12.IV.2001, YPT; macho, 19°58'29,4"S 40°32'44,5"W, 8.IV.2001, SS; macho,19°58'39,2"S 40°32'06,6"W, SS, C.O.Azevedo e equipe col. (MZSP). Material-tipo examinado: Espírito Santo, Santa Teresa, SS, macho 28.III.2001, macho 26.XI.2001, C.O.Azevedo e R.Kawada col. (UFES); macho, Vitória, 30.VI.2001, SS, C.O.Azevedo e R.Kawada col. (UFES).

Pseudisobrachium optimum Evans, 1964

(Figs.32, 134–135)

Esta espécie era conhecida apenas para Santa Catarina, agora é registrada pela primeira vez para São Paulo. Além dos caracteres da descrição, P. optimum apresenta antena delgada; flagelômeros médios; olho de tamanho médio, saliente; carena occipital incompleta; declividade pronotal longa; disco pronotal curto; região anterior suavemente rugosa; hipopígio (Figs. 134–135) 1,0x tão longo quanto largo; com depressão mediana estreita e longa, dividindo o hipopígio em dois lobos; lobo com ápice suavemente angulado e margem lateral reta; processo mediano membranoso, em forma de quilha; superfície dorsal medianamente com dois ramos estreitos e apicalmente pilosos; bainha estreita, curta; hastes longas, subiguais.

Pseudisobrachium optimum é muito semelhante a P. castaneiceps por ter cabeça quadrangular, mandíbula com ápice fortemente largo e cinco dentes apicais grandes, lobo mediano do clípeo trapezoidal com margem apical suavemente côncava e cantos convexos, antena delgada, artículos antenais médios, pubescência subereta, fronte polida, olho de tamanho médio e saliente, têmpora subparalela, carena occipital incompleta, declividade pronotal longa, disco pronotal curto com região anterior suavemente rugosa, notáulice escrobiculada, convergente e quase completa, hipopígio com depressão mediana profunda, dividindo o mesmo em dois lobos e edeago elíptico e giboso, com lobo membranoso apical. Mas, P. optimum difere de P. castaneiceps por ser preto, ter artículo antenal III uniformemente largo, notáulice larga e profunda, fóvea episternal da mesopleura presente, hipopígio com um par de ramos na superfície dorsal, e processo mediano membranoso em forma de quilha, edeago mais estreito e com cinco pares de lobos membranosos apicais, ramo ventral do parâmero com margem apical angularmente convexa e ramo dorsal não afilado apicalmente. Das espécies de Pseudisobrachium, estas duas são as únicas a ter o hipopígio com depressão profunda, que divide o mesmo em dois lobos; e o edeago elíptico e giboso.

Variações: comprimento do corpo de 6,50 a 8,00 mm; antena castanho-palha; antena castanho-escura com escapo e pedicelo castanho-claros; pernas castanho-claras; pernas com metade proximal castanho-escura e metade distal castanho-clara; notáulice descontínua; triângulo basal definido e restante do disco propodeal polido.

Material examinado: macho, São Paulo, Peruíbe, 5.V.2002, SS, N.W.Perioto e equipe col. (MZSP); macho, Santa Catarina, São Bento do Sul, 13–16.X.2001, MT, A.M.Penteado-Dias e equipe col. (MZSP).

Pseudisobrachium otum sp. nov.

(Figs. 33, 136–138)

Descrição: holótipo, macho. Comprimento do corpo 5,70 mm. LFW 4,30 mm. Cor: cabeça e mesossomo pretos; metassomo castanho; mandíbula e clípeo castanho-palha; antena castanho-clara, escapo e pedicelo castanho-palha; pernas castanho-palha; asas subhialinas; nervuras castanhas.

Cabeça (como na Fig. 33) : mandíbula com cinco dentes apicais; quatro superiores pequenos e convexos, inferior grande e angulado. Lobo mediano do clípeo trapezoidal; região mediana basalmente elevada; margem apical reta; carena mediana baixa, reta de perfil. Antena delgada; razão entre os quatro primeiros artículos antenais de 13:3:7:6; artículo III 1,75x tão longo quanto largo; pubescência flagelar subapressa; pêlos curtos; cerdas eretas escassas. Fronte coriácea; pontos pequenos, rasos, abundantes. WH 1,0x LH. WF 0,66x WH. WF 1,42x HE. Olho saliente, pilosidade abundante. DAO 0,15x WF. Triângulo ocelar compacto; ângulo frontal do triângulo ocelar agudo. WOT 2,60x DAO. OOL 1,12x WOT. Distância do ocelo posterior à crista do vértice 1,0x DAO. VOL 0,71x HE. Têmpora subparalela. Vértice suavemente convexo. Carena occipital incompleta.

Mesossomo: pronoto e mesonoto coriáceos; pontuados como a fronte. Colar pronotal longo. Declividade pronotal longa. Disco pronotal 0,33x tão longo quanto largura máxima; largura anterior 0,36x largura máxima; região anterior arredondada. Notáulice muito estreita, rasa, lisa, paralela, ocupando metade anterior do mesoscuto. Sulco parapsidal mais largo que notáulice, quase completo. Sulco escutelar longo, estreito, profundo, liso, reto; margem posterior suavemente sinuosa. Região mediana do escutelo polida, não pontuada. Carena mediana do metanoto curta, larga; fóvea interna do sulco metanotal grande. Disco propodeal 1,0x tão longo quanto largo; 0,45x tão alto quanto longo; anteriormente ruguloso, posteriormente estrigulado; carena mediana 0,62x tão longa quanto disco propodeal; carena lateral presente; declividade do propódeo estrigulada; lado do propódeo polido; espiráculo elíptico. Mesopleura polida; calo definido, polido. Nervura discoidal fortemente pigmentada; não intersticial com mediana.

Metassomo: longo. Hipopígio (como na Fig. 136) 0,89x tão longo quanto largo; margem posterior convexa; com concavidade mediana curta, estreita; margem lateral reta; processo mediano esclerotizado, estreito, alto, pontiagudo; bainha estreita, curta; hastes curtas; subiguais. Genitália (Figs. 137–138): edeago mesoconvexo; base muito estreita; região mediana muito dilatada; ápice curto, com lobo membranoso lateral e arredondado; margem apical medianamente côncava; ramo ventral do parâmero 3,0x tão largo quanto ramo dorsal, margem apical angularmente convexa; ramo dorsal estreito, afilado apicalmente, ultrapassando margem apical do edeago.

Comentários: P. otum sp. nov. é semelhante a P. intentum por ter cabeça quadrangular, mandíbula com cinco dentes apicais, margem apical do lobo mediano do clípeo reta, olho de tamanho médio, têmpora subparalela, vértice suavemente convexo, declividade pronotal longa, disco pronotal curto; mas difere da mesma por apresentar antena mais delgada, pêlos antenais mais longos, disco pronotal não inteiramente castanho, edeago retangular, com base muito estreita e longa, ápice com lobo membranoso, ramo dorsal do parâmero afilado apicalmente, hipopígio com margem posterior convexa, margem lateral reta, concavidade mediana curta e estreita, processo mediano mais longo, bainha mais curta e haste mediana mais estreita.

Distribuição: Brasil (Rio de Janeiro, São Paulo).

Material examinado: HOLÓTIPO: macho, Rio de Janeiro, Santa Maria Madalena, 19–22.IV.2002, YPT, A.M.Penteado-Dias e equipe col. (MZSP). PARÁTIPOS: Rio de Janeiro, macho, Santa Maria Madalena, 19–22.IV.2002, YPT, A.M.Penteado-Dias e equipe col. (MZSP); 2 machos, Rio de Janeiro, Nova Iguaçu, 5–8.III.2002, MT, S.T.P.Amarante e equipe col. (MZSP); macho, São Paulo, Salesópolis, 1.IV.2001, SS, S.T.P.Amarante e equipe col. (MZSP).

Pseudisobrachium plaumanni Evans, 1964

(Figs. 34, 139)

Esta espécie era conhecida apenas para Santa Catarina, agora é registrada pela primeira vez para Espírito Santo e Paraná. Além dos caracteres da descrição, P. plaumanni apresenta antena delgada, flagelômeros médios; olho pequeno, não saliente; carena occipital incompleta; declividade pronotal longa; disco pronotal curto, região anterior muito elevada, suavemente rugosa; hipopígio (Fig. 139) curto; margem posterior suavemente côncava; margem lateral convexa; processo mediano esclerotizado, estreito, baixo e curvo; bainha estreita, curta; haste mediana pouco definida; haste lateral curta.

Pseudisobrachium plaumanni é semelhante a P. amplum por ter cabeça quadrangular, mandíbula com ápice suavemnte largo e cinco dentes apicais, carena mediana alta, antena delgada, pubescência subereta, fronte polida, olho pequeno, têmpora subparalela, carena occipital incompleta, declividade pronotal longa, disco pronotal curto, com região anterior elevada e suavemente rugosa, sulco escutelar longo, largo e com extremidade convexa, edeago mesoconvexo com região mediana muito dilatada, ramo ventral do parâmero largo com margem apical angularmente convexa e ramo dorsal estreito, ultrapassando margem apical do edeago. P. plaumanni difere de P. amplum por ter lobo mediano do clípeo com margem lateral arredondada, antena mais delgada, artículo antenal III basalmente estreito, triângulo ocelar mais distante do vértice da cabeça, região anterior do disco pronotal mais elevada, mesoscuto mais longo, sulco escutelar reto, calo mesopleural coriáceo, margem posterior do hipopígio suavemente côncava, com haste mediana não desenvolvida, processo mediano presente, edeago mais largo, ramo dorsal do parâmero não constrito apicalmente.

Variações: comprimento do corpo de 4,20 a 7,00 mm; disco pronotal castanho-claro; ângulo do triângulo ocelar reto; região anterior do disco pronotal elevada não suavemente rugosa. Os exemplares do Espírito Santo têm olho e ocelos maiores, e ângulo do triângulo ocelar reto.

Material examinado: Espírito Santo, Santa Teresa, 6–9.IV.2001, MT, macho, 638 m, 19°58'18,5"S 40°32'07,6"W; macho, 867 m, 19°58'19,5"S 40°32'10,3"W, C.O.Azevedo e equipe col. (MZSP); 3 machos, Santa Maria de Jetibá, Fazenda Paulo Seick, 29.XI–6.XII.2002, MT, M.T.Tavares, C.O.Azevedo e equipe col. (UFES); Domingos Martins, Pico do Eldorado, MT, 5 machos, 26.XI–3.XII.2004, 8 machos, 3–10.XII.2004, M.T.Tavares e equipe col. (UFES); macho, Santa Leopoldina, 5–12.XI.2007, MT, C.O.Azevedo e equipe col. (UFES); 2 machos, Alfredo Chaves, 8–15.X.2007, MT, C.O.Azevedo e equipe col. (UFES); Paraná, Telêmaco Borba, MT, macho, 4.VIII.1986, macho, 15.IX.1986, 2 machos, 29.IX.1986, macho, 6.X.1986, macho, 1.VI.1987, macho, 21.III.1988, macho, 25.VII.1988, (DZUP); macho, Ponta Grossa, 23.II.1987, MT (DZUP); Colombo, MT, macho, 20.VII.1987, macho, 25.I.1988, (DZUP).

Pseudisobrachium pretum sp. nov.

(Figs. 35, 140–142)

Descrição: holótipo, macho. Comprimento do corpo 4,50 mm. LFW 3,20 mm. Cor: cabeça preta; mesossomo castanho-escuro; metassomo castanho-claro; mandíbula castanho-clara; clípeo castanho-escuro; antena e pernas castanho-palha; asas subhialinas; nervuras castanhas.

Cabeça (como na Fig. 35): mandíbula com três dentes apicais; subiguais, superior convexo e inferiores angulados. Lobo mediano do clípeo trapezoidal; região mediana basalmente elevada; margem apical reta; carena mediana ausente. Antena delgada; razão entre os quatro primeiros artículos antenais de 11:5:6:5; artículo III 1,50x tão longo quanto largo; pubescência flagelar subapressa; pêlos longos; cerdas eretas abundantes ventralmente. Fronte suavemente coriácea; pontos pequenos, rasos, abundantes. WH 1,07x LH. WF 0,66x WH. WF 1,50x HE. Olho muito saliente, pilosidade escassa. DAO 0,13x WF. Triângulo ocelar compacto; ângulo frontal do triângulo ocelar reto. WOT 3,0x DAO. OOL 1,08x WOT. Distância do ocelo posterior à crista do vértice 0,75x DAO. VOL 0,65x HE. Têmpora fortemente divergente. Vértice reto. Carena occipital incompleta.

Mesossomo: pronoto e mesonoto suavemente coriáceos; pontos escassos. Colar pronotal longo. Declividade pronotal muito curta. Fóvea entre colar pronotal e declividade pronotal presente. Disco pronotal 0,35x tão longo quanto largura máxima; largura anterior 0,32x largura máxima; região anterior angulada. Notáulice estreita, profunda, lisa, paralela, quase completa. Sulco parapsidal tão estreito quanto notáulice, completo. Sulco escutelar longo, largo, raso, escrobiculado, reto. Região mediana do escutelo polida, não pontuada. Carena mediana do metanoto longa, estreita; fóvea interna do sulco metanotal pequena. Disco propodeal 1,0x tão longo quanto largo; 0,44x tão alto quanto longo; anteriormente ruguloso, posteriormente estrigulado; carena mediana 0,48x tão longa quanto disco propodeal; carena lateral presente; declividade do propódeo suavemente estrigulada; lado do propódeo polido; espiráculo elíptico. Mesopleura coriácea; calo definido, polido. Nervura discoidal fortemente pigmentada; não intersticial com mediana.

Metassomo: longo. Hipopígio (como na Fig. 140) 0,61x tão longo quanto largo; margem posterior sinuosa; margem lateral angularmente convexa; processo mediano esclerotizado, estreito, baixo, reto; bainha pouco pigmentada, estreita, curta; hastes curtas; haste mediana suavemente menor que haste lateral. Genitália (Figs. 141–142): edeago mesoconvexo; base estreita; região mediana pouco dilatada, arredondada; ápice curto; margem apical convexa, com concavidade mediana curta; ramo ventral do parâmero 2,0x tão largo quanto ramo dorsal, margem apical angularmente convexa; ramo dorsal estreito, ultrapassando margem apical do edeago.

Variações: comprimento do corpo de 3,70 a 4,50 mm; mesossomo inteiramente castanho-escuro; sulco escutelar estreito e curvo.

Comentários: a cabeça de P. pretum sp. nov. é semelhante à de P. breviceps Evans, 1969 por ser curta e ter olho pequeno e muito saliente, além disso, ambas as espécies possuem apenas três dentes apicais na mandíbula, mas P. breviceps possui margem apical do lobo mediano do clípeo convexa, olho menor, notáulice completa, nervura discoidal pigmentada somente na base, nervura primeira recorrente não pigmentada, edeago muito dilatado, com base larga e hipopígio, segundo Evans (1969), com margem postrior reta e sem processo mediano.

Distribuição: Brasil (Paraná).

Material examinado: HOLÓTIPO: macho, Paraná, Ponta Grossa, 22.XI.1988, MT, (DZUP). PARÁTIPOS: Paraná, Jundiaí do Sul, MT, macho, 9.III.1987, macho, 28.III.1988, (DZUP); Ponta Grossa, MT, macho, 9.III.1987, 2 machos, 23.III.1987, macho, 14.III.1988, macho, 20.IV.1988, (DZUP).

Pseudisobrachium quirum sp. nov.

(Figs. 36, 143–145)

Descrição: holótipo, macho. Comprimento do corpo 3,50 mm. LFW 2,20 mm. Cor: cabeça e mesossomo pretos; metassomo castanho-claro; mandíbula castanha; clípeo preto; pernas castanho-palha; asas subhialinas; nervuras castanhas.

Cabeça (como na Fig. 36): mandíbula com quatro dentes apicais; três superiores pequenos e convexos, inferior grande e angulado; dente subsuperior reduzido. Lobo mediano do clípeo trapezoidal; região mediana basalmente elevada; margem apical fortemente côncava; carena mediana ausente. Antena delgada; razão entre os quatro primeiros artículos antenais de 9:3:4:4; artículo III 2,33x tão longo quanto largo; pubescência flagelar subereta; pêlos longos; cerdas eretas escassas. Fronte coriácea; pontos pequenos, rasos, abundantes. WH 1,03x LH. WF 0,75x WH. WF 1,61x HE. Olho saliente, pilosidade escassa. DAO 0,14x WF. Triângulo ocelar compacto; ângulo frontal do triângulo ocelar reto. WOT 2,33x DAO. OOL 1,28x WOT. Distância do ocelo posterior à crista do vértice 1,0x DAO. VOL 0,76x HE. Têmpora subparalela. Vértice reto. Carena occipital incompleta.

Mesossomo: pronoto e mesonoto coriáceos; pontuados como a fronte. Colar pronotal longo. Declividade pronotal longa. Disco pronotal 0,28x tão longo quanto largura máxima; largura anterior 0,36x largura máxima; região anterior arredondada. Notáulice estreita, rasa, lisa, paralela, quase completa. Sulco parapsidal mais largo que notáulice, quase completo. Sulco escutelar longo, estreito, profundo, liso, reto. Região mediana do escutelo polida, não pontuada. Carena mediana do metanoto curta, estreita; fóvea interna do sulco metanotal grande. Disco propodeal 1,13x tão longo quanto largo; 0,46x tão alto quanto longo; anteriormente ruguloso, posteriormente estrigulado; carena mediana 0,64x tão longa quanto disco propodeal; carena lateral presente; declividade do propódeo estrigulada; lado do propódeo polido; espiráculo circular. Mesopleura coriácea; calo definido, polido; fóvea episternal presente. Nervura discoidal fortemente pigmentada; intersticial com mediana.

Metassomo: curto. Hipopígio (como na Fig. 143) 0,82x tão longo quanto largo; margem posterior convexa; margem lateral convexa; processo mediano esclerotizado, estreito, baixo, curvo; bainha estreita, curta; haste mediana longa, haste lateral curta. Genitália (Figs. 144–145): edeago mesoconvexo; base muito estreita; região mediana muito dilatada, arredondada; ápice longo; margem apical reta; ramo ventral do parâmero 2,0x tão largo quanto ramo dorsal, margem apical angularmente convexa; ramo dorsal estreito, alcançando margem apical do edeago.

Variações: margem posterior do sulco escutelar suavemente sinuosa.

Comentários: P. quirum sp. nov. tem lobo mediano do clípeo mais curto que as outras espécies, e com margem apical fortemente côncava. Além disso, a cabeça é muito larga e o olho muito pequeno.

Distribuição: Brasil (Espírito Santo).

Material examinado: HOLÓTIPO: macho, Espírito Santo, Domingos Martins, Pico do Eldorado, 3.XII–10.XII.2004, MT, M.T.Tavares e equipe col. (UFES). PARÁTIPOS: Espírito Santo, Domingos Martins, Pico do Eldorado, MT, 3 machos, 26.XI–3.XII.2004, 3 machos, 3.XII–10.XII.2004, M.T.Tavares e equipe col. (UFES).

Pseudisobrachium rafum sp. nov.

(Figs. 37, 146–147)

Descrição: holótipo, macho. Comprimento do corpo 4,30 mm. LFW 3,0 mm. Cor: cabeça preta; mesossomo castanho-escuro; metassomo castanho; mandíbula castanho-clara; clípeo castanho-escuro; antena e pernas castanho-claras; asas subhialinas; nervuras castanho-palha.

Cabeça (como na Fig. 37): mandíbula com cinco dentes apicais; três superiores pequenos e convexos, dois inferiores grandes e angulados. Lobo mediano do clípeo trapezoidal; região mediana basalmente elevada; margem apical suavemente tridentada; carena mediana baixa, reta de perfil. Antena delgada; razão entre os quatro primeiros artículos antenais de 10:2:4:3; artículo III 1,75x tão longo quanto largo; pubescência flagelar subapressa; pêlos curtos; cerdas eretas escassas. Fronte coriácea; pontos pequenos, rasos, abundantes. WH 1,07x LH. WF 0,48x WH. WF 0,87x HE. Olho muito saliente, pilosidade escassa. DAO 0,33x WF. Triângulo ocelar compacto; ângulo frontal do triângulo ocelar reto. WOT 2,40x DAO. OOL 0,29x WOT. Distância do ocelo posterior à crista do vértice 0,71x DAO. VOL 0,47x HE. Têmpora fortemente divergente. Vértice suavemente convexo. Carena occipital incompleta.

Mesossomo: pronoto e mesonoto coriáceos; pontos grandes. Colar pronotal longo. Declividade pronotal longa. Disco pronotal 0,38x tão longo quanto largura máxima; largura anterior 0,35x largura máxima; região anterior arredondada. Notáulice estreita, rasa, lisa, paralela, ocupando metade anterior do mesoscuto. Sulco parapsidal tão estreito quanto notáulice, quase completo. Sulco escutelar longo, estreito, profundo, liso, reto. Região mediana do escutelo polida, não pontuada. Carena mediana do metanoto curta, larga; fóvea interna do sulco metanotal grande. Disco propodeal 1,12x tão longo quanto largo; 0,53x tão alto quanto longo; triângulo basal definido; restante do disco imbricado; carena mediana 0,75x tão longa quanto disco propodeal; carena lateral presente, inconspícua; carena sublateral presente, inconspícua; declividade do propódeo suavemente imbricada; lado do propódeo suavemente imbricado; espiráculo elíptico. Mesopleura coriácea; calo definido, suavemente coriáceo; fóvea episternal presente. Nervura discoidal suavemente pigmentada; intersticial com mediana.

Metassomo: longo. Genitália (Figs. 146–147): edeago mesoconvexo; base estreita; região mediana pouco dilatada, arredondada; ápice longo; margem apical sinuosa; ramo ventral do parâmero 2,0x tão largo quanto ramo dorsal, margem apical angularmente convexa; ramo dorsal estreito, alcançando margem apical do edeago.

Variações: comprimento do corpo de 3,40 a 4,40 mm; três dentes superiores muito pequenos; sulco escutelar raso e escrobiculado; região posterior do disco propodeal polida; calo mesopleural polido.

Comentários: nenhuma espécie que tem margem apical do lobo mediano do clípeo tridentada tem olho e ocelo grandes como P. rafum sp. nov..

Observação: nenhum exemplar continha o hipopígio.

Distribuição: Brasil (Rio de Janeiro, Paraná).

Material examinado: HOLÓTIPO: macho, Paraná, Jundiaí do Sul, 19.X.1987, MT, (DZUP). PARÁTIPOS: Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, macho, Cabeça do Veado, 3.600', E. G. e E.A.Munroe col., macho, Represa Rio Grande, VII.1972, M.Alvarenga col. (CNCI); Paraná, Jundiaí do Sul, MT, macho, 2.III.1987, macho, 12.X.1987, macho, 2.XI.1987, (DZUP); macho, Guarapuava, 16.II.1987, MT, (DZUP).

Pseudisobrachium ricum sp. nov.

(Figs. 38, 148–150)

Descrição: holótipo, macho. Comprimento do corpo 4,90 mm. LFW 3,70 mm. Cor: cabeça e mesossomo pretos, pronoto castanho-escuro; metassomo castanho-escuro; mandíbula castanha; clípeo castanho-escuro; antena e pernas castanhas; asas subhialinas; nervuras castanhas.

Cabeça (como na Fig. 38): mandíbula com quatro dentes apicais; dois superiores pequenos e convexos, dois inferiores grandes e angulados. Lobo mediano do clípeo trapezoidal; região mediana basalmente elevada; margem apical reta; carena mediana baixa, reta de perfil. Antena delgada; razão entre os quatro primeiros artículos antenais de 14:3:5:4; artículo III 1,60x tão longo quanto largo; pubescência flagelar subapressa; pêlos longos; cerdas eretas escassas. Fronte fortemente coriácea; pontos pequenos, rasos, escassos. WH 0,94x LH. WF 0,70x WH. WF 0,83x HE. Olho saliente, pilosidade escassa. DAO 0,14x WF. Triângulo ocelar compacto; ângulo frontal do triângulo ocelar reto. WOT 3,0x DAO. OOL 1,06x WOT. Distância do ocelo posterior à crista do vértice 1,40x DAO. VOL 1,0x HE. Têmpora subparalela. Vértice reto. Carena occipital incompleta.

Mesossomo: pronoto e mesonoto fortemente coriáceos; pontos grandes, abundantes. Colar pronotal curto. Declividade pronotal curta. Disco pronotal 0,60x tão longo quanto largura máxima; largura anterior 0,30x largura máxima; região anterior arredondada. Notáulice ausente. Sulco parapsidal estreito, quase completo. Sulco escutelar longo, largo, raso, liso, reto. Região mediana do escutelo suavemente coriácea, não pontuada. Carena mediana do metanoto curta, estreita; fóvea interna do sulco metanotal grande. Disco propodeal 1,25x tão longo quanto largo; 0,50x tão alto quanto longo; triângulo basal definido; restante do disco estrigulado; carena mediana 0,70x tão longa quanto disco propodeal; carena lateral presente; declividade do propódeo suavemente estrigulada; lado do propódeo suavemente estrigulado; espiráculo elíptico. Mesopleura suavemente coriácea; calo definido, polido. Nervura discoidal fortemente pigmentada; não intersticial com mediana.

Metassomo: curto. Hipopígio (como na Fig. 148) 0,90x tão longo quanto largo; margem posterior reta; margem lateral angularmente convexa; processo mediano ausente; bainha estreita, curta; haste mediana curta, haste lateral longa. Genitália (Figs. 149–150): edeago mesoconvexo; base estreita; região mediana pouco dilatada, arredondada; ápice longo e dilatado apicalmente; margem apical reta; ramo ventral do parâmero 1,33x tão largo quanto ramo dorsal, margem apical angularmente convexa; ramo dorsal estreito, não alcançando margem apical do edeago.

Variações: margem posterior do sulco escutelar convexa.

Comentários: nenhuma espécie de Pseudisobrachium tem pontos grandes e profundos no pronoto e mesonoto; além disso, nenhuma das espécies que têm quatro dentes apicais na mandíbula é semelhante a P. ricum sp. nov..

Distribuição: Brasil (Paraná).

Material examinado: HOLÓTIPO: macho, Paraná, Jundiaí do Sul, 9.XI.1987, MT, (DZUP). PARÁTIPOS: Paraná, Jundiaí do Sul, MT, macho, 13.X.1986, macho, 3.XI.1986, macho, 10.XI.1986, macho, 17.XI.1986, macho, 1.VI.1987, 2 machos, 12.X.1987 (DZUP).

Pseudisobrachium rotundum Waichert & Azevedo, 2004

(Figs. 39, 151)

Esta espécie era conhecida apenas para o Espírito Santo, agora é registrada pela primeira vez para Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia, São Paulo e Paraná. Além dos caracteres da descrição, P. rotundum apresenta antena delgada; flagelômeros médios; olho de tamanho médio, saliente; carena occipital incompleta; declividade pronotal longa; disco pronotal muito curto, região anterior pouco elevada, suavemente rugosa; hipopígio (Fig. 151) curto; margem posterior angulada; margem lateral convexa; processo mediano membranoso, como bolsa longa; bainha estreita, curta; hastes longas, subiguais.

Pseudisobrachium rotundum é a única espécie de Pseudisobrachium da Mata Atlântica Brasileira que apresenta a margem apical do lobo mediano do clípeo totalmente convexa e disco pronotal muito curto.

Variações: comprimento do corpo de 3,20 a 5,30 mm; antena castanha, escapo e pedicelo castanho-palha; antena castanho-escura; lobo mediano do clípeo suavemente convexo; carena mediana do disco propodeal completa; calo mesopleural polido ou coriáceo; região mediana do edeago arredondada; processo mediano do hipopígio curto. Os exemplares de Pernambuco têm disco propodeal inteiramente ruguloso e com carena mediana não desenvolvida, e os exemplares da Bahia têm ramo dorsal do parâmero suavemente mais largo que os demais.

Material examinado: Pernambuco, Recife, MT, 6 machos, 17–20.VII.2002, macho, 20–23.VII.2002, S.T.P. Amarante e equipe col. (MZSP); Alagoas, Quebrângulo, MT, 2 machos, 8–11.IX.2002, 2 machos, 11–14.IX.2002, A.M.Penteado-Dias e equipe col. (MZSP); macho, Sergipe, Santa Luzia do Itanhy, 29.VII–01.VIII.2001, MT, M.T.Tavares e equipe col. (MZSP); Bahia, 7 machos, Ilhéus, 15–18.V.2002, MT, A.M.Penteado-Dias e equipe col. (MZSP); Porto Seguro, macho, 16.V.2002, SS; MT, macho, 17.V.2002, 2 machos, 20.V.2002, C.O.Azevedo e equipe col. (MZSP); Espírito Santo, Pancas, MT, 2 machos, área 2, 24–31.I.2003; 2 machos, 24–31.I.2003, 4 machos, 31.I–7.II.2003, M.T.Tavares, C.O.Azevedo e equipe col. (UFES); Linhares, 2 machos, 1–3.X.2000, C.O.Azevedo e G.Schiffler col. (UFES); Sooretama, SS, 8 machos, 22.III.2002, macho, 6.IV.2002; MT, 22 machos, 21–24.III.2002, 16 machos, 24–27.III.2002, C.O.Azevedo e equipe col. (MZSP); Santa Teresa, macho, 23.VIII.2001, SS, C.O.Azevedo e R.Kawada col. (UFES); MT, 3 machos, 11.IX.2003, M.T.Tavares e C.O.Azevedo col., macho, 26–29.VII.2004, M.T.Tavares e equipe col., 4 machos, 31.VII–07.VIII.2007, C.O.Azevedo e equipe col. (UFES); 840m, 19°58'16,7"S 40°32'06,9"W, 2 machos, 6–9.IV.2001, macho, 9–12.IV.2001; 638m, 19°58'18,5"S 40°32'07,6"W, 16 machos, 6–9.IV.2001, 7 machos, 9–12.IV.2001; macho, 867m, 19°58'19,5"S 40°32'10,3"W, 6–9.IV.2001; macho, 638m, 19°58'25,2"S 40°31'44,6"W, 8.IV.2001; 3 machos, 867m, 19°58'37,3"S 40°32'22,5"W; 6–9.IV.2001, C.O.Azevedo e equipe col.; macho, 867m, 19°58'39.2"S 40°32'06,5"W, 08.IV.2001, SS, C.O.Azevedo e equipe col. (MZSP); Santa Maria de Jetibá, MT, Fazenda Paulo Seick, 27 machos, 29.XI–6.XII.2002, 21 machos, 6–13.XII.2001, 12 machos, 20°04'27,9"S 40°44'51,3"W {20°02'31,1"S 40°41'51,3"W}, 6–13.XII.2002; Fazenda Clarindo Krüger, 9 machos, 29.XI–06.XII.2002, 12 machos, 6–13.XII.2002, M.T.Tavares, C.O.Azevedo e equipe col. (UFES); Domingos Martins, Pico do Eldorado, MT, 6 machos, 26.XI–3.XII.2004, 11 machos, 3–10.XII.2004, M.T.Tavares e equipe col.; 2 machos, Parque Estadual da Pedra Azul, 26.VIII–2.IX.2003, C.O.Azevedo e equipe col. (UFES); Cariacica, SS, macho, 10.X.1996, macho, 26.XII.1996, C.O.Azevedo col., macho, 10.X.1996, macho, 29.X.1996, H.S.Sá col. (UFES); Vitória, SS, macho, 26.III.2001, macho, 24.V.2001, C.O.Azevedo e R.Kawada col. (UFES); 9 machos, Vila Velha, 30.X.2002, MT, C.O.Azevedo e equipe col. (UFES); São Paulo, Ubatuba, MT, 2 machos, 21–24.I.2002, macho, 24–27.I.2002, N.W.Perioto e equipe col. (MZSP); Salesópolis, MT, 5 machos, 30.III–2.IV.2001, 2 machos, 2–5.IV.2001, S.T.P.Amarante e equipe col. (MZSP); Ribeirão Grande, MT, 10 machos, 10–13.XII.2000, macho, 13–16.XII.2000, M.T.Tavares e equipe col. (MZSP); Paraná, Jundiaí do Sul, macho, 20.X.1986, macho, 20.VI.1988, MT; Colombo, MT, macho, 29.VI.1987, macho, 06.VII.1987, macho, 31.VIII.1987, macho, 7.III.1988; Ponta Grossa, MT, macho, 26.I.1987, macho, 25.I.1988, 2 machos, 1.II.1988; macho, São José dos Pinhais, 21.III.1988, (DZUP). Material-tipo examinado: Espírito Santo, macho, Santa Teresa, 27.IX.2001, SS, C.O.Azevedo e R.Kawada col. (UFES); Cariacica, macho, FIT, 22.X.1996, C.O.Azevedo e H.S.Sá col.; SS, macho, 2.IX.1996, macho, 10.X.1996, macho, 22.X.1996, 2 machos, 29.X.1996, 3 machos, 26.XI.1996, 5 machos, 10.XII.1996, macho, 17.XII.1996, macho, 26.XII.1996, C.O.Azevedo col., macho, 10.X.1996, macho, 29.X.1996, 3 machos, 12.XI.1996, macho, 26.XII.1996, H.S.Sá col. (UFES).

Pseudisobrachium steinbachi Evans, 1966

(Figs. 40, 152)

Esta espécie era conhecida para Bolívia e Brasil (São Paulo), agora é registrada pela primeira vez para Rio de Janeiro. Além dos caracteres da descrição, P. steinbachi apresenta lobo mediano do clípeo trapezoidal, apicalmente estreito, margem apical fortemente tridentada; antena muito espessa; flagelômeros médios; olho pequeno, saliente; carena occipital ausente; declividade pronotal longa; disco pronotal curto; hipopígio (Fig. 152) 1,0x tão longo quanto largo; margem posterior suavemente côncava; margem lateral convergente; processo mediano esclerotizado, estreito, alto, pontiagudo; bainha larga medianamente, estreita lateralmente, curta; hastes curtas, subiguais.

Pseudisobrachium steinbachi é uma espécie de fácil reconhecimento pelo lobo mediano do clípeo com ápice estreito e com margem apical fortemente tridentada, cabeça grande com olhos pequenos, textura polida, e a antena mais espessa dentro das espécies de Pseudisobrachium.

Pseudisobrachium steinbachi é semelhante a P. corvinum por ter cabeça quadrangular, mandíbula com ápice suavemente largo, cinco dentes apicais, lobo mediano do clípeo trapezoidal com margem apical tridentada, declividade pronotal longa, disco pronotal curto, notáulice incompleta, sulco escutelar longo, e edeago mesoconvexo. Mas P. steinbachi difere de P. corvinum por ter os três dentes superiores de mesma largura; antena muito espessa, cerdas eretas praticamente ausentes; disco propodeal inteiramente estrigulado, sulco escrobal pouco definido, hipopígio com margem posterior suavemente côncava, bainha larga medianamente, haste mediana não dilatada; e região mediana do edeago mais dilatada.

As espécies que têm margem apical do lobo mediano do clípeo tridentada, P. corvinum, P. cuspidatum, P. magnum, P. steinbachi, geralmente compartilham alguns caracteres, como cabeça quadrangular, antenas espessas, disco pronotal muito curto, notáulice incompleta, sulco escutelar longo, largo e reto, disco propodeal ruguloso a estrigulado, declividade do propódeo estrigulado e lado polido, processo mediano do hipopígio projetado, e edeago mesoconvexo. Estas espécies diferem principalmente quanto a algumas particularidades da genitália e quanto ao hipopígio, podendo facilmente formar um grupo de espécies.

Variações: comprimento do corpo de 6,00 a 6,50 mm; antena castanho-clara; triângulo ocelar espaçado; região posterior do disco pronotal suavemente deprimida.

Material examinado: macho, Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Represa Rio Grande, VII.1972, M.Alvarenga col. (CNCI); 2 machos, São Paulo, Barão Geraldo, Campinas, 600 m, 27.XII.1993, P.S.Ward col. (UCDC).

Pseudisobrachium suprum sp. nov.

(Figs. 41, 153–155)

Descrição: holótipo, macho. Comprimento do corpo 4,90 mm. LFW 3,50 mm. Cor: cabeça e mesossomo pretos, pronoto castanho-escuro; metassomo castanho; mandíbula castanho-clara; clípeo preto; antena e pernas castanho-claro; asas subhialinas; nervuras castanhas.

Cabeça (como na Fig. 41): mandíbula com cinco dentes apicais; subiguais, três superiores convexos e dois inferiores angulados. Lobo mediano do clípeo retangular; região mediana basalmente elevada; elevação mediana bifurcada; margem apical suavemente côncava; carena mediana ausente. Antena espessa; razão entre os quatro primeiros artículos antenais de 11:2:6:5; artículo III 1,85x tão longo quanto largo; pubescência flagelar subapressa; pêlos curtos; cerdas eretas escassas. Fronte polida; pontos pequenos, rasos, abundantes. WH 0,95x LH. WF 0,65x WH. WF 1,35x HE. Olho saliente, pilosidade escassa. DAO 0,14x WF. Triângulo ocelar compacto; ângulo frontal do triângulo ocelar reto. WOT 2,75x DAO. OOL 1,09x WOT. Distância do ocelo posterior à crista do vértice 1,25x DAO. VOL 0,70x HE. Têmpora subparalela. Vértice reto. Carena occipital completa; não visível em vista dorsal.

Mesossomo: pronoto e mesonoto polidos; pontos escassos. Colar pronotal longo. Declividade pronotal muito curta. Disco pronotal 0,42x tão longo quanto largura máxima; largura anterior 0,37x largura máxima; região anterior angulada. Notáulice estreita, rasa, lisa, suavemente convergente, quase completa. Sulco parapsidal tão estreito quanto notáulice, quase completo. Sulco escutelar longo, largo, raso, liso, reto. Região mediana do escutelo não pontuada. Carena mediana do metanoto curta, estreita; fóvea interna do sulco metanotal pequena. Disco propodeal 1,45x tão longo quanto largo; 0,37x tão alto quanto longo; triângulo basal definido; restante do disco polido; carena mediana 0,71x tão longa quanto disco propodeal; carena lateral presente; carena sublateral presente; declividade do propódeo estrigulada; lado do propódeo polido; espiráculo elíptico. Mesopleura polida; calo definido, polido. Nervura discoidal fortemente pigmentada; intersticial com mediana.

Metassomo: longo. Hipopígio (como na Fig. 153) 1,0x tão longo quanto largo; margem posterior convexa; região dorsal posterior com cerda longa; margem lateral angularmente convexa; processo mediano ausente; bainha não pigmentada; hastes longas; haste mediana mais estreita que haste lateral. Genitália (Figs. 154–155): edeago mesoconvexo; base larga; região mediana pouco dilatada, arredondada; ápice longo, voltado para dentro; margem apical reta; ramo ventral do parâmero 2,0x tão largo quanto ramo dorsal, margem apical convexa; ramo dorsal estreito, afilado apicalmente, ultrapassando margem apical do edeago.

Variações: notáulice escrobiculada; região posterior do disco propodeal suavemente estrigulada; nervura discoidal suavemente pigmentada; ápice do edeago mais longo.

Comentários: nenhuma espécie de Pseudisobrachium apresente lobo mediano do clípeo igual ao de P. suprum sp. nov.; além disso as espécies que têm clípeo com ápice fortemente largo possuem todos os dentes angulados, e não os superiores convexos e inferiores angulados com ocorre em P. suprum sp. nov..

Distribuição: Brasil (Paraná).

Material examinado: HOLÓTIPO: macho, Paraná, Antonina, 14.XII.1987, MT, (DZUP). PARÁTIPOS: Paraná, macho, Colombo, 18.I.1988, MT; Antonina, MT, macho, 8.XII.1986, macho, 15.XII.1986, macho, 01.II.1987, 3 machos, 27.IV.1987, macho, 4.V.1987, macho, 7.IX.1987, macho, 18.I.1988, macho, 2.V.1988, (DZUP).

Pseudisobrachium tidum sp. nov.

(Figs. 42, 156–159)

Descrição: holótipo, macho. Comprimento do corpo 4,20 mm. LFW 2,70 mm. Cor: cabeça preta; mesossomo castanho-escuro; metassomo castanho; mandíbula castanho-palha; clípeo castanho; antena castanha, escapo e pedicelo castanho-palha; pernas castanho-palha.

Cabeça (como na Fig. 42): mandíbula com cinco dentes apicais; três superiores pequenos e convexos, dois inferiores grandes e angulados. Lobo mediano do clípeo trapezoidal; região mediana inteiramente elevada; margem apical suavemente côncava; carena mediana alta, angulada de perfil. Antena espessa; razão entre os quatro primeiros artículos antenais de 9:2:6:5; artículo III 2,0x tão longo quanto largo; pubescência flagelar subapressa; pêlos curtos; cerdas eretas abundantes ventralmente. Fronte fortemente coriácea; pontos pequenos, rasos, abundantes. Carena frontal curta. WH 1,02x LH. WF 0,66x WH. WF 1,36x HE. Olho saliente, pilosidade escassa. DAO 0,16x WF. Triângulo ocelar compacto; ângulo frontal do triângulo ocelar reto. WOT 2,0x DAO. OOL 1,50x WOT. Distância do ocelo posterior à crista do vértice 1,0x DAO. VOL 0,68x HE. Têmpora fortemente divergente. Vértice convexo. Carena occipital visível em vista dorsal.

Mesossomo: pronoto e mesonoto fortemente coriáceos; pontos escassos. Colar pronotal curto. Declividade pronotal muito curta. Disco pronotal 0,46x tão longo quanto largura máxima; largura anterior 0,42x largura máxima; região anterior angulada. Notáulice estreita, rasa, lisa, paralela, ocupando terço anterior do mesoscuto. Sulco parapsidal tão estreito quanto notáulice, quase completo. Sulco escutelar longo, largo, profundo, escrobiculado, reto. Região mediana do escutelo coriácea, não pontuada. Carena mediana do metanoto curta, estreita; fóvea interna do sulco metanotal grande. Disco propodeal 0,78x tão longo quanto largo; 0,56x tão alto quanto longo; inteiramente ruguloso; carena mediana 0,70x tão longa quanto disco propodeal; carena lateral presente; carena sublateral presente; carena transversal posterior presente, inconspícua; declividade do propódeo imbricada; lado do propódeo suavemente coriáceo; espiráculo circular. Mesopleura coriácea; calo definido, suavemente coriáceo. Nervura discoidal suavemente pigmentada; intersticial com mediana.

Metassomo: longo. Hipopígio (como na Fig. 156) 0,60x tão longo quanto largo; margem posterior suavemente convexa; com concavidade mediana curta, larga; região dorsal posterior com cerda longa; margem lateral reta; processo mediano ausente; bainha estreita, curta; haste mediana longa, haste lateral pouco definida. Genitália (Figs. 157–159): edeago mesoconvexo; base larga; região mediana pouco dilatada, arredondada; ápice longo; margem apical medianamente côncava; ramo ventral do parâmero 1,20x tão largo quanto ramo dorsal, margem apical convexa; ramo dorsal largo, dilatado apicalmente, alcançando margem apical do edeago.

Variações: comprimento do corpo de 3,30 a 4,20 mm; face lateral do disco pronotal não carenada.

Comentários: P. tidum sp. nov. é semelhante a P. filum por ter cabeça arredondada, mandíbula com cinco dentes, lobo mediano do clípeo trapezoidal com margem apical suavemente côncava, antena espessa, fronte fortemente coriácea e carena occipital visível em vista dorsal; mas difere da mesma por ter edeago elíptico mais largo, filamento mediano ausente, projeção mediana apical ausente, ramo dorsal do parâmero largo, dilatado apicalmente e com margem interna reta, hipopígio muito curto, com bainha curta e sem processo mediano.

Distribuição: Brasil (Espírito Santo, Paraná).

Material examinado: HOLÓTIPO: macho, Paraná, Ponta Grossa, 18.I.1988, MT, (DZUP). PARÁTIPOS: Espírito Santo, Sooretama, macho, 24–27.III.2002, MT, macho, 22.III.2002, SS, C.O.Azevedo e equipe col. (MZSP); Paraná, Ponta Grossa, MT, macho, 4.I.1988, macho, 18.I.1988, macho, 1.II.1988, (DZUP).

Pseudisobrachium triacutum Waichert & Azevedo, 2004

(Figs. 43, 160–162)

Esta espécie era conhecida apenas para o Espírito Santo, agora é registrada pela primeira vez para Alagoas, Rio de Janeiro e Paraná. Além dos caracteres da descrição, P. triacutum apresenta antena delgada; flagelômeros médios; carena frontal curta; olho de tamanho médio, saliente; carena occipital visível em vista dorsal; declividade pronotal curta; fóvea entre colar pronotal e declividade pronotal presente; disco pronotal longo; hipopígio (Fig. 160) longo, margem posterior convexa com concavidade mediana longa e angulada; margem lateral reta; bainha estreita, curta; haste mediana longa; haste lateral curta.

Pseudisobrachium triacutum é semelhante a P. latum por ter mandíbula com ápice suavemente largo, cinco dentes apicais, sendo os três superiores pequenos e os dois inferiores grandes, lobo mediano do clípeo trapezoidal, antena delgada, carena forntal curta, declividade pronotal muito curta, disco pronotal longo, hipopígio com concavidade mediana longa e cerdas curtas. Mas P. triacutum difere de P. latum por ter a cabeça mais comprida e estreita, com formato retangular; fóvea entre colar pronotal e declividade pronotal presente; disco pronotal estreito anteriormente e com margem anterior mais angulada; calo mesopleural mais desenvolvido; metassomo geralmente comprido; hipopígio longo e com concavidade angulada e mais estreita, margem lateral reta, haste lateral curta; edeago com região basal mais dilatada; ramo dorsal do parâmero com margem interna reta, e inserção lateral.

Pseudisobrachium triacutum possui algumas estrias mais elevadas e espessas restritas à região mediana da margem posterior do disco propodeal, não formando carena evidente, mas tais estrias ajudam a diferenciar P. triacutum de P. latum.

Variações: comprimento do corpo de 2,20 a 3,60 mm; antena castanha; disco propodeal inteiramente ruguloso ou areolado; carena mediana fraca e ocupando metade do disco.

Material examinado: macho, Alagoas, Quebrângulo, 11–14.IX.2002, YPT, A.M.Penteado-Dias e equipe col. (MZSP); Espírito Santo, Santa Teresa, 13 machos, SS, 7.VIII.2007, C.O.Azevedo e equipe col. (UFES); 638m, 19°58'18,5"S 40°32'07,6"W, MT, 2 machos, 6–9.IV.2001, macho, 9–12.IV.2001, C.O.Azevedo e equipe col., macho, 867m, 19°58'19,5"S 40°32'10,3"W, MT, C.O.Azevedo e equipe col., 755m, 19°58'21,1"S 40°32'05,5"W, SS, 3 machos, 7.IV.2001, 3 machos, 10.IV.2001, C.O.Azevedo e equipe col., macho, 755m, 19°58'22,1"S 40°32'05,5"W, 7.IV.2001, SS, C.O.Azevedo e equipe col., 638m, 19°58'25,2"S 40°31'44,6"W, SS, 2 machos, 7.IV.2001, 2 machos, 8.IV.2001, 2 machos, 10.IV.2001, 3 machos, 11.IV.2001, C.O.Azevedo e equipe col., 4 machos, 840m, 19°58'29,4"S 40°32'44,5"W, 08.IV.2001, SS, C.O.Azevedo e equipe col., macho, 867m, 19°58'36"S 40°32'06,4"W, 11.IV.2001, SS, C.O.Azevedo e equipe col., macho, 867m, 19°58'37,3"S 40°32'22,5"W, 9–12.IV.2001, MT, C.O.Azevedo e equipe col., macho, 867m, 19°58'39,2"S 40°32'06,5"W, 8.IV.2001, SS, C.O.Azevedo e equipe col. (MZSP); macho, Vitória, 24.V.2001, SS, C.O.Azevedo e R.Kawada col. (UFES); macho, Santa Maria de Jetibá, Fazenda Clarindo Krüger, MT, 6–13.XII.2002, M.T.Tavares, C.O.Azevedo e equipe col. (UFES); macho, Santa Leopoldina, 5–12.XI.2007, MT, C.O.Azevedo e equipe col. (UFES); Domingos Martins, Pico do Eldorado, MT, 5 machos, 26.XI–3.XII.2004, 5 machos, 3.XII–10.XII.2004, M.T.Tavares e equipe col. (UFES); macho, Alfredo Chaves, 8–15.X.2007, MT, C.O.Azevedo e equipe col. (UFES); macho, Rio de Janeiro, Santa Maria Madalena, 19–22.IV.2002, YPT, A.M.Penteado-Dias e equipe col. (MZSP); macho, Paraná, Ponta Grossa, 28.XII.1987, MT, (DZUP). Material-tipo examinado: Espírito Santo, Santa Teresa, SS, 45 machos, 30.I.2001, 17 machos, 23.II.2001, 12 machos, 28.III.2001, 5 machos, 23.IV.2001, 18 machos, 31.V.2001, 9 machos, 23.VII.2001, 10 machos, 23.VIII.2001, 6 machos, 27.IX.2001, macho, 26.X.2001, 4 machos, 26.XI.2001, 2 machos, 10.XII.2001, C.O.Azevedo e R.Kawada col. (UFES).

Pseudisobrachium urum sp. nov.

(Figs. 44, 163–165)

Descrição: holótipo, macho. Comprimento do corpo 1,60 mm. LFW 2,10 mm. Cor: cabeça castanho-escura; mesossomo castanho, pronoto castanho-palha; metassomo castanho; mandíbula castanho-palha; clípeo castanho; antena castanho-clara; pernas castanho-palha; asas subhialinas; nervuras castanho-palha.

Cabeça (como na Fig. 44): mandíbula com cinco dentes apicais; três superiores pequenos e convexos, dois inferiores grandes e angulados. Lobo mediano do clípeo trapezoidal; região mediana basalmente elevada; margem apical suavemente côncava; carena mediana ausente. Antena delgada; razão entre os quatro primeiros artículos antenais de 20:5:10:7; artículo III 2,0x tão longo quanto largo; pubescência flagelar subereta; pêlos longos; cerdas eretas escassas. Fronte polida; pontos pequenos, rasos, escassos. WH 0,96x LH. WF 0,60x WH. WF 1,36x HE. Olho muito saliente, pilosidade escassa. DAO 0,16x WF. Triângulo ocelar compacto; ângulo frontal do triângulo ocelar agudo. WOT 2,0x DAO. OOL 1,80x WOT. Distância do ocelo posterior à crista do vértice 1,0x DAO. VOL 0,90x HE. Têmpora fortemente divergente. Vértice reto. Carena occipital visível em vista dorsal.

Mesossomo: pronoto e mesonoto polidos; pontuados como a fronte. Colar pronotal curto. Declividade pronotal muito curta. Disco pronotal 0,65x tão longo quanto largura máxima; largura anterior 0,26x largura máxima; região anterior angulada. Notáulice estreita, rasa, lisa, paralela, ocupando quinto anterior do mesoscuto. Sulco parapsidal tão estreito quanto notáulice, quase completo. Sulco escutelar longo, estreito, profundo, liso, reto. Região mediana do escutelo não pontuada. Carena mediana do metanoto curta, estreita; fóvea interna do sulco metanotal pequena. Disco propodeal 1,50x tão longo quanto largo; 0,32x tão alto quanto longo; anteriormente areolado, posteriormente polido; carena mediana ausente; carena lateral presente; carena sublateral presente, inconspícua; declividade do propódeo suavemente areolada; lado do propódeo suavemente areolado; espiráculo elíptico. Mesopleura polida; calo pouco definido, polido. Nervura discoidal fortemente pigmentada; não intersticial com mediana.

Metassomo: curto. Hipopígio (como na Fig. 163) 1,0x tão longo quanto largo; margem posterior convexa; margem lateral convexa; processo mediano ausente; bainha estreita, curta; haste mediana curta, haste lateral pouco definida. Genitália (Figs. 164–165): edeago mesoconvexo; base larga; região mediana pouco dilatada, arredondada; ápice curto; margem apical reta; ramo ventral do parâmero 2,0x tão largo quanto ramo dorsal, margem apical angularmente convexa; ramo dorsal estreito, alcançando margem apical do edeago.

Comentários: P. urum sp. nov. é semelhante a P. formosum por ter a cabeça em forma de sino, mandíbula com cinco dentes, lobo mediano do clípeo trapezoidal com margem apical suavemente côncava, antena delgada, olho pequeno, muito saliente, têmpora divergente, vértice reto, carena occipital visível em vista dorsal, declividade pronotal muito curta, disco pronotal longo, disco propodeal areolado, carena lateral e sublateral presentes. Pseudisobrachium urum sp. nov. difere de P. formosum por ter lobo mediano do clípeo com carena mediana ausente, fronte polida, edeago retangular, muito estreito, ramo dorsal do parâmero estreito, não curvo, hipopígio com margem posterior convexa, concavidade mediana ausente, cerda curta ausente, haste mediana menor, haste lateral curta e bainha pigmentada. Além disso, o comprimento do corpo de P. urum sp. nov. é menor que P. formosum.

Distribuição: Brasil (Alagoas, Bahia, Espírito Santo, São Paulo, Paraná).

Material examinado: HOLÓTIPO: macho, Espírito Santo, Santa Teresa, 638m, 19°58'25,2"S 40°31'44,6"W, 8.IV.2001, SS, C.O.Azevedo e equipe col. (MZSP). PARÁTIPOS: macho, Alagoas, Quebrângulo, 11–14.IX.2002, YPT, A.M.Penteado-Dias e equipe col. (MZSP); macho, Bahia, Porto Seguro, 17.V.2002, YPT, C.O.Azevedo e equipe col. (MZSP); Espírito Santo, 4 machos, Sooretama, 24–27.III.2002, YPT, C.O.Azevedo e equipe col. (MZSP); Santa Teresa, macho, 757m, 19°58'15,5"S 40°32'13,5"W, 9–12.IV.2001, YPT; 2 machos, 638m, 19°58'25,2"S 40°31'44,6"W, 11.IV.2001, SS; macho, 867m, 19°58'39.2"S 40°32'06,5"W, 08.IV.2001, SS, C.O.Azevedo e equipe col. (MZSP); macho, Cariacica, 17.XII.1996, SS, H.S.Sá col. (UFES); São Paulo, Salesópolis, macho, 2–5.IV.2001, MT; YPT, 8 machos, 1–3.IV.2001, 9 machos, 3–6.IV.2001; SS, macho, 1.IV.2001, 2 machos, 4.IV.2001, S.T.P.Amarante e equipe col. (MZSP); Paraná, Morretes, macho, 8–11.IV.2002, YPT; SS, macho, 17.X.2001, 5 machos, 9.IV.2002, M.T.Tavares & equipe col. (MZSP).

Pseudisobrachium ventriosum Waichert & Azevedo (2004)

(Figs. 45, 166)

Esta espécie era conhecida apenas para o Espírito Santo, agora é registrada pela primeira vez para Rio de Janeiro e São Paulo. Além dos caracteres da descrição, P. ventriosum apresenta dente sub-superior da mandíbula reduzido; lobo mediano do clípeo com elevação mediana bifurcada; antena espessa; flagelômeros curtos; olho grande, saliente; carena occipital completa, não visível em vista dorsal; declividade pronotal curta; disco pronotal médio; hipopígio (Fig. 166) curto; margem posterior angulada; processo mediano ausente; bainha estreita, curta; hastes curtas, haste mediana mais estreita que haste lateral.

Pseudisobrachium ventriosum, P. boliviense Kieffer, 1910, P. coxalis (Cameron, 1888), e P. crassicornis (Westwood, 1874) possuem o lobo mediano do clípeo trapezoidal com a margem apical fortemente côncava, formando dois dentes látero-apicais. O edeago de P. ventriosum é bastante distinto das demais, por não ser mesoconvexo, mas esta espécie compartilha alguns caracteres externos com as outras três espécies, como elevação mediana do lobo mediano do clípeo bifurcada, margem apical formando dois dentes, fronte polida, olho grande, têmpora subparalela, vértice reto, carena occipital completa, não visível em vista dorsal.

Todas as quatro espécies têm corpo polido. Pseudisobrachium boliviense e P. crassicornis têm o dente subsuperior reduzido, assim como P. ventriosum. P. coxalis se diferenciam facilmente por terem mandíbula com quatro dentes grandes.

Pseudisobrachium crassicornis, P. coxalis, e P. ventriosum são mais semelhantes entre si do que com P. boliviense. As três primeiras espécies têm cabeça mais quadrangular, antena espessa, região apical do lobo mediano do clípeo medianamente depressa, hipopígio subtriangular, sem processo mediano, com bainha estreita, hastes curtas e subiguais. Pseudisobrachium boliviense tem a cabeça mais arredondada e a região apical do lobo mediano do clípeo não depressa. O hipopígio de P. boliviense não foi estudado.

Variações: comprimento do corpo de 5,20 a 6,70 mm; mesossomo castanho-escuro; mesopleura mesclada de preto e castanho; metassomo castanho-claro; margem apical do lobo mediano do clípeo suavemente côncava; declividade do propódeo rugulosa ou estrigulada; fóvea episternal presente.

Material examinado: Espírito Santo, macho, Sooretama, 22.III.2002, SS, C.O.Azevedo e equipe col. (MZSP); Santa Teresa, macho, 867 m, 19°58'10,5"S 40°32'10,3"W, 9–12.IV.2001, MT; 638m, 19°58'18,5"S 40°32'07,6"W, 2 machos, 6–9.IV.2001, macho, 9–12.IV.2001, MT; macho, 19°58'18,6"S 40°32'08,8"W, 9–12.IV.2001, YPT; 2 machos, 867m, 19°58'19,5"S 40°32'10,3"W, 6–9.IV.2001, MT; macho, 755m, 19°58'21,1"S 40°32'05,5"W, 10.IV.2001, SS; 638m, 19°58'25,2"S 40°31'44,6"W, SS, macho, 7.IV.2001, macho, 10.IV.2001; 867m, 19°58'37,3"S 40°32'22,5"W, MT, macho, 6–9.IV.2001, 2 machos, 9–12.IV.2001; macho, 867m, 19°58'39.2"S 40°32'06,6"W, 8.IV.2001, SS, C.O.Azevedo e equipe col. (MZSP); Santa Maria de Jetibá, Fazenda Paulo Seick, MT, 2 machos, 29.XI–6.XII.2002, macho, 20°04'27,9"S 40°44'51,3"W {20°02'31,1"S 40°41'51,3"W}, M.T.Tavares, C.O.Azevedo e equipe col. (UFES); macho, Cariacica, 26.VIII.1997, SS, H.S.Sá col. (UFES); Vitória, SS, macho, 11.VII.2000, macho, 19.IV.2001, 2 machos, 24.V.2001, C.O.Azevedo e R.Kawada col., macho, 15.VIII.2000, 2 machos, 9.IX.2000, C.O.Azevedo, R.Kawada e L. Santos col. (UFES); 4 machos, Domingos Martins, Pico do Eldorado, 26.XI–03.XII.2004, MT, M.T.Tavares e equipe col. (UFES); 2 machos, Alfredo Chaves, 8–15.X.2007, MT, C.O.Azevedo e equipe col. (UFES); macho, Rio de Janeiro, Santa Maria Madalena, 16–19.IV.2002, MT, A.M.Penteado-Dias e equipe col. (MZSP); São Paulo, macho, Ubatuba, 21–24.I.2002, MT, N.W.Perioto e equipe col. (MZSP); Salesópolis, YPT, 2 machos, 1–3.IV.2001, macho, 3–6.IV.2001; MT, macho, 30.III–2.IV.2001, 5 machos, 2–5.IV.2001; SS, 4 machos, 1.IV.2001, 2 machos, 4.IV.2001, S.T.P.Amarante e equipe col. (MZSP); Peruíbe, SS, macho, 30.IV.2002, 6 machos, 5.V.2002; MT, 3 machos, 3.V.2002, N. W. Perioto e equipe col. (MZSP). Material-tipo examinado: Espírito Santo, Santa Teresa, SS, 2 machos, 30.I.2001, macho, 23.II.2001, macho, 28.III.2001, macho, 23.IV.2001, macho, 31.V.2001, C.O.Azevedo e R.Kawada col. (UFES); Cariacica, SS, macho, 4.X.1996, macho, 22.X.1996, macho, 10.XII.1996, macho, 17.XII.1996, macho, 26.XII.1996, 4 machos, 7.I.1997, 2 machos, 25.III.1997, C.O.Azevedo col., macho, 4.X.1996, macho, 22.X.1996, macho, 12.XI.1996, macho, 17.XII.1996, macho, 26.XII.1996, 3 machos, 16.I.1997, 3 machos,, 29.I.1997, macho, 6.II.1996, H.S.Sá col. (UFES).

Pseudisobrachium visum sp. nov.

(Figs. 46, 167–169)

Descrição: holótipo, macho. Comprimento do corpo 3,80 mm. LFW 2,40 mm. Cor: cabeça e mesossomo pretos, pronoto castanho-escuro; metassomo castanho; mandíbula castanho-clara; clípeo castanho-escuro; antena castanho-clara, escapo e pedicelo castanhos; pernas castanho-claras; asas hialinas; nervuras castanho-palha.

Cabeça (como na Fig. 46): mandíbula com cinco dentes apicais; três superiores pequenos e convexos, dois inferiores grandes e angulados. Lobo mediano do clípeo trapezoidal; região mediana inteiramente elevada; margem apical reta; carena mediana alta, reta de perfil. Antena espessa; razão entre os quatro primeiros artículos antenais de 11:2:5:4; artículo III 1,25x tão longo quanto largo; pubescência flagelar apressa; pêlos curtos; cerdas eretas escassas. Fronte fortemente coriácea; pontos pequenos, rasos, abundantes. WH 0,82x LH. WF 0,69x WH. WF 1,60x HE. Olho saliente, pilosidade escassa. DAO 0,15x WF. Triângulo ocelar compacto; ângulo frontal do triângulo ocelar agudo. WOT 2,80x DAO. OOL 1,14x WOT. Distância do ocelo posterior à crista do vértice 1,40x DAO. VOL 1,30x HE. Têmpora paralela. Vértice reto. Carena occipital completa; não visível em vista dorsal.

Mesossomo: pronoto e mesonoto fortemente coriáceos; pontos escassos. Colar pronotal curto. Declividade pronotal curta. Disco pronotal 0,60x tão longo quanto largura máxima; largura anterior 0,11x largura máxima; região anterior angulada. Notáulice estreita, rasa, lisa, paralela, completa. Sulco parapsidal tão estreito quanto notáulice, quase completo. Sulco escutelar longo, estreito, profundo, escrobiculado, reto. Região mediana do escutelo coriácea, não pontuada. Carena mediana do metanoto longa, estreita; fóvea interna do sulco metanotal pequena. Disco propodeal 1,12x tão longo quanto largo; 0,40x tão alto quanto longo; anteriormente areolado, posteriormente imbricado; carena mediana 0,50x tão longa quanto disco propodeal; carena lateral presente; declividade do propódeo imbricada; lado do propódeo suavemente imbricado; espiráculo circular. Mesopleura coriácea; calo definido, suavemente coriáceo. Nervura discoidal não pigmentada.

Metassomo: longo. Genitália (Figs. 167–169): edeago mesoconvexo; base muito estreita; região mediana pouco dilatada, arredondada; ápice curto e dilatado apicalmente, com lobo membranoso retangular; margem apical côncava; vano sem ranhuras; ramo ventral do parâmero 1,25x tão largo quanto ramo dorsal, margem apical convexa; ramo dorsal estreito, ultrapassando margem apical do edeago.

Variações: notáulice quase completa.

Comentários: P. visum sp. nov. é semelhante a P. elium sp. nov. por ter cabeça comprida, mandíbula com cinco dentes, lobo mediano do clípeo trapezoidal, com margem apical reta, antena espessa, fronte coriácea, têmpora paralela, vértice reto, carena occipital completa, não visível em vista dorsal, disco pronotal longo e notáulice completa; mas difere da mesma por ter artículos antenais curtos, declividade pronotal curta, notáulice paralela, carena sublateral do disco propodeal ausente, edeago mesoconvexo, giboso, com margem dorsal sinuosa, lobo membranoso, vano sem ranhuras, ramo dorsal do parâmero estreito. A genitália de P. visum sp. nov. é semelhante a de P. bifum sp. nov., mas esta possui cabeça um pouco mais curta, margem apical do lobo mediano do clípeo suavemente côncava, antena delgada, fronte fortemente coriácea, olho não saliente, ângulo frontal do triângulo ocelar reto, carena occipital visível em vista dorsal, colar pronotal longo, declividade pronotal muito curta, disco pronotal mais largo, notáulice convergente, disco propodeal curto, anteriormente ruguloso, posteriormente estrigulado, nervura discoidal suavemente pigmentada.

Observação: nenhum exemplar continha o hipopígio.

Distribuição: Brasil (Paraná).

Material examinado: HOLÓTIPO: macho, Paraná, Fênix, 8.IX.1986, MT, (DZUP). PARÁTIPOS: Paraná, macho, Jundiaí do Sul, 25.VII.1988, (DZUP); macho, Fênix, 11.VIII.1986, MT (DZUP).

Pseudisobrachium xicum sp. nov.

(Figs. 47, 170–172)

Descrição: holótipo, macho. Comprimento do corpo 5,50 mm. LFW 3,30 mm. Cor: cabeça e mesossomo pretos; metassomo castanho-escuro; mandíbula castanha; clípeo preto; antena e pernas castanho-escuras; asas subhialinas; nervuras castanhas.

Cabeça (como na Fig. 47): mandíbula com cinco dentes apicais; subiguais e angulados. Lobo mediano do clípeo trapezoidal; região mediana basalmente elevada; margem apical suavemente tridentada; carena mediana ausente. Antena delgada; razão entre os quatro primeiros artículos antenais de 9:2:6:5; artículo III 2,50x tão longo quanto largo; pubescência flagelar subapressa; pêlos longos; cerdas eretas abundantes. Fronte coriácea; pontos pequenos, rasos, escassos. WH 0,92x LH. WF 0,74x WH. WF 1,60x HE. Olho saliente, pilosidade abundante. DAO 0,11x WF. Triângulo ocelar compacto; ângulo frontal do triângulo ocelar reto. WOT 3,30x DAO. OOL 1,20x WOT. Distância do ocelo posterior à crista do vértice 2,0x DAO. VOL 0,90x HE. Têmpora subparalela. Vértice suavemente convexo. Carena occipital incompleta.

Mesossomo: pronoto e mesonoto coriáceos; pontuados como a fronte. Colar pronotal longo. Declividade pronotal longa. Disco pronotal 0,37x tão longo quanto largura máxima; largura anterior 0,43x largura máxima; região anterior arredondada. Notáulice estreita, rasa, lisa, paralela, ocupando metade anterior do mesoscuto. Sulco parapsidal tão estreito quanto notáulice, completo. Sulco escutelar longo, estreito, profundo, liso, reto. Região mediana do escutelo polida, não pontuada. Carena mediana do metanoto curta, estreita; fóvea interna do sulco metanotal grande. Disco propodeal 1,0x tão longo quanto largo; 0,55x tão alto quanto longo; triângulo basal definido; restante do disco estrigulado; carena mediana 0,95x tão longa quanto disco propodeal; carena lateral presente; carena sublateral presente; declividade do propódeo estrigulada; lado do propódeo polido; espiráculo elíptico. Mesopleura coriácea; calo definido, suavemente coriáceo. Nervura discoidal suavemente pigmentada; intersticial com mediana.

Metassomo: longo. Hipopígio (como na Fig. 170) 1,06x tão longo quanto largo; margem posterior angularmente convexa; margem lateral convexa; processo mediano esclerotizado, estreito, alto, pontiagudo; bainha estreita, curta; hastes longas; haste mediana maior que haste lateral; haste mediana mais estreita que haste lateral. Genitália (Figs. 171–172): edeago mesoconvexo; base larga; região mediana pouco dilatada, arredondada; ápice longo; margem apical reta; ramo ventral do parâmero 2,0x tão largo quanto ramo dorsal, margem apical angularmente convexa; ramo dorsal estreito, ultrapassando margem apical do edeago.

Variações: comprimento do corpo de 4,90 a 6,0 mm; pedicelo castanho; região posterior do disco pronotal suavemente deprimida; notáulice ocupando terço anterior do mesoscuto; carena sublateral do dsico porpodeal inconspícua.

Comentários: P. xicum sp. nov. é semelhante a P. magnum por ter coloração preta, cabeça quadrangular, margem apical do lobo mediano do clípeo suavemente tridentada, antena delgada, olho pequeno, saliente, têmpora subparalela, vértice suavemente convexo, carena occipital incompleta, colar pronotal longo, declividade pronotal longa, disco pronotal curto, notáulice incompleta. Mas P. xicum sp. nov. tem mandíbula com ápice fortemente largo, cinco dentes apicais grande e angulados, carena mediana do lobo mediano do clípeo ausente, notáulice ocupando metade anterior do mesoscuto, disco propodeal quadrado, com carena mediana quase completa, edeago mesoconvexo com ápice longo, margem apical reta, margem apical do ramo ventral do parâmero angularmente convexa, hipopígio com margem posterior angularmente convexa, margem lateral convexa, processo mediano curvo e pontiagudo.

Distribuição: Brasil (Paraná).

Material examinado: HOLÓTIPO: macho, Paraná, Telêmaco Borba, 22.XII.1986, MT, (DZUP). PARÁTIPOS: Paraná, Telêmaco Borba, MT, macho, 4.VIII.1986, 2 machos, 15.XII.1986, macho, 9.II.1987, macho, 16.II.1987, macho, 24.VIII.1987, macho, 13.VI.1988, macho, 18.VII.1988; Ponta Grossa, MT, macho, 5.I.1987, macho, 12.I.1987, macho, 23.III.1987, macho, 13.IV.1987, macho, 27.IV.1987, macho, 1.VI.1987 (DZUP).

Pseudisobrachium zandum sp. nov.

(Figs. 48, 173–175)

Descrição: holótipo, macho. Comprimento do corpo 3,90 mm. LFW 2,70 mm. Cor: cabeça e mesossomo pretos; metassomo castanho-escuro; mandíbula castanho-palha; clípeo preto; antena castanho-escura; pernas castanho-palha; asas subhialinas; nervuras castanhas.

Cabeça (como na Fig. 48): mandíbula com cinco dentes apicais; três superiores pequenos, dois inferiores grandes; dois superiores convexos, três inferiores angulados. Lobo mediano do clípeo trapezoidal; região mediana basalmente elevada; margem apical suavemente tridentada; carena mediana baixa, reta de perfil. Antena delgada; razão entre os quatro primeiros artículos antenais de 10:2:5:4; artículo III 2,0x tão longo quanto largo; pubescência flagelar subereta; pêlos longos; cerdas eretas escassas. Fronte coriácea; pontos pequenos, rasos, abundantes. WH 0,93x LH. WF 0,70x WH. WF 1,45x HE. Olho saliente, pilosidade abundante. DAO 0,10x WF. Triângulo ocelar compacto; ângulo frontal do triângulo ocelar reto. WOT 3,20x DAO. OOL 1,50x WOT. Distância do ocelo posterior à crista do vértice 2,0x DAO. VOL 0,66x HE. Têmpora subparalela. Vértice suavemente convexo. Carena occipital incompleta.

Mesossomo: pronoto e mesonoto coriáceos; pontuados como a fronte. Colar pronotal longo. Declividade pronotal longa. Disco pronotal 0,40x tão longo quanto largura máxima; largura anterior 0,44x largura máxima; região anterior arredondada. Notáulice estreita, rasa, lisa, paralela, ocupando terço anterior do mesoscuto. Sulco parapsidal tão estreito quanto notáulice, quase completo. Sulco escutelar longo, estreito, profundo, liso, reto. Região mediana do escutelo polida, não pontuada. Carena mediana do metanoto curta, estreita; fóvea interna do sulco metanotal grande. Disco propodeal 1,0x tão longo quanto largo; 0,50x tão alto quanto longo; triângulo basal definido; restante do disco estrigulado; carena mediana 0,95x tão longa quanto disco propodeal; carena lateral presente; carena sublateral presente, inconspícua; carena transversal posterior presente, inconspícua; declividade do propódeo estrigulada; lado do propódeo polido; espiráculo elíptico. Mesopleura coriácea; calo definido, polido. Nervura discoidal fortemente pigmentada; intersticial com mediana.

Metassomo: longo. Hipopígio (como na Fig. 173) 0,88x tão longo quanto largo; margem posterior sinuosa; região dorsal posterior com cerda longa; margem lateral convexa; processo mediano esclerotizado, largo, alto, pontiagudo; bainha larga, curta; haste mediana longa, haste lateral curta. Genitália (Figs. 174–175): edeago mesoconvexo; base larga; região mediana pouco dilatada, arredondada; ápice longo; margem apical reta; ramo ventral do parâmero 2,0x tão largo quanto ramo dorsal, margem apical angularmente convexa; ramo dorsal estreito, não alcançando margem apical do edeago.

Variações: comprimento do corpo de 3,50 a 4,20 mm; metassomo castanho; clípeo castanho-escuro; fêmur castanho; notáulice ocupando quarto anterior do mesoscuto.

Comentários: P. zandum sp. nov. é semelhante a P.magnum por ter coloração preta, cabeça quadrangular, mandíbula com ápice suavemente largo, cinco dentes apicais, margem apical do lobo mediano do clípeo suavemente tridentada, antena delgada, olho pequeno, saliente, têmpora subparalela, vértice suavemente convexo, carena occipital incompleta, colar pronotal longo, declividade pronotal longa, disco pronotal curto, notáulice incompleta. Mas P. zandum sp. nov. tem hipopígio com margem posterior sinuosa, região dorsal posterior com cerda longa, processo mediano largo e pontiagudo, bainha mais larga e haste lateral mais curta, edeago mesoconvexo com ápice longo e ramo dorsal do parâmero não alcançando margem apical do edeago.

Distribuição: Brasil (Espírito Santo, Bahia, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Paraná).

Material examinado: HOLÓTIPO: macho, Espírito Santo, Vitória, 26.III.2001, SS,C.O.Azevedo e R.Kawada col. (UFES). PARÁTIPOS: macho, Bahia, Ilhéus, 15-18.V.2002, MT, A.M.Penteado-Dias e equipe col. (MZSP); Espírito Santo, Santa Maria de Jetibá, Fazenda Paulo Seick, MT, macho, 29.XI–06XII.2002, macho, 6–13.XII.2002, M.T.Tavares, C.O.Azevedo e equipe col. (UFES); macho, Vitória, 29.I.2001, SS, R.Kawada e Santos col. (UFES); Rio de Janeiro, Santa Maria Madalena, macho, 16–19.IV.2002, MT, macho, 19–22.IV.2002, YPT, A.M.Penteado-Dias e equipe col. (MZSP); Paraná, Antonina, MT, macho, 15.IX.1986, macho, 4.V.1987, macho, 9.XI.1987, (DZUP). Material identificado como P. cuspidatum por Waichert & Azevedo (2004): macho, Cariacica, 24.IX.1996, SS, C.O.Azevedo col. (UFES).

Agradecimentos. Agradecemos a todos os curadores das coleções pelo empréstimo do material citado no texto. Ao Alexandre P. Aguiar, Antonio C. C. Macedo, Marcelo T. Tavares e Nelson W. Perioto pelas sugestões e avaliação do trabalho. Às seguintes agências pelo suporte financeiro para a realização das coletas: Fundo de Apoio à Ciência e Tecnologia da Prefeitura Municipal de Vitória (FACITEC), Programa BIOTA/FAPESP, processo n.° 98/05083–0 e CNPq, processo n.° 469321/00–8. À CAPES, pela concessão da bolsa de mestrado. Ao CNPq pela concessão da bolsa de produtividade do segundo autor e pelo apoio financeiro, processos nº. 303216/2004–2 e nº. 306231/2007–7.

Received: 10/03/2009; accepted: 08/04/2010

Editor: Eduardo Andrade Botelho de Almeida

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Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    19 Jul 2010
  • Data do Fascículo
    Jun 2010

Histórico

  • Aceito
    08 Abr 2010
  • Recebido
    10 Mar 2009
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