Resumos
OBJETIVO: Avaliar os resultados do Protocolo de Atendimento de pacientes com diagnóstico de pancreatite aguda grave. MÉTODOS: Foram analisados, consecutivamente, a partir de janeiro de 2002, idade, sexo, etiologia, tempo de internação, tipo de tratamento e mortalidade de 37 pacientes portadores de pancreatite aguda grave. RESULTADOS: A idade dos pacientes variou de 20 a 88 anos (média de 50 anos); 27% foram do sexo feminino e 73% do masculino. O tempo médio global de internação foi 47 dias. Treze pacientes foram tratados cirurgicamente; a média de operações realizadas foi duas por paciente. Ocorreram seis óbitos dentre os pacientes submetidos ao tratamento cirúrgico (46%) e dois óbitos no grupo submetido somente ao tratamento clínico (8,3%). A mortalidade global foi 21% CONCLUSÃO: Após a modificação na forma de abordagem dos pacientes com pancreatite aguda grave, houve diminuição da mortalidade e uma tendência para a conduta expectante.
Pancreatite; Pancreatite necrosante aguda; Terapêutica; Cirurgia Geral; Mortalidade
OBJECTIVE: To evaluate the results of the Protocol for treatment of patients with severe acute pancreatitis. METHODS: We consecutively analyzed age, gender, etiology, length of hospital stay, type of treatment and mortality of 37 patients with severe acute pancreatitis from January 2002. RESULTS: The patients' ages ranged from 20 to 88 years (average 50 years), 27% were female and 73% male. Mean overall hospital stay was 47 days. Thirteen patients were treated surgically, the average operations per patient was two. There were six deaths among patients undergoing surgical treatment (46%) and two deaths in the group submitted to medical treatment alone (8.3%). The overall mortality was 21%. CONCLUSION: After modification in the form of management of patients with severe acute pancreatitis, there was a decrease in mortality and a trend for conservative management.
Pancreatitis; Acute necrotizing pancreatitis; Therapy; Surgery; Mortality
ARTIGO ORIGINAL
Resultados do tratamento da pancreatite aguda grave
Franz Robert Apodaca-Torrez, TCBC-SPI; Edson José Lobo, ACBC-SPII; Lilah Maria Carvas MonteiroIII; Geraldine Ragot de MeloIII; Alberto Goldenberg, TCBC-SPIV; Benedito Herani Filho, TCBC-SPIV; Tarcisio Triviño, TCBC-SPIV; Gaspar de Jesus Lopes Filho, TCBC-SPV
IProfessor Afiliado da Disciplina de Gastroenterologia Cirúrgica do Departamento de Cirurgia da UNIFESP Escola Paulista de Medicina
IIProfessor Assistente, Chefe da Disciplina de Gastroenterologia Cirúrgica do Departamento de Cirurgia da UNIFESP Escola Paulista de Medicina
IIIAluna do sexto ano de Graduação do Curso de Medicina da UNIFESP Escola Paulista de Medicina
IVProfessor Adjunto da Disciplina de Gastroenterologia Cirúrgica do Departamento de Cirurgia da UNIFESP Escola Paulista de Medicina
VProfessor Associado, Livre Docente da.Disciplina de Gastroenterologia Cirúrgica do Departamento de Cirurgia da UNIFESP Escola Paulista de Medicina
Endereço para correspondência Endereço para correspondência: Franz Robert Apodaca-Torrez E-mail: apodaca@uol.com.br
RESUMO
OBJETIVO: Avaliar os resultados do Protocolo de Atendimento de pacientes com diagnóstico de pancreatite aguda grave.
MÉTODOS: Foram analisados, consecutivamente, a partir de janeiro de 2002, idade, sexo, etiologia, tempo de internação, tipo de tratamento e mortalidade de 37 pacientes portadores de pancreatite aguda grave.
RESULTADOS: A idade dos pacientes variou de 20 a 88 anos (média de 50 anos); 27% foram do sexo feminino e 73% do masculino. O tempo médio global de internação foi 47 dias. Treze pacientes foram tratados cirurgicamente; a média de operações realizadas foi duas por paciente. Ocorreram seis óbitos dentre os pacientes submetidos ao tratamento cirúrgico (46%) e dois óbitos no grupo submetido somente ao tratamento clínico (8,3%). A mortalidade global foi 21%
CONCLUSÃO: Após a modificação na forma de abordagem dos pacientes com pancreatite aguda grave, houve diminuição da mortalidade e uma tendência para a conduta expectante.
Descritores: Pancreatite. Pancreatite necrosante aguda. Terapêutica. Cirurgia Geral. Mortalidade.
INTRODUÇÃO
A pancreatite aguda é uma doença desencadeada pela ativação anômala de enzimas pancreáticas e liberação de uma série de mediadores inflamatórios, cuja etiologia corresponde, em cerca de 80% dos casos, à doença biliar litiásica ou à ingestão do álcool1,2. O seu diagnóstico obedece a parâmetros clínicos, laboratoriais ou de imagem3. Na maioria das vezes, esta doença é autolimitada ao pâncreas e com mínima repercussão sistêmica; esta forma leve se caracteriza por apresentar boa evolução clínica e baixos índices de mortalidade2. No entanto, em aproximadamente 10% a 20% dos casos, o quadro é mais intenso e com grande repercussão sistêmica, levando a índices de até 40% de mortalidade.
Após o Simpósio de Atlanta (1992)5, passaram a ser aceitas duas formas clínicas bem definidas de pancreatite aguda: a forma intersticial ("leve" ou "edematosa") e a forma grave, também conhecida como necro-hemorrágica ou "necrosante" que geralmente implica em algum grau de necrose pancreática, peripancreática, ou ambas, e com maior número de complicações, tais como infecção da necrose, coleções fluídas peripancreáticas, abscessos, pseudocistos e, até, a falência de múltiplos órgãos.
Segundo o Grupo de Estudos para a Classificação da Pancreatite, a pancreatite aguda grave (PAG), caracteriza-se por apresentar três ou mais critérios do escore de Ranson, oito ou mais pontos na classificação de APACHE II, complicações pancreáticas ou a presença de falência orgânica3. Embora menos frequente, é esta forma grave da doença que continua gerando uma série de controvérsias6, especialmente no que diz respeito à melhor forma de tratamento, constituindo-se, assim, em um desafio para cirurgiões, clínicos, radiologistas, endoscopistas e intensivistas7.
O objetivo da presente casuística é apresentar os resultados iniciais obtidos com o Protocolo de Atendimento à Pancreatite Aguda Grave na Disciplina de Gastroenterologia Cirúrgica e no Pronto Socorro de Cirurgia do Hospital São Paulo5 da UNIFESP/EPM.
MÉTODOS
Foram estudados, de forma consecutiva, 37 pacientes admitidos no Pronto Socorro de Cirurgia Geral do Hospital São Paulo (HSP) e acompanhados na Disciplina de Gastroenterologia Cirúrgica, com diagnóstico de pa÷÷ncreatite aguda grave, respeitando os critérios da classificação de Atlanta3, entre janeiro de 2002 e dezembro de 2010. Foram obtidas informações de cada paciente a partir dos prontuários médicos e analisada a relação da mortalidade com as variáveis: idade, sexo, etiologia, tempo de internação e tipo de tratamento.
Para a análise do tratamento realizado os pacientes foram distribuídos em dois grupos. No primeiro grupo foram incluídos 13 doentes (grupo 1), dos quais 12 foram submetidos ao tratamento cirúrgico e um à drenagem percutânea guiada por método de imagem da necrose pancreática infectada. A indicação da abordagem cirúrgica e da drenagem percutânea foi feita após o diagnóstico de sepse em oito pacientes, e em cinco, pela bacterioscopia e cultura de secreção obtida através da punção aspirativa com agulha fina. No segundo grupo, 24 pacientes receberam tratamento exclusivamente clínico, de acordo com o protocolo (grupo 2).
A análise estatística foi realizada utilizando os testes de Qui-quadrado, T-Student e Mann-Whitney. Valores de p<0,05 foram considerados estatisticamente significantes.
RESULTADOS
As características das variáveis analisadas encontram-se na tabela 1.
A idade dos pacientes incluídos no estudo variou de 20 a 88 anos (média de 50 anos). Não houve diferença estatisticamente significante em relação à mortalidade (p=0,154). Dez pacientes eram do sexo feminino (27%) e 27 (73%) do sexo masculino. Da mesma maneira, não houve significância estatística para esta variável com relação à mortalidade (p=0,312 e p=0,359, respectivamente). A etiologia da pancreatite aguda na presente amostra estava distribuída da seguinte forma: em 22 (59,4%) pacientes, a causa foi a doença litiásica biliar, em nove (24,3%), a causa foi alcoólica, e em seis (16,2%) pacientes não foi possível determinar o fator causal. A etiologia da pancreatite não teve relação com a mortalidade (p=0,617). A média global do tempo de internação foi 47 dias. Para os pacientes do grupo 1, o tempo de internação foi 76 dias (30 240 dias) e para os pacientes do grupo 2, foi 31,3 dias (11 88 dias). A análise estatística não revelou significância ao correlacionar esta variável com a mortalidade (p=0,088). A mortalidade global foi 21,6% (8/37). Do total de óbitos, seis ocorreram no grupo 1 (46%) e apenas dois pacientes faleceram no grupo 2 (8,3%).
A variável tipo de tratamento realizado foi a que atingiu maior significância estatística, quando correlacionou-se à mortalidade observada no grupo 1 em relação ao grupo 2 (p = 0,028).
DISCUSSÃO
Nas últimas décadas, vários fatores, tais como o progresso dos cuidados intensivos, dos métodos de imagem, dos procedimentos minimamente invasivos, o espectro e farmacocinética dos antibióticos e, fundamentalmente, o melhor conhecimento de alguns aspectos fisiopatológicos da doença, induziram ao retardo, cada vez maior, da intervenção cirúrgica, com a consequente diminuição dos altos índices de mortalidade observados na PAG8.
Além disso, tem sido discutido reiteradamente qual a melhor forma de caracterização e detecção precoce da PAG. Parâmetros laboratoriais, de imagem e escores como os de APACHE II, critérios de Ranson, Glasgow, Goris, entre outros, foram propostos6. No entanto, ainda não existe um consenso sobre o melhor método a ser utilizado, existindo uma tendência em favor de escores menos sofisticados e de maior reprodutibilidade9, como os de Marshal modificado e o Sequential Organ Failure Assessment (SOFA)9.
Apesar dos defeitos existentes na Classificação de Atlanta6, esta continua a ser uma referência na tentativa de padronizar esta caracterização. Por sua simplicidade, optamos por obedecer as suas diretrizes no intuito de caracterizar a PAG.
As características epidemiológicas da doença parecem estar bem definidas10, existindo apenas variabilidade do fator etiológico de acordo com a região topográfica onde é analisado. A idade e a etiologia em nossa amostra não divergiram de outras publicações decorrentes de amostras observadas11,12 no Brasil. Porém, chama a atenção o predomínio de pacientes masculinos, talvez atribuído ao número reduzido da amostra.
Historicamente, a abordagem dos pacientes com PAG tem motivado discussões e controvérsias sobre qual seria a melhor terapêutica13. Condutas conservadoras, fundamentadas em medidas de suporte exclusivamente clínico, divergiam totalmente daquelas que propunham a abordagem cirúrgica precoce e, até, procedimentos mais agressivos como a pancreatectomia14. Altos índices de mortalidade levaram a abandonar as duas últimas opções mencionadas anteriormente.
Trabalhos como os de Mier et al. confirmaram que a operação precoce neste tipo de paciente trazia consigo uma gama de complicações e altos índices de mortalidade15. Este fato foi consolidado pelo melhor conhecimento fisiopatológico da doença, que permite dividir a PAG em duas fases, a precoce, caracterizada pelo predomínio inflamatório, e a tardia a partir do décimo dia do início da doença fase em que os pacientes podem ser acometidos pelas complicações infecciosas16.
É justamente este um dos motivos pelos quais os trabalhos publicados a partir da década de 90 mostraram claramente uma tendência ao retardo do procedimento cirúrgico em pacientes com esta indicação17-19. A principal preocupação do presente estudo foi a de analisar a conduta diante deste tipo de paciente e associá-la ao desfecho clínico.
Há estudos que defendem a postergação do ato cirúrgico, pelo menos até que tenham sido feitas todas as tentativas de compensação clínica e não existam situações obrigatórias de abordagem cirúrgico ou de procedimentos pouco invasivos20-22. Está claro que, pelas características peculiares destes doentes, o tempo de internação geralmente é prolongado, repercutindo, assim, no aumento dos custos hospitalares. O tempo de internação dos pacientes da presente casuística foi maior no grupo 1, submetido ao tratamento cirúrgico (p < 0,01) e, embora não tenha sido feita a análise de custo, é provável que tenha sido significativamente maior neste grupo.
Em nosso estudo, para a indicação do tratamento cirúrgico foi utilizado o Protocolo de Atendimento, já mencionado, baseado nos critérios de Atlanta23. Neste grupo, a mortalidade, consideravelmente maior em relação ao grupo 2, poderia estar relacionada à gravidade dos pacientes, fato demonstrado pelo maior tempo de internação, embora a estratificação não tenha sido realizada de acordo com a gravidade.
Apesar do número reduzido de pacientes na nossa amostra, é possível inferir que a padronização da abordagem inicial e o retardo do tratamento cirúrgico da PAG constituem-se na melhor alternativa, com o intuito de melhorar os resultados desta singular apresentação da pancreatite aguda. Métodos minimamente invasivos, tais como a abordagem percutânea, endoscópica e, inclusive laparoscópica, estão ganhando espaço, com resultados alentadores, quando comparados aos métodos tradicionais em pacientes selecionados24-26.
Em conclusão, nosso estudo confirma, ainda, índices elevados de mortalidade em pacientes com PAG infectada submetidos ao tratamento cirúrgico e mostra uma tendência para a conduta conservadora nesta situação.
Recebido em 02/05/2012
Aceito para publicação em 06/07/2012
Conflito de interesse: nenhum
Fonte de financiamento: nenhuma
Trabalho realizado na Disciplina de Gastroenterologia Cirúrgica do Departamento de Cirurgia da UNIFESP Escola Paulista de Medicina SP-BR.
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Datas de Publicação
-
Publicação nesta coleção
13 Nov 2012 -
Data do Fascículo
Out 2012
Histórico
-
Recebido
02 Maio 2012 -
Aceito
06 Jul 2012